Damas da lua

Damas da lua Jokha Alharthi




Resenhas - Damas da lua


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anahelena.blasilemos 27/08/2023

DAMAS DA LUA – de Jokha Alharthi
Eu que sempre vivi no Ocidente onde as modernidades são aceitas com naturalidade e até desejo, por vezes fico a imaginar esses mesmos apelos progressistas rondando de perto locais onde as tradições culturais e religiosas insistem em continuar intocadas.
Este livro aborda essas dificuldades.
A ambientação é no sultanato de Omã, país da Península Arábica, terra natal da escritora Jokha Alharthi.
A História do país conta que o Sultão herdeiro do trono, rapaz privilegiado, estudou na Inglaterra e levou na bagagem de volta à Omã ideias modernizantes - até revolucionárias - tais como a possibilidade e incentivo para as mulheres frequentarem escolas em nível avançado e não apenas no ensino fundamental.
Ainda que as crenças religiosas continuassem a traçar a linha mestra dos comportamentos, as resistências foram intensas e demasiadas.
Mas por fim ele pode iniciar um processo de mudanças que colocam o território omani em rotas renovadoras de costumes.
Quer dizer, da porta para fora, pois da porta para dentro as tradições tentam ser mantidas pelos mais velhos, o que redunda estranhamentos e desavenças com as gerações mais novas.
O foco principal deste livro são mulheres nascidas numa pequena cidade do interior, tradicionalmente pautadas pelos livros sagrados e criadas segundo normas seculares de moralidade e idiossincrasias, mas que pela abertura do país passaram a vislumbrar outros jeitos de enxergar o mundo.
Enquanto a transformação não se concretiza resta um andar incerto.
Mas também esperançoso de que ‘Insha'Allah', tomara se estabeleça.
Há uma permanente sensação de solidão, de peso, de sofrimento.
@franciscoscorsin, mediador do grupo de leitura @voltaaomundoliteraria, fez um comentário definitivo para meu entendimento. Em tradução livre o título original do livro deveria chegar para nós como ‘Corpos Celestes’, e aí faz o sentido. Todas aquelas pessoas fazem parte de um micro ambiente cósmico, Omã, e no entanto, como estrelas solitárias vão vivendo suas vidas e sentindo seus sentimentos como se únicas fossem, unilaterais.
UMA CITAÇÃO: “Tudo permaneceu em seu lugar mesmo sem eu ter lugar algum para mim."
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Matheus656 03/04/2023

?tudo permaneceu em seu lugar mesmo sem eu ter lugar algum para mim.?

comecei a leitura de ?damas da lua?, escrito pela jokha alharthi (autora e acadêmica omã) e vencedor do prestigioso international booker prize em 2019 (inclusive, a alharthi foi a primeira autora de língua árabe a vencer o prêmio), sem saber muito bem o que esperar deste texto.

o livro trata sobre os dramas de uma família de alawafi, mais especificamente com o foco na visão feminina acerca das questões sociais, - embora existam alguns momentos em que o protagonismo muda de direção, e exibe a posição do homem na estrutura social árabe.

acho que a característica que mais me prendeu no texto, foram as figuras narrativas que permeiam a história, e a forma que estas contam os fatos sucedidos. são narradores que viajam no tempo, em um falar - porque o texto soa como se fosse oralizado - que vai e volta, apresentando acontecimentos acerca de uma família e da sua história.

encontramos retratadas nessa narrativa mulheres que são mães, filhas dependentes e independentes, criadas, e amigas - e é da perspectiva delas que o leitor vai viajando pelo entrançado de fatos e de momentos que compõem esse livro.

ademais, a escrita da autora é bastante envolvente e fluida, e os capítulos são curtos (outro ponto positivo na minha opinião).

um romance delicioso sobre gerações, patriarcado, relações de amor fracassadas - ou não- e o domínio opressor da religião através de uma prática cultural incontestável.

foi uma leitura muito boa, daquelas que a gente não quer que acabe. valeu a pena demais a experiência!
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Leila 14/03/2023

Não sei bem o que esperava da leitura de Damas da Lua, um livro de Omã, país e cultura tão distante do nosso, então não sei também muito o que falar sobre. É uma narrativa de várias vozes, um personagem em primeira pessoa e todas as mulheres em terceira pessoa e também tem aquele lance de não ser linear no tempo, o que aqui não funcionou muito bem para mim, eu achei confuso em várias partes, por ter muitas vozes e esses saltos temporais. A leitura foi interessante no sentido de ler algo que foge totalmente da minha zona de conforto, mas não posso dizer que foi uma experiência prazerosa e feliz, foi meio truncada, confesso. De qualquer forma, tá valendo e simbora pro próximo.
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Lilian 11/03/2023

Mulheres
O livro fala sobre diversas mulheres e os caminhos por elas encontrados numa sociedade árabe patriarcal
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Elineuza.Crescenci 10/03/2023

Uma saga familiar
Leituras de Março - 4 – 2023 – 29
Título: Damas da Lua
Autor: Jokha Alharthi
Tradução: Safa Jubran
País: Omã
Páginas: 240
Editora Moinhos – MG – 2020
Avaliação: 3/5
Término da leitura: 10/03/2023

Autora
Nasceu em Omã no ano 1978.
É escritora e acadêmica em Omã.
Tem doutorado em literatura Árabe Clássica pela Universidade de Edimburgo.
Ganhou o Man Booker International Prize em 2019 com o livro intitulado “Corpos Celestes” o primeiro de seus quatro livros traduzido para o Inglês.



