Resenhas -

giovanna1975 01/05/2024

.
Esse livro parece dois outros livros que eu amo: Aniquilação e As águas vivas não sabem de si. Mas acho que a autora não soube criar tão bem assim a atmosfera de estranheza e suspense quanto os dois outros. Acho que muita coisa foi empurrada pro final, mas à toa, porque não tivemos as respostas. E não ter respostas pra mim não é um problema, mas senti que em alguns momentos o livro nos oferece mas não dá.

Eu amei o final, e achei os paralelos traçados entre passado e futuro muito interessantes. Mas me incomodei com a inserção de personagens como tapa buracos na vida das personagens principais. A Carmem, por exemplo, parece que está ali só para dizer "olha, existe vida além de dentro do conjunto Miri-Leah". Também não gostei do mistério em torno do Centro, porque não senti que foi bem explorado. Qual era o sentido da missão? E os telefonemas? O que de tão bizarro, principalmente para quem era de fora, acontecia ali?

Eu gosto muito da ideia de exploração de uma zona desconhecida e das coisas voltarem dela de forma diferente. E gosto dessa característica de ter uma paixão e respeito tão grande pelo objeto de estudo, ou profissão, que você aceita o destino que a missão te dá. Esse é o ponto em comum com esses três livros. Mas acho que nesse, poderia ser melhor executado. Pareceu pra mim que a autora estava tão convencida da esquisitice e do mistério, que não fez muito para convencer os leitores disso também.

Gabriela Araujo 25/04/2024

Narrativa poética e romântica em meio ao luto
Uma das escritas mais belas que já li.
Queria mais respostas, e como o livro é bem lento, meu ritmo com ele também foi.

Pausei, fiquei sem meses sem ler e então finalizei.

No geral, o enredo é incrível, uma das narrativas mais românticas e poéticas, e a ambientação do oceano, os mistérios, as coisas que não sabemos existir e os processos de luto, perda, relacionamentos? Excelente.

Vicky 10/03/2024

Uma história sobre luto
Estou extremamente decepcionada com essa leitura. O livro inteiro te deixa na expectativa de algo, cada capítulo termina de uma forma que te deixa querendo mais e absolutamente nada é entregue.
Tenho a sensação que o livro acabou no meio e que a história continuará além, porém a parte entregue ao leitor é apenas o estopim para algo interessante de fato acontecer como a busca da Miri de saber o que aconteceu, o que foi visto, o que era o Centre e etc.
Apesar de tudo, gostei da narrativa e da escrita de ambas as personagens. O processo de luto é representado de uma forma linda demais, a negação e raiva que a Miri sente de início, depois a dificuldade dela em deixar ir, o jeito que ela leva toda a rotina dela pro o banheiro pra ficar na companhia Leah mesmo ela já não conversando, nem reagindo a mais nada, e finalmente a aceitação que é quando ela a leva pro mar.

Brasil 26/02/2024

No começo tem uma leitura muito difícil e cansativo, mas depois de um tempo algo acontece e fica muito interessante e mais fácil de ler

jessybrasil 26/02/2024

É sobre o mar mas também é sobre luto
Apesar de ser descrito como terror, acho que drama/suspense encaixaria melhor. As partes misteriosas são, em sua maioria, ótimas. Porém acredito que exista um limite de quantas coisas você pode deixar sem explicação.

O final é bom quando pensamos no tema do livro: luto. Miri passa por diversos lutos; quando Leah desaparece, quando volta completamente mudada, e finalmente, quando precisa deixar Leah ir. Nesse sentido, o livro é profundo e trabalha bem essas perdas.

É muito bom acompanhar os pensamentos de Miri. Desde o seu saudosismo quanto ao começo do relacionamento, quanto a saudade que ela sente da parceira. Saudade essa que se mistura com raiva, com incompreensão, com angústia. Miri não sabe como lidar com a perda de algo que ainda está ali, presente. Mas está presente mesmo?

Porém, na questão do plot em si, o livro deixa muitos pontos em aberto que acabam incomodando. Não sou uma pessoa que precisa ter todas as respostas, mas é ridículo deixar de fora o que ocorreu com o colega de expedição de Leah. O que é o tal Centro? Nenhuma ideia.

No fim, é um livro que representa a perda de forma muito crua e verdadeira, porém que falha em trazer respostas que enriqueceriam muito a trama.

claradebolacha 21/02/2024

Intrigante, mas assim...
Confesso que no começo foi lento, demorou para me pegar um pouco, tava confuso e a autora usa palavras bem complicadinhas. Entretanto, em cerca de 30% acontece uma situação que vira do avesso e tudo fica mais interessante e da vontade de ler mais e mais pra saber o que acontece. Mais pro final, entretanto, fica um pouco repetitivo os capítulos e o final, bem... De uma das personagens, a que ficou na superfície, eu gostei, da outra, eu achei confuso, ela voltou ou não voltou? Era um metamorfo ou não? O bicho fez algo ou não? O colega dela aconteceu o que com ele? Final aberto é uma coisa, mal explicado é outra kkkkk

ariesmoongirl 14/02/2024

Nossa sei la, esse eh bom na questao do plot e da escrita porem ele se perde e em muitos momentos fica bem tedioso ?

Ingrid.Sombra 14/02/2024

Retrato do trauma compartilhado
"Our wives under the sea" é uma história que pode ser descrita como estranha, triste e bonita. Não leia esperando um livro de terror clássico ou uma narrativa rápida e objetiva. Seu foco está no relacionamento de Miri e Leah, e em como cada uma viveu uma situação traumática compartillhada. O terror é o do desconhecido, de mergulhar cada vez mais fundo no oceano sem saber o que nos espera lá (nos sentidos literal e metafórico).

