Elaine | @naneverso 05/01/2022Obrigada por esse livro, OsemanSe não tivessem me feito acreditar que seres humanos só eram normais se se apaixonassem, casassem e tivessem uma vida a dois, talvez eu tivesse sido mais feliz antes. E Alice Oseman transpôs muitos dos meus sentimentos na personagem de Georgia, que aos 18 anos está doida para se apaixonar e ter relacionamentos porque não aguenta mais ser diferente. O processo de descoberta dela é importantíssimo, pois traz muitas informações sobre o que é arromanticidade e assexualidade, além de derrubar os mitos perpetuados de que quem não sente atração romântica não é inteiramente feliz.
Além disso, é uma leitura leve e engraçada (e aí parabenizo Laura Pohl por ter capturado o tom exato da narrativa original), fazendo com que as muitas informações passadas fossem encaradas como o que deveriam ser: naturais.
Georgia não é 100% parecida comigo (e acredito que nem deveria ser) e isso também foi um ponto alto, pois mostra a variedade e complexidade dos sentimentos humanos, mesmo quando "classificados" em determinados rótulos.
Há, sim, alguns pontos que me incomodaram um pouco, mas mais em relação à escrita e que são insignificantes perante à importância dessa obra.
Queria sair distribuindo uma cópia para cada pessoa do mundo que virasse para mim e dissesse, "Mas é que você ainda não encontrou a pessoa certa", ou que associasse minha arromanticidade/assexualidade com imaturidade.
Portanto, recomendo muitíssimo, principalmente para aqueles que não conhecem os termos e gostariam de uma introdução.