O livro
Diversas são as vozes desse livro. É a saga de uma família omanense com suas dificuldades e a adesão dos costumes ocidentais pelas novas gerações.
Tive dificuldades em entender o que se passava.
Cada personagem tem sua fala sobre os acontecimentos do presente e do passado contando suas histórias e até o momento de cada narrativa.
Há um relacionamento estranho entre as famílias e seus agregados, entre eles trabalhadores escravizados.
É uma cultura muito diferenciada da ocidental especialmente no que diz respeito a condição feminina, ao casamento, aos filhos,às filhas, aos estudos e a busca do saber.



site: https://entremeadaselivros.blogspot.com/2023/03/2023-marco-4-leitura-anual-29-damas-da.html
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Marjory.Vargas 14/01/2023

Esperava mais...
“Tudo permaneceu em seu lugar mesmo sem eu ter lugar algum para mim.”

Damas da lua é uma colcha de retalhos composta de pequenos pedacinhos da vida dos personagens. Não traz um aprofundamento sobre os fatos, simplesmente vai narrando e muitas vezes, nem nos revela o impacto disso na vida do personagem, o que foi algo que me incomodou. A autora narrava o fato, e do nada começava outro capítulo, narrado por outro personagem, contando outro capítulo que não tinha relação nenhuma com o anterior.

Alguns fatos meio mirabolantes, e outros bem estranhos, mas acredito que isso se deva mais ao fato de conhecer pouco da cultura do pequeno Omã, país onde se passa a história.

Ressalto a importância dada aos direitos das mulheres, ainda muito precários, mas que, aos poucos estão avançando. A proibição das mulheres de poder ir até o hospital para o parto é algo que choca e machuca.

Gostei também de como a autora trabalhou os traumas gerados dentro das famílias – principalmente acerca do Abdallah e sua complicada relação com o pai. Além da relação entre pais e filhos, o livro aborda também a relação dos senhores com os escravos, o casamento obrigatório, violência, abuso, amor.

Não é uma obra ruim, muito pelo contrário. Porém, pelo tanto que essa obra foi comentada, esperava um aprofundamento maior acerca das questões internas dos personagens mesmo. Quando eu vi, simplesmente tinha acabado o livro, e restaram várias pontas soltas.

Vale a leitura para conhecer uma cultura totalmente diferente da nossa.
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VitAria 01/01/2023

Damas da lua
Eu nunca tinha lido livro de literatura árabe antes então estava super curiosa e tinha muitas expectativas sobre o livro; todas foram atendidas!

Eu adorei o livro, tem uma escrita fluida e envolvente que te faz querer ler tudo de uma vez só pra saber mais da história. O livro é narrado por diversos personagens e vai alternando entre passado e futuro, no começo é meio complicado de acompanhar porque o livro fala de várias famílias diferentes, mas conforme fui me familiarizando com a história e com os personagens pude me envolver e viver a história junto deles. Adorei.
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V_______ 04/09/2022

Damas da Lua
Jokha Alharthi é uma autora de Omã, país da península arábica, com _Damas da Lua_ venceu o prêmio Man Booker International Prize de 2019.
Damas da Lua por meio de diversos personagens, em especial as mulheres, conta histórias de gerações que convergem a uma família, ou seus agregados, vemos através dessas gerações uma síntese da vida em Omã, a ligação entre essas mulheres, sua diversidade e uniformidade através do tempo, a influência passada no presente.
O enredo é contado de forma não linear, e através de diversos personagens, que mesmo com uma árvore genealógica indicada no início do livro, permanece um tanto confusa, pelo menos para mim, e acho que esse é o ponto negativo do livro, pois gostei de todo o restante, as histórias dos personagens mesmo não sendo tão mirabolantes, são atrativas e interessantes, além do mais dá para se observar como as mulheres adquiriram certos direitos (muito menos do que as ocidentais) através do tempo, apesar de certos preceitos permanecerem, claro que a autora não esquece de contar sobre os abusos que sofreram e sofrem essas mulheres. No geral o livro é bem legal e interessante por ser de uma cultura bem diferente, mas mostrar problemas universais.
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fev 30/08/2022

Simples, mas interessante
3,75

Acredito que a melhor analogia para explicar Damas da Lua é que foi construído como uma colcha de retalhos. É um livro simples e sem reviravoltas. Nós vamos acompanhado momentos que marcaram os personagens presentes no livro em uma linha temporal de memórias que vão e voltam a todo instante. Uma colcha de retalhos é feita com vários pedacinhos diferentes de tecidos e outros que se repetem. Jokha Alharthi faz uso disso em seu livro. Os capítulos são curtos e em cada um deles é focado em um personagem e nas coisas que acontecem ao seu redor. Alguns são narrados em primeira e outros em terceira pessoa. No final acabam construindo uma boa história.

