Revista Suprassuma

Revista Suprassuma Jana P. Bianchi
Moacir Fio




Resenhas - Revista Suprassuma


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Qnat 10/11/2021

Promessas
Pela editora que lançou essa revista, e pelos autores (alguns eu conhecia pelo menos um ou outro trabalho), tive bastante curiosidade em ler logo!

Existem muitas revistas de fantasia e ficção. Muitas mesmo. A maioria não tem uma grande seleção, uma "curadoria" de textos, publicando assim textos em nichos de grupos de amigos, ou de escritores que basicamente pagam para serem publicados.

E existem revistas muito boas, muito mesmo, como a Mafagafo (para citar uma).

Essa primeira edição da Suprassuma (um nome um pouco megolamaniaco, não?), talvez se aproxime mais de uma curadoria cuidadosa, prometendo ser uma revista de referência.
Mas, claro que não gostei de todos os textos (e isso acontece em todas as antologias, não é?). E isso deve acontecer com todos leitores.

Só depois percebi que foi uma seleção bastante concorrida para os participantes dessa edição. Não sei os critérios de escolha, mas imagino que nem todos autores tenham sido escolhidos exclusivamente pelos seus textos.

A selação foi à cegas, ou pediu nome e, mais importante, o @ dos autores? Digo isso, pois imagino que a Editora talvez (e é um grande talvez) tenha escolhidos autores mais pela sua fama, seguidores, nichos, represantividade do que pelo conto propriamento dito. E sinceramente, não acho isso ruim. Uma primeira edição precisa criar uma público, e a literatura brasileira precisa de diversidade.

E uma revista custa dinheiro para ser planejada, produzida e publicada. E, bom, melhor se ela já vier com autores que tenham um público, né?
Eu não fui atrás, não mesmo, mas aposto com vocês que esses autores sejam "influencers" em algum nicho. Então aqui há contos espetaculares, de fato, e outros que são talvez apenas medianos (não ruins, mas não espetaculares!) que talvez não passasse em outras revistas.

Bom, vamos aos contos:



O Destino Não é um Endereço
O conto de Jana Bianchi abre a revista, e o primeiro parágrafo deste primeiro conto é muito interessante.
De imediato nos empolga a ler não só o texto da autora, mas toda a revista.

Conhecia a autora da Mafagafo e aqui ela manteve o mesmo padrão de sua revista. Um texto muito, muito bem escrito e com uma história original. Gostei de ler uma fantasia baseada nos anos de Chumbo.

Não Vai Ser a Primeira, Nem a Última.
Esse conto da Fernanda Castro é muito bonito e singelo, falando de maternidade.
Acho que nunca li nada da Fernanda Castro que eu não gostasse. Tudo em sua escrita é na medida certa, suas histórias misturam sempre emoções reais com um fundo de fantasia. Acho que Fernanda Castro é o maior nome do Realismo Mágico brasileiro na atualidade.


Um Ajuste nos Ponteiros
Não conhecia o autor, e achei o conto interessante, mas a escrita um pouco difícil.
Frases muito curtas. Com muitos pontos finais. Muitos. Sem conjunções. Sem ligação. Uma estrada, longa, plana. Num dia de sol. Tudo pareceria lindo. Mas começaram as lombadas. Muitas lombadas. Talvez buracos. Cada ponto final é uma trave. Um sofrimento. Dez pontos finais para cada cinco vírgulas para zero ritmo. O texto perde fluídez. Falta lirismo. Contos são mais próximos de poesia do que manual técnico. Uma receita de bolo. Frases sem verbo. E algumas com verbo. Só. Narrador seco. Narrador sem emoção. Diálogos curtos. Diálogos sem emoção. Droga. Não consigo parar de escrever assim.

Orvalho Flamejante
Gostei muito da temática por ser baseado na imigração Japonesa no Norte, com essa pegada do Avatar (o desenho! rsrs). Aliás, essa coisa de magia "elemental" é bem comum, acho. A originalidade veio realmente no contexto nipo-brasileiro. Legal!

Vertente, de Andrezza Postay é um texto lindo.
Acho que é o que mais gostei.
A questão tratada no texto é sempre muito bonita, seja em filmes ou contos, e foi belamente descrita aqui.
Fiquei curioso em ler mais da autora. Eu realmente gostei de estilo de escrita, ritmo, história, personagens. Ela disse muito em tão pouco! Um conto muito maduro. Digno de um Hugo Awards!
A revista acertaria muito manter esse padrão, mas deve ser raro encontrar textos tão emocionantes.

