VickyB 23/03/2022
A autora foi para um caminho desnecessário
Bom, quando a Letícia encontra o Arthur, ela já tinha perdido a bebê dela e superado o fato, por isso não concordo muito com as opiniões de que ela não viveu o luto.
Existe um passagem de tempo até eles ficarem juntos, que somando, dá no mínimo, 10 meses. Ninguém pode quantificar quanto tempo a pessoa pode ou não ficar de luto.
Não foi o luto que me incomodou e sim a necessidade da autora de denegrir uma mulher para enaltecer outra. As duas não poderiam ter sido diferentes e maravilhosas ao seu modo?! No começo, ela foi retratada com respeito, mas para o final do livro, o relacionamento deles foi retratado de uma forma péssima e, certamente, não havia necessidade para tal.
Também não achei legal a forma que a segurança das enfermeiras foi abordada. Alguns pacientes realmente não tem culpa, já que ficam fora de órbita, mas certamente os hospitais deveriam fornecer uma segurança melhor para os profissionais. Onde já se viu ela ser espancada até quase a inconsciência antes de alguém separar? Mas a partir do momento em que ela coloca a culpa como se o paciente tivesse feito por mal, quando ela mesma disse que o medicamento causava isso, a autora acabou perdendo um pouco a linha.
Outro detalhe que me deixou extremamente incomodada foi a discussão deles quase no final. Se a autora queria algo pra movimentar o livro, porque ela não colocou mais tensão quando a menina a chamou de "mama"?! Ou o fato de se mudar, ou dela querer filhos e o óbvio medo dele do parto. Tantas opções e ela escolheu aquela discussão!!!!!
Enfim...