Doze dias

Doze dias Tiago Feijó




Resenhas - Doze dias


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Vini 28/08/2023

'Doze Dias' é bem rapidinho de ler, mas é arrebatador.
'Doze Dias' fará o leitor caminhar por questões familiares e suas indiferenças, além de tocar em um assunto comum (infelizmente) é bem delicado, que é a ausência paterna. A obra também traz esperança, perdão e cura. É aquele típico livro que mexe com o leitor. 'Doze Dias' é bem rapidinho de ler, mas é arrebatador.

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site: https://www.estantedovini.com.br/post/doze-dias-resenha
Luisa647 29/08/2023minha estante
Nossa, estou com esse livro pra ler essa semana!!! Comprei direto com o autor, autografado.


Vini 29/08/2023minha estante
Eu gostei do livro. Eu acho que você vai gostar também.




Leia35 29/05/2023

Livro Fascinante!
Doze Dias - Tiago Feijó. Editora Penalux.

Resenha feita por Marcelo Oliveira.

Antônio é um jovem metódico e mantém a rotina num sistema rígido de compromissos, mas em uma terça-feira, que principiava como outra qualquer, o toque do telefone o faz confrontar seus conceitos de praticidade. Antes de atender surge um nome que substitui a pessoa que não é digno de figurar entre seus contatos, por isso a alcunha seria o nome da cidade de sua infância.
Do outro lado a voz que solicita ajuda, tenta se equilibrar entre o orgulho e a necessidade, seu pai "senhor Raul" a quem já não contava entre os seus há mais de uma quinzena de anos. Em um texto bastante profundo e intenso, escrito em terceira pessoa e tempo presente, Tiago Feijó apresenta uma história significativa condensada em Doze Dias na luta de redenção e reconciliação entre duas pessoas que deveriam ser muito mais que apenas conhecidos.
Traduzindo com mais sofisticação a receita do sucesso dramático de Aristóteles e Shakespeare, Tiago Feijó nos apresenta os conflitos modernos entre um pai e filho. Um ausente por "ser do mundo e não querer criar raizes" o outro tentando entender seu papel nesse teatro da vida.
Entre os dois o ressentimento de um filho que já não considera o pai um modelo de vida, nem mais nem menos, e um pai que quer discutir as decisões que deu rumo a vida que leva.
Há miséria, revoltas, revelações, vinganças, angústias e ressentimentos, em uma história envolvente e cativante que prende o leitor nos labirintos literários que o autor decidiu enveredar.
Os personagens sao construídos paulatinamentes, auxiliados por outras vozes que se apresentam de forma espontânea e necessária. Então, conhecemos Noemi e Magda, Francisco e Teresa, Dr. José Pedro, dona Amélia, Roberto, Ricardo e Rebeca e por fim Alice, coadjuvantes sem os quais seria impossível desvendar todos os nós que culminam no emaranhado da relação de Antonio e senhor Raul.
O premiadíssimo Tiago Feijó tem personalidade e não se conforna em apenas contar uma história, ele quer que o leitor sinta, cheire, doa.
Quer que veja o que ele vê e usa todo arsenal que dispõe sem reservas. Sua técnica literária é peculiar, mas não menos interessante. É o tipo de escritor que toma a frente do leitor com arrogância e autoridade e mostra que tem competência para tanto. Sua prosa é quase poética sem excessos, mas com beleza e sofisticação. Um belo texto que só encanta a quem busca verdadeiras histórias com verdadeiros escritores.
Sem dúvida alguma é um novo expoente para a Literatura brasileira moderna. Dá gosto ler uma história escrita dessa forma.
M. P. Cândido.
Well 29/05/2023minha estante
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Krishnamurti 10/02/2023

Caprichos da vida e do tempo
Acompanho desde há pelo menos 7 anos, e com vivo interesse, a trajetória do escritor Tiago Feijó. Li e resenhei sua primeira obra publicada (2015), um volume de contos sob o título de “Insolitudes”. Dois anos depois o mesmo aconteceu com o romance “Diário da casa arruinada”, e agora encontro novo romance seu sob o título de “Doze dias”. Obra que foi reimpressa pela Editora Penalux (novembro/2022), à propósito também de ter sido contemplada no ano de 2021 com o Prêmio literário Manuel Teixeira Gomes promovido pelo Município de Portimão em Portugal e, segundo lemos na quarta capa, ter figurado entre os finalistas do prêmio Leya de 2021.