Itch.
O conto tem uma premissa legal, mesmo que um tantinho clichê. A originalidade está nos diálogos bem dinâmicos, dando um humor ágil ao texto. Mas, a pontuação ficou um pouco estranha.
(Por falar nisso, "mas" é acompanhado de vírgula! Fica a dica #suprassuma).
Então... Alguns trechos, inclusive o final, precisei ler duas vezes. Justamente o dinamismo que o autor almejou, com um texto ágil, fez algumas frases ficarem truncadas. Para resolver isso seria necessária algumas mudanças na pontuação. Aliás, por que nenhum "travessão" no texto? Acho que posicionar alguns deles, e colocar mais detalhes sobre as falas (fulando se levanta. Fulando coça a cabeça, enfim, qlq coisa!) ajudaria.
É bem comum o autor ter a história na sua cabeça, cada voz, cada encadeamento de ação e não conseguir passar para o papel. Não quer dizer que o autor é bom ou ruim. Esse tipo de toque, revisão geralmente fica justamente para o editor. Acho que a revista pecou um pouco na revisão neste conto.

Ressureição de Fabiane Guimarães é o segundo conto que mais gostei.
A escrita é muito boa, o ritmo, a personagem e a temática também.
O conto também tem o melhor final de todos da antologia. É como um grande monólogo, e escrever monólogos é difícil, mas a autora conseguiu. O risco é alto, mas a recompensa também é. Temos um texto profundo.

Dias de pouco pão e zero sonho de Saskia Sá.
Esse conto é muito interessante.
Não gostei do narrador (pois é...). Mas, se pensarmos bem, um leitor não gostar de um narrador já é sinal de uma escrita muito poderosa, afinal, o narrador é um personagem nessa história e só podemos gostar ou desgostar se o personagem for bem construído.







hell_monteiro 16/02/2022minha estante
Kk um ajuste de fronteiros foi meu favorito até agr. Achei mais interessante e me prendeu mais doq os outros três q li ate agr. Estranho como gosto tbm tem influência né? Gosto de frases ríspidas com destaque óbvio e n me incomodo de estar na cabeça da personagem em uma narrativa com tom memorialista. Pelo contrário.

Nunca tinha lido nada dele mas amei. Foi estranho ver vc ser tão ríspido com um estilo. N to falando q foi perfeito mas q q foi essa caricatura de texto? Ksksks mas entendo

Só sei q vou levar o conto pta vida.


Qnat 16/02/2022minha estante
haha, Sim. Cada um é cada um. Estilos variam. Gosto de coisas intimistas. Até que ajuste de pronteiros foi bom. Apesar. Dos. Apesares.


hell_monteiro 16/02/2022minha estante
Aiai aksmaksks


Roberta 20/02/2022minha estante
Eu participei da seleção no ano passado. Eles (o pessoal da equipe) pediram para que nós mandássemos um e-mail falando nosso nome e fazendo uma curta apresentação. Todos recebemos uma confirmação de participação, e eu me senti muito empolgada na hora de mandar o conto, mas depois, quando saiu o resultado, acabei me decepcionando. Você acertou na mosca, os autores publicados na primeira edição realmente já tem algum nome no mercado. Nenhum desconhecido foi escolhido. Eu não vejo problema quanto a isso, quero dizer logo, porém o que mais me entristeceu foi eles terem afirmado (e seguem afirmando no edital da edição deste ano) que ?fama? não era um critério para eles. Foram hipócritas, no mínimo. E o pior é que a coisa foi tão escancarada que muita gente comentou sobre isso no Instagram da editora. Ficou feio para eles, eu acho. Ainda não li todos os contos, só o primeiro, o qual eu gostei muito. Ainda quero ler os demais. Achei muito legal a sua resenha!




Ana R. Rodrigues 24/07/2023

Drops de narrativas incríveis para manter a leitura em dia
Se você reclama de não ter tempo pra ler ou que não tem paciência de acompanhar um romance, venha para o mundo dos contos da Suprassuma!

