Amada

Amada Toni Morrison




Resenhas - Amada


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Livia M. 18/08/2023

Ninguém me viu cair
D e s a f i a d o r
Estética e historicamente difícil.
Perdida em águas lamacentas, aprendi a nadar.
Não compreendi algumas partes,
mas o todo é poderoso.
Não há relato desse período que não cause revolta.
Escravidão não. Nãonão. Nãonãonão.
Passado, presente e futuro.
Até quando teremos que empunhar picadores de gelo.

#vozesnegras
2/7
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Bruna.Toledo 16/08/2023

Poderoso
Amada é uma colcha de retalhos. Toni Morrison nos apresenta recortes do presente seguidos de flashbacks e nada parece fazer sentido inicialmente. Até que as coisas começam a se encaixar e você não consegue mais parar de ler porque, contrariando as expectativas, o enredo não se torna mais fácil de acompanhar. São camadas sobre camadas sobre camadas de vivências e a soma de tudo torna os personagens únicos, profundos, fascinantes.

Mas não se engane. Amada vai triturar seu otimismo. Por trás da escrita rica e poderosa de Toni, se esconde um mundo de dor e desamparo.
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naoeumaresenha 01/08/2023

Um livro completo!
A escrita da toni morrison me levou pra outro lugar mas também me machucou. é perspicazes, doloroso e emocionante.
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Lud 31/07/2023

Não é uma leitura fácil, precisa de certa paciência e às vezes reler mais de uma vez o mesmo trecho do livro, porém no final a história me cativou demais. É uma reflexão muito bonita, muito interessante. Não sei se foi o melhor livro pra ter contato com a autora, pois ouvi falar depois que este livro é bem diferente do restante da obra da autora. Mas apesar do esforço que a leitura demandou, gostei muito de ter feito a leitura. Foi uma maneira bem interessante de mostrar a realidade das pessoas negras que viveram no período da escravidão, suas dores, escolhas e dificuldades.
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Taiza.Souza 02/07/2023

Complicado de ler mas impactante
Leitura complicada no início do livro. Mas da metade em diante começa a ficar mais fácil. Uma história com momentos impactantes e que conecta passado e futuro várias vezes.
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Raquel Marina 28/06/2023

Amada é um livro arrebatador. Toda a dificuldade que tive no início da leitura para me conectar com a narrativa foi rapidamente ultrapassada e logo me vi capturada pela atmosfera triste e melancólica do livro. A autora expõe a desumanização que a escravização infligiu a tantas pessoas, e por isso mesmo, traz personagens muito humanos que agem a partir dessas experiências de crueldade aos quais foram submetidos e buscam incessantemente a paz da liberdade para si e para os seus. Lindo, forte e indispensável.
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Vanessa.Benko 10/06/2023

