The Lying Life of Adults

The Lying Life of Adults Elena Ferrante




Resenhas - A Vida Mentirosa dos Adultos


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Bia Mie 16/09/2024

Amei!!
Mais um da Elena pra conta e me apaixonei de novooooo. Achei bizarro como essa mulher te conecta com a história, representa a passagem da infância para a adolescência, adorei acompanhar a Gianni!
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iagofelipeh 11/09/2024

A adolescência nua e crua
Essa foi minha melhor experiência de leitura com Elena Ferrante, autora de quem eu gosto muitíssimo.

É espetacular como ela conseguiu mesclar, num mesmo livro, profundidade e ambiguidade dos personagens, amadurecimento e contradições sutis na narração em primeira pessoa e uma fluidez bizarra no ritmo de leitura.

Eu, particularmente, não sou um leitor muito veloz, e isso tem a ver com meus vieses literários. Meus gostos, em geral, se dão em obras mais densas e que vão exigir maior cuidado e atenção, além de maior esforço. E Elena Ferrante consegue percorrer muito bem esses dois caminhos de escrita: o mais desafiador e o mais fluído.

Em livros como Dias de Abandono e Um Amor Incômodo, precisei de muito mais empenho e fôlego para absorver as nuances que ela trouxe ali. Na medida em que, em A Vida Mentirosa dos Adultos, embora tenha mais de 400 páginas, a leitura fluiu muito bem.

O surpreendente é que ambos os modos me causaram um imenso impacto e me fizeram refletir sobre inúmeros aspectos.

A escrita da autora sempre me traz a um lugar de desconforto no papel alienígena de homem, uma vez que ela constrói mulheres incrivelmente reais. Na mesma medida em que consigo me colocar naqueles contextos e sentir um pouco das dores das personagens.

E é encantador como tudo nesse livro se encaixa. A narrativa dispõe de um período muito delicado e determinante da vida de Giovanna: a adolescência. Vemos ela de seus 12 até seus 16 anos, o dolorido e brutal final da infância, as revoltas, as decepções familiares, as contradições, o impacto da sociedade que a rodeia na sua personalidade que vai sendo formada.

Ao mesmo tempo em que a fluidez do livro demonstra muito bem essa aura mais "juvenil", os temas tratados e o modo como a personagem se desenvolve são tudo menos uma literatura Young Adult.

Passado o estranhamento inicial, todas as nuances construídas para a protagonista são absolutamente reais. Eu, como leitor, me senti na pele de Giovanna e consegui traçar muitos paralelos com a minha própria adolescência.

A narrativa em primeira pessoa sob esse olhar jovem é perfeitamente disposta. Não há confiabilidade em suas percepções. Suas atitudes são naturalmente inconsequentes e trazem à tona toda a bagagem construída.

A sutil mudança de tom a partir de seu amadurecimento, as descobertas sexuais, as decepções familiares e a visão prática, mas nunca racional, de que o ser humano é complexo, hipócrita, bom, mau e, muitas vezes, apenas incompreendido.

Giovanna, com suas muitas particularidades, se torna mais uma jovem que tende a ser uma adulta tal qual seus pais, sua tia Vittoria e suas amigas são ou vão se tornar.
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ga-bi 09/09/2024

O livro foi MUITO bom e rápido, mas infelizmente a cena final foi extremamente decepcionante, e, ao meu ver, sem sentido nenhum
hellensbruzzi 17/09/2024minha estante
Na minha interpretação o final fez muito sentido. Ao longo de todo livro a personagem tem sentimentos duvidosos em relação a sexo e a homens, pra mim foi uma confirmação de que ela não se sentia atraída por homens e que perder a virgindade com um homem era apenas uma barreira na vida dela e que ela quis passar pra seguir em frente.


hellensbruzzi 17/09/2024minha estante
Mas realmente foi minha interpretação




tekalovesit 04/09/2024

Cru e ao mesmo tempo sensível demais. foi meu primeiro de elena e não poderia ter iniciado de melhor forma! gianni me colocou pra refletir sobre minha própria adolescência, acessei sentimentos que estavam adormecidos.

perfeito, simplesmente perfeito.
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hellensbruzzi 03/09/2024