O jovem autor cearense vem ultrapassando etapas com a firmeza dos verdadeiros criadores literários. Faz parte daqueles que estão em busca constante por aprimorar o talento natural via apuro da linguagem, na árdua busca pelo melhor encaixe entre técnica e inventiva, perquirindo as ranhuras da alma humana, sondando suas fendas, e reentrâncias. Esta a lenta e demorada carpintaria das letras. Esse o constante exercício. Nunca pronto e acabado. Penso, e já escrevi sobre, que prêmio literário não significa chancela definitiva, cabe ao verdadeiro escritor, aquele que deseja produzir obra autêntica e duradoura, que não se acomode a fórmulas prontas e trabalhe com todo afinco na construção de seus textos ao longo do tempo. Jamais deve se iludir com as fogueiras das vaidades humanas que tanto equívoco e embuste já causaram.

Feijó mostrou-se escritor promissor desde seu primeiro livro. À propósito do lançamento de “Insolitudes” – Contos. Escrevi: “Enfim, um leque de estratégias narrativas composto de marcas próprias, dando-lhes singularidade, e revelando um ficcionista que sabe exatamente o que faz”. E mais adiante: “A proposta que nos faz se afigura como uma proposta de reflexão sobre o que está implícito como motivação da criação literária. Feijó lança esta proposta como quem sopra um vento fresco através das copas das árvores, a nos acenar com a evidência de que a verdadeira arte é inabitual, excêntrica e se revela também por meio de insolitudes.”

O tempo caminhou, e vi-me dois anos depois (out/2018), a escrever sobre o mesmo autor, quando da publicação de seu primeiro romance: “Diário da casa arruinada”. Pude identificar então, que estávamos diante de um autor que revelava outras facetas literárias quando criou um romance com “arcabouço ficcional que vai nos revelando aos poucos, alguém que valoriza o ato de escrever, mas evidencia também o narrador (autor) que não pretende apenas comover, emocionar com uma história bem contada, ou informar de maneira didática sobre questões sociais da atualidade. Busca como diria Muniz Sodré, produzir um sentido de totalidade com relação ao sujeito humano, fazendo entrecruzarem-se no texto, história, psicologia e metafísica.

E temos agora este novo e premiado romance “Doze dias”. Uma sinopse singela do livro, nos daria conta de que se trata de uma ficção que gira em torno de “um pai e um filho que não se veem há quinze anos, separados por uma indiferença mútua e persistente, rompida apenas uma vez a cada ano, quando o pai telefona ao filho para felicitá-lo pelo seu aniversário. Mas o acaso tratará de pôr fim a este frio afastamento. Certa manhã, o senhor Raul acorda com uma estranha dor que o impede de se levantar da cama; sozinho e abandonado, não lhe resta outra alternativa senão ligar para o filho e lhe pedir ajuda. Antônio viaja duzentos quilômetros com o intuito de levar o pai ao hospital e retornar à mesmice de sua vida, mas o desenrolar dos fatos o mantém por doze dias no hospital, como único acompanhante do doente. Doze dias num quarto de hospital, este o local e o tempo.

