Hannah Green 17/03/2024
Realmente, família é quem a gente escolhe.
À princípio a história me chamou a atenção pela amizade intergeracional, gosto de amizades assim, acredito que muita sabedoria é compartilhada quando pessoas em fases tão diferentes da vida, tendo nascido em tempos históricos bem diferentes, em contextos políticos diversos, resolvem conversar e se entender dentro de suas particularidades, e aprender uma com a outra. Muitas pessoas pela qual tenho enorme carinho, são bem mais velhas do que eu.
A questão do se despedir, do dizer adeus, por incrível que pareça, apesar de ser o tema central do livro, (isso não é um spoiler, o cenário da história é um hospital com pacientes em estágio terminal, óbvio que alguem morre), não foi o mais me tocou, na verdade, não apenas a mim, parando para analisar, não é a mola propulsora do enredo, mas sim, as relações construídas por Lenni, principalmente, mostrando como uma garota de 17 anos construiu a própria família, quem ia estar ao lado dela, com quem ela dividiria as alegrias, as tristezas, as angústias e os medos, é lindo ver isso sendo construído.
Além disso, algo que me pegou bastante de surpresa, foi a história da Margot, tudo, desde a primeira narrativa até a última, é de gerar emoções tão profundas, e me tocou em coisas que eu nem sabia que precisavam ser tocadas. A vida da Margot não é NADA como estamos acostumadas a ver retratada nos livros, nas séries, foi uma verdadeira lição de vida, uma lição de amor que meu Deus, jamais superarei.
Ansiosa demais pelo filme, esse livro merece muito uma boa adaptação!