Todos os nossos ontens

Todos os nossos ontens Natalia Ginzburg




Resenhas - Todos os Nossos Ontens


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Simon.Xavier 01/09/2020

Diferentemente incrível
A escrita de Natalia é incrível. A narrativa, em terceira pessoa e sem diálogos, além de única, faz com que se sinta como se fosse tu mesmo que estivesse a narrar a trajetória da vida das duas famílias nas quais a história é centrada. A partir de uma narrativa que se aprofunda nas crenças e vivências das pessoas e sem nunca expor nada que não seja por meio dos olhos dos personagens, somos capazes de ter uma empatia que dói, um compartilhamento da angústia, trsiteza e medo que foi viver numa época de guerra, sem certezas do amanhã. Sensacional e importantíssimo, Natalia critica sem expor opiniões, sem enviesamentos de fatos, nos fazendo entender melhor o impacto não só da guerra como do próprio fascismo.
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Selennie 03/09/2020

A guerra no dia-a-dia
A guerra como personagem de um dia-a-dia comum....
Já li bastante sobre a 2a guerra e fascismo de Mussolini, foi muito legal ver tudo do ponto de vista comum, de uma pessoa ridiculamente insignificante. Ainda que dolorosamente insignificante em sua própria história...
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Renata Barreto 04/10/2020

Achei a narrativa meio lenta e isso criou todo um clima para perceber o passar dos dias de pessoas que viveram a Italia facista. Amei acompanhar com a playlist.
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Ana Clara 22/10/2020

Marcante
“Todos os nossos ontens iluminaram para os tolos
O caminho de uma morte poeirenta”
Macbeth, V, vv.22-23.

Não acho justo avaliar uma leitura assim que a termino, acho necessário amadurecer e saborear aquilo que foi lido, e isso aconteceu de forma muito bonita e espontânea com esse livro, não havia percebido o quanto ele havia me impactado até refletir sobre, revisitá-lo e me permitir senti-lo.

Sem que eu percebesse os personagens não deixaram minha cabeça após o fim, Cenzo Rena, Anna, Ippolito, Emanuele e Giustino insistiam em reaparecer em meus pensamentos, e no fim me apaixonei por eles.

Um livro que mostra a guerra e o fascismo italiano pelos olhos de duas famílias, uma maneira diferente e super interessante de acompanhar esses eventos históricos. Iniciamos com o fascismo já instaurado e com um pai antifascista que denuncia a seus filhos os horrores desse regime, essas famílias são vizinhas, e acabam aos poucos criando laços.
O livro avança até a eclosão da segunda guerra e prossegue até o fim desta.
É muito interessante acompanhar os dramas familiares tendo esse plano de fundo e como esse contexto influencia a vida de cada um. A maneira como a autora mostra que aos poucos esses acontecimentos vão deixando de ser apenas situações externas e passam a ter um papel central na vida dessas pessoas é muito interessante, uma transição que ocorre ao longo de toda a história e vai escancarando os impactos dela para essas pessoas.

A evolução dos personagens é muito interessante e fui sendo tomada por uma empatia e apego por eles a cada acontecimento, alguns mais que outros.

Terminei o livro sabendo que tinha gostado, mas foi alguns dias depois que percebi que esse era um livro da vida.

Uma leitura que me tirou de observadora e me implicou por inteiro, me fazendo querer que os personagens reagissem, me afligia com eles, mas o livro é esse, uma visão real da vida e das relações, como elas nos frustram, e como nem sempre temos bagagem emocional ou não para lidar com certos problemas que nos atravessam, e é isso que o faz tão lindo e sensível.
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Valéria 24/10/2020

Todos os Nossos Ontens
Não gosto de livros fáceis. Nunca gostei. A minha ideia de literatura, de forma geral, tem que ter o poder transformador de arrancar-me da zona de conforto e preencher o meu ser de reflexões ou confrontos. Nesse sentido, as sensações, e impressões, que tive em "Todos os Nossos Ontens" alteravam-se na mesma velocidade em que prosseguia à leitura. Meu veredicto: é uma obra sensível, marcante e que vale a leitura.
"Todos os Nossos Ontens" é, aparentemente, de difícil assimilação. Tendo em vista o estilo narrativo com teor proposital de oralidade, a minha experiência de leitora foi em estar imersa em um eterno fluxo de consciência. A narração é, sim, confusa e ansiosa, mas poderia ser diferente? O contexto de guerra é obscuro, incerto e doloroso! Por diversas vezes, senti em mim a ansiedade de Anna, como se o ar que eu necessitasse tivesse sido sugado pelas inquietações dos personagens frente à guerra. Vazia de discursos diretos, ironicamente, o que a metaficção historiográfica de Ginzburg mais possui é diálogo. Diálogos entre os personagens, monólogos interiores, fluxos de consciências; diálogos entre autor e leitor, entre narrador e leitor, entre texto e leitor. A própria narração se desenrola em um diálogo, uma ânsia do narrador em fazer conhecidos, nos mínimos detalhes, os cotidianos e as angústias dos personagens. Esse adentrar na história por meio dos bosques ficcionais foi o que mais me fascinou na escrita. A escrita é limpa, pura e com rodeios essenciais para a construção do enredo. O título faz referência não só à tragédia shakesperiana como também às memórias reais de personagens. No que diz respeito à realidade da guerra fora dos livros, muitas vezes, pessoas reais, que foram vítimas das maiores atrocidades, tornam-se apenas números, pessoas sem face, sem nome, sem história. Na ficção de Ginzburg, a guerra tem rostos, famílias, sonhos e memórias. Que autorreflexão histórica esse discurso literário gerou em mim!
Agora, um questionamento válido. Como manter a sanidade mental em meio a um cenário mortal e assombroso? É lícito questionar as atitudes irracionais dos personagens? É certo esperar maturidade em situações tão adversas? Difícil argumentar.
Para ler a resenha completa e com spoilers acesse https://desassossegosliterarios.wordpress.com/2020/06/13/todos-os-nossos-ontens-desassossego-literario-de-junho/
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Bruna 21/11/2021