Cumpre avançar um pouco mais na sinopse singela, sem prejuízo de spoiler, descortinando a ponta do véu que oculta o cerne da obra e como ele foi trabalhado pelo autor: O tempo que conjugado à memória, é a mola mestra do romance. A experiência ‘momentânea’ daqueles 12 dias de confinamento em um quarto de hospital sob precárias condições de conforto e saúde, contrasta com os 15 anos de afastamento, indiferença e ausências. É a tônica da trama combinada com características psicológicas da memória e das perspectivas que os dois protagonistas optaram, ou foram arrastados pelo rumo sempre incerto das circunstâncias das vida.

Ocorre mencionar também que o tempo cronológico até certa altura pelo menos, demarca duas trajetórias distintas e opostas. De um lado o filho Antonio (32 anos de idade) que nos 15 de afastamento, lutou para construir sua vida. Se torna professor de língua portuguesa, aluno de mestrado em uma universidade, e ainda por cima estuda língua francesa à noite. De outro, e no mesmo decurso de tempo, a mais completa desestruturação de vida. O pai Raul, (64), precocemente envelhecido a viver sozinho em uma casa praticamente vazia de mobiliário, pobre, afastado de parentes e muito doente. Esse tempo cronológico vai se esbarrar com força descomunal no campo psicológico de ambos. Quando atentamos para o plano interno da narrativa, percebemos que a progressão da temporalidade se opera em ondas e não em linha, em quadros – os dias passados no hospital –, justapostos e não encadeados. Tais quadros constroem a narrativa que se baseia na memória. A fabulação se processa por acúmulo de cenas não ordenadas em que o “antes” e o “depois” dizem mais respeito à ordem de colocação dentro do romance, que privilegia o psicológico. Uma técnica narrativa conhecida como time-shift (mudança de tempo). A tessitura da trama surpreende ainda, com flagrância, o sentimento de metamorfose que experimentamos ininterruptamente, como aquele rio perene a correr, diante do mesmo espetáculo. “Mudou o Natal ou mudei eu?”, Machado de Assis se pergunta em um de seus sonetos. E como o “eu” é um fluxo permanente, nada se mantém inalterável.

O que o filho recupera aos poucos é o sentimento impresso em seu subconsciente por toda sua vida pregressa. Os acontecimentos desvanecem, fica a ressonância na memória. Por outro lado, e para além da enfermidade do pai e dentro de si, no mistério das causas profundas de seu atual estado que ele construiu e que resultou em miséria moral e material, algo muito grave estremece-o e perturba-o. Sombras que até então não ousara olhar, mas, no entanto, não poderia jamais ocultar de si mesmo. E no silêncio de sua dor ouve gritar suas grandes culpas.

Este livro nos incita a refletir que o sentido da evolução da vida jamais deixa de atuar, esse o impulso que recebemos porque, mesmo que façamos escolhas, estamos fadados a ir da indiferença para a dedicação, da vingança ao perdão, da dor à felicidade. Não importa o tempo. 15 anos ou doze dias que seja. No caso em questão, a vida negligenciada de um pai pesou em seu destino e a dor, essa excepcional forjadora de almas, fez o seu trabalho. Este o destilar do labor da existência. Pai e filho fizeram escolhas em tempos variados e na medida do que podiam conceber no transcurso do tempo. Ocorre, entretanto, uma insuspeitada sublimação. Aí a verdadeira ascensão do espírito que deseja transferir para mais alto o centro de sua vida.

Tiago Feijó venceu o Prémio Ideal Clube de Literatura em 2014, em 2021 conquistou o Prêmio Manuel Teixeira Gomes em Portugal. Esteve bem próximo de vencer o São Paulo de Literatura em 2018 e o Leya de 2021. A julgar pelo caminho que vem trilhando e que já referimos, de perquirir as ranhuras da alma humana, sondar suas fendas, e reentrâncias, está a bom caminho. Outros reconhecimentos de seu trabalho por certo virão. E que assim seja, simplesmente porque inequivocamente, tem feito por merecer.

