Aos prantos no mercado

Aos prantos no mercado Michelle Zauner




Resenhas - Aos prantos no mercado


391 encontrados | exibindo 166 a 181
12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 |


Heitor 14/01/2024

A vez que a barreira da linguagem leva os sentimentos, dói
Chorandinha na feira é um bom livro, pra no mínimo três estrelas. com uma história autobiográfica potente, que arrebata o leitor na ciência coreana da gastronomia tão esforçadamente bem escrita nas passagens. Mas, ao transpor a barreira da linguagem, tido o livro traduzido para nosso idioma tal, a sensação que fica é a de uma suspeita, de uma perda profunda na conexão com a personagem-autora, uma desconfiança que, para quem já a conhece, vindo por suas músicas, vai suprir esse estranhamento tapando a lacuna com a existência concreta de sua remetente, mas, para quem não a conhece e está adentrando ao manejo de suas memórias pela primeira vez, seja pela experiência traduzida, ou por alguma questão na lida ficcional que requer ao tratar as próprias memórias, a sensação que me pegou fora a de um distanciamento com a personagem e um certo incômodo com a narrativa.
para uma história tão forte, certas passagens transmitiam mais uma necessidade descritiva, uma ambição para listar tudo que existira na época, ou de dar uma cara reconhecível, estereotipada, em vez de cuidar das impressões, das confluências dos sentimentos até suas respectivas catarses. por isso digo que houve uma questão em se dar uma leitura traduzida e que, o poderio que carrega a obra e toda sua repercussão, de toda certeza não deve ser questionada em seu idioma de origem. uma pena não ter sido capaz de me conectar tão entregue e ser cúmplice dos relatos dessa delatora que carrega um mundo de saudade em cada prato.
outra inquietação é mais precisamente pessoal: que tristeza não gostar de comidas apimentadas e amargas para experimentar a variedade de pratos que vamos sendo apresentados e convidados a comer! quem sabe só tirar uma provinha, né?
comentários(0)comente



Evermoredataylor 25/02/2024

Sempre reservar 10% de si mesma
Uma história linda e comovente, de como em meio ao luto nos apegamos a qualquer coisa para sempre nos conectarmos àqueles que perdemos. Neste livro passamos pela adolescência e vida adulta de Michelle e sua relação com sua mãe ao longo de sua vida, e de tudo que antes era visto como um ataque pessoal ou afronta ao seu modo ser agora faz falta e é simplesmente como a mãe demonstrava que a amava, o terreno comum que ambas tem, a culinária coreana, conectam ambas mesmo depois da mãe dela a deixar, a busca dela pela conexão através da culinária é marcante, e a carreira que construiu fazendo o que sempre quis e o papel importante da história de sua mãe nesse sucesso.
Adorei a leitura, sinto como se lendo um diário, muitas partes foram muito doloridas, mas uma hora ameniza.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Marina516 25/02/2024

De longe uma das melhores leituras de inicio de ano, muito sensível e complexo, da pra entender a profundidade de uma relação entre mãe e filha com conflitos culturais e geracionais. Sensacional!
comentários(0)comente



mariaemebe 12/03/2024

Delicioso
O livro é realmente delicioso. Para além das referências à comida coreana, que me deixaram com água na boca, fala de forma muito bonita (ora delicada, ora nua e crua, sempre me parecendo muito verdadeira) da difícil, porém tão essencial relação mãe e filha, da sensação de não pertencimento, do luto, da ressignificação da vida após uma perda irreparável. Uma escrita tão fluida que me deu a sensação de estar lendo um livro de ficção (e aqui eu me desculpo com a autora e com outros autores e não-ficção, biografias, livros de memórias, mas considerando que minha leitura favorita é ficção, peço que entendam este comentário como um elogio). Termino a leitura com muita vontade de aprender a cozinhar pratos coreanos e com a certeza de que ainda vou indicar muito esse livro.
comentários(0)comente



inasantos 26/01/2024

Depois de muito chorar, entendi que o livro é sobre saudade. Uma saudade que dói e que ao mesmo tempo causa conforto no coração.
Tirando a parte difícil de acompanhar (por ter muitos detalhes) sobre a culinária coreana, o livro tem uma escrita envolvente e não dá vontade de largar.
comentários(0)comente



lannalzi 29/02/2024

Dor e dor
Finalmente terminei de ler essa maravilha, que livro intenso e lindo. Se eu pudesse, apagaria minhas memórias sobre esse livro e eu iria ler ele de novo.

"Aos Prantos no Mercado"foi um livro que me fez refletir bastante sobre a minha vida e chorei, chorei muito com ele. Ele nos leva em uma jornada pelas profundezas do amor entre mãe e filha. A narrativa é triste, pesada e dói, porém é encantadora, e explora a fragilidade das conexões familiares. A história se desenrola em um cenário cotidiano, mas transcende para um ambiente cheio de emoções onde as lágrimas revelam a complexidade do amor incondicional.

Cada página é impregnada de tristeza, mas também de beleza, pois a autora descreve bem os fios de afeto e a despedida. Uma obra que ecoou na minha cabeça e principalmente para quem já experimentou a dolorosa despedida de amar e deixar partir. Que livro doloroso e triste, me ajudou em momentos difíceis, poucos alívios cômicos, mas quando tiveram, fiquei feliz.
comentários(0)comente



Robtavares 17/01/2024

Gostei mas não amei
Gostei mas não amei. História muito tocante da vida escritora junto de sua mãe. Belas lembranças, apesar de muito tristes.
comentários(0)comente



Alexandre 17/01/2024

A leitura foi difícil para mim, pois perdi meu pai para o câncer há três anos. Ao acompanhar a jornada de Michelle em ressignificar sua história e lidar com os sentimentos em relação à mãe, me vi profundamente impactado, pois isso diz sobre minha própria experiência. Apesar da narrativa, por vezes, se concentrar demasiadamente na comida, é impossível não se envolver e refletir sobre a história dela.
comentários(0)comente



DêlaMartins 14/03/2024

Michelle Zauner narra a falta que sente de sua mãe, vítima de câncer. A autora é filha de um estadounidense e de uma coreana e, depois de passar a adolescência fugindo da ascendência asiática, passa a fazer o contrário quando perde a mãe e busca suas raízes principalmente na culinária coreana.

