liaentrelivros 06/06/2023Esse não é um orfanato, é um larLinus Baker é um assistente social do governo, e apesar de ser extremamente competente e amar o que faz, trabalha em um local onde ninguém se importa com a sua presença. Está sempre solitário em sua mesinha na fileira L, com seus arquivos, computador e um mousepad com uma foto de algum lugar paradisíaco com a frase: "Não gostaria de estar aqui?"
Tudo muda quando ele recebe uma missão ultrassigilosa do Departamento Encarregado Da Juventude Mágica para inspecionar um orfanato na ilha Marsyas, dirigido pelo misterioso Arthur Parssanus.
Crianças mágicas, ok. O que Linus não contava é que uma delas seria Lucy, 6 anos, o filho do Anticristo. Estariam as outras crianças a salvo? Estaríamos todos a salvo?
Linus e sua gata Calliope não só foram recebidos por Zoe Chapelwhite, Arthur e as crianças: Talia, Theodore, Phee, Sal, Chauncey e Lucy - em uma casa localizada em uma ilha banhada por um mar cerúleo - como fizeram parte de uma família que o acolheu e o admirou pelo que ele é.
O livro é, sem dúvida, um clássico infantil, cheio de ensinamentos e reflexões (eu amei a discussão sobre Kant), sem perder a magia e o olhar puro das crianças diante do que os adultos não aceitam simplesmente porque não compreendem.
?Não é porque você não sente o preconceito na pele todo dia que o restante de nós não sente?
É impossível não se apaixonar por cada personagem, pela aventura, pelo romance, pela obstinação que Linus tem em fazer o que é certo, e até rir das rabugices de Merle, o balseiro. Esse é pra ler com um chocolate quente, um cobertor fofinho e muitos marcadores de página! ?