Livro: “Doze dias” – Romance de Tiago Feijó – Editora Penalux - Guaratinguetá – SP, 2022, 188 p. - ISBN: 978-65-5862-403-5
Links para compra e pronta entrega: https://www.editorapenalux.com.br/autor/MjQ2/Tiago_Feijo OU: https://www.facebook.com/profile.php?id=100010129953726
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Vince 13/02/2023

Resenha - Pudim literário
DOZE DIAS | @TIAGO


Olá, queridos leitores. Tudo bem com vocês? Espero que sim. Para iniciar a semana vamos começar falando sobre esse nacional incrível do Tiago Feijó. Confesso que ainda não conhecia a escrita do mesmo ainda, então para mim foi uma surpresa me deparar com um texto corrido, mas foi uma surpresa boa, pois logo fui me adaptando a esse formato de escrita, com certeza uma ótima leitura para se sair da zona de conforto. 


A trama gira em torno de Antônio, professor de língua portuguesa, e em uma certa manhã ele se depara com a ligação de seu pai, o qual não o vê há quinze anos. Após sr. Raul persistir na ligação, Antônio atende. Raul explica que acordou com dores e que não pode se levantar, pede ao filho que retorne a Lorena e leve-o ao hospital, em choque Antônio tenta processar toda a informação e acaba viajando para sua cidade local com intuito de apenas deixar o pai no hospital. Contudo, o destino tem outros planos e os mantém por doze dias no hospital. Será que eles voltarão a ser pai e filho, deixando o passado para trás? Só lendo pra saber, tá!?


?A vida, misteriosa como ela só, às vezes nos abre uns rasgões no tecido grosso da realidade, umas brechas, umas frestas aqui e ali, pelas quais podemos nos meter no intuito de escaparmos à ordem das coisas e do dia.?


Leitores, me surpreendi com cada capítulo desse trajeto. E junto com o narrador, que conversa conosco durante toda a narrativa, vamos desmembrar e rememorar o passado de pai e filho, vidas vazias. Raul nunca foi um pai presente, nem nunca tentou melhorar para seu filho, viveu uma vida de b3bidas e pr0stituiç40. Sabemos que essa é a realidade de muitas famílias brasileiras, na qual o pai é ausente. Feijó escreveu cada detalhe com muito cuidado, de forma rápida e fluida, nos fazendo ler essa obra rapidamente, e o mesmo vai abordar todo enredo de forma verossímil, e com personagens únicos. Pela trama se passar num hospital pode trazer a impressão que a história é bem monótona, mas não é nada disso, muitos segredos, plots e reviravoltas são explorados. 


Outrossim, essa história é contada de uma forma única, com uma carga emocional imensa e cheio de reflexões, então quem gosta de livros assim tenho certeza que vai amar fazer essa leitura. Estou indo nessa, mas antes não deixe de comentar o que achou da minha resenha, quero saber de tudo, tá!? Até a próxima e abraços!
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Marcelo 14/02/2023

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Tiago nos apresenta nessa obra o reencontro de um pai e um filho que não se veem há 15 anos, após a separação dos pais, com a mudança da mãe para São Paulo.

O rapaz, que quando criança nunca teve uma relação próxima com o pai, recebe um telefonema desse solicitando ajuda para ir ao hospital. Sem entender muito bem porque, o rapaz atende o chamado e se desloca mais de 200 km, se dirigindo até a cidade de Lorena, no Interior de SP para ajudar o pai.

Durante 12 dias em que o pai fica internado, o rapaz e o pai refletem sobre suas relações, seus afetos, desafetos e desavenças, rejeições, desamores e vergonhas. Além disso a trama apresenta reencontros e perdões, mostrando que nem sempre os laços familiares são os mais fortes, mas que amizades podem ser muito valiosas, apesar dos desacertos que podem sofrer ao longo de uma vida.

Gostei da escrita de Tiago, que consegue entrecruzar passado, presente e futuro no cruzamento dos capítulos, mantendo a dinâmica do texto atrativa e instigante. Em certas frases e/ou parágrafos, a escrita de Tiago me remete à Saramago, o que foi uma grata surpresa.

