Amada

Amada Toni Morrison




Resenhas - Amada


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nocca 09/02/2022

Ganhei "Amada" de presente de aniversário em 2019. Já havia lido "O olho mais azul", o que me dava uma vaga ideia do que seria a leitura do novo presente. Iniciei Amada e foi difícil me encontrar em meio às ondas de passado que se misturavam ao presente de cada personagem. Desisti, tentei novamente, desisti. Algum tempo depois, retomei a leitura decidida a tentar entrar naquele mundo que parece te empurrar pra fora, a princípio, mas que depois de convida e você já não consegue mais sair. No entanto, a história me fez interromper a leitura mais uma vez. Era difícil: Toni não impõe um julgamento moral aos fatos que (d)escreve, mas nos empurra tudo que acontece de forma crua e natural, e sempre joga com todas as nuances possíveis que um ser humano pode ter. Em certos momentos, ficava como Paul D., perguntando "até que ponto um negro tem que aguentar?". Amada é um livro duro, difícil. Não por ser ruim, mal escrito ou irreal. É tão real que machuca, mas ao mesmo tempo compele, mexe com coisas adormecidas, abre aquela lata enferrujada no peito de todos os leitores. Ainda assim, é belo de um jeito que fez valer as diversas tentativas de terminá-lo. Mais do que um livro sobre horrores do passado e luto, Amada é sobre o que nos humaniza: amor, liberdade e a perspectiva de "algum tipo de amanhã".
Paulinho 09/02/2022minha estante
Nossa! Amei a sua resenha.


leiturasdabiaprado 18/03/2022minha estante
Perfeita sua resenha! Terminei agora o livro e ainda estou com um nó na garganta... levei 1 mês lendo e lutando em muitos momentos para não parar... é uma obra linda, mas de muita dor!




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Iza 29/01/2022

Foi uma leitura beeem difícil, e seguramente eu vou precisar voltar nesse livro no futuro. Acredito inclusive que ele é exatamente um desses em que você pode voltar várias e várias vezes que sempre encontrará novas interpretações e sentidos.
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Jeffer 26/01/2022

Página 333
Que qualquer branco podia pegar todo o seu ser para fazer qualquer coisa que lhe viesse à mente. Não apenas trabalhar, matar ou aleijar, mas sujar também. Sujar a tal ponto que não era possível mais gostar de si mesmo. Sujar a tal ponto que a pessoa esquecia quem era e não conseguia pensar nisso. E, embora ela e os outros tivessem sobrevivido e superado, nunca poderia permitir que aquilo acontecesse com os seus. O melhor dela eram seus filhos.
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Malu 17/01/2022

Uma nova autora favorita?
Se a leitura de Amada pudesse ser resumida em uma palavra seria: intensa! Tomando como base um processo-crime real, Toni Morrison dá vida e complexidade as pessoas escravizadas antes da abolição e depois, seus arrependimentos e sentimentos mais diversos. Amada é uma leitura que gera muitas reflexões, e principalmente humaniza os sujeitos negros que foram (e ainda são infelizmente) historicamente desumanizados.
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RoSousaAlenc 17/01/2022

Nenhuma leitura que tenha como temática a escravidão será leve. Mas nesse livro, o sentimento de cansaço demonstrado por vários dos personagens, o sentimento de atingir o ponto em que sua alma foi tão quebrada que não há volta, é algo presente e constante. A história em si é inquietante e, embora seja brutal, é totalmente compreensível a "loucura" no ato de Sethe, bem como é compreensível sua tentativa de redenção com Amada.
O livro me deixou querendo saber mais sobre alguns personagens, como Halle. Mas eu acredito que não dar informações sobre ele seja, talvez, proposital. Pois naqueles tempos, vivenda como escravos sendo vendidos de mão a mão, ou fugindo e vivendo escondidos, a falta de informações era a regra, não a exceção. E não ter informações te faz sentir como a protagonista se sente.
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andyelivros 13/12/2021

Bem AMADA!
Baseado numa história real, Amada é ambientado em 1873, época em que os Estados Unidos começavam a lidar com as feridas da escravidão recém-abolida. Com estilo sinuoso, Toni Morrison constrói uma narrativa complexa, que entrelaça com maestria brutalidade e lirismo.
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Jan 11/12/2021

"Amada" foi um dos melhores livros que li em minha vida: é tocante sem ser piegas, retrata a história real de uma escrava fugitiva nos EUA no final do século XIX, mas Toni Morrison coloca uma bela pitada de ficção para criar a obra. Obra que reverbera dentro da gente por muito tempo. Vale a pena.
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Marilia 30/11/2021

Essa não é uma história para se passar adiante
Lindo, triste, e de uma realidade cruel.
A escravidão por quem a sofreu e perdeu tudo, até o direito de amar.
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Debora 28/11/2021

