Sassenach 07/10/2023
"Se a polícia tivesse dito que meu filho estava morto, meus sentimentos seriam diferentes. Se me dissessem que um homem estranho o houvesse atraído para um apartamento decadente e, alguns minutos depois, tivesse drogado, estrangulado, abusado sexualmente e, por fim, mutilado seu cadáver - em outras palavras, se tivessem dito a mim as mesmas coisas horríveis que precisaram dizer a tantos outros pais e mães, no mês de julho de 1991, então eu teria feito tudo o que eles fizeram. Eu teria pranteado o meu filho e depois exigido que o homem que o matou fosse rigorosamente punido. Se não fosse executado, então pelo menos deveria ficar eternamente separado de outras pessoas. Depois disso, eu tentaria me lembrar do meu filho com carinho. Eu teria, espero, visitado seu túmulo de tempos em tempos, falado dele com afeição e tristeza, continuado, o máximo possível, a ser o guardião de sua memória.
No entanto, não disseram a mim o que esses pais e essas mães ouviram - que seus filhos tinham sido mortos pelas mãos de um assassino. Em vez disso, informaram que meu filho havia assassinado os filhos deles.
Portanto, meu filho ainda vivia. Eu não podia enterrá-lo."