Resenhas - Vou sumir quando a vela se apagar

Raíssa 30/03/2024

"(...) tentava se convencer de que a própria vida seguiria em frente. Todos perdem quem amam. Rios secam e montanhas ruem, pensou. Essa é a história do mundo. Aconteceu com todos os meus antepassados e eles nunca desistiram"

Esse livro me tocou de uma forma que eu não esperava. Que experiência incrível e surpreendente. Uma escrita tão bem feita e envolvente, que passa com muita clareza a experiência e os sentimentos dos personagens.

Não sei o que pensar desse final, acho que não gostei. Mas o livro foi tão incrível que o final é o que menos me importo, sinceramente. A trajetória foi sensacional.

igor 30/03/2024

De algum jeito, queria nunca chegar, só partir.
Triste quando não conseguimos deixar de olhar pra trás. o sentimento de falta, de não pertencer a nada nem ninguém, de não se encaixar em lugar nenhum, de viver apenas pra seguir aquilo que as pessoas nos destinaram a seguir.
Me identifiquei mais do que gostaria com o protagonista. até um pouco engraçado termos além dos sentimentos personalidades parecidas.

Oll3m 27/03/2024

Acompanhamos a jornada de Yacub, jornada a qual ele procura por respostas que nem mesmo ele sabe as perguntas.
A dor do luto, da culpa, de sentimentos que não se pode colocar em palavras.
Um livro bom e memorável.

ArturDamas 27/03/2024

Bom
Gostei de ter conhecido a dor e o luto de Yacub - apesar de ter despertado em mim uma tristeza, mas essa é uma das razões porquê leio: pra ser desperta alguma emoção em mim. Assim como gostei de ter conhecido um pouco mais da sua cultura (síria) também.
Um bom livro, bem escrito; pena que curto.

Flavinha 18/03/2024

Interessante!! Uma escrita bonita, poética , melancólica. Abordando temas sobre imigração, sexualidade, amizade, luto, culpa, amor, angústias, felicidade. A segunda parte foi a que mais me chamou a atenção, desbravando São Paulo e a amizade que vai crescendo entre Yacub e Jurg. Um final triste mas não teria como ser diferente por toda a culpa que ele carregava mesmo não tendo.

?Ele começou com passos curtos e lentos e então mais longos e velozes. Sentia o gosto amargo que contamina o paladar dos que sabem que estão certos e errados ao mesmo tempo e torcem para a proporção entre o bem e o mal lhes favorecer.?

Ailton 17/03/2024

Vou sumir quando a vela se apagar
Quando o passado nos pesa mais que o presente e nos faz vive-lo todos os dias, a ponto de não querer viver o presente.
Com escrita fluída o autor nos leva a uma São Paulo com referências ainda vista nos dias de hoje, melancólico e bem estruturado, o texto trás os sentimentos dos personagens a tona, fazendo nos reconhecer em todos eles. Personagens que carregam suas histórias sem grandes sobressaltos e conquistas tal qual a vida de muitos. Um livro ainda que melancólico, leve, forte e reflexivo.

Rodrigo.Domingues 16/03/2024

Amar, doer, perder
O amor é um acontecimento, perder o amor dói, deixá-lo para trás e decidir perder o conforto de algo que estanca uma ferida machuca.

Carolina Rondelli | @carondelli 15/03/2024

"de algum jeito, queria nunca chegar, só partir"
Esse livro me pegou na primeira linha e vai ficar comigo por um tempo porque vai ser um longo processo de digerir o final.

além da capa linda, o título incrível e uma escrita que rapidinho você percebe que não é daquelas que se encontra todo dia, esse livro é de uma sensibilidade surreal.

ele fala sobre amor, sexualidade, amizade, sobre luto, culpa, sobre estar perdido, sobre ser imigrante, sobre como lugares muito diferentes podem compartilhar dores, angústias e felicidades tão parecidas.

talvez meu momento lendo esse livro, também meio perdida e lidando com uma perda, tenha feito com que eu me identificasse ainda mais com o protagonista.