Tiago foi vencedor do prêmio ?Manuel Teixeira Gomes? em 2021 e teve sua publicação inicial em Portugal.
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Mathias 20/02/2023

?? doze dias ??
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? Livro lido em parceria com o autor @tiago_feijos
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doze dias é um drama familiar, que perpassa pelo horror, escrito pelo autor nacional @tiago_feijos
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Duas gerações: pai e filho. Seu Raul e Antônio, respectivamente.
Quinze anos que não se veem e que só se falam no dia do aniversário de Antônio, quando Raul liga para o filho.
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Vamos acompanhar doze dias do Seu Raul no hospital, com seu filho Antônio o acompanhando.
?
Tudo começa quando Seu Raul liga em um dia qualquer para Antônio e pede a ele que o acompanhe até o hospital pois está se sentindo muito mal.
?
Mesmo distante e sem nenhum ligação com o pai, Antônio sente que deveria ir, e é exatamente isso que faz.
?
A partir disso, nós somos bombardeados com a vida de Antônio e sua ligação com o pai, antes, durante e depois da internação do pai no hospital.
?
Um livro sobre amor, perdas, traição, arrependimento, dor, começo e fim.
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? Experiência de leitura: um grande diferencial neste drama é a escrita do autor. Totalmente diferente e tocante. Eu amei cada capítulo e cada detalhe sobre a família de Antônio, os porquês dos distanciamentos de todos do seu pai, Raul.
A forma como o autor tratou a doença, de forma medonha e cruel para pessoas que não se cuidam.
Tudo se encaixou perfeitamente.
Super recomendo a leitura.
Leitura esta, curta e voraz!
AMEI!
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#dozedias #tiagofeijo #dramafamiliar #lorenasp #autornacional #autorindependente #pratodosverem #pracegover : estou segurando o aparelho kindle com um corredor branco, com janelas ao fundo, simulando um corredor de hospital
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Jeferson.Gomes 01/03/2023

UM COPO DE ÁGUA FILHO, POR FAVOR?
Os anos na fila de espera, aguardam na recepção, perdidos no abraço aos joelhos, desconhecidos em sua junção.

As atividades foram interrompidas, devido ao vazio que se movimentou durante toda a vida. Espaços serão preenchidos no gotejar de um alívio.

A casa está vazia, leito ocupado pelas escolhas não afetivas, vendidas às mulheres e a copos de bebidas.

Flores recebem água na secura das palavras, pronunciadas na neblina regulagem do oxigênio, evaporado pela insistência.

Companhias visitam "escombros", percorrendo veias desaparecidas, rastros de sangue e urina, consequências do abandono.

Antibióticos vagam por "corredores" escuros, ilusórios delírios em pronúncias, pedindo água no gesto que deságua.

O som do portão se abrindo, direciona ao gigante adormecido, à espera da resiliência dos filhos.


site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/
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Renata Barreto 18/03/2023

Um livro que fala sobre adoecimento, morte, família e sentimentos. É legal como traz um retrato de emoções e experiências subjetivas diante do adoecer/morrer. Mostra um pouquinho sobre o que é estar com alguém hospitalizado e a caminho da morte e como morrer as vezes é um processo e que nesse processo tem vida(s).
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@leiturasdadudis 22/03/2023

O que pode acontecer em 12 dias?
Antônio não vê seu pai Raul há 15 anos quando recebe sua chamada, pedindo ajuda para ir até o hospital. Nem mesmo ele sabe o porquê, mas concordou em viajar uma distância enorme para atender o pedido daquele pai urgente e que desconhecia.

Durante os 12 dias que passará ali, ao lado do leito do desconhecido, e, no entanto, de seu pai, ele terá que lidar com a ausência, a rejeição e a personalidade fatigante daquele homem.

Antônia voltará ao passado e presente, revivendo memórias e resolvendo mistérios que se revelará somente por causa da morte batendo à porta.

