Janaine.Mioduski
30/08/2021A redenção de Malorie, mas infelizmente, só a dela mesmo. Talvez a expectativa tenha sido a grande culpada pela minha experiência com esse livro. Gostei bastante do primeiro e não me importei por não haver nenhum tipo de explicação sobre as criaturas naquele momento, afinal tudo tinha acabado de acontecer.
Porém, nesse segundo livro, eu esperava ao menos alguma explicação, por menor que fosse, afinal se passaram 16 anos... mas não, continuamos tão no escuro quanto a Malorie.
O início do livro já se seu de forma bem arrastada para mim, parecia um roteiro de um filme de ação, com surpresas nada surpreendentes, muita repetição e um adolescente insuportável. Quase desisti na metade, mas como estava sendo uma leitura rápida, continuei. Em mais ou menos 70% quando o Garry reaparece (aí sim colocaram algum conflito interessante) e a Malorie é jogada do trem cego, eu me preparei para morder a língua sobre as minhas expectativas. Mas não, as coisas continuam a se resolver do nada (ela é salva pela filha, o pai estava lá esperando por ela, a invenção do Tom funcionou cm base em uma filosofia de abobrinha) e o pior, o grande conflito, o enfrentamento que esperávamos desde o primeiro livro, se revolve com uma flecha no coração enquanto o cara dormia... é, dormia. Demorei um tempo para aceitar que aquele era realmente o final, o anticlímax mais anticlímax que já li.
Se você resolveu encarar os spoilers dessa resenha, aconselho a não embarcar nesse livro. Se gostou do Caixa de Pássaros, fique com esse gostinho bom na boca. Se não gostou, do Malorie é que você não mais gostar mesmo. Ao melhor estilo do novo mundo, passe às cegas por ele.