Gostei bastante da curadoria e os autores selecionados esbanjam muito talento. Interessante como a produção indie de realismo mágico nacional é tão rica e como esquecemos das possibilidades de ambientação brasileira numa história (aqui não tem só realismo mágico, mas acredito que vai agradar muito fã de fantasia por aí).
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Well 13/03/2024

Ótimos contos nacionais.
A coletânea, Suprassuma é focada na literatura brasileira, trazendo histórias únicas e novas, mundos inexplorados e ótimas narrativas.
Nesta primeira edição o tema é: Primeira Vez. Foram selecionadas oito histórias, todas cuidadosamente editadas pela Suma. Cada conto apresenta uma perspectiva intrigante, mergulhando o leitor em universos fascinantes e emocionantes.
Os contos variam desde uma mulher capaz de atravessar umbrais para salvar perseguidos políticos da ditadura, até uma história sobre uma mulher que engravida de um demônio em um mundo onde crianças híbridas são marginalizadas. Outros temas explorados incluem viagens no tempo, poderes sobrenaturais, dilemas éticos e escolhas que moldam destinos.
Cada narrativa oferece uma experiência nova, explorando novas possibilidades e reflexões sobre o mundo.
Com uma diversidade de estilos e temáticas, A coletânea Suprassuma promete ser um espaço de encontro para os amantes da literatura fantástica, proporcionando uma jornada boa, através de narrativas que desafiam a imaginação e emocionam o coração. Na minha opinião, somente um conto, foi bastante ruim, fraco e sem criatividade. Os outros sete. Foram bem trabalhados.
Esta coleção de contos revela o talento e a criatividade de alguns dos autores brasileiros no campo da ficção, oferecendo um vislumbre de um universo compartilhado onde o extraordinário se torna realidade e os limites da imaginação são constantemente desafiados.


Essas são as minhas notas individuais, para cada conto dessa antologia. Ordem do melhor ao pior.

?Orvalho Flamejante ? Giu Yukari Murakami. 5?

?Ressurreição ? Fabiane Guimarães. 5?

?Um Ajuste De Ponteiros ? Moacir Fio. 5?

?O Destino Não É Um Endereço ? Jana Bianchi. 4?

?Não Vai Ser A Primeira, Nem A Última ? Fernanda Castro. 4?

?Vertente ? Andrezza Postay. 4?

?Dias De Pouco Pão E Zero Sonho ? Saskie Sá. 4?

?Ith ? Ariel Ayres. 1?
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Celi Gomes 15/11/2021

Esperava mais, mas gostei de dois contos: Não vai ser a primeira, nem a última e Um ajuste de ponteiros.
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@emmzzzly 17/06/2022

ótima seleção de contos, alguns incríveis e outros só bons
fiz um ranking dos melhores contos:

1. Ith
2. Dias de pouco pão e zero sonho
3. O orvalho flamejante
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filipehondrey 30/08/2023

Uns contos melhores que outros
Uns contos melhores que outros. Os que gostei: O destino não é um endereço; Não vai ser a primeira, nem a última; Vertente; Ressureição; Dias de pouco pão e zero sonho. Destaque pra pra ?Ith?, o melhor na minha opinião.
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Adriana Naves 08/02/2023

Não me apeguei a nenhum conto
Achei a qualidade dos contos bem mediana, não teve nenhum que eu tenha gostado muito. Nem sei se vou conseguir lembrar deles por muito tempo ?.
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Kit 23/01/2023

Somente uma história foi realmente muito boa, umas duas acima da média, e o restante tudo sem graça.
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Juliana Madna 17/10/2022

Que contos!
Amei a atravessadora!
O drama da mãe do demônio ?
Um ajuste de ponteiros ??
Esse do fogo, achei confuso ?
Vertente eu chorei ?
O choque de Ressurreição!
Pouco pão e zero sonho ?
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mariii 05/01/2022

Ótima primeira edição!
No geral gostei da revista como um todo, mas abaixo vou deixar minha opinião sobre cada conto

O DESTINO NÃO É UM ENDEREÇO - esse titulo por si só já é poético, é aquele tipo de frase que você até tatuaria de tão profundo, assim como o conto em sí, em poucas páginas a autora consegue criar um universo único, com suas próprias regras, é o primeiro conto da revista e acabou sendo meu preferido, o que nem sempre é bom já que os seguintes foram bons mas nem tanto.

