Nati Gaiewski 09/07/2022
Apaixonante
Em menos de duzentas páginas várias vidas ganham voz de maneira espetacular, as narrativas nos tocam, evidenciam os pesadelos que tantos vivenciam, em especial as mulheres e crianças. É incrível como é retratado todas as dificuldades e injustiças que aquelas pessoas passaram sem mostrá-las fracas ou frágeis; durante todo o livro vemos mulheres fortes, algumas perdidas mas que não desistem da luta, sempre apoiadas umas pelas outras. Esse livro é o retrato perfeito da sororidade, começando com Blanche em 1925, a fundadora do Palais de la Femme, um abrigo para mulheres refugiadas e/ou em situações de risco, e depois, nos dias atuais, o seu legado tendo continuidade com Solène e mais várias outras mulheres. A princípio, e talvez até a metade da história, parece desesperador a vida das duas, tanto a de Blanche quanto a de Solène, até que ambas, em seus próprios tempos, acham as suas inspirações e fazem o que sabem de melhor, se tornando mais uma vez as vitoriosas.