Lua de Sangue

Lua de Sangue N. K. Jemisin




Resenhas - Lua de sangue


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Queria Estar Lendo 17/12/2022

Resenha: Lua de Sangue
Lua de Sangue é mais um acerto fantástico da aclamada autora N.K. Jemisin. O primeiro volume dessa história publicada pela Editora Morro Branco fala sobre um mundo onde sonhos têm poder, e um pesadelo terrível parece estar nascendo nas ruas do berço desse poder.

Gujaareh é uma cidade-estado poderosa para o mundo todo. A paz reina em suas ruas; e, em seus telhados, Coletores atravessam a noite para garantir que essa paz resista. Os Coletores respondem à Deusa dos Sonhos, e colhem a magia dos sonhos das pessoas adormecidas. Às vezes, usam seus poderes para punir aqueles que foram julgados criminosos, tornando aquele o último sonho deles.

Mas uma conspiração parece estar nascendo nas imaculadas ruas desse lugar. Uma criatura sombria parece estar espalhando caos, assassinando sonhadores inocentes em nome da Deusa. Ehiru, o Coletor mais famoso de Gujaareh, o mais fiel à causa e à sua doutrina, passa a questionar tudo em que sempre acreditou. E decide investigar para tentar salvar o que resta do lugar que ama.

Lua de Sangue é um livro de fantasia extremamente criativo e cativante. Fala sobre o lírico dos sonhos de maneira palpável, porque os sonhos são fontes de poder, de cura e de renascimento nesse mundo. N.K. Jemisin faz um trabalho primoroso, mais uma vez, em escrever uma história brilhante, explorando o que é conhecido da maneira mais inesperada possível.

A inspiração dessa história, conforme a própria autora comenta, veio do Egito Antigo. Dá para notar isso na ambientação dos lugares, como Gujaareh e Kisua, nos nomes dos personagens, e nos detalhes mais minuciosos da própria trama. A arquitetura, o modo como a sociedade se comporta, a adoração ao divino e a figura de poder que é a do Príncipe, representando esse divino - tal como acontecia com os faraós.

As primeiras 100 páginas, assim como acontece em Nós Somos a Cidade, te deixam em completa confusão. A Jemisin não se estende em grandes explicações, só te dá a mão e te leva pra esse universo completamente bizarro e fantástico.

Recontamos as histórias porque sabemos: a pedra não é eterna. Mas as palavras podem ser.A inspiração dessa história, conforme a própria autora comenta, veio do Egito Antigo. Dá para notar isso na ambientação dos lugares, como Gujaareh e Kisua, nos nomes dos personagens, e nos detalhes mais minuciosos da própria trama. A arquitetura, o modo como a sociedade se comporta, a adoração ao divino e a figura de poder que é a do Príncipe, representando esse divino - tal como acontecia com os faraós.

As primeiras 100 páginas, assim como acontece em Nós Somos a Cidade, te deixam em completa confusão. A Jemisin não se estende em grandes explicações, só te dá a mão e te leva pra esse universo completamente bizarro e fantástico.

"Recontamos as histórias porque sabemos: a pedra não é eterna. Mas as palavras podem ser."

O desenvolvimento desse início é lento, mas, quando engata, é uma reviravolta no emocional. Quando o livro finalmente explica o que está acontecendo, e as peças se encaixam, é só surto.

Lua de Sangue segue os moldes de plot twists e personagens de moral cinzenta que eu amo tanto na Jemisin. Também é uma história que apresenta um mundo onde o amor queer é normalizado; há uma diversidade entre os três protagonistas. Não apenas queer, mas também, como sempre, a questão de ter pessoas pretas no comando da história. O mundo é diverso.

É uma fantasia que aborda toda a questão onírica dos sonhos. O por que de eles serem tão poderosos, a maneira com que move a trama principal, como se entrelaça às lendas da criação desse universo, é tudo muito genial.

Apesar de curto, Lua de Sangue é um primeiro livro muito completo. Intenso em tudo que propõe; discute sobre fanatismo religioso, tirania, opressão. Fala muito, de maneira explícita, sobre as diferenças entre as camadas subjugadas pela sociedade e o privilégio da elite e da nobreza. Também discute a questão de corrupção de poder, e como ela se infiltra lentamente nas camadas que deveriam proteger e cuidar do povo.