Numa narrativa curta, com um narrador onisciente, uma escrita mais rebuscada e poética, os dias são narrados por capítulos. Dias esses que estão fora de ordem, apresentados como peças de um quebra cabeça, restando ao leitor tirar o melhor proveito do que se lê, assim como eu tirei.

Outro detalhe importante para alguns leitores, é que os diálogos não são representados por travessões ou aspas. Nessa obra, o autor dispõe as conversas em texto corrido, no decorrer do parágrafo, como quem conta uma história.

Gostei bastante da construção temporal da obra e seu desenvolvimento, mas foi uma leitura um pouco difícil para mim, que conheci e vi morrer alguém como seu Raul, embora não fosse meu pai. Por este motivo, me vi dividida em diversas passagens sobre o que sentir a respeito dos personagens e admito que até agora não sei bem que conclusões tirar, já que a leitura ganhou um teor mais pessoal.
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Vanessa.Franca 01/04/2023

Encontros e despedidas
Um livro curtinho, mas bem intenso, sobre dois homens, pai e filho, que se reencontram e procuram se entender na última chance que têm.
Antônio recebe uma ligação de manhã do pai que não vê há anos. Ele mora em outra cidade e pede ajuda para ir ao hospital. Assim começam os Doze Dias em que ele vai abandonar sua rotina e encontrar os lugares e lembranças que ele queria deixar no passado.
O pai se afastou de Antônio e da mãe dele para viver uma vida livre e sem limites e agora o tempo cobra seu preço. Seu Raul precisa lidar com seu corpo e seus erros e não pode fazer isso sem o filho.
É um livro curto, com ritmo rápido, capítulos que não seguem a ordem cronológica. A linguagem é um pouco formal, mas não atrapalha a leitura, e as reflexões sobre esse momento tão delicado são muito interessantes. Revelações sobre o passado da família vão surgindo e a gente fica com vontade de abraçar os dois pra que eles tenham algum conforto, afinal.
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Jis Rocha 03/04/2023

Olá queridos.
Iniciando abril com um drama do autor @tiago_feijos. Tive a oportunidade de conhece- lo em um evento na minha cidade, Guaratingueta, no dia do lançamento da versão brasileira do seu livro Doze Dias pela @editorapenalux, esse livro ganhou o prêmio Manuel Teixeira Gomes em Portugal.

O livro é contado em doze dias, alternando a ordem dos acontecimentos sem nos deixar confuso, o autor se apresenta como o narrador da história dessa família.

Antonio é chamado pelo pai que está sentindo muita dor, e só tem o filho para o ajudar a ir para o hospital, pois o mesmo não consegue nem andar. Sem saber o que acontece, Antonio vai ao socorro do pai.

Daí vocês pensam: bom parece o início de um livro clichê de pai e filho, seria se o pai não morasse a 200 quilômetros de distância, e além dos quilômetros, somassem mais 15 anos. Sim, eles não se viam pessoalmente a 15 anos, e se falavam roboticamente uma vez no ano, no aniversário do Antonio em uma rápida ligação.

Misturando narrador com personagens, o autor consegue nos mostrar como mágoas, arrependimentos de uma vida afloram em somente 12 dias.

O livro é bem rápido de ler, e nos mostra que nos piores momentos é que muitos revelam o seu verdadeiro eu, assim como suas maiores fraquezas. O Raul é o exemplo de que uma vida vivida ao seu modo tem suas consequências, no caso dele, ficou sozinho (como ele queria), mas no decorrer da vida teve muitos amigos, amantes, uma vida de farra, e quando ele mais precisou de uma mão, o único que a pegou foi o seu filho, distante por 15 anos. Mesmo sabendo da mágoa que ele carregava, foi o único que o ajudou.

Nesses doze dias foi realmente de confissões, de se desnudar, de arrependimentos, encontro, despedidas e perdão.
Ao mesmo tempo em que Antonio vê sua antiga casa vazia, assim como a vida que seu pai escolheu, também vê amor, representado pelas flores no jardim desse mesmo lugar.

