Camila.Rangel 26/12/2022
Bom, mas não foi como o primeiro
Infelizmente, quando se tem uma saga de livro, sempre vão existir comparações, e não tem como não comparar todos os livros que vierem depois com o primeiro. O primeiro me cativou completamente. Fazia tempo que não lia tal estilo de obra, e eu fiquei apaixonada e toda boba lendo. Os personagens me chamaram atenção, tinham personalidade e faziam a gente querer conhecer mais deles.
Sobre o segundo, por mais que eu tenha gostado sim desse livro e provavelmente irei continuar lendo, a minha conexão com esse aqui foi bem fraca.
Eu entendi e achei extremamente promissor o plot da Delora, só que por ela ficar tão presa nos seus traumas e medos, o que é, sim, mega compreensível, isso acaba afastando os leitores de conhecerem mais dela. Por ser algo bem lento, passa um sentimento muito de egoísmo, que a Delora só pensa nela mesma o tempo todo porque quer. Eu não fiquei com raiva dela, mas me senti completamente afastada, porque, de tanto estar presa na própria mente, ela não se mostrou pra mim durante grande parte da narrativa. Eu fui conseguindo pescar o jeito dela e pro final fica bem melhor, e ela é mais honesta e aberta sobre muito mais coisa, mas não supre esse estímulo de me conectar e ter grande apego pela personagem.
Eu gostei da dinâmica deles dois e gostei que a sequência de fatos aqui foi completamente invertida e repentina, aquele de lidar com as coisas já no meio de todo o caos, sem tempo de se acostumar antes de acontecer algo a mais.
Talvez se o estilo de narrativa tivesse sido um pouco diferente, eu não teria me sentido tão murcha em relação a Delora, ela como protagonista, não a dinâmica com outros personagens e tal.
Ainda assim, eu gostei do livro e achei a dinâmica muito fofa. Fora que, o novo Mavka (não direi nome pra evitar spoiler) é o ser mais amoroso que eu já li, ver o crescimento e desenvolvimento dele também foi um amor. Ele nunca perdeu a essência. Adoro todos esses Mavka, pelo amor. Seres mortais, mas completamente ingênuos.