Os capítulos de Miri apresentam muito da história pregressa do casal, e em como foi a experiência de ter sua esposa sob o mar por vários meses, sem respostas ou contato. Há um forte sentimento de nostalgia, de algo que já foi e que não é mais. Já os capítulos de Leah focam mais na experiência no fundo do mar, e representam as partes mais estranhas da narrativa, numa pegada meio lovecraftiana.

Não dá para falar do que eu achei mais incrível nesse livro sem dar spoiler, mas achei um trabalho primoroso como Armfield descreveu a desconexão entre o casal, a ruptura causada pelo incidente, e como cada uma lidou com isso depois. Recomendo a leitura com o aviso de que algumas pessoas podem achar muito lento, subjetivo, ou estranho.

Tonetto.Alves 09/02/2024

Lindo e trágico
Ler Our Wives Under The Sea é como ser embalado com uma canção de ninar antes de uma morte lenta porém estranhamente reconfortante.
Recomendo escutar a música "Some things Cosmic" da Angel Olsen pra dar uma sofrida.

westfthesun 05/02/2024

Uma história sobre a sensação de sentirmos a pessoa que amamos escorregar como água pelos nossos dedos e se juntar ao mar.

May 04/02/2024

The hardest part of losing someone isn't accepting that they're gone, but that they're never coming back
Senti que faltou algo. eu esperava mais terror, talvez? não parecia haver nada no oceano, nenhuma criatura assustadora, mas mentalmente os personagens foram se deteriorando, por causa da falta de comunicação com o mundo, sem saber o que diabos estava acontecendo, por que não tinha criaturas ali; a leah vai perdendo memórias e o interesse em explorar, a jelka vai ouvindo vozes na cabeça dela, até perder a sanidade e sair do submarino e morrer. o livro é mais sobre lidar com a perda, relacionamentos e tal, do que um terror. curti o foreshadowing, da miri vendo aos poucos a leah se perder na banheira, até ela ter que deixar a leah se dissolver na agua do oceano. a narrativa da miri é quando a leah já voltou e alguns flashbacks do relacionamento delas antes, e da leah é sobre a expedição, e para quando o submarino emerge. a leah ficava vendo olhos naquela figura do teste psicológico porque viu olhos encarando ela quando tava no submarino. depois entendi que o livro tem o nome inspirado pelo forum 'our husbands in space' do rpg da miri, e não pq teria mais de uma esposa nos povs kkkk

gabrisingr 18/01/2024

Teve partes que eu gostei e teve outras que nem tanto
nao sei se foi pq ouvi o audiobook e nao consegui me ambientar tao bem

Raquel622 31/12/2023

Subjacente
Peguei esse audiobook porque a sinopse não entrega nada. Há dois pontos de vista: Leah e Mary, um casal redondinho e tranquilo até que uma delas desaparece durante uma expedição científica. Ela volta meses depois, e a esposa passa a ser oprimida pela sensação de que a mulher que ?lhe devolveram? definitivamente é outra pessoa.
Os capítulos alternam os pontos de vista delas, entre a história de como se conheceram, suas juventude antes disso, o conflito que a quase viúva sente por conta de sua estranheza em relação à mulher, e, é claro, o que houve com a expedição.
Trata-se de uma despedida. Não é ficção científica, é romance. E está tudo bem.
Às narradoras são ótimas e o livro, muito bom.

Bia 28/12/2023

Esse é um livro curto e ainda assim eu acho que deveria ser mais curto. A história funcionaria bem como um conto, tirando os momentos repetitivos. Também acho que seria melhor se ele não fosse classificado como terror porque em nenhum momento o livro parece ter essa intenção. Até quando ele poderia partir para esse caminho, como Leah no submarino e as transformações que acontecem perto do final, a escolha é se manter mais na narrativa “literária”. Se eu não tivesse esperando o terror que me foi prometido, talvez eu conseguisse apreciar mais o que a narrativa realmente tem para oferecer.

O livro inteiro é uma grande análise sobre luto e sobre relacionamentos. Somos mostrados vários e vários momentos do passado das protagonistas para contrapor com o presente. Isso deveria ter feito com que eu me importasse com o relacionamento delas, mas a distância no presente é tão grande que foi dificil sentir algo por elas. Parecia óbvio que era questão de terminar, mesmo se o final não fosse como foi. No final, é mais um livro pra lista dos que seria interessante analisar em uma aula de literatura, mas pra ler foi chato.

Nath @biscoito.esperto 19/12/2023

Esse livro tem todos os elementos que eu adoro num livro: terror, fundo do mar e ciência. Ainda assim, não foi exatamente o que eu esperava. O livro é narrado por Miri, uma mulher que está tendo dificuldades em readaptar sua esposa à vida normal; e por Leah, a esposa de Miri, que conta tudo aquilo que viveu quando estava num submarino numa missão científica, e todas as bizarrices que ela presenciou.
Como eu disse, bizarrices do fundo do mar são minhas favoritas, mas confesso que eu gostei muito mais dos capítulos melancólicos e belos de Miri do que da narrativa desconexa de Leah. Nem considero esse livro terror, ele é um drama com elementos fantásticos que beiram o bizarro. Foi um bom livro, mas eu esperava um pouco mais.


site: www.nathlambert.blogspot.com