Todos os nossos ontens

Todos os nossos ontens Natalia Ginzburg




Resenhas - Todos os Nossos Ontens


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Gotas de leitura 04/06/2020

Todos os nossos ontens. Natalia Ginzburg. 1952.
Com um estilo de escrita singular, marcado por períodos curtos e na ordem direta, que nas primeiras páginas causa certo estranhamento, Natalia Ginzburg nos conta a história de duas famílias italianas entre os anos 1930 e 1940, período do fascismo e da Segunda Guerra Mundial.

O livro é dividido em duas partes e essa divisão também marca a ambientação. A primeira acontece no Norte, urbano e industrializado, e a segunda no Sul, rural e pobre. Anna e Cenzo Rena, dois personagens centrais, são o elo entre esses dois mundos igualmente afetados pelo fascismo e pela guerra.

A Segunda Guerra Mundial muda a vida dos personagens, trazendo inquietação e desconforto. A guerra aflora sentimentos vários, passando por desespero, censura, apoio, mas nunca indiferença. Todos são afetados por essa tragédia, que inicialmente começa distante, mas que termina invadindo até mesmo as pequenas cidades e aldeias.

Como o próprio título já nos antecipa, as memórias vão permear todo o enredo, causando muitas vezes certo desassossego. A memória e o núcleo familiar, que aparentemente nos remetem a história privada do indivíduo, são a base para contar a história coletiva de um povo.

Com esses recursos de escrita, estilo direto e certa concisão de informações, a autora nos oferece esse livro fascinante.

“E riram um pouco e eram muito amigos os três juntos, Anna, Emanuele e Giustino, e estavam muito contentes de serem eles três os que estavam pensando em todos aqueles que tinham morrido, e na longa guerra e na dor e nos clamores e na longa vida difícil que tinham pela frente e que estava repleta de coisas que eles não sabiam fazer.”

site: https://instagram.com/gotasdeleitura
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Frank 06/06/2020

Ler este livro é como se você estivesse ouvindo uma história vindo de uma criança hiperativa, eufórica e ofegante, que acabara de vir correndo até você pra contar.
A narrativa é do ponto de vista de um narrador observador, bem fluida (tão fluida que às vezes escorre pelas suas mãos).
Tem repetição de frases e mudanças bruscas que te fazem reler o parágrafo, só pra ter certeza de que você não perdeu alguma coisa nessa correria.
Pressa, essa é a palavra. E os personagens são jogados do nada na história, o que faz com que vc demore de distinguir quem é quem.
Não há um personagen principal, ne. Uma família principal, nem uma cidade principal.
O personagem é a segunda guerra, é o facismo.
O livro retrata a visão de uma guerra, por que está de fora de guerra, vendo-a chegar cada vez mais próxima. De crianças inocentes recepcionando o facismo, até elas adultas e com cicatrizes da guerra.
Personagens morrem do nada, sem causar comoção no leitor. Estava vivo, e... morreu. Só isso.
Bom livro, bom sentir os efeitos da guerra longe do front.
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Vicente 07/06/2020

Excelente
Outro grande livro de Natalia Ginzburg. Esse é ambientado durante a segunda guerra a autora volta a abordar temas comuns em suas obras como família e luta contra o facismo. Se você gostou de Léxico Familiar, provavelmente vai adorar esse.
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Juliana 20/06/2024

"e disse que ele, giustino, fizera bem em ir para a rússia pensando como pensava, de ser um como os outros atirando não em nome da pátria, em nome da gente que estava ali sem culpa e no fundo a pátria era isso, a pátria eram os pobres filhos da mãe de tan
Esse trecho me pegou muito, sobre o que é pátria, principalmente num contexto de guerra. mas o livro aborda a rotina doméstica de uma família comum. é tão mundano que alguns personagens soam familiar, como se eles fossem seus vizinhos ou até alguém da sua própria família. pra mim, a leitura foi cercada pelo pensamento de que é tão estranho ver como o tempo passa e a gente nem percebe isso, a gente tem tantos sonhos e motivos e mais da metade deles acaba ficando para trás. acontece. mas também fala dessa nostalgia de olhar para trás e se lembrar dos que foram e dos que ficaram. lindo lindo lindo!!