As referências culinárias são constantes e até parei de ler durante um tempo porque me cansaram. Retomei a leitura e para seguir, pulei os longos parágrafos sobre comida. Achei o livro cansativo, detalhista e minha impressão é que foi escrito para a autora desabafar, não para outros lerem.
Débora 14/03/2024minha estante
Eu não consegui, Ângela. Abandonei aos 30% de leitura.


DêlaMartins 14/03/2024minha estante
Foi um esforço grande pra acabar...


Débora 14/03/2024minha estante
Nossa, imagino!?




Bruna3558 20/05/2024

Catarse
Livro extremamente bem escrito, com muitas partes devastadoras de tão tristes, cheias de relatos assustadores, talvez sim O livro mais triste que já tenha lido na vida, mas a sensação que eu tive lendo foi como se eu estivesse ?bisbilhotando? várias sessões de terapia da Michelle com a terapeuta dela, a escrita toda soou bem catártica, quase como um desabafo.

A gente consegue perceber a angústia dela o tempo todo, e como eu já devia ter previsto não seria nada fácil terminar esse livro e de fato não foi, as vezes achei arrastado demais, as vezes achei difícil retomar a leitura (por não querer entrar naquele universo) mas as vezes também achei extremamente reflexivo e me peguei questionando vários assuntos, incluindo luto, morte, relacionamentos parentais e o impacto disso na nossa vida adulta, e por isso só já valeu a leitura.

De longe o que mais achei interessante foi como a história foi narrada através do alimento e como o relacionamento dela com a mãe estava enraizado nessas experiências culinárias, alimentos carregados de identidade cultural que deixam a gente no mínimo morrendo de fome.
_______________________________________

?Falei sobre como o amor era uma ação, um instinto, uma reação suscitada por momentos não planejados e pequenos gestos, uma inconveniência a favor de outra pessoa.?
comentários(0)comente



juliana 06/02/2024

Muito bom parabéns michelle zauner por conseguir o impossível (mandei mensagem pra minha mãe falando que quero me aproximar dela)
comentários(0)comente



Amanda 13/02/2024

Pessoal e emocionante
Nesse livro de memórias encontramos o relato da autora em um momento de vida em que ela e a família precisam lidar com o diagnóstico de câncer da mãe. É um relato muito pessoal e, ao fim da leitura, conseguimos entender quão turbulento foi esse momento de vida e que, enquanto seres humanos únicos, vamos lidar de maneira muito particular aos acontecimentos da vida.

A primeira metade do livro foi bem arrastada, a autora tenta nos trazer um pouco da sua história de vida até chegar no tempo atual. Passamos alguns capítulos falando da história dos pais, da sua infância e também da sua adolescência conturbada. Não consegui engatar na leitura nessa primeira parte, a narrativa entrou numa esfera tão pessoal que talvez só pessoas mais próximas à autora tenham se conectado de fato. Já na segunda metade, o livro ganha mais a cara de narrativa, quando a autora narra em tempo presente desde a descoberta da doença até o pós falecimento da mãe (não é spoiler, ela fala da morte da mãe na primeira linha do livro!). Na segunda metade consegui engatar de vez, e a conclusão que faço é que apesar de uma narrativa singela e sincera, precisaria de mais intimidade com a autora e até com a cultura coreana da qual ela faz parte, para que a conexão não demorasse a vir.

Para mim a maior lição foi sobre como aproveitar as pessoas ao nosso redor em vida. Além de termos consciência da existência da morte, fato que apesar de inevitável é ainda pouco discutido e isso faz com que muitos de nós tenhamos dificuldade de lidar quando o encaramos de frente.
comentários(0)comente



hiliandra.faggion 20/01/2024

Em alguma das primeiras noites depois que comecei a ler este livro, sonhei com meus pais? e no dia seguinte não conseguia ler sem chorar. Senti uma saudade imensa de uma forma que nem posso descrever. Meu pai nos deixou em 2010 sendo que não tivemos tempo para nos preparar. Estava bem na quarta feira e na sexta ele se foi! Minha mãe que já estava no início da doença de Alzheimer naquela época, foi se apagando, e faleceu em 2016.
Sim eu me lembro deles através da comida, da música, em alguns trejeitos das pessoas, quando tenho uma coisa importante para contar?
O livro traduziu muito o sentimento da autora, além de trazer conhecimentos da cultura e culinária Coreanas.
comentários(0)comente



Cris 20/04/2024

Aos prantos no sofá
A leitura foi muito agradável e suave. A história me pegou muito por ser mulher, filha e mãe.
As questões de relacionamento mãe e filha são muito reais e criam identificação facilmente.
Hoje ao terminar o livro senti vontade de estender a experiência e fui com minha filha almoçar no Ryu, restaurante coreano aqui perto. Foi uma experiência interessante olhar no cardápio (com fotos) diversos pratos que a autora menciona. Um livro simples e tocante
comentários(0)comente



391 encontrados | exibindo 166 a 181
12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR