Os abismos

Os abismos Pilar Quintana




Resenhas - Os Abismos


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debbrv 02/01/2024

Delicado e forte
Meu primeiro contato com a escrita da Pilar e de livro com esse tipo de tema. Achei interessante conforme a minha circunstância.
Relações familiares é o assunto abordado ao decorrer da narrativa que é conduzida por uma criança de 8 anos de mesmo nome da mãe, Cláudia. Além de maternidade, traumas e depressão, que compõem essa
narrativa.
Ressalta a importância da maternidade consciente e as consequências da não existência disso, uma vez que a mãe da personagem principal também se sentia rejeitada pela mãe e acaba reproduzindo isso inconscientemente, com a filha.
Acompanhamos os traumas (chamado de ?mortos? pela criança) que cada um carrega com si, que são demonstrados de forma diferentes e os abismos que esses causam entre eles.
Um livro muito delicado e forte.
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Eliane406 01/01/2024

Cuidado com o abismo
?Pegando um pequeno trecho exposto por Niestzche "....Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.?

?Mais uma vez Pilar Quintana me fez render-se à sua escrita. A inerte observação das relações afetivas, a infância permeada pelos assuntos dos adultos e daqueles que devem zelar pelos cuidados parentais. Observar como a vida transforma cada ser humano, como cada escolha é uma renúncia e pode ser um caminho para os abismos pessoais fica bem identificado na história da menina Cláudia.Fui envolvida com sua trajetória e o iminente desfecho.

E sobretudo, Pilar nos fala sobre
a solidão feminina e as imposições sociais na vida de mulheres, que são tão opressoras que leva qualquer mulher à beira de um abismo existencial, muitas se conformam em suas situações, até para poupar os outros e muitas se rendem a essa massacrada realidade, disfarçando a depressão com ilusões e assim as vidas vão se perdendo.

?"Então o abismo, como não conseguia fazer com que eu me atirasse nem podia me devorar, entrava pelos meus olhos, uma coisa deliciosa e horrível, uma bolinha saltitante na barriga e uma náusea asquerosa e pestilenta, até ficar bem enterrado e mim."pág.252
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Milena.Zeni 28/12/2023

Fui totalmente sem expectativas
Simplesmente peguei pra ler por acaso e que grata surpresa.
A escrita é impecável.
Li numa sentada só.
Quantas pessoas passam por tudo isso na infância, quantos sentimentos reais...
Amei
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Denise Ximenes 26/12/2023

A questão da maternidade
A maternidade, de fato, tem suas nuances. Aqui, Pilar Quintana, nos apresenta o assunto por meio da narração de uma criança, ou seja, livre de julgamentos.

Na visão da criança, depressão se chama rinite, e as ausências maternas são traduzidas pelo interesse descomunal de uma mãe por revistas sobre famosos. Uma mulher que só enxerga vida nessas páginas, onde tudo é perfeito... e distante.

Não por acaso, a mãe e a menina têm o mesmo nome - uma sugestão, talvez, de que a Mulher tenha lugar definido desde sempre. E esse lugar, a maternidade, é o cerne do enredo.

Gostei. Não dei muita credibilidade ao enredo no início, mas a história foi crescendo e se aprofundando de uma forma que me conquistou.

Que a maternidade não seja compulsória pra nenhuma de nós. Mas que ela seja sempre responsável!
Ana Sá 26/12/2023minha estante
Adorei a resenha, Denise! E agora estou curiosa, não li nada da Pilar ainda!




Bia 25/12/2023

unido lido do mês de novembro de uma autora colombiana, retrata memórias de infância de um período marcado pela depressão da matriarca.
uma criança tentando entender sua família. fala muito sobre medo, carinho, confidências e sofrimento compartilhados entre mãe e filha (ferranters piram)
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Clarissa130 25/12/2023

?Quando se olha muito tempo para o abismo??
?Os abismos? é o segundo romance que leio da autora. O primeiro, ?A cachorra?, foi uma leitura extremamente fascinante e incômoda. Por sua vez, ?Os abismos? não deixou em nada a desejar.

Nesse livro, Pilar Quintana novamente explora a temática da maternidade através da narrativa de Cláudia, uma criança que conta a história da sua família e de toda a solidão que cada membro sustenta, inclusive ela mesma. Cláudia é uma criança negligenciada, criada por uma mãe insatisfeita com a vida e por um pai ausente até em sua presença. Menosprezada, silenciada e distanciada pela mãe, vemos progressivamente o adoecimento da criança, o desenvolvimento de sua baixa autoestima e a ambivalência em relação aos seus familiares, com manifestações de apego e ódio coexistindo em uma mesma cena. É um livro que trata dos processos de adoecimento psíquico por meio de uma construção minuciosa de cada personagem. Uma leitura cativante, sensível e dolorosa, na qual partilhamos por instantes a sensação de abandono vista do momento mais sensível da formação do indivíduo: a infância. Excelente!
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KarinaSil 20/12/2023