"o que faria você ter menos menos da vida, habibi?" eu também queria saber como responder essa pergunta, Yacub.

geovana 13/03/2024

Talvez a tristeza fosse a sua natureza.
Comprei esse livro por acaso porque tinha gostado da capa e do título e nao me arrependi.
É um livro sensível e muito interessante que fala sobre amizade, amor, perda, sonhos, culpa e principalmente sobre imigrantes e suas vidas.
Vários assuntos importantes falados de forma muito bonita e sincera.
Nunca vi ninguém falando sobre ele mas acho que é uma leitura que vale muito a pena e também é mais um nacional que eu gostei bastante.
Talvez as pessoas não gostem muito do final, eu mesmo fiquei bastante frustrada mas acho que foi um final muito bem escolhido pelo personagem Yacub.

?{...} Sentia o gosto amargo que contamina o paladar dos que sabem que estão certos e errados ao mesmo tempo e torcem para a proporção entre o bem e o mal lhes favorecer.?

Lauraxy 11/03/2024

Um viva aos melancólicos
A escrita é tão bonita e melancólica que dá pra perceber o sentimento que o autor coloca nas páginas. Gostei da história que aborda temas acerca da imigração e de como as pessoas colocam expectativas em uma vida em outro país. Os sentimentos dos personagens são explícitos e implícitos ao mesmo tempo e isso deixa em evidência a habilidade do autor em descrever o que eles estão sentindo. Achei o final condizente com a narrativa mas fiquei triste mesmo assim ao imaginar o Jurj esperando por ele kkkkkkk que dor
Queria ter lido a carta que ele escreveu para o Yacub :(

ogatoleu 09/03/2024

Pra mim a vela apagou
Não digo que "Vou sumir quando a vela apagar" foi um livro que odiei, nem mesmo que seja um livro ruim. É bem escrito, imaginativo, interessante... até certo ponto da leitura.

(As informações abaixo não vão estragar a sua experiência porque tudo isso fica estabelecido na orelha do livro :))

Na primeira parte, somos introduzidos a Yacub e Butrus, que moram na Síria. Yacub e Butrus se envolvem romanticamente um dia, e pouco depois Butrus morre de cólera. Junto com o luto de Yacub, vem um sentimento de culpa. Yacub teme que a morte de Butrus tenha sido resultado da sua incapacidade em deter um jinni -- um espírito do fogo -- que estava presente enquanto estavam juntos. Enquanto lida com seus sentimentos, Yacub decide ir para o Brasil.

Essa primeira parte do livro é ótima. Todos os personagens são multidimensionais. A cultura síria é retratada de forma vívida. O livro parece prometer cumprir grandes coisas. Ele centraliza, dentre outras coisas, os modos pelos quais a culpa, comum em situações de luto, pode ser potencializada numa recusa à heteronormatividade. Chego na segunda parte esperando uma grande leitura, principalmente agora que a narrativa vai tratar da vida dos imigrantes sírios em São Paulo.

Mas é quando Yacub desembarca em São Paulo que a coisa parece desandar. Eu quis muito gostar desse livro e que os personagens fossem mais bem trabalhados ao longo das páginas. Não foi o que aconteceu.

O livro fica só nas promessas. Não só desenvolve mal as suas o que propõe, mas também nos abandona a uma galeria de personagens que parecem brotar como meras alavancas da narrativa. A impressão que eu tive foi que o livro foi bem construído de início e que vai se tornando redundante cada vez mais à medida que o final se aproxima (processo que se intensifica na terceira e última parte).

site: instagram.com/ogatoleu

Parkinho 09/03/2024

A história não me pegou
Não entendi porque esse livro é tao aclamado por uma galera.

O autor escreve bem e isso foi o que talvez me fez não abandonar.

Acho que de fato o problema ta na história? quando começa a ficar interessante o livro acaba.

Talvez eu releia algum dia.

athosprado 08/03/2024

História de um jovem sírio chamado Yacub que decide vir ao Brasil para encontrar respostas. Um livro bem escrito, poético e fantasioso sobre descobertas e luto.

@eleeoslivros 07/03/2024

Esse livro provocou um mix de sentimentos. amor, dor, espanto.
mas no final eu fiquei muito pasmo, chocado.

Bleenda 06/03/2024

Tocou em alguns demônios que eu preciso exorcizar
Eu definitivamente amei a escrita do autor, fui sentindo a melancolia junto com as páginas, foi bom acompanhar a jornada do Yacub e as vezes eu queria muito pegar ele e colocar dentro de um potinho.
Certos trechos me pegaram muito, e eu gostei muito do jurj de riso fácil, tava torcendo muito por um outro final mas ainda assim eu entendo o Ya. Muitas vezes nos apegamos muito a lembranças do passado que nos fechamos pra qualquer possibilidade de futuro.