Resenhas - O peito oco

Elizangela44 10/06/2024

Peito oco
Foi uma leitura rápida, fluida e profunda. Interessante como a autora abordou um tema tão importante e mesmo assim pouco dito!

Tathi (@Doidosporserieselivros) 20/11/2023

Olá queridos amigos leitores! Nessa semana tenho tentado ler alguns dos livros concorrentes ao prêmio Kindle, tenho escolhido bem aleatoriamente na página das obras participantes e tenho ficado positivamente surpresa.
Minha última leitura finalizada foi O Peito Oco de @suzanaamorim___ .

???Já não aguentava mais tanta poesia. Queria luz branca, agulha, bisturi e o bebê do lado de fora, por favor.?

Nesse livro conhecemos uma mulher sensata e decidida, que apesar de ter planejado sua gravidez, se vê solitária, esgotada e deprimida no puerpério, se perguntando se há algo de errado com ela, ou se contaram uma história diferente da real para ela.
Enquanto isso, os leitores conhecem também um pouco de seu passado, o divórcio dos pais, a luta diária da mãe, as escolhas de vida da tia.
Cada detalhe de sua vida construindo a imagem de quem ela é hoje.

?? ?O tempo passou e a fez somente mulher, nada mais ? e isso já era mais do que suficiente.?

O Peito Oco é uma obra de arte impossível de consumir sem se identificar.
Como mãe me vi nas situações ali mostradas, na dor para amamentar, no sonho do parto perfeito, na simbiose que deveria existir instantaneamente segundo as outras mulheres, e que quando não existe é escondida, sufocada, pois se ousarmos falar disso com alguém seriamos taxadas para sempre.

A tia da protagonista é outra mulher incrível da trama, decidiu que não teria filhos e não se dobrou aos cônjuges ou a sociedade, sendo feliz e realizada com suas escolhas.

O Peito Oco é uma ruptura com a romantização da maternidade, uma exposição do que muitas mulheres não se permitem falar, e um alerta para que olhemos com atenção para as novas mães oferecendo conforto, sem os milhares de conselhos que as fazem se sentir inaptas.

O livro tem menos de 100 páginas (uma leitura rápida e profunda) e está disponível em formato digital pela Amazon e Kindle Unlimited.

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Le Vieira 19/01/2024

Ninguém havia lhe dito que seria preciso parir uma mãe, além de parir a própria filha.
Tenho lido muito desse tema ultimamente e a cada nova leitura, me surpreendo ainda mais. A história é fluida e a personagem sem nome e características próprias contribuem para a identificação. Toda a trajetória de vida da personagem a levou àquele ponto. Suas escolhas, sempre respingadas pelas escolhas das pessoas ao seu redor e nunca verdadeiramente suas, carregam a amargura e o ressentimento até o momento presente. Adoçam tanto a maternidade, que deixam de fora o peso das abdicações - conscientes ou não - às quais a mãe recém nascida tem que se submeter; de estar ali mas nunca para si.

“Estava farta de ter que recolher sua tristeza e colocar na lixeira do hall para dar conta da vida e dos afazeres.”

Andressa Klemberg 23/09/2023

Atravessamentos
O peito oco é uma narrativa instigante, que nos coloca no lugar da personagem em seus lutos. O luto de perder alguém, mas também o de perder a si mesma. O luto de descobrir que a maternidade é algo completamente diferente do que idealizava. O luto em tantas formas e cruezas que a vida nos apresenta e Suzana nos traz com uma riqueza de história que nos atravessa.

Augusto 14/11/2023

As coisas foram fluindo...
As relações durante a mudança da personagem foram surgindo e isso foi um dos pontos legais da narrativa, mas senti um escanteio em uma delas que gostaria de mais.

Senti o desgosto, o respirar acelerado, todo o medo da personagem principal e amei isso, amo quando a narrativa consegue nos colocar a parte daquele ciclo da personagem.

Ninguém tem nome, creio que isso seja por conta das temáticas serem de alguma forma identificável para quem ler, e isso eu amo demaisss.

Lua 27/03/2024

O vazio da maternidade
Em “O peito oco”, Suzana Amorim escancara através de sua personagem a realidade de muitas mulheres que adentram o território da maternidade, livre do romancear comum desta seara.

A protagonista vive a história em diversos pontos da vida, todos eles marcados pela relação familiar/materna/paterna e pela dificuldade com o autoconhecimento, trazendo frustração e dúvidas sobre si e a vida que escolheu viver.
O vazio, a dor de não se encontrar em um papel que ela achava que seria natural, a coloca com todas as suas vulnerabilidades e humanidade muito próxima às mães da realidade.

O final do livro reforça a ideia de recorte e continuidade, afinal somos sujeitos em construção, não tolhendo a história desta mulher com o desfecho que a põe em uma caixa sem possibilidades. Sendo passageiros da vida, a diversidade dos caminhos nos deixa pensativos sobre que rumo essa vida irá tomar, pois o certo é que depois da maternidade, ainda que não pareça ou que não seja por lugares que planejamos, a vida segue.

Um livro bem escrito, daqueles que viciam, com uma narrativa fluida e bem construída, que alterna acontecimentos da infância, juventude e vida adulta da personagem. Tudo isso, levando a quem ela é hoje. O desfecho nos coloca no lugar de autores, que eu particularmente adoro. Qual será o desenrolar da vida dela?

P. G. S. ZAGO 16/02/2024

Livro lindíssimo sobre a jornada das heroínas recém mães
Quem, como eu, gosta de leituras contemporâneas e que tratam de temas pertinentes com muita sensibilidade e crueza, vai adorar o livro da Suzana Amorim.

