O Rei de Amarelo

O Rei de Amarelo Robert W. Chambers




Resenhas - O Rei de Amarelo


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IIIERS 24/12/2023

Darkside vendeu bem a ideia de algo grandioso, só ideia ?
Diga-se de passagem que o livro é lindo, capa, artes, os detalhes são impecáveis e vou ignorar o erro na pagina 58 ao nome de um personagem.

Ao que tange o livro, a escrita de Chambers é cansativa, os 4 primeiros contos são realmente interessantes, a insanidade ao mencionar os atos da peça o Rei de Amarelo, a incrível descrição de coisas que ocorreram na 2ª guerra, mas o livro sendo escrito em meados de 1800.
E só.

São 4 contos que deixa curioso, faz querer descobrir mais e depois é só ladeira abaixo. Ficamos perdidos em uma descrição enfadonha de Paris, onde temos diversos artistas vazios, vidas vazias e contos vazios. Todos tem um romance tosco, uma vida tosca e um encerramento pior que o começo, estrutura ruim, andamento ruim, livro ruim.

Se acabasse nos primeiros contos, eu chamaria de intrigante, curioso, meticuloso.. o resto do conteúdo foi pra encher o livro e tornar o Chambers um autor espetacular, falhou.

Eu não recomendo, prefiro H.P. Lovecraft que nascia quando Chambers estava em seu ?auge?, se isso existiu um dia. Ele bebe da fonte do medo das cores âmbar, amarelo e dogmas daquele período. Edgar Allan Poe entrega muito mais com muito menos e até mesmo Arthur Conan Doyle, expert em Sherlock atua uma atmosfera de terror melhor que esse livro.
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Abduzindolivros 01/10/2023

A cor amarela, em meados de 1890, era vista pelo público leitor como símbolo de uma arte maligna, degradada e imoral. Depois de algumas obras importantes reforçarem essa ideia no imaginário popular ? como ?O retrato de Dorian Gray?, de Oscar Wilde ?, Chambers concebeu e publicou seu ?O Rei de Amarelo?.

Uma peça de teatro misteriosa, encadernada em pele de cobra, cuja leitura apavora e traz horrores inimagináveis para a mente de quem se arrisca a encará-la: os seis primeiros contos giram em torno desta mitologia, com menções diretas aos céus de Carcosa e à personagens mencionados neste livro misterioso, incluindo a própria entidade Rei de Amarelo.

São histórias que ultrapassam o limite entre realidade e sonho, e rasgam esse véu para revelar mundos de loucura e exagero. Me surpreendi porque esperava que todos os contos fossem de horror e tivessem essa pegada cósmica e incompreensível que inspirou Lovecraft, por exemplo, mas os quatro últimos contos são bem realistas e fogem dessa proposta, tratando de amores não correspondidos, ilusões desfeitas, a vida acontecendo...

Contudo, mesmo que o livro maldito e o Rei de Amarelo não sejam a ligação que une todas as histórias, a cor amarela e as paixões que representa estão presentes em todos os contos. Outro tema em comum é a arte e a relação dos personagens com ela (pintores, escritores, músicos etc.). Alguns personagens aparecem em mais de um conto, seja por uma lembrança, uma participação mais consistente ou uma coincidência de nomes.

Como de costume, separei meus contos favoritos:

??A rua da primeira bomba?: Jack Trent vive com sua esposa Sylvia numa Paris sitiada, e durante seu alistamento para lutar contra o exército alemão, percebe que um segredo revelado por ela não deve ser mais importante que a relação de ambos.
É um conto forte, bastante visual e que impressiona pelas descrições dos horrores da guerra e das alegrias que Trent e Sylvia encontravam ao lado dos amigos, mesmo naquela situação de medo e escassez constantes.