Entendera que podia acordar um dia e se descobrir aos pedaços
Com um estilo narrativo carregado de franqueza, a autora nos transporta para um contexto em que o fantástico é tido como normal, mergulhando-nos em memórias fragmentadas e nos desafiando a desvendar as complexas histórias de seus personagens ao longo das páginas. Uma narrativa não linear e repleta de simbologias.
O objetivo da autora não é apenas descrever a escravidão nos Estados Unidos, mas fazer com que a sintamos profundamente. Ela nos oferece um relato brutal dessa época sombria, despertando uma compreensão visceral da dor, sofrimento e desumanização enfrentados pelos escravos. Ao invés de se ater a uma abordagem histórica tradicional, a autora nos coloca diante de personagens com passados pesados, que passaram por um processo de constatação e aceitação passiva de sua própria impotência.
Uma das características marcantes do livro é a peculiar caracterização dos personagens. Eles possuem uma necessidade incessante de nomear seus sentimentos e acontecimentos, o que nos permite mergulhar ainda mais na profundidade de suas experiências.
Além disso, o livro apresenta pequenas histórias paralelas que enriquecem a trama principal, acrescentando camadas de significado e complexidade. Cada personagem possui uma visão diferente do futuro e uma relação distinta com o tempo, absorvendo suas passagens de formas variadas. Através dessas nuances, a autora explora como a individualidade pode ser roubada de uma pessoa e como o tempo e as experiências moldam e mudam nossos desejos.
Ao longo da narrativa, somos confrontados com acontecimentos que afetam os sentimentos dos personagens. Após tantos traumas, a indiferença começa a ocupar o lugar da tristeza, demonstrando a dura realidade de viver sob a opressão. A protagonista, Seth, carrega consigo um sentimento de culpa avassalador, que a leva a fazer um tremendo esforço para esquecer o que aconteceu – principalmente o que fez.
Seu arco narrativo representa a luta contra a opressão e a busca pela liberdade, tanto física quanto emocional, revelando gradualmente as camadas de sofrimento e dor que a personagem carrega consigo. Sua determinação em esquecer o passado é um esforço desesperado para encontrar alguma forma de alívio, mas também uma maneira de sobreviver em um mundo que tenta negar sua humanidade.
No entanto, quando Amada, sua filha perdida, retorna inesperadamente, a vida de Seth é transformada. A presença de Amada desencadeia uma jornada de redescoberta e reconciliação, em que Seth é forçada a confrontar e ressignificar os traumas e a encontrar uma forma de cura – tudo isso somado a uma sensação de liberdade por não ter mais que esquecer.
Denver é uma figura emblemática que nos conduz por uma jornada de descoberta e resistência em meio a um passado doloroso e uma realidade desafiadora. Sua trajetória é marcada por uma busca por identidade, conexão e pertencimento. Vivendo à sombra dos traumas e segredos de sua mãe - ela desconhece o mundo exterior e se apega a cada migalha de informação sobre o passado de sua mãe, buscando entender sua própria história e encontrar um senso de pertencimento em um mundo que a rejeita.
Ao longo da narrativa, Denver passa por uma jornada de autodescoberta, desafiando as limitações impostas a ela. Ela desenvolve uma curiosidade e coragem crescentes, buscando explorar o mundo além das paredes de sua casa e confrontar as verdades ocultas sobre sua própria família. Sua capacidade de se libertar da prisão emocional em que vive é um lembrete poderoso do poder do conhecimento e da conexão com as raízes.
Amada, no contexto fantástico do livro, é privada de amadurecer. A presença sobrenatural de Amada pode representar a persistência dos eventos passados e a influência duradoura que têm sobre as gerações subsequentes. Também é um convite para que nós reflitamos sobre a relação entre a vida e a morte, a perda e a memória. Sua presença atua como um lembrete constante das consequências dos atos passados e das histórias não resolvidas.
Baby Suggs representa uma figura materna e espiritual que encarna tanto a resiliência quanto a fragilidade da comunidade negra. É retratada como uma mulher sábia e poderosa, capaz de reunir as pessoas em torno dela. Ela exerce uma influência espiritual e emocional significativa na comunidade, transmitindo mensagens de autoaceitação e resgate da dignidade. No entanto, a personagem de Baby Suggs também representa a vulnerabilidade das pessoas negras diante da opressão. Apesar de sua sabedoria e liderança espiritual, ela não pode reconstruir completamente o que foi perdido. Sua história pessoal é marcada por lutas e perdas, evidenciando as limitações impostas pelo sistema racista e opressivo. Sua presença nos lembra a importância do afeto e do apoio emocional na busca pela cura e pelo empoderamento.
Essas personagens femininas são poderosas, representando as muitas mulheres negras que lutaram contra a opressão e a injustiça durante a escravidão. Elas personificam a força interior e a resiliência necessárias para sobreviver em um mundo que busca silenciar e apagar sua história.
Além disso, Morrison dá destaque aos personagens negros homens e aos seus sofrimentos – que são em alguns aspectos diferentes dos das mulheres, mas todos vividos de forma brutal. O livro nos confronta com a constatação de quantas histórias passadas nesse contexto ainda são indizíveis e inexprimidas, lançando luz sobre a profundidade das feridas históricas e a urgência de enfrentá-las.
Ao abordar o tema da maternidade, "Amada" nos leva a questionar até que ponto uma pessoa pode chegar onde é aceitável matar? Quais os motivos e justificativas para chegar a uma encruzilhada de desespero? Como o medo e o julgamento após um acontecimento traumático afeta a comunidade?
É um livro profundamente dolorido. Mas que seja encarado principalmente como um símbolo da resiliência e da capacidade de sobreviver e florescer em meio à adversidade. Que ele represente as vozes silenciadas e as experiências ocultas daqueles que enfrentaram opressão e marginalização. Sua busca por conexão, identidade e liberdade nos lembra da importância de ouvir e valorizar as histórias daqueles que foram marginalizados pela sociedade e lutarmos pela construção de um futuro mais justo e igualitário.
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Cristiane 09/06/2023