O melhor dos livros da Elena Ferrante é sempre a escrita dela.
Eu gostei muito de A vida mentirosa dos adultos e de acompanhar o amadurecimento dessa personagem e de todos os conflitos que transpassam a vida de um adolescente.
Li esse livro para um clube do livro e depois que terminamos percebi que ele trata muito sobre o amadurecimento sexual da personagem e muitas das barreiras que ela passa envolve sua sexualidade.
No final, a história me deixou pensando muito sobre heterosexualidade compulsória. Não sei foi a intenção da Elena Ferrante ou não, mas o livro cresceu ainda mais em mim quando percebi isso e que o que a Giovanna sentia pelos homens era mais um admiração e uma busca por aprovação, causada pelo pai dela, do que realmente algo sexual.
anna 08/09/2024minha estante
Caramba, faz todo sentido!




Antonio338 01/09/2024

A vida mentirosa dos adultos foi meu segundo contato com Elena Ferrante, um ano depois de ter lido A filha perdida, do qual gostei muito. Mais uma vez, me encontro completamente obcecado com a escrita e a crueza da narrativa. Curiosamente, sinto que o li no momento certo, porque muito da personagem de Giovanna ainda ressoa comigo, para bem ou para mal.

Acompanhar o momento de crise de Giovanna ao sair da infância, passar pela adolescência e adentrar no universo adulto é doloroso, por vezes desesperador. A ruína do ambiente familiar coincide com a bagagem de trauma geracional que reside nesse meio, tudo isso sempre atrelado ao processo de "tornar-se" mulher de Giovanna. é impressionante como não podemos dissociar essas questões com a dimensão de gênero: ao longo da narrativa, Ferrante vai descortinando a realidade para a personagem e para nós, que se depara com um ambiente dominado pelos homens, no qual é preciso se contentar em interpretar um papel específico e se circunscrever no masculino.

Nesse ponto, comecei a me questionar algo que até então não havia pensado: o que sustenta meu deslumbramento, enquanto um leitor masculino, por uma narrativa que retrata algumas das piores vivências femininas causadas pela estrutura social? Identificação, privilégio de perspectiva, ou projeção? Desde que finalizei o livro não consigo pensar em outra coisa, é uma situação quase análoga à descoberta de Giovanna ao observar o mundo frágil dos pais: uma vez que a realidade foi vista, é impossível continuar vivendo na mentira.

Outra coisa que me interessou foi a abordagem da língua através das categorias de territorialidade e gênero: a primeira porque existe uma clara demarcação de classe e escolaridade, que separa os "cultos" dos "incultos" na narrativa, os "maus" dos "bons". A segunda porque frequentemente as personagens masculinas se dirigem às personagens femininas com tom simplório e professoral, delimitando sua posição frente a deles: de inferioridade, diga-se de passagem. Poucas são as personagens que transitam entre essas fronteiras limítrofes.

Enfim, me prendeu do início ao fim e o adorei. E isso porque não falei do desejo.
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Joana30 31/08/2024

Esperava mais
Não sei se fui com muita expectativa ao livro, mas a história não me prendeu muito. Demorei muito para ler, porque achei a história um pouco arrastada.
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AYUMI 31/08/2024

Perfeito
A cada livro da Elena Ferrante que eu leio eu me apaixono mais. A descoberta do mundo dos adultos na transição da infância para a adolescência é retratado com perfeição nesse livro. Já que Giovanna passa da idolatria a pessoa do seu pai, a enxergar a realidade, os seus defeitos.
Fora isso, outro ponto que me tocou bastante foram os embates relatados, os livros e a religião, os pais e os filhos, o alto de Nápoles e a região baixa, as meninas e os meninos. Durante a adolescência o confronto entre esses pontos é constante e eu amei ver isso em um livro.
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Rodrigo1185 29/08/2024

Os adultos mentem
Muito boa a leitura de um livro que, mais uma vez, te faz relembrar o que é crescer e se tornar um adulto... Descobrir que a mentira faz parte do cotidiano das "almas maduras", e que certas preocupações na cabeça de um(a) jovem, como a feiúra, sempre estão presentes em maior ou menor grau. A personagem Vittória, especialmente, se mostra uma personalidade extremamente complexa, tornando os mistérios do livro ainda mais instigantes e provocando no leitor a vontade de querer saber mais sobre aquela mulher.

