Laís 29/10/2022O duque perdido que ganhou meu coraçãoQue história sensível meus amigos e que deixa o coração quente, além de trazer aquelas doses de humor que só a Karina sabe o momento certo de colocar, além de trazer reflexões muito necessárias, no livro em questão, é sobre a diferença de povos, aceitar o diferente e o empandeiramento feminino.
Ela nos leva a Prussia de 1817, contando a história de um duque, que foi encontrado após 15 anos a deriva no mar da Ásia.
O duque em questão Killian Meissen, perdeu a sua família em um trágico naufrágio no ano de 1802, sendo posteriormente encontrado por nativos em uma ilha, Aka-Kede e criado pelos nativos ali existentes.
O homem já havia se acostumado com a vida que levava, até que se perdeu no mar novamente e foi encontrado pela marinha holandesa, sendo levado de volta para a Prussia.
Do outro lado da história, temos a bela e quebrada Anneliese Von Saxe-Havel, considerada pela sociedade uma solteirona, no auge de seus 28 anos, uma vez que uma tragédia ocorrida em sua vida a colocou em tal posição, não dando margem alguma para a moça se casar e tirando a esperança da mesma.
Ocorre meus queridos, que, a tutora dessa moça, fica a encargo de introduzir o duque perdido de volta a sociedade prussiana, de fazer com que ele retome seu título, suas posses e seu lugar de destaque na sociedade, mas, a tarefa não será fácil, uma vez que o moço é bruto e não quer falar com ninguém, exceto, uma certa moça.
Já dá para imaginar o que vem por aí né? Karina trouxe em sua história a releitura de Tarzan, o moço tem toda aquela pegada rude que vemos no filme, mas, mais do que isso, ela traz uma moça forte e que, por conta de sua tragédia pessoal perdeu toda a esperança de amor e relacionamento, por acreditar que ninguém mais a queria.
Esses dois me tiraram muitas risadas, me deixaram de coração quente e trouxeram muito ensinamento.
A sociedade daquela época não aceitava o diferente, suprimia suas mulheres e afirmava que o diferente não era bom, tanto que em alguns momentos, a autora mostra de forma clara essa separação pelo diferente.
Killian era visto como diferente por ter sido criado por um povo de costumes diferente e assim, acaba não sendo aceito pela sociedade que iniciou a sua criação, já Anne, não é aceita pelo o que a tragédia lhe causou.
O final dessa história é de deixar o coração aquecido, e recomendo demais a leitura.