Então, será que o amor pode florecer novamente no coração ressecado desses dois? Será que um copo d'água seria o sulficiente para fazer isso?

" O que me pergunto é o que deixamos ao morrer? O que deixarei quando eu não estiver mais aqui? O que você acha que deixarei ao morrer, filho?"
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Diego Vertu @outro_livro_lido 08/04/2023

12 dias e reflexos de toda uma vida.
A vida de Antônio muda drasticamente quando ao levantar e recebe uma ligação. Quem chama é seu pai Raul que pede a Antônio se dirija até a cidade de Lorena para leva-lo ao hospital.
Antônio decide então atender o pedido do pai e passará doze dias no hospital com ele e é nesses doze dias que entendemos a relação construída entre pai e filho ao longo dos anos. Antônio e Raul não conversam direito há 15 anos e um não sabe nada da vida do outro.
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Gostei muito da leitura e da escrita do Tiago, o livro me prendeu, pois queria saber o que abalou a confiança entre um pai e um filho, também é interessante a escrita fora da ordem cronológica que o autor escreve. Adorei a Brasilidade do livro trouxe uma originalidade à obra. As personagens são bem construídas e conseguimos entender as funções de cada uma. Acho que o livro toca temas familiares profundos que acontecem em muitas famílias por aí sendo um grande reflexo da sociedade brasileira atual. Enfim, um excelente livro que recomendo.
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Gessyka.Loyola 08/04/2023

Família
De início a história parece não evoluir mas passaram os capítulos e eu fiquei curiosa querendo saber os segredos e como ia se desenrolar esses 12 dias entre pai e filho.
Gostei muito, deu uma ideia de como são várias relações entre pais e filhos, e como isso impacta num momento delicado da vida.
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Dani Otogalli 11/04/2023

Um livro forte
Ao iniciar o livro já vemos a diferença na narração. De um jeito continuo o Tiago nos traz diálogos sem pausas.
E aí conhecemos pai e filho que durante 15 anos viveram distantes, mas um telefonema os juntou de forma até desconfortável.

Tendo que cuidar do pai, Antônio passa 12 dias num hospital em Lorena, na incerteza de quando poderia voltar a sua rotina.

Seu Raul no entanto, estava mais desconfortável ainda. Após tantos erros, sentia que era um peso pro filho, mas sabia que ele era o único que podia o ajudar.

Nesses 12 dias pai e filho vão reviver anos, na certeza que não poderiam consertar o passado, mas poderiam deixar grandes memórias para o futuro.
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Giovanna.paginasda 27/04/2023

Uma leitura triste, mas necessária. @paginasdagio
? Essa leitura foi uma parceria que tive a chance de fazer junto ao autor, e só de ler as primeiras páginas eu já estava gostando.

? O livro é bem curtinho, só 188 páginas e está disponível no Kindle Unlimited, ele é bem rápido de ler, mas mesmo assim algumas coisas me pegaram de surpresa.

? A história não segue os 12 dias em ordem cronológica e as falas não são feitas com travessão ou aspas para diferenciar do resto da narração, o que pode nos confundir um pouco, mas com o tempo consegui acostumar.

? A história não tem um grande plot, e na verdade ela nem foi feita para isso, esse é um livro para pensarmos na vida, nas pessoas ao nosso redor e no que deixamos para o mundo quando morremos.

? Foi bem triste ler o livro e ver o desespero de quem tem um parente internado em hospital com risco de vida. Uma das coisas que a minha família sempre diz é que ninguém quer dar trabalho ao envelhecer e sofrer no hospital, e isso é uma coisa que eu também penso. Se não tiver jeito para mim mais, eu preferiria então desligar os equipamentos do que continuar a sofrer.

? É uma leitura muito diferente de tudo que já li, mas que eu gostei bastante.
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