??A demoiselle D?ys?: um caçador se perde em uma charneca sem fim e sem pontos de referência e é resgatado por uma jovem condessa, por quem se apaixona, dando início a uma história que romperá com a realidade presente e misturará passado e futuro.
Que conto lindo! Amei essa ambientação gótica, e essa mistura de sonho e realidade: é uma história linda e com um gostinho de trágica, porém não dá para saber se aconteceu realmente ou se o cara só ficou abublé enquanto estava desidratado e perdido esperando por socorro. Bom demais!

??A máscara?: um escultor descobre uma fórmula capaz de transformar seres vivos em obras belíssimas feitas do mais puro mármore. Ele divide parte do segredo com seu amigo pintor e com a musa de ambos. Mesmo com suas ambições sob controle, o escultor deseja experimentar sua fórmula em criaturas cada vez maiores, só para ver no que dá...
Fiquei chocada com o final trágico, e apesar de desejar que o conto se estendesse um pouquinho mais para eu ver as implicações daquele fim, eu gostei da forma como acabou e da sugestão do horror que viria a seguir.

??O reparador de reputações?: Hildred Castaigne está convencido de que deve ser o próximo da linhagem do Rei de Amarelo e fará o que for necessário para conseguir.
Tá, eu dei um resumo bem porco porque esse conto aqui tem tantas camadas... Se passa em uma América distópica com um governo que falhou em diversos aspectos, e traz os delírios de alguém que deseja que as coisas voltem aos tempos áureos da monarquia sem atinar que isto também seria loucura... Cara, esse conto é impressionante. Só digo isto.

No geral, eu confesso que achei a leitura um pouco arrastada por causa da linguagem do autor, porém os contos são formidáveis. Eu esperava histórias que abordassem coisas indizíveis, inomináveis e indefinidas (alô Lovecraft), mas mesmo não tendo minhas expectativas atendidas, não me decepcionei. Gostei da leitura, já separei o bicho aqui para reler um dia. Recomendo.
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Nanda5Oli 13/02/2024

Horror cósmico
O Rei de Amarelo é uma série de contos que se conectam em algum ponto com um livro banido por trazer àqueles que lêem medo, loucura e tragédia.
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Heitor 12/08/2023

MISTERIOSO E APAIXONANTE
Sou muito fã do conceito de O Rei de Amarelo, tinha visto algumas histórias inspiradas nele mas foi meu primeiro contato com a obra original, e me surpreendeu demais pelos motivos diferentes dos que eu imaginava.
O livro possui 10 contos, desses os 5 primeiros são focados na peça de mesmo nome do livro e contem as ideias de terror cósmico do personagem, o que é muito interessante, mas já podemos perceber uma característica muito legal do livro, Chambers é um baita escritos, os personagens são muito profundos e suas relações são interessantes.
No meio temos um compilado de poemas do autor, e depois mais 4 histórias que são focadas no contexto histórico e vivências do autor, se afastando um pouco do clima aterrorizante dos outros contos, mas ainda fazem algumas referências a eles, mas por incrível que pareça foram essas histórias que me conquistaram, com romances improváveis e situações que te prendem muito.
Então além de um livro de terror interessante, também temos romances muito bem escritos, foi por isso que eu adorei e recomendo demais esse livro!
Daniela340 12/08/2023minha estante
o último romântico




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Gustavo_Caetano0201 18/02/2024