Muito bem, Ferrante, como sempre... Ainda estou tentando entender o motivo de ser uma de suas obras com a menor avaliação no Skoob ?
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Gabrielle831 26/08/2024

Elena Ferrante, como você é maravilhosa. Que escrita inédita para mim, que personagem complexa e ao mesmo tempo reflete a realidade do q se passa na mente de um adolescente, que narrativa espetacular.
O livro narra a história da adolescência de Giovana, uma garota de 13 anos, no início de livro, que se vê diante de diversas questões ligadas a sua imagem, a vida de seus pais, o fim de um casamento recheado de mentiras - mas que não são infundadas, suas reflexões tão maduras para uma idade tão tenra.
É um livro que te prende do início ao fim. As reflexos da personagem são viciantes. Foi o meu primeiro contato com Elena, não a largarei tão cedo.
Só fiquei triste com o final. A Gianni merecia mais.
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MarianaCota 25/08/2024

Um livro que demorei mais tempo pra ler, é o tipo de livro que você precisa ler com um pouco mais de calma, e não devorar. É o tipo de livro que chamo de "livro cru". Conta a história que é aquilo e pronto, sem rodeios, sem coisas fofas e fantasia. Mas é muito bom!
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Drida 24/08/2024

Uma história de uma pessoa que passa da infância para adolescência e quebra paradigmas importantes para o crescimento pessoal da personagem. Como olhar para pessoas e vê-las como realmente são? Sem romantizar pai e mãe. Livro MARAVILHOSO.
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Aline.Rosa 21/08/2024

Denso como os livros da autora sempre são!
O livro me pegou pra ler pelo título. Relata o afolescer e amadurecimento da protagonista e seu ponto de vista ao começar a ver quem seus pais são e suas relações familiares.
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Natália Dias 17/08/2024

A Vida Mentirosa dos Adultos - Elena Ferrante
Depois de um período de ressaca literária, esse livro fez com que eu recuperasse a paixão por ler. É o primeiro da autora que tive contato, mas não será o último que leio.

É realmente uma história sobre a perda de inocência. Você acompanha a Giovanna desde a infância até a adolescência e sabe que o primeiro adulto que a decepcionará é seu pai, Andrea. Graças a uma comparação infeliz que o pai faz entre Giovanna e sua tia, Vittoria, a menina passa a questionar o seu próprio valor e o de todos a sua volta, principalmente seus pais. Ocorre uma ruptura entre a imagem que ela tinha dessas dessas pessoas e quem elas de fato são; e aos poucos ela descobre como são mentirosos os adultos que a cercam.

O trecho que melhor define Giovanna é uma fala sua: ?eu me sinto feia, tenho um temperamento ruim, mas gostaria de ser amada?(p. 250).

Durante todo o livro o leitor sente a ânsia da personagem por definir a sua própria identidade; mas, ao mesmo tempo que deixa clara a sua desconfiança e seu desprezo pelos adultos, há um sentimento latente de inadequação e até mesmo de culpa pelos problemas no casamento dos pais e o que acontece de errado a sua volta. Todo o crescimento da personagem é uma experiência extremamente confusa, própria da idade, em que inconscientemente se molda às opiniões e expectativas de terceiros.

De repente, o casamento dos pais não era tão feliz assim; nunca foi, ela só era pequena demais para entender a complexidade da relação dos dois. As amizades que ela cultivava, de repente, não eram mais tão interessantes.

Diversas vezes Giovanna performa uma maturidade que ainda não possui, fingindo entender sobre sexo, relacionamentos, amizades e traição -- e é até engraçado vê-las usando xingamentos e falando sobre sexo sem saber nada a respeito. Mas, ao mesmo tempo, pede (mesmo que inconscientemente) para retornar àquela inocência da infância, a um período no qual os pais eram um casal apaixonado, seu pai o seu herói...

Elena Ferrante consegue fazer com que você ame e odeie cada personagem; se interesse pela história de cada um e pelas suas emoções. Sinceramente, é um livro genial e é impossível se arrepender de o ter lido.
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