Todos os Nossos Ontens
Uma história que parece muito real. Com personagens tão reais que às vezes senti que conhecia todos.
A leitura é um pouco mais lenta pela falta de diálogo, mas repleta de sentimentos.
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Lusia.Nicolino 05/07/2020

Cenzo Rena, Emanuele, Danilo... você precisa descobrir quem são!
Há um livro a ser queimado. E não estamos falando da obra primorosa de Natalia e sim do livro de memórias do pai de Ippolito, um dos nossos personagens. Continuar, registrar a existência antes da morte, os acontecimentos – banais para uns, fundamentais para outros. Que impacto há no desenrolar dessa história?
Todos os nossos ontens pode ser considerado um exemplo de metaficção historiográfica, termo cunhado pela teórica Linda Hutcheon, quando romances revisitam a história de forma crítica.
E Ginzburg nos oferece com sua narrativa envolvente, singular, a história de famílias italianas, vizinhas, apanhadas pela guerra e pelas mudanças causadas por conflitos e influências internacionais. Nada muda porque tudo está mudando e tudo assombra.
Amizade, amor, laços por conveniência, origens, cada personagem carrega seu destino e nos entrega um pouco de tudo. A guerra e suas marcas para os que estão na linha de frente e para os que estão nos povoados distantes, esperando notícias, esperando o pior.
Nada do que é simples passa ao largo. Leve o cachorro com você, não esquece o anel, preserve o vestido. Quem poderá ser pego no contrapé da dança?
Concettina, Anna, a senhora Maria como essas mulheres entrelaçam seus destinos a Cenzo Rena, Emanuele, Danilo. Você precisa descobrir


site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Nath Medeiros 08/08/2020

TODOS OS NOSSOS ONTENS por Nath do @LendoA2
Em "Todos Os Nossos Ontens" conhecemos duas fami?lias de classe me?dia italianas e imergimos em suas vidas ao mesmo tempo em que o mundo assistia a? ascensa?o do fascismo e ja? se encaminhava para a grande guerra que estava por vir.

O estilo de narrativa de Natalia Ginzburg se assemelha com o fluxo de conscie?ncia (o que inclusive me lembrou Mrs Dalloway, de Virgi?nia Woolf), mas que e? trazido aqui atrave?s de um narrador que vagueia pela mente de va?rios personagens, e na?o apenas um, conhece seus pensamentos e sentimentos mais profundos e inclusive adapta sua linguagem de acordo com o personagem do momento. Por causa disso, Ginzburg consegue cria um ar intimista, capaz de fazer eu me sentir quase parte daquele grupo, despertando um sentimento de carinho pelo seus membros como se fo?ssemos velhos amigos.

A narrativa tem como pano de fundo a II Guerra Mundial pore?m, em nenhum momento a guerra e? a protagonista da histo?ria. O tema central sa?o as relac?o?es e os dramas familiares. As diferentes repercusso?es da guerra esta?o presentes sob uma perspectiva mais psicolo?gica e interna de cada personagem. E? interessante ver como os eventos afetam cada um de forma distinta: a idealizac?a?o de heroi?smo e busca por aventura em uns, a alienac?a?o de outros que resolvem ir para a guerra porque ?estavam entediados em casa? ou os que acham a guerra boba demais porque nada tem acontecido de diferente na vida deles de fato.

Ao final vemos os personagens diferentes de como os conhecemos no ini?cio, resultado desse processo de amadurecimento que acompanhamos ao longo de toda a histo?ria e o livro terminou me deixando com uma sensac?a?o de conforto.

