Mariana 16/02/2023
Surpreendente
Em "O Clube Mary Shelley" conhecemos Rachel, uma adolescente recém chegada à cidade de Nova York, onde ela e sua mãe buscam se estabelecer após um acontecimento traumático. Mas, recomeçar em uma nova cidade e nova escola acabam não sendo tão empolgantes quanto Rachel gostaria. Sendo uma das poucas alunas bolsistas em uma das escolas mais elitistas e exclusivas da região devido sua mãe fazer parte do corpo docente, ela tem dificuldade em se adaptar, encontrando em Saundra talvez sua única amiga.
Rachel, que passou a ter nos filmes de terror uma espécie de "terapia de choque" para lidar com as marcas deixadas pelo trauma, se vê praticamente arrastada por Saundra a uma festa que acaba sendo uma grata surpresa. No meio da festa, um grupo resolve fazer uma "sessão espírita" pra deixar as coisas mais emocionantes, tentando convocar os antigos moradores da casa. Enquanto todos se dividem entre apavorados e descrentes, Rachel percebe que se trata de uma armação e acaba, não só enredada numa pegadinha que dá errado, como também atraindo a ira da garota mais popular da escola.
Menos preocupada com sua nova inimiga e mais intrigada pelo que houve na festa, Rachel fica determinada a descobrir do que se trata a armação, e investiga até conhecer o Clube Mary Shelley, onde os apaixonados por filmes do gênero de terror se reúnem pra assistir, compartilhar ideias e sua paixão sobre as obras. Assim como, também, participam de um jogo onde o objetivo é escolher um alvo e fazê-lo gritar, numa cena de terror real, sem que ninguém desconfie. Rachel só não imagina o quanto corre perigo, revisitando seu trauma e seus medos mais profundos.
Uma narrativa emocionante, daquelas que é impossível parar e uma ótima opção pra acabar com a ressaca literária!
Ainda não tinha lido nada dessa autora, mas gostei bastante; apesar de o tema talvez ser gatilho para algumas pessoas, é uma leitura leve, instigante e com um plot twist sensacional!