Um Livro Bom e Incompreendido
O Rei de Amarelo é o segundo livro do Chambers e vai ter como pano de fundo, as experiências que ele teve nos Estados Unidos e em seu período em Paris, na França.
Lendo alguns dos comentários antes de terminar o livro, percebi que muitas pessoas não gostaram da leitura ou acharam sem sentido ou mesmo odiaram. Depois de terminar, consigo entender o porquê de pensarem isso, mas não é o que aconteceu no meu caso.
O autor reúne 10 contos no livro, sendo que os primeiros 4 são os que tratam da questão do O Rei de Amarelo, essa peça que existe dentro da história e por ser tão assustadoramente bela, emocionante e até sobrenatural, mexe com o psicológico desses personagens. Alguns entram em depressão, outros decidem se matar e alguns até enlouquecem, é o ponto mais alto e incompreensível da arte, é o inominável e a noção de inferioridade do ser humano (características que influenciaram H.P. Lovecraft anos depois). Outros 2 contos dividem as duas partes da obra, o 5° conto que explora uma temática que mescla as duas partes e o 6° que é uma coletânea de poemas que perpassam todos os outros contos. Logo depois, temos os últimos 4 contos que vão ser romances focados em Paris e que refletem diretamente as experiências que o autor passou ou viu durante seu tempo lá.
Acho que o principal ponto aqui, é a decepção que alguns leitores podem ter por acharem que o livro todo seria situado a partir da figura do Rei de Amarelo, a partir do tom sobrenatural e de terror. Mas isso não acontece e nem é a proposta (coisa que fez com que vários leitores dessem notas baixas parar o livro).
É importante observar essa obra de um ponto acima, dando um zoom out na carreira do escritor. Quando Chambers escreveu esse livro ele sumarizou toda a experiência de vida que ele tinha até ali, seu tempo nos EUA, sua relação com a arte e seus estudos em Paris e até suas visões políticas (ponto visto no primeiro conto de forma bem aberta), ele previu muito do que seriam os regimes fascista e nazista que viriam a acontecer décadas mais tarde.
De maneira nenhuma era apenas uma história ou uma coletânea de contos de terror, aqui ele se permitiu testar todo tipo de temática, nós tivemos como eu disse: sobrenatural, político/histórico, romance, poemas, viagem temporal, fantasia e até filosofia. Pra quem ler a biografia dele no final do livro, vai descobrir que ele inicou sua carreira estudando como escultor, depois pintor e após isso escritor. O Rei de Amarelo reflete seus primeiros passos nesse mundo e que definiriam muitas de suas características, visto que nas obras seguintes, durante toda a sua vida, ele escreveu diversos romances e coletâneas de contos sempre com diversos temas, eu diria que Chambers era extremamente versátil nas suas temáticas e em sua escrita, ele não seguia o fluxo normal dos escritores de antes e de hoje.
Acho válido citar a forma como ele brinca com esse universo "semi-compartilhado" no livro, alguns contos se passam no mesmo universo, já outros são usados nomes de lugares e personagens de forma a levar o leitor a acreditar que tudo se passa no mesmo lugar, quando na verdade não possuem nenhum significado ou ligação, o que vale aqui é a sensação de universo compartilhado.
Em relação a escrita, achei muito boa e de fácil entendimento até, os termos em francês não atrapalham em nada e os contos são sustentados por três pilares: arte, amor e pensamento. Conceitos que permeiam não só as experiências de Chambers mais a forma quase "auto-biográfica" com que ele retrata as histórias, sempre de forma muito racional.
Tenho algumas ressalvas em relação aos finais dos contos, acho que ele ainda tinha algumas problemas de desenvolvimento nesta parte naquela época, muitos dos contos acabam: ou de forma muito aberta (gosto de finais mais fechados), ou abrupta ou até meio sem sentido mesmo, de forma a invalidar muito do que se leu.
Por conta disso dei 4 estrelas para o livro, acho uma ótima nota e com certeza justa para o segundo livro do autor. Por fim, segue a ordem dos contos, do que mais gostei até o que menos gostei, com uma menção especial ao O Reparador de Reputações, que achei simplesmente genial, é uma viagem dentro da mente de um personagem que só nos damos conta do que ele é no final. Desejo uma ótima leitura para todos :)
Contos:

1 - O Reparador de Reputações
2 - A Demoiselle D'ys
3 - A Rua da Primeira Bomba
4 - A Rua de Nossa Senhora dos Campos
5 - O Sigilo Amarelo
6 - A Máscara
7 - Na Travessa do Dragão
8 - A Rua dos Quatro Ventos
9 - Rue Barrée
10 - O Paraíso do Profeta (não gosto de poemas)
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Rafael 21/02/2024

Desilusão?
O livro foi vendido com uma proposta interessante, os primeiros contos conseguem te fisgar, mas depois simplesmente perde tudo.

