Naty__ 11/04/2023Mais um lugar que preciso conhecer: PositanoLi esse livro tem quase um mês, fiquei refletindo a história para trazer uma resenha que pudesse ir além do que senti.
Quando sua mãe morre, Katy fica devastada. Carol era seu tudo, seu porto seguro, sua melhor amiga, sua válvula de escape, quem sempre a socorria nos momentos mais tristes e quem desfrutava dos seus momentos mais felizes. Ela era o alicerce para a vida da Katy. Nada poderia acontecer com Carol, mas infelizmente acontece e Katy precisa abrir os olhos para a realidade.
Mãe e filha planejaram uma viagem para Positano, na Itália. Uma cidade mágica onde Carol passou o verão antes de conhecer o pai de Katy. Quando soube da doença, elas decidiram viajar para aproveitarem seus dias juntas. Mas não deu tempo. Carol partiu e levou toda a alegria que sua filha sentia quando estavam lado a lado. Katy decide viajar sozinha, ela precisa desse momento para si, sem o marido. Somente ela e as memórias da mãe.
Como se tudo resolvesse cair com ímpeto, Katy se sentiu vazia. Sem a presença da mãe, com problemas no casamento e prestes a pedir o divórcio... Tudo parecia oco e sem vida. Ao chegar em Positano, ela conhece pessoas agradáveis, funcionários e hóspedes. São formidáveis e fazem com que Katy se sinta menos sozinha – mas é algo que acontece que realmente tira a sensação de solidão, e deixa o leitor imerso na história...
Quando estava dentro da Costa Amalfitana, Katy a encontra. Sim, é ela. Carol está em sua frente, carne e osso; com seus trinta anos, saudável e feliz. É claro que não dá pra acreditar no que vê. O que está acontecendo ali? Mas, afinal, pra ela, isso não importa tanto. Tudo o que importa é que, de algum jeito, sua mãe está de volta – e agora ela só quer aproveitar esse momento e fazer tudo o que fariam juntas.
Nesse longo verão italiano, Katy passa a conhecer Carol, não como sua mãe, mas como a jovem que ela um dia foi.
Vou confessar a vocês que esse livro mexeu com meu psicológico. Fiquei naquela vontade de chorar, de abraçar, de gritar. É um livro fácil de ler, mas ao mesmo tempo tão complexo. Vi gente comentando que a personagem era uma chata e que precisava deixar a mãe em paz. E eu confesso que isso passou pela minha cabeça quando resolvi ler a sinopse. Mas a profundidade que a autora escreveu isso foi bem real. Me senti como filha, me senti perdendo minha mãe, me senti sozinha no meio de um dos lugares mais bonitos do mundo sem a beleza que mais importa.
Esse livro mexeu comigo, e enquanto escrevo a resenha percebo que só sei chorar. É incrível que não chorei enquanto li, mas ele me tocou; e agora, enquanto resenho, ele ainda mexe com meus sentimentos de outra forma – muito mais pura, me fazendo ser Katy por alguns momentos. E se você fosse a Katy? Será que você seria somente a garota mimada que não sabe perder a mãe, que precisa aceitar uma perda; ou você seria alguém que ama tanto outra pessoa a ponto de não aguentar perder? Será que isso te torna uma pessoa chata? Não acredito nisso. Acredito que essas dores te tornam mais humano. É claro que devemos deixar a pessoa partir, mas é impossível não sentir um vazio ao vê-la partindo...
Finalizo essa resenha dizendo que precisei voltar o capítulo 29 para ter certeza do que estava lendo. Senti o desfecho abrupto, mas me senti leve ao finalizar a leitura. Senti como se tivesse deixando um pedaço de mim naquelas páginas. E levei um pouquinho da Katy comigo.
Curiosidade:
Ao final do livro, a autora nos conta que o Hotel Poseidon realmente existe, e percebemos que a simpatia dos funcionários também.