"Existe poder nos sonhos. Use-o e ali está a magia."

Tem ação, política e reviravoltas na medida perfeita que apenas N.K. Jemisin consegue construir.

Quanto aos personagens, o trio principal oferece ótimas tramas e desenvolvimentos. Ehiru, Nijiri e Sunandi são opostos em quase tudo. Ehiru é um Coletor, treinado desde pequeno na arte de encontrar sonhadores para abastecer sua Deusa dos Sonhos com oferendas - e a punir aqueles que, despertos, causaram horror. Por acidente, Ehiru acaba se envolvendo em meio a uma situação política e monstruosa. Uma situação que envolve desafiá-lo a questionar tudo em que acreditou.

Nijiri é seu aprendiz. Ele é fiel a Ehiru em todos os aspectos; essa lealdade é o que move Nijiri, muito mais do que a fé e sua condição como futuro Coletor. Diferente do mestre, Nijiri é um personagem marcado pela juventude. Ele é rebelde e desafiador, é questionador e ansioso. Onde Ehiru é calmaria, Nijiri é uma tempestade.

E Sunandi, por fim, é um contraponto aos dois. Ela veio de outro reino, de um lugar onde esse culto aos sonhos e ao poder deles não existe. Ela está ali para encontrar corrupção, e acaba se infiltrando no meio de uma conspiração muito mais complicada do que imaginava. Sua visão dos Coletores não é diferente da visão de um monstro; para Sunandi, eles não passam disso.

"Mas é da natureza do mundo que alguns tenham que morrer para que outros possam viver."

As relações entre os três foram muito bem trabalhadas. Houve conflitos, houve momentos de aliança, houve momentos de entrega emocional. Lua de Sangue é movido por sonhos e por seus personagens.

A edição da Morro Branco é linda demais. Eu adorei a nova capa que trouxeram pra cá, adorei a tradução de Aline Storto Pereira, adorei a diagramação bem espaçada e confortável. É um primor de livro. Como sempre!

Lua de Sangue é uma fantasia brilhante sobre o poder dos sonhos e a corrupção do mundo desperto. N.K. Jemisin mais uma vez mostra que é uma voz poderosa da ficção fantástica, e entrega outro favorito para eu guardar no coração.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2022/12/resenha-lua-de-sangue-nk-jemisin.html
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@lendocomjulian 28/02/2024

D.Jemisin me tirando o sono para terminar o livro!
No começo, tive um pouco de dificuldade com as palavras/nomes, mas isso logo ficou de lado quando os 3 grupos de personagens foram apresentados e começam as complicações.

Gostei bastante desse sistema de magia onírico, principalmente no foco de cura e paz que ele é associado.

Ehiru, Nijiri e Sunandi são muito interessantes e com o desnvolver da história vão ficando mais completos.

Esse novo mundo é interessantíssimo, vale a pena a leitura.
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Pedro P. R. 19/06/2022

mais uma obra fantastica de Jemisin
Existem alguns livros difíceis de serem resenhados. Não por serem ruins, mas sim por serem tão bons que você fica sem palavras para descrevê-los.

Lua de Sangue é o mais novo livro de N. K. Jemisin, trazido pela editora Morrobranco, contendo 368 paginas e possuindo capa dura. Foi lançado em maio de 2022. É o primeiro volume da duologia Dreamblood e uma verdadeira obra de arte.

O livro começa com uma nota da autora, algo simples explicando por suas próprias palavras quais dificuldades teve para escrever esse livro, na página seguinte já estamos sendo jogados na história pelo ponto de vista de Ehiru, um Coletor da Deusa do Sonho, Hananja, na cidade de Gujaareh.

A história gira muito em torno da existência dos Coletores, tanto a de Ehiru quanto a de seu aprendiz Nijiri. Os Coletores são sacerdotes que caminham por Gujaareh par recolher o “dizimo” dos fiéis. Esse dizimo nada tem a ver com o que conhecendo, longe de ser dinheiro ou bens materiais. O dizimo recolhido pelo Coletores é a própria vida.

