Resenhas - PHEBY

Jorlaíne 30/07/2022

A crueldade humana
A autora fez pesquisas sobre a condição dos escravizados e se baseou numa história real para escrever essa obra. A obra é dura, repleta de exemplos de castigos aplicados durante o período de escravidão. Uma narrativa fluida sobre um enredo cruel que nos indigna a cada página.
Durante a leitura pensava a cada instante: como pode um ser humano tratar outro com tamanha crueldade?!
Recomendo a leitura!

Paula 01/08/2022

Porque?
Essa é a pergunta de me fiz do início a fim do livro ? Humano tratando humanos como se fosse mercadoria. Que ficção extraordinária

Albieri 20/08/2022

27° Livro do Ano
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Pheby - Sadeqa Johnson
" Você é uma escrava no nome, mas nunca na sua cabeça."

Pheby é filha se uma mulher escravizada com dono da fazenda onde vive. Foi-lhe prometido que ao completar 18 anos iria para uma escola e viveria em liberdade, algo que não foi reservado a sua mãe.

Pheby enfrenta seus medos com esperança de um dia ser livre, ainda na fazenda conhece o amor de Essex, porém a esposa do mestre (todos os escravos chamavam assim seus senhores ) da fazenda fez de sua vida um inferno e quando sua mãe e mestre Jacob sofreram um acidente, nada houve que ela pudesse fazer e sua mãe faleceu, mesmo assim ela armou a fuga de Essex da fazenda e foi punida ao ser enviada para a prisão dos Lápide, conhecida como terra do Diabo.

Pheby foi posta a leilão, onde o próprio diabo acabou ficando com ela, pois se encantou com sua beleza. A mesma chegou grávida a prisão, um filho do seu amor com Essex. Após tê-lo se viu prisioneira de Rubin que fez dela sua "esposa" (era proibido na época casamento entre negros e brancos) .

Ela teve 4 filhas com o mesmo e sua luta era para proteger sua prole, ela arrumava as garotas para os leilões, mas um dia tudo mudou quando um fugitivo foi levado cativo naquele lugar, era o amor que outrora ela tinha ajudado a fugir. O mesmo sofreu um castigo cruel.

Mas Pheby apesar de todo o medo, precisava tirar seu primeiro filho daquele lugar, antes que fosse tarde e o amor de sua vida também, então mais uma vez ela planejou sua fuga e com sucesso eles fugiram.

Pheby sofreu, mas depois da guerra entre o sul e o norte dos Estados Unidos e com a vitória de Lincoln finalmente os escravos estavam começando a ser libertos, mas alguns ainda era contra. No final seu esposo faleceu deixando a cadeia para ela, que alugou para o reverendo da igreja batista para que aquele lugar de sofrimento, se transformasse numa escola para os recém libertos.

Esse livro tirou muitos sentimentos de mim, vi que parte da história, apesar de ser ficção se baseou em uma interpretação errada da Bíblia, a escravidão acabou, mas ainda vemos vestígios delas nos dias atuais e quando você encontra alguém negacionista é por que não sofreu com o preconceito, ou por que vive dentro de uma bolha e não se dispõe a estoura-la.

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Lívia Casari 24/10/2022

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Perfeito. Perfeito.
Perfeito mesmo. Que história linda!! Triste mas necessária. Indico pra todo mundo ??

Márcia 25/08/2022

Uma leitura muito fluida e extremamente dolorida. O apego e a sensação do desespero de Pheby nos deixa preocupados e ávidos pelo término da história, como se o final também nos proporcionasse a liberdade tão almejada por ela e pelos personagens cativos.

Helayne.Bessa 26/10/2022

Ótima escrita
O tema é triste e alguns acontecimentos são de quebrar a gente. Mas certos episódios da história da humanidade não devem ser esquecidos, na esperança de não serem repetidos. A escrita da autora é ótima e ela não fica remoendo cada parte sofrida, quantos litros de sangue correu, cada expressão, ou descritivas cansativas. Conta somente o que deve ser dito. Muito bom.

Yasmin.Cade 03/10/2022

É sempre difícil (mas necessário) ler sobre escravidão
'Pheby' é uma obra relevante, que coloca sua protagonista no centro e não tem receio de mostrar o que existir na pele de uma escrava significa.

Pheby é uma negra de pele mais clara, educada pela avó branca, mas vendida pela senhora da casa para uma prisão de escravos, onde ela precisa se ver em posições controversas para garantir sua sobrevivência.

O livro carrega um grande peso nas costas e mostra muita dor. Ao mesmo tempo, faz isso com certo equilíbrio nas palavras e no tom, de modo que a atmosfera consegue ser pesada mas não chega ao insuportável (ao contrário de obras no estilo de 'Menino Mamba-Negra' que são tão atordoantemente fortes que quase não consegui terminar de ler).

O livro nos dá espaço para sofrer e refletir sobre os acontecimentos. Há respiros, incômodos e sentimentos que se embatem e se conectam de formas bastante humanas.

Apesar de ter me envolvido pela história e ter me comovido pela forma como tudo foi acontecendo, senti falta de um fluxo narrativo mais intenso e multiplicador de significados. Por muitos momentos, senti que, criativamente, a obra estava estacionada, sem avançar em uma crescente.

Por isso, apesar de ver valor na forma genuína em que a autora abordou Pheby, que representa muitas mulheres escravas mulatas que sofreram demais em suas existências, também vejo certo potencial subaproveitado aqui.

Léo 04/01/2023

Uma ficção realista
O romance "Pheby" de Sadeqa Johnson traz uma imersão a realidade da escrivão nos EUA do século 19

A protagonista Pheby Delores é uma mestiça, nascida da relação entre sua mãe - Ruth, uma negra escravizada - e o dono da plantação.