Amada
A escravidão é um tema doloroso... Ler sobre seres humanos, irmãos nossos que foram desumanizados é triste demais.
O livro é difícil de compreender porque mescla passado e presente... E definitivamente a gente não sabe o que é real o que é imaginação, o que é fruto do sofrimento dela...
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Flavia Motta 07/06/2023

Desconfortavelmente necessário
É ficar cara a cara com a escravidão sem chance de respiro. Todo desamor, toda dor, humilhação contados de uma maneira que me fez estremecer. Cenário perturbador, lotado das feridas pós escravidão.
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Andre 06/06/2023

Em todos esses anos de leitor, pouquíssimos livros conseguiram me deixar sem palavras. Amada foi um deles. E não só o fez, como o fez mais de uma vez. É um livro obrigatório pra todo mundo que gosta de ler. Lindo, lindo, lindo.
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Glauber 05/06/2023

Queria muito falar que gostei depois de tudo que li sobre o livro, todas as resenhas e tudo mais, mas livro tem uma estrutura textual tão difícil que para mim foi difícil gostar.

A importância histórica e o enredo são bastante interessantes, mas foi difícil me prender no livro devido a mudanças de vozes, de tempos e com capítulos longos onde isso ocorre com frequência.

Sei que a autora usou isso de forma intencional mas não consegui me capturar.
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anarontani 03/06/2023

Uma releitura muito emocionante, esse livro precisava de releitura e cada vez q reler vai ser uma nova experiência.

a temática é bem dolorosa e pode trazer alguns gatilhos, mas ver a perspectiva de uma mulher preta, e em alguns momentos ter a narrativa das personagens em primeira pessoa é muito necessário.

as pessoas negras precisam ter voz e terem suas perspectivas das coisas inseridas na literatura e na história, dita oficial.
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Izabella.BaldoAno 31/05/2023

Que tarefa difícil a de escrever sobre um livro que se torna favorito da vida, né?

Amada foi uma leitura muito desafiadora pelos mesmos motivos que considero o livro apaixonante. trata-se de uma história contada através de uma narrativa não linear, em que cada informação importante é conquistada aos poucos. por isso mesmo, Amada é um livro pra mergulhar de corpo inteiro.

baseada em uma história real, a narrativa se passa nos Estados Unidos do fim do século XIX, num contexto de recente abolição da escravidão. aqui estão expostas camadas e mais camadas de feridas e traumas transgeracionais causados por toda a violência transferida por séculos aos povos afroamericanos. sobretudo, conhecemos de perto a história pessoal de personagens afetadas diretamente por essas violências e temos uma amostra das intersecções delas quando imputadas sobre mulheres, crianças, idosos, mães...

uma das grandes reflexões presentes na história é a que toca no direito de amar. o quanto podemos amar quando, a qualquer momento, tudo - nossos companheiros, nossas famílias, nossas próprias vidas - nos pode ser tirado? como lidamos com essas limitações e em que medida, através de que ações, podemos demonstrar amor num contexto onde a violência é a máxima?

tudo em Amada tem significados muito bem plantados. todas as temáticas são muito bem trabalhadas. todas as personagens são cuidadosamente construídas. tenho certeza de que esse é um livro que ecoará dentro de mim por meses, anos (quem sabe a vida toda)...
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fev 29/05/2023

Eu não sei nem o que falar sobre Amada. É uma história que a gente fica remoendo enquanto ela ressoa mais e mais. O acontecimento que dá a faísca para a história é tão cruel e de certa forma tão compreensível. Ter que lidar com as dores que insistem em nos assombrar durante anos é, com toda a certeza do mundo, um processo cruel e doentio.

A morte é terrível, mas a desumanização de uma pessoa é muito mais assombroso.

É uma leitura para refletir. Super recomendo.
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