Por outro lado, temos Sunanji, uma mulher de origens humildes que subiu na vida, se tornou uma diplomata, a Voz de Kisua, a representante de uma nação na grande e poderosa Gujaareh. Sunanji descobre um perigoso segredo dentro de Gujaareh e é marcada para morrer pelas mãos dos coletores para que esse segredo não seja revelado.

Assim, a vida dos três (Ehiru, NIjiri e Sunanji) vão se entrelaçar em uma jornada que fala sobre a corrupção da alma, sobre o amor puro, a fé e a confiança.

Eu sinceramente adorei a leitura de Lua de Sangue, se não fosse pelo trabalho teria terminado muito mais cedo o livro. Os diálogos, a construção de personagens e o universo criado por Jemisin são fantásticos e toda essa obra inspirada na civilização egípcia foi muito bem feita. Outra coisa que gostei bastante foi como o amor entre pessoas do mesmo sexo foi retratado de forma tão natural na obra.

É um livro que recomendo para os amantes de uma boa fantasia.
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Renata 15/01/2024

Interessante
O livro me pegou logo de cara. Esse novo mundo de início confuso mas muito detalhista e empolgante, foi me cativando a cada página e não conseguia parar de ler. Gostei do final, mas parece q faltou algo... não sei dizer...
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William14 20/04/2023

Lua de sangue
Lua de Sangue é uma fantasia brilhante sobre o poder dos sonhos e a corrupção do mundo desperto.
Tem ação, política e reviravoltas na medida certa .
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Flôr 19/08/2022

Muito bom!!
Lua de Sangue foi minha primeira experiência com a escrita da Jemisin ? Um livro sobre amor, poder, luto e magia.

Me falaram tanto que lê-la era difícil que minhas doses de preguiça, misturadas com as de busca de prazer (motivação comum nas minhas leituras de ficção/fantasia) acabaram por me fazer deixa-lá pra lá. Não façam isso!

Que bom que me encontrei com "Lua de Sangue" e,  enfim, cedi. Sua proposta de misturar realidades oníricas, filosofia africana, tradição egípcia e magia, foi (para mim) sicronisticamente irrecusável!

O que encontrei foi uma ficção especulativa de qualidade, com personagens não maniqueista, anti-heróis bem construídos, desfechos não previsíveis e tudo isso repleto de conceitos Junguianos.

Sim, o mundo criado por ela é complexo (!), multicultural, multilíngue e multirracial. Mas - após uma adaptação inicial, comum ao gênero - todos esses aspectos, associados à capítulos curtinhos, compensam o investimento.
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giu 03/12/2022

amor ou servidão?
Sou apaixonada na escrita da Jemisin, para mim, ela é um dos maiores nomes da literatura fantásticas atual. Divide com B. Sanderson o pódio de autores favoritos.

O livro trabalha com amor, servidão, fé e loucura em uma história com muita política e personagens poderosos.

O início é propositalmente confuso e só quando você começa a juntar as peças e conectar os personagens que percebe o quão profundo o enredo vai ser.

Não foi uma leitura rápida mas foi uma leitura cheia de reviravoltas e eu não fazia ideia do que esperar do final, estou bem ansiosa para continuação.

Sinto que esse 1º volume foi mais uma introdução do que está por vir do que uma parte real da história. Espero que o próximo livro entregue tudo que está prometendo nesse início!
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Erwinnph 21/12/2022

Lua de sangues?
Ok? a princípio pensei são vampiros ? não ! Não são ! A história e bem encaixada o mundo e bem explicado ? gostei de tudo ? senti falta de mais ação, mas pensei !poxa eu só penso em porradaria e morte kkkk? enfim o livro e ótimo ? bom pra quem está saindo de uma ressaca ? não existe conceito de hétero sexual ou homosexual ou bisexual a sociedade e movida por amor e simples assim ? curti muito isso ?nota 10 neste ponto ..: se você espera clichês, não tem ! Bom; pelo menos não vi kkkk a autora fez a estória com conceitos egípicios e usando conceitos da mente coletiva de Jung ? nota 10 rsrs
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Emanuel 28/07/2022

é inovador e revolucionário? é sim
Esta é a quarta obra da NK Jemisin que eu leio e posso dizer o seguinte: a mulher coloca o padrão num nível tão alto que o parâmetro para comparar se torna ela mesma.