Talvez pelo estilo de escrita (que na?o estou com ta?o acostumada) somado a? grande quantidade de personagens, a leitura tenha sido um pouco desafiadora no comec?o. Pore?m, apo?s esse sentimento inicial, quando me aclimatei a? linguagem da escritora, a leitura fluiu muito bem e o livro cresceu bastante no meu conceito. Foi uma grata surpresa conhecer a escrita de Ginzburg atrave?s dessa histo?ria, que com certeza e? so x za primeira de muitas outras que agora quero ler.
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Ana Rohrer 25/08/2020

Narrativa expressiva de uma familia durante o fascismo na Itália.
A política e a vida familiar com todos os problemas sendo enfrentados de forma diferente por cada personagem.
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Se.mi.na.re | IG Literário 25/08/2020

Resenha "Todos os Nossos Ontens" - Se.mi.na.re | IG Literário
“Todos os Nossos Ontens" (1952), de Natalia Ginzburg, traz uma narrativa movente sobre a vida de duas famílias italianas em meio à Segunda Guerra Mundial. Contada a partir da perspectiva da personagem Anna, desde sua infância até a entrada na fase adulta, vemos como ela percebe as mudanças que sua família e amigos passam ao conviver com a guerra. Além da jovem, temos contato também com detalhes das vidas de seus três irmãos, Concettina, Ippolito e Giustino. Os quatro irmãos enfrentam as mazelas de uma Itália dominada pelo fascismo e uma incerteza sobre o futuro do país.

A família da casa da frente de Anna é também parte importante da história, pois a amizade entre eles trazem para a trama conflitos que nos possibilitam compreender como diferentes pessoas lidavam com o cenário de guerra. Anna, por sua vez, ansiava pela guerra. Pois, assim como seu pai, ela queria fazer a "revolução" e acabar com o fascismo que assolava a Itália.

A partir de fatos inesperados, as famílias protagonistas passam por mudanças drásticas em suas vidas e os jovens personagens transformam-se ao longo do tempo, revelando uma característica marcante da escrita de Ginzburg. A autora utiliza sua própria experiência da resistência antifascista para representar a evolução dos personagens frente aos desafios do cenário da época retratada, bem como o confronto entre conflitos internos e externos dos mesmos.

Edição da obra na foto: 2020 (versão @taglivros)
Editora: @mercadodasletras
Tradução: Maria Betânia Amoroso
Título original: Tutti i nostri ieri

Resenha por: @jalmirribeiro

site: https://www.instagram.com/p/CEMiWYDD5fC/
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Chele 29/08/2020

Todos os nossos ontens fala essencialmente do passado em comum, que liga as memórias pessoais e coletivas de forma íntima e crítica. Em meio ao caos da guera são entrelaçados narrativas sutis, sensíveis e até intimista sem fazer com que a guerra seja o alvo principal e sim o que ela faz com as pessoas e seus sentimentos, ou seja, apesar da guerra ser o motivo do romance não é ela quem faz o protagonismo. A escrita da autora é sublime em fazer com que o extraordinário se misture ao cotidiano sem nenhum alarde, com um olhar pessoal a propriedade de contexto ela é extremente feliz em criar uma bela obra.
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Ludhi 13/09/2020

Mais um livro que não conheceria se não fosse a TAG. O livro se passe na época do facismo italiano. Recomendo demais para os tempos atuais!
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Vivi 09/10/2020

O diferencial aqui é que  apesar do pano de fundo ser um antes e pós guerras (  1939- 1944)  o foco está em duas famílias de classes sociais diferentes a coincidência é que ambas perderam o pai bem logo no início. E os destinos por um momento se entrelaçam.
 ¨ Tijolinhos por tijolinhos¨, personagens e cotidiano são construídos, mas de uma maneira muito veloz e mais rápido ainda damos adeus a eles. Se não prestarmos bem atenção a essa leitura com certeza vamos nos perder em relação aos personagens. São muitos!!! Este foi o motivo da minha demora com esse livro e também não posso negar que houve uma parte arrastada do em um determinado momento. Mas não tirou a beleza do enredo. 
Vamos acompanhando toda a inocência, as lutas , as tragédias que foram transformando ou levando alguns .  As intrigas familiares, as traições , suicídio, os movimentos de alguns personagens conspirando quanto a  revolução,vários momentos bem tristes e tudo nos é contado de uma forma que pelo menos pra  mim não tive tempo de me preparar. E podemos observar como não é diferente até os dias atuais  que quando menos esperamos, mesmo sem intenção estamos ali em meio guerras políticas , alguns tirando partido outros nem tanto mas mesmo distante estamos envolvidos. E que governantes não se interessam pelo povo e entram em suas guerras sem pensar. Em contra partida quanto se trata do povo cada um vai defender ou lutar de forma diferente naquilo que acredita ( como em nossos tempos atuais ). Vão dar a cara a tapa, ou vão fazer as escondidas. Não se pode deixar também de dizer que também temos aqueles que olham para o próprio umbigo.  Mas cada um a seu modo vão enfrentar suas consequências. Acompanhamos aqui diferentes formas de se encarar uma guerra e suas consequências.
Uma bela história que deve ser lida sem sombra de dúvidas.
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Margallyne 18/10/2020

A história começa lenta e vai se desenrolando de forma acertiva e cativante. Quando você vê não quer mais parar de ler e ver onde vai chegar cada personagem.
E como é certeiro o final do posfácio, escrito pela Vilma Arêas: Todos os nossos ontens se fecha como um anel.
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