Edson 10/02/2024
Não se precipite. Pare, olhe e escute!
Como diz o ditado: quer conhecer alguém? Conviva com ele(a) em baixo do mesmo teto! Nunca foi tão certeira essa máxima neste romance.
Um casal feliz. Uma família composta por um escritor de obituário num jornal, uma bióloga e apresentadora de tv, uma filha de três anos e um cão com nome inusitado - John Keats.
A esposa - Emma - a pouco tinha enfrentado um câncer, agora recuperada. Todavia seu marido - Leo - como tinha a prática de escrever o obituário de pessoas importantes, começou a redigir o da sua própria esposa durante a quimioterapia.
Como necessitava de informações passadas para caprichar no obituário da sua esposa, descobriu que a mulher que ele estava casado a tanto tempo, nem o próprio nome era o seu de fato, além de outras mentiras que ele ouviu dela ao longo do casamento.
Neste momento se inicia o sofrimento deste marido na busca da verdade sobre sua esposa. Eram tantas mentiras, que até o leitor se aborrecia com a protagonista.
Mas, a medida que o romance foi avançando, a protagonista foi justificando porque mentiu, ocultou certas informações até que descobriu-se que ela não era esse monstro desenhado no início da história. Uma vilã ardilosa passa a ser o cerne de quase toda sua angústia.
Depois de tudo esclarecido, esta família volta a ser feliz. Ela reconquista os amores de sua vida. Mas todo sofrimento vivido no romance deixou reflexões sobre a importância do diálogo num relacionamento; que as mentiras e omissões tem consequências graves; e que a paciência e o perdão reconstrói os laços familiares.