Acredito que uma das maiores qualidades na N.K é a habilidade de que estruturar um mundo fantasioso em poucas páginas. Enquanto leitor de fantasia, estou acostumado a ler primeiros livros de sagas que são lentos e enfadonhos porque o autor precisa explicar o que o mundo é e como ele funciona. Isso não acontece aqui e não aconteceu nos outros livros que li da autora. Passados 15% do livro, a autora já nos apresentou o essencial do mundo criado e isso é suficiente para que você não se sinta perdido conforme mais detalhes vão sendo adicionados.

Outro ponto é que, apesar de ser parte de uma duologia, esse livro encerra a história que propõe sem deixar pontas soltas e cliffhangers. Quem não quiser ler o seguinte, ficará satisfeito com o que vai encontrar aqui.
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Alan (@coracaodeleitor) 27/08/2023

Esse livro tem tudo que gosto. Um universo novo, bem aprofundado, com personagens cativantes. Então pra mim essa leitura foi um prato cheio. Fora a escrita da autora que é sensacional. Ansioso para ler o segundo ???
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Jessica Moraes 05/03/2023

Sonhos
Demorei me situar, mas após alguns capítulos já estava acostumada com os termos (pra isso li o glossário antes).

Algumas entrelinhas de como funciona o processo dos coletores, etc, me incomodaram, da a entender coisas bem problemáticas.

É uma história que cresce, as coisas acontecem e não tem aquelas enrolações. Muita fofoca política e estratégias.
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@leiturasdabreh 14/07/2023

Esse foi meu primeiro contato com a escrita da N.K. era algo que estava bem ansiosa para conhecer. Preciso falar que demorei um pouco para me acostumar com a escrita, por ser um pouco mais floreada e poética até em alguns momentos. Mas é inegável que ela criou um universo aqui dentro cheio de camadas e bem interessante.

Depois que passei dos 40% da leitura, ficou bem mais fácil e já me acostumei aos nomes e toda fantasia dentro do universo desse mundo dos sonhos e dos deuses.

Acho que o maior problema aqui foi o meu momento mesmo, tinha acabado de ler um calhamaço clássico e acho que não tava em um momento de uma leitura mais densa como a escrita da NK. Mas ansiosa para ler o segundo volume.

Fiz a leitura durante a #MLI2023 do GF
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Maisa @porqueleio 10/10/2023

Resenha / Lua de Sangue /@porqueleio
Jemisin é uma autora de fantasia/ficção científica criativa, e mais uma vez inova com um sistema de magia baseado nos sonhos. Ela deixa clara a inspiração na mitologia egípcia, mais especificamente a medicina dos quatro ‘humores’, juntamente com a teoria dos sonhos de Freud. Talvez por isso dez em cada dez leitores desse livro mencionem a dificuldade de imersão. Não se trata de um ponto negativo, e sim da riqueza da construção desse mundo.

Gujaareh é uma cidade que acredita viver uma utopia. As pessoas depositam sua fé na Deusa dos Sonhos, que tem como representantes os sacerdotes e o príncipe. Já sabemos que misturar política e religião é complicado, e os ecos dessa disputa de poder vão recair sobre o mais crédulo de seus sacerdotes. Acompanhar o despertar de Ehiru foi doloroso e forte. São muitas reviravoltas até conhecermos todas as peças, e é cheio de representatividade e diversidade. Agora é correr para finalizar com Sombras do Sol!

site: https://www.instagram.com/p/CwLL9CILweG/
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brenda.vicensot 24/09/2022

Inesperado e impactante
Nem vou falar muito sobre o livro pq é difícil de explicar
Mas ele me impactou demais.
É diferente de tudo que já li. Mas isso não é novidade com a Jemisin kkkk
Tudo que eu leio dela é totalmente novo

Eu amei esse livro de uma forma diferente. Não foi pela parte da fantasia, mas pelas reflexões que ele faz. Fala sobre luto, sobre amor, sobre o que é corrupção.

Eu acabei de ler esse livro e ainda tô chorando.

Eu não sei se todo mundo vai se conectar com a história da mesma forma que eu
fiz. Pq ele não é um típico livro de fantasia, entende? Não tem clichê nesse livro. Você não faz ideia do que esperar. É incrível

E nem parece uma duologia pq ele fecha bem. Mas quero ler o próximo ??
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