spoiler visualizarVini 18/04/2024
Se sentir abandonado é UMA COISA...
Sentimentalmente falando, achei esse livro ainda mais sofrido que Wolfsong (e agora estou com medo do que pode vir por aí). Gordon é um personagem digno de dó, e eu não consegui deixar de me colocar do lado dele. É completamente compreensível todo seu sofrimento e principalmente sua raiva dos lobos, e eu senti raiva juntamente dele, graças a incrível escrita do TJ Klune (que por sinal, continuou excepcional).
Eu gostei muito da história e da desenvoltura dela. Gostei principalmente do fato do casal ter demorado tanto a se juntar novamente, e depois ter surgido aquele sentimento de culpa, por terem "perdido tempo". Fazer o que, o sofrimento literário me deixa empolgado com a leitura. Os laços criados aqui também me deixaram quentinho, as implicâncias de Robbie e Gordon me fizeram tirar boas risadas (e é claro que dei umas leves choradinhas também). Mark e Gordon tem uma química incontestável, são um casal incrível, mas confesso que queria mais algumas paginas de trocas de carinho e proteção entre os dois. Isso apareceu um pouco no epílogo, mas me pareceu muito corrido.
A história em si me deixou chocado a maior parte do tempo. As trocas de passado e presente da vida do Gordon foram feitas de uma maneira muito gostosa de ler, e que me deixou ansioso pra ver as duas partes toda hora. Mas quando isso acabou, achei que o livro ficou um pouco monótono (mas ainda interessante). A vilã e sua completa maluquice e agressividade, me deixaram com um pouco de medinho dela kkkkkk e acho que isso foi fundamental pra minha leitura.
Mas em certo momento achei que a história se perdeu um pouco. Não gostei nada do negócio dos Ômegas, e não gostei da forma que isso foi solucionado. Achei uma grande palhaçada a questão do "Alfa dos Ômegas"... simplesmente ridículo. A infecção Ômega foi ridícula e todo o arco dos Ômegas foi ridículo e completamente viajado e desnecessário. TJ se perdeu um pouco nessa parte.
E eu esperava ver o Gordon fazer magia, e ele mal fez, igual em Wolfsong. Nunca vi um bruxo usar tão pouca magia quanto o Gordon, e isso é bastante decepcionante. Não era muito difícil fazer ele explodir algumas coisas, fazer algumas coisas flutuarem ou até mesmo fazer uma mão nova a base de magia kkkkkk. Ou eu sou muito burro e não entendi como a magia funciona nesse universo, ou ela simplesmente não funciona mesmo.
Mas num geral eu adorei. É bom voltar pra minha casa fictícia e reencontrar a família que eu tanto amo e acabei tatuando no braço. Aliás, esse foi meu primeiro livro lido 100% em inglês, e estou bem feliz e orgulhoso disso.