roberta | @robertabooks 01/05/2024
De um lado temos a filha de um dos magnatas do futebol que comete uma gafe absurda e, como forma de reparação, é despachada para uma cidade pequena para cuidar de um time de futebol formado por meninas menores de 10 anos. Ela, uma mulher nascida e criada na cidade grande, conhecida como filhinha do papai, é obrigada a viver e se cuidar em um canto rural do país, longe de tudo e todos que são conhecidos.
Do outro lado, temos um goleiro que, do nada, mesmo no auge da fama, decidiu que iria se aposentar e se mudar para um canto rural do país, sem comunicar a ninguém para onde foi, cortando contato, por vontade própria, com quase todas as pessoas que conhece, sem se explicar.
A história tinha tudo para ser maravilhosa, no mesmo estilo dos outros livros da autora, mas não foi isso que aconteceu. Não sei o que aconteceu aqui, mas acho que a execução da história não foi bem feita.
O livro tem 400 páginas e demora para desenrolar, sendo que somente em uns 70% é que tudo efetivamente se encaixa e começa a ter acontecimentos atrás de acontecimentos. Só que, a partir de então, é tudo rápido: as soluções, as brigas, as risadas, os chamegos, os momentos fofos, as cenas tensas etc.
Teve alguns momentos que foram surpreendentes para mim, que achei que foram bem legais para a história, mas isso não diminui o fato de que o livro demorou muito para me prender de verdade.
Outra coisa, o livro é com o ponto de vista dos dois, Adalyn e Cam, mas senti que tiveram muitos mais capítulos do ponto de vista dela do que dele. Em consequência, senti que tivemos muito mais a história dela sendo desenvolvida do que dele. Não sei se esse era o objetivo da autora, mas foi o que senti enquanto ia lendo.
Um destaque especial para os personagens secundários que me marcaram: Josie, María, Matthew e Maricela. Vocês são demais, eu quero muito ser amiga de vocês.
O livro está longe de ser ruim, mas não manteve a mesma qualidade dos outros livros da autora.