Marinus0 29/02/2024
Como primeiro livro que li de Christie, fiquei refletindo muito sobre como ela é bem falada e segui a leitura com esse pensamento. Talvez por isso minha resenha pareça um pouco dura, mas vamos lá.
A dinâmica do livro é muito baseada em diálogos e pouca narração, ou seja, é uma leitura rápida e que facilmente você consegue perder detalhes, pois as pistas do livro são detalhes bem minúsculos.
Tive a sensação em alguns momentos que o personagem de Poirot tenta ser uma paródia mais evoluída de Holmes, apenas para ter várias semelhanças. É o típico personagem de detetive com um pouco mais de empatia e humanidade. Em geral, as personagens passam uma imagem de grande inovação, mas são superficiais, pouco interessantes e as vezes irritante (menção para Hastings, pois pouco gostei dele)
A revelação final achei bem decepcionante, pois a figura do ABC é muito interessante. Seu planejamento, seu método é tudo muito bem feito, mas quando o verdadeiro culpado é revelado, perde um pouco da graça do assassino. De um serial killer complexo e habilidoso para um cara qualquer.
Achei legal o destaque para uma análise psicológica, não sei se é uma característica específica, mas aqui Poirot se preocupa em entender a mente do criminoso, ao invés de seguir a ideia de louco. E talvez isso que tenha mais ajudado no caso.
Apesar de tudo, gostei da história. É rápida, envolvente e divertida. Esse é um dos livros mais bem falados de Christie então fico preocupado em saber se o problema foi eu ou se ela está sendo superestimada.