Mariana Dal Chico 28/04/2024“A lanterna das memórias perdidas” de Sanaka Hiiragi com tradução de Leiko Gotoda e publicado pela @bertrandbrasil
Hirasaka não tem nenhuma lembrança de sua vida pregressa, ele está em uma loja de fotografias no entremundo, aonde as almas passam antes de seguir para a próxima dimensão. Ali, as almas precisam escolher uma fotografia por ano vivido, podem revisitar o dia de sua memória mais importante e Hirasaka é responsável por criar uma lanterna que vai lhes mostrar a própria vida passando diante de seus olhos.
A primeira pessoa que acompanhamos a história é uma professora que chegou aos 92 anos, depois um homem de 47 anos que faz parte da máfia e, por fim, uma criança.
A escolha de cada personagem me fez refletir sobre minhas próprias memórias e registros fotográficos.
Para mim, memória (voluntária e involuntária - olá madeleine e Proust) é um assunto fascinante, tanto para exploração ficcional quanto para estudo científico. Gosto, principalmente, do fator emotivo relacionado à memória, que pode acabar sendo idealizada ou demonizada de acordo com a emoções principal envolvida no momento.
A fotografia tem um papel importante na minha vida, eu amo registrar e imprimir para montar álbuns. Sim, eu ainda monto álbuns de fotografia e faço registros com câmeras analógicas, assim como os maias e os astecas, ops, assim como eu mesma fiz na infância e começo das adolescência.
Essa é uma leitura curta, de empatia, resiliência, com sentimentos agridoces, que me encantou no começo, me emocionou o meio, me fez refletir sobre quais seriam minhas próprias escolhas, mas me deixou esperando um pouco mais do final.
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