Ruth faz um acordo com o pai de Pheby para que ela receba uma carta de alforria ao completar seus 18 anos. Mas infelizmente nem tudo aconteceu como planejado e ela é vendida para a prisão de Lapier conhecida como terra do diabo pela tortura, desumanidade e atrocidades vistas ali.

O romance traz uma imersão a realidade da escravidão.
Quando aprendemos na escola, vemos que a escravidão foi algo cruel, mas de uma maneira "presenciar" isso através dessa história é algo que me fez perceber o quão assustador verdadeiramente é, o quão desumano e monstruosa foi essa época.

Poder acompanhar a história de Pheby, presenciar, de certa forma, o que ela presenciou durante a trama me fez perceber o quão assustador é isso ter sido real.

A objetificação dos negros é BIZARRO, os brancos se referem aos negros como meros objetos ou itens.
Pior, muitas vezes fazem questão de humilhar, mesmo sem motivo algum.
Tudo isso vindo de um desejo de se enxergar como superior.

Até mesmo objetos reais eram mais bem tratados do que os escravos.

Acho que o mais legal de Pheby é saber que grande parte dessa história é inspirada em fatos reais. A autora resgatou nomes de escravos daquela época encontrados em arquivos e fatos reais.

A protagonista Pheby é inspirada em Mary Lumpkin, uma mestiça que é concubina do dono da prisão.

A história toda é baseada nos fatos ocorridos em Richmond, Virgínia

Foi uma baita imersão em nosso passado e uma experiência que me fez entender melhor a monstruosidade humana.

Lu Salles 30/07/2022

Um livro surpreendente!
A leitura nos leva ao tempo da escravidão nos EUA num período bem polêmico. E é nesse período que vamos conhecer a história de Pheby, uma jovem filha de escrava com o Senhor da casa e toda a trajetória para sobreviver e dar um futuro melhor as suas filhas.

Camilla.Conti 14/07/2022

Arrebatador
Um livro cru, pesado, e lotado de carga emocional. Acompanhamos a vida de Pheby e todas as situações que ela passou sendo uma escrava na Virgínia. Essa personagem é tridimensional, e muito, muito forte! Esse foi o livro mais pesado que já li acerca da escravidão nos Estados Unidos, e a Nota da Autora faz tudo se tornar ainda mais real.

Erica.Barone 01/07/2022

Ficção histórica inspirada na vida de Mary Lumpkin, essa obra apresenta uma leitura difícil do ponto de vista social e psicológico, porém muito proveitosa. Se de um lado temos relatos de terror, de outro temos bonitas histórias de resiliência, esperança e superação. Não é fácil digerir toda violência, subjugação, suportados pelas pessoas escravizadas, mas é reconfortante saber que sua luta e resistência não foram em vão. Livro emocionante e envolvente.

Badu 03/07/2022

História marcante e difícil de ler, mas impossível de largar
Não leio muitas ficções históricas e esse mês a TAG Inéditos me surpreendeu com essa obra. A grande maioria das obras de ficção que se passa nos século XIX, seja literária ou cinematográfica, mostra a perspectiva dos brancos com sua riqueza, soberba e a beleza da época. Pheby, por outro lado, evidência a parte horrível da história: a escravidão.
A leitura desse não foi fácil, claro. Entretanto, a escrita da Sadeqa Johnson é simplesmente fantástica e a história é sensacional. Você simplesmente não consegue largar o livro.
Os maus tratos, condições desumanas e a violência contra negros, principalmente a violência sexual contra as mulheres, são evidenciadas nesse livro. De certa forma, a história nos faz refletir sobre os acontecimentos atuais e como estamos retrocedendo como sociedade.
Algo que me chamou muito minha atenção é o amadurecimento de Pheby em poucas páginas. No início do livro, ela mostra uma inocência tão grande (um privilégio, ao se tratar de uma escrava) em sua narração que fiquei chocada ao descobrir que tinha 17 anos. Mas, ao passar de poucas páginas, da para ver claramente o quanto ela muda diante das inúmeras agressões que sofre. Sem dar spoiler, outra coisa que me chocou foi como ela tratou, algumas vezes, outros escravos, o que me deu certa raiva dela.
Em um dos meus históricos de leitura, falei que entraria em depressão se o livro não tivesse um final feliz, mas quando se trata de escravidão, não sei bem o que eu estava esperando. No entanto, fiquei bem satisfeita.
Considero esse livro muito importante e a leitura vale muito a pena!

Vanessa.Tasse 04/07/2022

Muito bom esse livro. Uma mistura de coragem e tristeza.
"Você é uma escrava no nome, mas nunca na sua cabeça."

Gabriela3872 22/02/2024

Forte
Que livro!

É uma obra de ficção que foi baseada em fatos reais, e isso pra mim deixa tudo mais doloroso.

Eu devorei esse livro e as emoções que senti foram variadas, senti pena, de todos os personagens exceto brancos, senti muita raiva, geralmente de algum branco, mas também da Pheby às vezes, mas por culpa de um branco, senti tristeza de "presenciar" todo aquele sofrimento e crueldade, tive esperança de que as coisas fossem mudar logo e também me iludi pensando que haveria um final feliz.

Foi uma pancada, não tenho como definir de outra forma, e eu adorei.

Ana Cláudia 09/07/2022

Escrava, mulher, mãe e guerreira
A história de uma menina escrava que se torna uma mulher, mãe, guerreira. Um livro que conta um pouco das atrocidades da escravidão e o que uma mãe é capaz de fazer por seus filhos. O final achei uma pouco resumido, esperava um pouco mais! Mas é um bom livro e super indico.