spoiler visualizarDegiorsu 07/11/2023
"A princesa e o queijo quente" reúne três maravilhas: romance, belos traços e queijo.
Em um universo em que os nomes das pessoas, as coleções de roupas e as cidades são denominadas de acordo com tipos de queijos e alimentos relacionados, vemos um amor florescer entre a princesa Brie e o conde Camembert, o qual é na verdade uma mulher, que assume a identidade para preservar o patrimônio do pai após o seu falecimento.
Em 256 páginas, algumas sem ao menos uma palavra, a autora consegue ter um bom ritmo de progresso - mantendo a consciência de agilidade mas sem perder qualidade - e leva aos olhos um deleite análogo a degustação de um delicioso sanduiche de queijo quente. Nos vemos diante de um leque de sentimentos aos quais nos compadecemos e sentimos em consonância aos personagens.
A melhor parte disparada é o momento em que o conde pede a mão da princesa com um sanduiche de queijo, uma coisa que definitivamente tornou-se uma meta pessoal. As vezes um lanche como esse pode carregar mais lembranças e valor do que uma joia carérrima, rs.
O único ponto um pouco jogado na história foi a inserção tecnológica sem muito fundamento em uma época aparentemente medieval. É uma obra ficcional aberta a essa contradições? Sim, concordo plenamente, mas ver os personagens recebendo cartas enquanto usavam Nintendo Switch me deixou igual ao gif em que interrogações surgem a cabeça enquanto se tem um sorriso confuso no rosto.
Amplamente, foi divertido ler a HQ e apreciar o talento da quadrinista nessa estreia - e como boa amante de queijo, ver os vários trocadilhos lactos.