Uma leitura necessária
Para alguns livros é muito difícil escrever uma resenha. E Amada é um deles. O livro tem tantas nuances, alternância de narrativa, acontecimentos e sensações misturadas, delírios, que muitas coisas que eu senti ao ler só vieram a se confirmar - ou negar - 10 ou 15 páginas depois. Isso fez com que eu lesse ele mais devagar, absorvendo o que Morrison queria nos dizer.
No fim, minha conclusão é que, em Amada, a escritora quis nos apresentar e discutir os legados da escravidão, a dor que fica desta violência, a dificuldade de seguir em frente com o peso das amarras, as marcas físicas e as dores emocionais.
A história se ambienta em 1873 (e isso eu sei por causa da 4a capa, em nenhum momento está dito no livro). Para fazer um resumo, deixo aqui o registro da orelha para vocês:
"Qual o sentido da memória numa existência marcada pelo horror? Como reconstruir afetos em meios aos tormentos do rancor e da culpa? São questões como essas que perpassam este livro, vencedor do Pulitzer de 1988.
Amada gira em torno de Sethe, ex-escrava que, alguns anos após o fim da Guerra Civil, vive com uma das filha em uma casa nos arredores de Cincinnati. Sua família já foi bem mais numerosa: o marido, Halle, devia ter escapado com ela, mas desapareceu; os filhos mais velhos fugiram de casa; a sogra, Baby Suggs, principal liderança familiar, morreu há algum tempo, deixando Sethe e a caçula, Denver, às voltas com a desconfiança dos vizinhos e, dentro de casa, com assustadores fenômenos.
A verdade é que as duas não estão sozinhas. Com elas, vive o fantasma de um bebê, responsável pela atmosfera atormentada que paira sobre a casa: trata-se de outra filha, morta há 18 anos (esta é Amada).
(...) Amada é uma jovem misteriosa, que carrega como nome a única palavra gravada na lápide do bebê de Sethe. (...) aos poucos, inicia um processo de imersão na vida de Sethe, num movimento que conjura doses iguais de afeto e vingança".
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Luciana Luz 12/11/2021

Amada
Pulitzer mais do que merecido.
Que livro!
Morrison vai nos envolvendo página por página. Como não sentir a dor e insegurança de cada personagem? Como não compreender seus atos? Como não se revoltar com os homens baixos e professores que atravessam livros e estão ainda ao nosso redor?
Que livro!
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Jaque 17/10/2021

" Nenhum sonho impossível de sonhar se para saber se aquele corpo sem cabeça, sem pés, pendurado numa árvore com uma placa era seu marido ou Paul A; se entre as meninas que borbulhavam no calor do incêndio da escola negra, ateado por patriotas, estava a sua filha; se um bando de brancos invadira as partes pudendas de sua filha, sujaram as coxas de sua filha e atiraram sua filha para fora da carroça. Ela podia trabalhar no pátio do matadouro, não sua filha". Entre tantos momentos que me comoveram e até mesmo me chocaram durante a leitura dessa obra maravilhosa, o trecho acima representou para mim uma síntese do que trata a história. Amada narra a trajetória de Sethe, uma ex escrava que vive o presente tendo como companhia as sombras e a dor do passado. Os fantasmas paupáveis da escravidão não foram embora da sua vida, Sethe é assombrada por um crime/ato de amor que cometeu para salvar aquilo que considerava o seu bem mais precioso e Amado.

Toni Morrison narra nessa prosa poética e potente não apenas a História de Sethe, Denver, Paul D, Halle, Selo Pagoe Baby Sugs. Mas a partir dessas histórias entendemos o que era o horror da escravidão nos Estados Unidos a partir da perspectiva de cada personagem. Seja o de uma mãe escrava que teme perder ou ver os filhos sofrendo a mesma vida que a dela, o de um filho que trabalha a vida toda pra comprar a liberdade da mãe já idosa ou de um homem que passou a vida fugindo. Fugiu tanto que tem medo de ficar e amar alguma pessoa.
É a História de milhares de mulheres, crianças e homens que sofreram com a diáspora negra e continuaram/ continuam lutando contra as opressões de raça e gênero que foram perpetuadas no pós abolição de forma configurada, mas não menos cruel e desumanizadora.
Morrison nos entrega uma obra já clássica, cuja leitura continua e continuará a ser um excelente exercício de reflexão, empatia e compreensão sobre como um processo histórico e suas consequências negativas marcam/marcaram física e psicologicamente as pessoas que passaram/passam por elas. Tal como Sethe, a população negra ainda é assombrada diariamente pelos horrores do racismo.
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Amanda Ciarlo 11/10/2021

Fiquei fissurada em Toni Morrison após ler O olho mais azul, que foi meu primeiro livro da autora. Obviamente, acabo sempre comparando os próximos àquele que considero uma verdadeira obra-prima.

Em Amada temos a mesma escrita muito caracteristica de Toni que amo, que demanda atenção e imersão por parte do leitor para compreender (muitas vezes nas entrelinhas) o que ela está querendo nos passar. Como sempre, personagens fortes, histórias assustadoramente reais e cruéis, e um quê de sobrenatural são ingredientes dessa obra. Curti muito a leitura! Na minha opinião, O olho mais azul segue sendo sua obra prima, mas recomendo muito o Amada!
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Joyce 22/09/2021

.
queria mesmo era ter lido ele depois, quando estivesse com o costume mais rebuscado. sinto que a escrita dela não é para leitores iniciantes como eu
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Nati Sampaio 15/09/2021

Olha, eu preciso falar sobre esse livro. Eu acho que vou ficar pensando nesse livro pelo resto da minha vida. E esse livro me provocou taaaaantos sentimentos, que eu honestamente nem sei por onde começar.
Mas vou começar dizendo que é um livro absolutamente necessário. Não tem essa de ?ain a história não me prendeu?. Não. Não é uma história pra prender, não é um best seller qualquer, não é um livro com apenas uma história.
É um livro que me fez chorar, mas também me fez pensar muito. A gente acha que a escravidão acabou há muito tempo, mas é uma coisa tão recente... E tão absurdo.
Absurdo em tantos níveis, que é ridículo enumerar. Mas a Toni Morrison consegue demonstrar o absurdo da escravidão de uma forma não somente consistente, como ilustrativa. A história te incomoda. E que bom, não é mesmo? Estranho seria se não incomodasse. É muito triste, mas tem uma certa beleza também...

Agora, sobre a escrita: Não achei nada difícil. Inclusive, fica muito claro os momentos do passado e presente. É apenas necessário ler com atenção pra acompanhar as divagações e as voltas no tempo. Nada de absurdo. Toni tem uma escrita excelente, maravilhosa.

Enfim, LEIAM!
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