Bom, bem interessante, pesado. Narrativa se dá pela filha, conta o cotidiano, seu da sua mãe e seu pai. A mãe muito vaidosa adora revistas de celebridade, pai comerciante e bem mais velho, ela a filha Claudia negligenciada, que busca o amor da mãe, aos nove anos de sua infância já capta os problemas existentes na família.
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Lila 16/12/2023

Quem são seus mortos?
É angustiante, e por vezes, dolorido. Creio que quem nunca se encontrou com seus próprios abismos, não seria capaz de apreciar e se sentir abraçada por essa leitura.
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Taina497 16/12/2023

Leitura aprovada.
Uma leitura espetacular, personagens cheios de altos e baixos, mostra pro leitor como as pessoas absorvem o que tem ao seu redor.
Onde a filha começa de fazer os mesmos questionamentos que vê a mãe fazendo. Cínica a apresentar sintomas depressivos por que compara a vida que tem com a das pessoas depressivas que cometeram suicídio.
Essa história nos faz repensar se realmente estamos tomando cuidado ao ter conversas sérias quando os nossos filhos ou outras crianças estão por perto.
A velha frase faz sentido nesse livro; somos um espelho para nossos filhos, por isso devemos ter cuidado e sabedoria na hora de conversar e fazer certos comentários.

Sem dúvidas um 5 ??? ???.
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Érica 13/12/2023

Dói na alma
Quando li A Cachorra, fiquei com uma sensação pesada no estômago, aquela ansiedade para saber o que vai sair da história que nós litores tanto amamos. Já em Os Abismos, essa sensação irradiava do peito à garganta.
Passei o livro todo com essa sensação, aquele aperto pensando que algo muito ruim iria acontecer com alguma das Cláudias, mãe ou filha. A solidão delas é palpável e eu senti tanto por tudo, por ser mãe e não querer que minha filha a sinta tão cedo, por ser filha e ter convivido com uma mãe depressiva (a mãe pedindo desculpas à filha dizendo que não consegue controlar a tristeza me pegou demais).
Virei muito fã de Pilar Quintana e recomendo fortemente a todxs!
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eloisagroshevis 11/12/2023

Livro legal mas não me rasgou o coração. (não que ele fosse obrigado a isso, logicamente)

O livro é um recorte da vida e dos momentos da depressão da mãe, dos traumas da Cláudia e da omissão e distanciamento do pai. Por isso, já saiba que a escrita é meio picotada e o final em aberto.

Gostei bastante de ver como a mãe lidava com a depressão, as mudanças imprevistas da vida, as relações que a vida tinha limitado ela e o peso da maternidade. Achei tudo muito legal, é muito triste ver como a depressão faz com que as coisas da vida tenham um peso completamente diferente. Cláudia nao era uma mãe má, mas os problemas dela fizeram ela perpetuar traumas que ela mesmo teve com a mãe. muito triste

Também muito triste ver esses traumas refletidos na filha, mesmo que sem a intenção da Cláudia. Ver a Cláudia Filha se sentir feia, inferior e começar a pensar que talvez deixar de viver seja algo bom é muito muito triste, principalmente por ela ter oito anos e nem entender o que é aquele sentimento.

Não acho o Pai ruim também (mds passei pano pra todos, um bj) ele lida com seus problemas se afundando em um vazio de silêncio, não o julgo.

Eu gostei, quase chorei quando algumas vezes me vi como a filha em uma situação de impotência perante os problemas da mae. E me senti muito tocada e pensativa com medo de, sem querer, ser como a mãe.
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letsi 09/12/2023

Os abismos da maternidade narrado pela própria filha
Como eu amo livros narrados por crianças não pude deixar de ler esse que traz a visão da Claudia de apenas 8 anos e filha única, sobre a relação com a sua mãe que, claramente, está desenvolvendo um quadro depressivo. Deixando a filha de lado, ignorada, menosprezada e tendo que lidar com os abismos que a própria mãe deixa na filha.

O livro tem uma escrita muito leve e nem tanto infantil assim, como em outros livros também narrados por crianças: ?Se deus me chamar não vou?, que é uma escrita mais ingênua.

Em Os Abismos a morte e o suicídio é exposto na vida de Claudia desde muito cedo por conta de sua mãe, direta e reta, fala tudo na lata, sem medo do porvir.

Em muitos momentos me via na Claudia, criava empatia por ela e me sentia mal quando ela era menosprezada pela mãe.

Gostei muito do livro, li super rápido, o que me frustrou foi o final, super em aberto. A autora poderia ter feito um plot twist com a mãe, mas no final deixou bem raso e fraco.
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gio 01/12/2023

Pilar quintana a mulher que tu é.
Pilar quintana e seu poder de me fazer ler um livro em questao de horas. que historia imersiva.
li ?a cachorra? ha uns meses atras, e agora terminando ?os abismos?, decido que gosto mais do segundo titulo.
que poder, serio. a maneira na qual ela escreve, o fato de contar uma historia tao simples e fazer parecer complexa e cheia de camadas. tenho certeza que ainda nao alcancei tudo que pilar quis dizer com esse livro. mas sei que é algo grandioso.
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