Bianca | @estanteliiteraria 21/05/2023Dois mal humorados que foram feitos um para o outroNa infância, Sal era apaixonada por Kulti, um dos maiores jogares de futebol que existe, esse sentimento fez com que ela crescesse amando o futebol e seguindo essa carreira. Muitos anos se passaram e agora Kulti é um dos seus treinadores, ela acredita que sua paixonite infantil já se foi, mas ao se aproximar do novo treinador tudo indica que não. Uma amizade nasce entre os dois e sentimentos que pareciam extintos voltam a reviver.
É impressionante como é sempre delicioso voltar para a escrita da Zapata, eu me sinto confortável como se fosse minha casa. Eu sou apaixonada pela forma que essa mulher narra suas histórias e não consigo me imaginar não gostando de um livro dela. Mais uma vez ela me conquistou, mas agora com sua protagonista mais cativante. Eu amo todas as outras e todo mundo que me acompanha sabe que tenho algo muito especial com a Jasmine. Mas, não sou cega e sei reconhecer que a Sal é extremamente cativante, ele te diverte muito em toda a leitura, ela te prende na leitura mesmo quando é uma simples narrativa de treino. Eu amo todos os nomes que ela dá para as pessoas, especialmente para o Kulti, e as tiradas dela são muito divertidas. Ri horrores e marquei todos durante a leitura haha.
O foco desse livro é muito grande na carreira da Sal e você vai ficando aflita quando as coisas vão acontecendo para prejudicar ela. Sua aproximação com Kulti levou a muitos questionamentos do que ela era capaz, colocando em risco tudo que ela construiu em sua carreira. Eu gostei muito do desenrolar que levou essa parte da vida dela e todo apoio da família e do Kulti, mas queria muito ter visto uns personagens que aprontaram com ela levarem uma boa surra.
Um personagem que me conquistou desde o começo foi o pai da Sal, ele é um fofo, eu amei todas as conversas deles dois e as reações dele ao Kulti igual um menino. Ele foi uma graça e arrancou muitos sorrisos meus. Além dele ter sido o pivô de uma das minhas cenas favoritas da Sal falando umas verdades para o Kulti.
Eu amei toda a amizade que ela e o Kulti construíram ao longo da história, acho uma gracinha ela ficando com dó dele por não ter amigos na cidade e ele chamando ela de melhor amiga. As reações da Sal em si com relação ao Kulti é tudo muito fofo. Eu amei todas as conversas, momentos e até as brigas dos dois. Me irritei com o Kulti no inicio, mas ele foi me conquistando assim como a Sal foi quebrando as muralhas em volta do coração dele. Eles são dois mal humorados que foram feitos um para o outro. Mas confesso que passei toda a leitura esperando aquele momento que ficaria louca para ver eles dois juntos, aquele sentimento que tudo que você quer é um beijo, porém isso nunca aconteceu. Não fiquei esperando por isso e sinto que acabou prejudicando minha conexão com o romance dos dois. Eu sei que a Zapata não faz pov do cara, mas acho que era necessário o pov do Kulti para sentir mais dessa parte romântica dele. Ele é um personagem muito calado e inexpressivo, então foi complicado para mim sentir essa conexão se ele não passava nada para mim. Mesmo que as ações dele levasse você a entender que ele gostava dela, isso poderia ser levado pelo caminho da amizade que eles construíram. Mas, na primeira vez deles, MEU POVO QUE PRIMEIRA VEZ, acabei sentindo meu coração de shipper batendo um pouco, no entanto isso foi nas últimas páginas, então foi algo pequeno para uma história de 500 páginas.
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