O peito oco é uma ficção psicológica que concorre ao Prêmio Kindle de Literatura e aborda temas como maternidade, identidade, crises e perdas.

Apostando em uma escrita não linear, que mistura presente e passado, além de trazer muitas reflexões e perspectivas sobre o futuro, a autora apresenta sua protagonista, que, intencionalmente, não tem nome e, assim, representa tanto todas as mulheres que vivenciam a solidão da maternidade, como demonstra sua crise existencial, e que percorre essa jornada solitária da maternidade.

Não é um livro sobre depressão pós-parto, apesar de conter vários elementos indicativos de que essa é a jornada que a protagonista atravessa ao longo da narrativa. A história dessa mulher não nomeada é muito maior que apenas isso.

É sobre a confusão de papéis e como interpretá-los quando se está diante de uma total ausência de identidade, quando não se consegue encontrar identificação, referências e quando a mulher, nesse momento intensamente solitário, se confronta com uma realidade diversa daquela que idealizou e percebe que os sentimentos que lhe assolam não são aqueles que supunha que experimentaria.

Esse livro é uma desromantização da maternidade e, com muita sutileza e um tanto de ironia, representa o feminino e traz luz para um momento que é muitas vezes sombrio na vida das recém mães.

Apesar do dramatismo do tema e das emoções pungentes que a autora explora nessa narrativa, é uma leitura muito fluída e agradável, que conduz para muitas reflexões, especialmente para quem já vivenciou esse processo ou pretende vivenciar.

Aproveite essa leitura riquíssima em emoções e profundidade emocional, que percorre os caminhos femininos, não só da maternidade, como também das identificações, desafios, dores e culpas das mulheres, que são tão nossas, mas de todas nós.

Ceginara 15/10/2023

Sentimentos e vazios preenchidos
A dimensão do que sentimos nas escolhas, na maternidade, nas cobranças e necessidades reavaliam a mulher em ação enquanto preenche espaços e lida com seus vazios. Suzana trouxe um lindo e reflexivo vislumbre dessa situação, deixando, ao final, o gostinho para o que possa vir. Recomendo ler.

Thaisa 15/10/2023

Uma história sensível e profunda
Quando iniciei a leitura de O peito oco, não esperava encontrar uma história tão sensível e profunda. Muitas mulheres idealizam e romantizam a maternidade, mas a realidade é bem diferente e foi isso que Suzana nos mostrou com essa história.

A escrita fluída me prendeu do início ao fim, me fez refletir o quanto é doloroso e solitário a perda de nós mesmas. Eu amei a leitura e super recomendo.

Thaysa 22/05/2024

O peito oco
Ser mãe é de uma beleza inigualável, mas a maternidade tem mais espinhos que rosas certamente. Neste livro, acompanhamos a história de uma mulher que acaba de ter um filho, mas ao contrário do que esperava, não se sente completa, preenchida. A história do seu passado se intercala com o momento presente, em que busca se reencontrar. Uma escrita muito sensível e real.

Carolina1220 01/12/2023

"Ninguém vai embora porque ama"?????
Leitura sensível e intensa.

Ser mulher no mundo em que vivemos é uma das coisas mais difíceis do mundo. Ser mulher, esposa, filha, aluna e principalmente mãe.

É uma história voltada pra maternidade, pras suas dificuldades, pra sua realidade nada mágica e linda. O choque da vida nua, crua e solitária de uma mulher que se faz mãe e não se sente mãe.

Não apenas mãe mas mulher, em todas as suas faces e realidades, duras e impossíveis mas que são realizadas com o ímpeto e a coragem de quem faz o impossível ser possível mesmo que sem querer.

Intensa, dramática e real demais para não ser lido com um nó na garganta e um aperto no peito. Constantemente prestes a chorar a cada página, porque a realidade é visível e real demais pra ser encarada de frente sem dor

skuser02844 15/10/2023

O Peito Oco é um amparo, pertencimento pra loucura de estreia materna. Uma leitura de escuta, como que encontrar um amigo oque passa pela mesma estrada e nos da permissão pra falar. Lindo, íntimo e real.

Jessica.Cacko 23/11/2023

Mulheres NÃO ROMANTIZE A MATERNIDADE!
Com uma escrita fluida e muito real, a narrativa sobre a maternidade e suas dores de mulher e mãe é muito forte, me encontrei com o passado e o presente da protagonista e me vi dentro do livro da primeira página até a última.
Tive alguns gatilhos durante a leitura e foi muito bom por sinal, assim posso lidar com algumas coisas que habitam em mim e ir trabalhando aos poucos.

Mulheres NÃO ROMANTIZE A MATERNIDADE!

Vamos ser reais!

Livros que abordam sobre a maternidade real é necessário e o peito oco é uma leitura indispensável.

Yasmin 25/11/2023

Incrível.
O Peito Oco é lancinante. Doloroso. Incrível. É como assistir as escolhas - e os erros - de alguém, muito perto, mas de fora. Saber seus pensamentos e saber que não condizem com suas vontades. Além de bem escrito, é sentimental, mesmo com sua lógica brutal.

sophibbm 23/01/2024

Na sinopse, diz que aborda os desafios da maternidade mas eu achei que fala mais do que é ser uma mulher adulta tomando decisões diante do que não se pode controlar, tentando se encontrar - e aí, a maternidade também entra. O caminho é solitário. Na vida e no maternar. A autora não deu nome aos personagens e eu interpretei como sendo qualquer pessoa. Eu, você, a vizinha, a colega de trabalho.. qualquer uma pode passar pelos processos que a protagonista passou. As dúvidas, as angústias, os recomeços, a sensação de falta.. E assim é a vida, né?