NÃO VAI SER A PRIMEIRA, NEM A ÚLTIMA - conto bem curtinho sobre maternidade de uma forma não muito usual, gostei médio, é curto demais mas tem certa profundidade.

UM AJUSTE DE PONTEIROS - esse não posso dizer que gostei ou não porque sinto que não entendi o final, tudo que envolve viajem no tempo acaba ficando confuso então pra não ser injusta, vou ficar neutra.

ORVALHO FLAMEJANTE - essa história tinha muito potencial mas ela entrou em muitas questões que não foram abordadas profundamente e acabou de uma forma abrupta, apesar de ser um conto e ele ter passado a mensagem que escolheu passar (perfeitamente por sinal), o autor criou narrativas que se não fossem abordadas ficaria um final meio "ta... mas e tal coisa?" , porque são coisas que se não estivessem na historia a mensagem ainda poderia ser passada, mas estava, criou um ar de "o que será que realmente aconteceu?" e terminou assim, porque não foi abordado, porque não era nisso que o autor queria entrar, então poderia não ter criado esse "mistério".

VERTENTE - meu segundo conto favorito, fala de pessoas que normalmente a gente ama muito, nossos avós, e as questões que cercam a velhice e a gente quando criança inserida naquele meio de, "meus avós estão indo embora aos poucos", porque desde que a gente se entende por gente e conhece nossos avos "normalmente", eles já são idosos, e conforme a gente cresce eles continuam envelhecendo e muitas vezes não entendemos o por que o vovô não consegue mais me pegar no colo, por que a vovó vive doente, por que não sabe mais o meu nome, essa historia é isso, uma criança que convive com os avos e busca entender o por que eles estão mudando tão rápido, de uma delicadeza incrível, me emocionou muito.

ITH - acho que de todos, esse foi o que menos gostei, muito rápido, diálogos muito mal pensados, a ideia é boa mas foi executada de uma forma ate meio preguiçosa, de todos os outros contos foi nesse que eu me questionei se a suma realmente fez uma seleção dos contos de uma forma democrática ou se o peso desses nomes (que pelo visto são todos conhecidos) tiveram influencia nas escolhas, não digo que o conto é péssimo, mas que de tantos contos que foram enviados por pessoas "normais" justamente esse tenha sido escolhido...

RESSURREIÇÃO - mais um conto com grande potencial para se tornar um livro, é um conto curto mas assim como o primeiro já estabelece um mundo que da possibilidades para algo bem maior, fala da nossa realidade, em como o mundo é elitista e como as vezes não somos gratos a vida tendo oportunidade de vive-la enquanto outras pessoas apenas sobrevivem.

DIAS DE POUCO PÃO E ZERO SONHO - esse conto me lembrou um pouco o livro Trocas Macabras do Stephen King, eu gostei médio, não consegui entender os objetivos da personagem principal e se a mudança que ela fez no final foi justa para a outra parte.

Ufa, espero não ter sido injusta em alguma analise, essa foi a minha visão pessoal sobre os contos, no geral foi uma boa estreia da suprassuma, só espero que na próxima edição nós sejamos contemplados com nomes realmente desconhecidos, muita gente anônima escreve muito bem e essa revista pode mudar a vida dessas pessoas.
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Jozy Lopes 27/03/2022

Suprassuma
Uma revista de ficção contendo 8 contos...

Eu achei um livro bem legal de ler e com uma leitura fluida, porém a minha nota foi porque dos 8 contos, gostei apenas de 3. ??
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Amanda 05/06/2022

Um bom livro para conhecer novos autores nacionais que reúne vários contos de ficção científica sobre temas variados: viagem no tempo, vida eterna, guerras galáticas entre outros.
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Ash 01/08/2023

Gostei muito!!! achei uma ótima coletânea e a ideia me deixou mt impressionada (a ponto de ler a introdução). achei bem gostoso de ler embora alguns contos tenham me prendido mais que outros!
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fuckinormie 23/06/2022

espero ansiosamente pela segunda edição.
o problema de sempre com histórias antológicas: algumas são melhores que as outras, tive as minhas favoritas e outras que prefira ter passado reto. mesmo assim no fim do dia é uma ótima experiência.
DANILÃO1505 24/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Fer 16/03/2022

Amei os contos, são muito bons, comecei a ler e não parava, li ela enquanto andava de ônibus, cada conto indo e vindo de ônibus, muito bom ?
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