(one step closer to the sally rooney state of mind)
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stelasxs 07/06/2020

A história de uma família
Todos os Nossos Ontens se passa antes, durante e pós Segunda Guerra Mundial. É interessante a gente observar o amadurecimento e como a Guerra muda as pessoas e de certa forma, suas prioridades. Confesso que fiquei angustiada com o relato das mortes de alguns personagens durante o livro e isso gera empatia (mais do que já tinha) com o sofrimento da autora Natalia Ginzburg que presenciou isso, vendo o marido ser morto e os filhos presos durante a Guerra. Ela consegue colocar todo esse sofrimento, essa angústia em forma de relatos entre os personagens.
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Victor Vale 09/06/2020

Incrível a sensação de familiaridade que essa obra proporciona, principalmente em tempos atuais. O renascimento dos pensamentos autoritários e racistas do fascismo, os falsos heróis moralistas e cobertos de crimes de ódio, a manipulação da informação e a criminalização da luta pela liberdade. Ainda os aspectos sociais de fascistas por conveniência, a massa silenciosa mesmo que incomodada, a sensação de que existe problema, mas que está longe demais para se tomar uma posição até ser tarde demais e os poucos que gritam alto demais, mas que representam menos que 30%. Foi um posicionamento elegante da TAG, que apesar das polêmicas de não ser posicionar e convidar ao não debate político, mm mostrou se ponto de vista.
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Camila 11/06/2020

Escrita simples, de grande profundidade
Gostei muito do modo como a história percorre a vida de duas famílias , transitando entre os anos da Segunda Guerra e acompanhando-os na Itália. A escrita da autora é simples , nos faz adentrar na história de modo que é possível imaginar cada acontecimento com detalhes, os sentimentos das personagens, e a vida cotidiana dos mesmos porém em um período caótico e hostil que foi a presença do fascismo e a vivência nesse período.

Recomendo muito a experiência de ler uma obra de Natalia Ginzburg.
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Paula 13/06/2020

Delicado e incisivo
A forma com que este livro foi escrito é em si uma obra de arte. Uma sucessão de pequenos acontecimentos, e de repente um grande acontecimento. Colocado ali, como simplesmente mais um. Uma narrativa que remete a língua falada, mais do que com a escrita. Recomendo muito.
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Thimsilva 15/06/2020

O maior recurso estilístico desse livro é aparentemente não usar nenhum recurso. Nathalia Ginzburg de forma muito inteligente usa uma narrativa que soa quase como uma história contada oralmente. Apesar disso tornar a leitura mais arrastada, aproxima o leitor das experiências relatadas e nos imerge na história de uma forma mais completa
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Marquinho 16/06/2020

TODOS OS NOSSOS ONTENS

Um texto lindo, comovente de narrativa em 3a. pessoa, com a II guerra como pano de fundo e responsável por todo sofrimento, separação e mazelas envolvendo as duas famílias que protagonizam a história e a divide, de certa forma, em dois polos sociais, provocando mudanças pessoais e universais. Um olhar lúdico que exige do leitor uma atenção mais focada na sensibilidade do texto e na força exercida sobre as pessoas. ??????????
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Carolina 16/06/2020

A escrita da autora é muito envolvente e fluida, embora no começo cause um certo estranhamento por conta das frases diretas e repetições propositais.

O que tornou essa leitura especial pra mim foi viver uma história que se passa em um período já retratado exaustivamente na literatura, porém numa nova perspectiva, onde podemos ver como os acontecimentos gerais afetam de forma pessoal as famílias e seus relacionamentos.

Toda a narrativa é feita de forma crua e direta, sem ?floreios? a cerca dos acontecimentos. Acredito que por isso me pareceu muito diferente de tudo que já li, e adorei a experiência.
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Bolachilds 17/06/2020

A história é boa
O tema é realmente interessante, porém achei a leitura muito arrastada. O livro não traz muitas emoções nem personagens marcantes, porém no final de cada parte (são duas), podemos encontrar um pouco. No geral, considero este livro como o menos atrativo lançado pela tag neste ano até agora (junho) porém é uma leitura válida.
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