Pensei em elaborar uma boa resenha, mas a outra resenha do amigo já é o suficiente e explica tudo. Não recomendo.
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Diego 05/04/2024

Me gabei muito esse ano por ter escolhido apenas excelentes leituras. Tudo mudou quando eu comecei a ler O Rei de Amarelo.
Devido a toda fama desse livro, minhas expectativas estavam nas alturas. Imagina minha surpresa a descobrir um livro genérico, sem graça e o pior: descobrir que fui enganado pela Darkside. Vendido com um terror cósmico, mais da metade desse livro trata de histórias de romance e sem relação alguma com o Rei de Amarelo (?????). Eu não entendi o surto das pessoas que definem esse livro como perfeito ou adjetivos parecidos.
Enfim, vida que segue. O problema é como vou recuperar as horas perdidas com esse livro.
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yasmine 01/03/2024

Gostei bastante dos primeiros contos que tem mais elementos sobrenaturais, da metade do livro para frente, a linha que ligava os contos se perdeu e junto foi meu interesse.
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CoIorado 12/01/2024

Começou como terror e terminou como romance
Quando eu começava a simpatizar com os personagens, o conto acabava e começava uma nova história, com novos personagens e com um novo enredo. Claro que todos tinham alguma ligação e faziam parte de algo maior, mas esse "algo maior" era nada demais

Talvez seja porque eu depositei muitas esperanças no livro e acabei me frustando, mas, de qualquer forma, não foi o que eu esperava
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Gennaro0 18/04/2024

Muito bom, nota 2.
Comprei a edição da Darkside que é muito bonita e convidativa pra explorar um universo novo do terror. O que presta no livro: A capa, as artes e só.
O conteúdo em si, a leitura propriamente dita deixa muito a desejar. Me vi perdido lendo contos enfadonhos que pareciam querer me levar a alguma lugar mas me levou a lugar nenhum. Acredito que só um dos contos me ?prendeu?, o resto precisei fazer um esforço pra concluir.
Entrou pra lista do ?não indico nem pros inimigos?.
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Nando Borges 05/09/2023

Literatura de 1895
São 4 contos sobre o rei de amarelo e mais 4 romances. Contos de horror não vendiam nessa época, basta lembrar que Alan Poe morreu na miséria. Esses últimos 4 contos de romances são bem chatinhos pra falar a verdade e não tem conexão alguma com o rei de amarelo.
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Sam Santori 06/12/2023

O Rei de Amarelo
Descobri nesse livro que Hastur, o Rei de Amarelo, do Lovecraft foi inspirado nessa obra mais antiga. O único motivo de não ter cinco estrelas é o fato que não gostei tanto assim dos dois últimos contos. Mas o da Lady Dis foi um dos mais deliciosos de ler
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Nickronomicon 15/01/2024

Essa foi uma leitura diferente de todas as que eu já tinha feito até então. Já li outros livros de contos, mas nada parecido. 


Comecei O Rei de Amarelo sem saber o que encontraria em suas páginas, e os primeiros contos são, sem sombra de dúvidas, os meus favoritos. Com o passar da leitura, somos apresentados a alguns personagens que se tornam recorrentes e conseguimos conhecer um pouco mais de suas faces. 


Apesar disso, a escrita, por se tratar de uma obra de meados de 1800, por vezes é bastante cansativa e arrastada, mas não a considero de difícil entendimento. 


A ambientação de terror psicológico que nos faz questionar a sanidade dos personagens é gostosa demais de ler, e eu adorei principalmente aqueles em que mencionam a peça de mesmo nome do livro. 


Eu diria que esse livro é muito mais sobre tragédia e amor do que sobre horror propriamente dito, e gostei bastante da obra num geral
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