Resenhas - Galateia

Raquel 20/01/2024

Mil vezes melhor que a bomba de aquiles
Foi minha primeira experiência com áudiobook e acabei gostando bastante.

É de certa forma uma história triste ou pelo menos agridoce, em que Madeline soube construir tudo muito bem, fazendo com que Galateia não fosse apenas "a mulher" e sim Galateia.

Gostaria que ela tivesse tido um final mais feliz, mas foi um conto muitíssimo bom, mesmo assim.

Isa 19/01/2024

Que conto bom
Impossível não se indignar com a história de Galateia, é uma ótima representação exatamente do que a autora quis passar, a fetichização da pureza da mulher, a vontade dos homens de encontrarem uma ?mulher perfeita? que não existe, da mulher só ser boa se não tiver vontades próprias, desejos, que foi o que Pigmalião imaginou ao pedir Galateia á deusa.
É um ótimo livro e é realmente incrível ver como a autora escreve muito muito bem e retratou Galateia como uma mulher que manteve (pelo menos na medida do possível) sua sanidade mental e pensando em sua filha.

Pepz 19/01/2024

Interessante
"O final feliz de Pigmalião só é feliz se você aceitar uma boa dose de ideias repulsivas: a noção de que uma mulher boa é aquela desprovida de qualquer identidade para além da função de servir a um homem, a fetichização da pureza sexual feminina, a associação do marfim ?branco como a neve? com a perfeição, a primazia da fantasia masculina sobre a realidade feminina."

É um conto bem curto, bem simples e direto, mas que apresenta muito bem essa visão da autora sobre o mito, uma visão que agora também compartilho, muito interessante.

"O termo ?incel?, os celibatários involuntários, não estava em ampla circulação quando escrevi este livro, mas Pigmalião certamente é um protótipo."

Thay.Alves 19/01/2024

Eu simplesmente não estava preparada para isso!
Galateia é uma personagem que, embora a acompanhemos em poucas páginas, é muito bem desenvolvida.

Luanna Carvalho 19/01/2024

Circe continua sendo de forma disparada a melhor obra dessa autora, a canção de Aquiles não consegui chegar nem na metade, ainda bem que esse é só um conto

Camille98 19/01/2024

Galateia
Muito interessante a releitura, trás uma perspectiva feminina e muito corajosa de um conto antigo e escrito originalmente por um homem. Mostra um ponto de vista que é constante na vida de muitas mulheres no dia a dia. Me surpreendi no final, com certeza foi necessário ela fazer o que fez. Por mais que seja triste, foi libertador para ela.

nick 18/01/2024

Eu li como audiobook, então pareceu uma fofoquinha e foi interessante. Porém, se eu tivesse lido normalmente, não iria gostar. A história é ok, mas senti que a escrita é mecânica demais.

chuwanning 17/01/2024

Curti
Gostei muito do enredo e do contexto, é dramático e bem encaixado. a escrita da madeline é, na verdade, muito simples, e os floreios dela são bastante pontuais em momentos estratégicos, passagens mais dramáticas, o que dá a sensação de que a escrita é muito melhor do que é. não tira o mérito, claro, é muito bom.

Celeste26 17/01/2024

Queria mais
Amo essa escritora, mas não curto contos pois eles sempre são rasos demais pela pouca quantidade de páginas. Não dei uma nota menor pra história pois gostei (como sempre quando se trata dessa autora) de como ela crítica a misoginia horrenda da lenda que origina a história, além de possuir uma escrita que me fascina.

Afios 16/01/2024

Galatei: um conto bem contado
Se eu pudesse eu leria até a lista de mercado da Madeline Miller, tudo que ela escreve é bom como pode ?

brunavidal 16/01/2024

Bom mas tão pouco?.
Sei que é pra ser um conto, rápido e pequeno. Mas pra mim foi até curto demais, queria uma história grande só desse conto, um livro, um capítulo, sei lá, só mais!!!! adorei muito, a crítica está escancarada e adorei o comentário da autora no fim.

drowzee varela 16/01/2024

Madeline miller!!!!!!!!!
Cara é bizarro o quanto o mito é facilmente aplicado aos dias atuais
fiquei muito perturbada ao longo da leitura, é um livro meio pesado
a nota da autora foi o ponto alto do livro pra mim, extremamente necessária. não conhecia o conto/mito original e fiquei mais perturbada ainda ao saber que nele os personagens “vivem felizes para sempre”. Ja autora traz uma história com uma perspectiva diferente e com um final totalmente adequado.

liliaceae 16/01/2024

Grandona sem medo
Eu sou suspeita para opinar sobre a autora, pois leria até a lista de compras dela, se possível. Amei sinceramente como ela adaptou o mito para criticar a misoginia e a objetificação da mulher presente no mito original. Além disso, abordou de forma brilhante como, mesmo sendo escrito há séculos, o tema permanece tão atual ! "Mas essa é a marca de um bom mito de origem: um oceano tão vasto que se estende através dos séculos." Como ela própria disse!

amorime_ 16/01/2024

Se a Deusa existe, ela está sorrindo pra mim...
O capítulo final, onde a autora sabiamente expõe o quanto a história original é misógina e só tem um "final feliz' se você, como leitor, for capaz de aceitar e normalizar ideias e pensamentos terríveis, foi um abraço em minha pessoa. Eu passei o conto inteiro abismada e totalmente perplexa em como o Pigmaleão enxergava a mulher como um objeto a ponto de querer criar uma para suprir seus desejos. Tipo, o cara queria uma mulher para ter filhos e fazer s*xo com ele sempre que solicitado, mas ao mesmo tempo com uma inocência fingida a ponto de ela ter que corar toda vez que fosse tocada, pra ser diferente das p*tas. O quão absurdo e sem lógica isso é?

A Madeline Miller conta, ao final, qual é final do conto verdadeiro e, teoricamente, Pigmaleão e Galateia viveram felizes para sempre, como um lindo contos de fadas. Eu gostei mais dessa versão, onde ela finalmente se vinga dele.

Aliás, a cena onde ela vê a lua minguante e pensa "se a Deusa existe, ela está sorrindo pra mim" é bem simbólica. No final, são mulheres que ajudam mulheres, e viva a sororidade.

*btw: o audiobook da Audible, narrado pela Carla Dias (não, não é a atriz) é bem bom

Janyne 15/01/2024

Galateia
É uma história bem tocante e profunda, mesmo sendo um livro bem curto, te faz refletir o quão real a história pode ter sido.