Eu, particularmente, gostei e achei interessante. Há passagens bem bonitas e interessantes. A forma como é narrado e a estrutura de capítulos curtos acabam fazendo com que a leitura seja bem fluida. É verdade que por ser uma história de retalhos muitas coisas acabam ficando sem explicação ou acabam não ornando quando é concluída. Há muitos personagens que acabam se entrelaçando durante a passagem do tempo e isso às vezes me confundia ou deixava perdido. Não é um livro perfeito, mas é de certa forma interessante.

Gosto muito livros que se passam longe das realidades e culturas que conheço porque é sempre uma viagem para o aprendizado por menor que seja. Esse é o trunfo que me conquistou em Damas da Lua. Gosto também como a autora trabalha os traumas geracionais nas famílias e como isso acaba afetando as nossas relações. Esse é o grande foco para mim: a família. As relações de mães com filhas, filho com pai, tios e sobrinhos. E até mesmo com os empregados escravizados. Claro que há outros temas discutidos como casamento, o desejo de crescer, violência, abuso e amor, mas tudo de forma bem simples. Recomendo por ser uma leitura simples e prazerosa. No entanto, alerto que é uma história que possui os seus problemas.
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Everton.Paulo 31/12/2021

Às vezes nos deparamos com leituras fora de nossa zona de conforto. E foi isso que ocorreu em Damas da Lua, da escritora omanita Jokha Alharthi, romance premiado que fez parte do pacote de janeiro do clube Pacote de Textos.
Aqui temos uma história de uma família no Omã, com foco principalmente em três irmãs e suas alegrias, tristezas, conquistas e perdas. Apesar da premissa básica, a leitura não é tão simples ao mesmo tempo que nos apresenta uma cultura tão rica e densa de um país que pouco conhecemos. O livro constantemente brinca com a linha temporal, pois mescla momentos atuais e passados das gerações dessa família. Com uma escrita muito bonita, poética e diferente ao que estava acostumado, talvez eu precise revisitar esse livro futuramente e compreender mais suas nuances.

site: www.pacotedetextos.com.br
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@buenos_livros 31/12/2021

Damas da Lua - Jokha Alharthi ??
?Como pode na casa caber tanta paixão? Como o único balcão fora capaz de aguentar o peso da paixão que se acumulava nele, sem desabar, sem espedaçar sobre o chão da rua ou voar para os céus de Deus?

Como conseguiu o pequeno quarto aguentar as toneladas de nuvens que guardei nele para que eu possa nelas caminhar? Como as paredes não se abalaram entre as mãos do tormento da minha insuportável alegria?

Tudo permaneceu em seu lugar mesmo sem eu ter lugar algum para mim.?
-
. Damas da Lua (2010)
. Jokha Alharthi ??
. Tradução: Safa Jubran
. Romance | 240p.
. @editoramoinhos
-
. Encerrando o ano com uma leitura omanesa que retrata a transição de uma tradicional família árabe para os tempos modernos. Com múltiplas vozes, o livro coloca perspectivas diferentes sobre obrigações, religião, cultura de castas, amor e desprezo. Um livro denso e bonito.
. ??????
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Biblioteca Álvaro Guerra 28/10/2021

Na vila de Alawafi, em Omã, moram três irmãs. Mayya se casa depois ter seu coração partido. Assmá se casa por um senso de dever. Khawla rejeita todas as ofertas enquanto espera pelo seu amado, que se emigrou para o Canadá. Elegantemente estruturado, Damas da lua conta a história e fala sobre as pessoas do Omã moderno por meio das perdas e dos amores de uma família.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786556810089
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Paulo1584 11/10/2021

Esperava mais
Damas da lua fica muito bom no final, com a densidade das questões envolvendo London e até mesmo as questões de Kawla e Abdallah. Porém, a fragmentação atrapalha o desenrolar das narrativas.

Entendo a proposta da autora, de fazer uma espécie de genealogia das famílias, tanto que tem uma árvore genealógica no começo, que nem ajuda muito a nós situarmos no texto -- por causa da fragmentação do próprio texto.

A escolha de mesclar primeira pessoa e terceira pessoa nas vozes narrativas também é questionável, não agrega muito.

É interessante quando discute o problema do casamento, da suposta posse do homem, dos papéis sociais. Quando discute escravidão, imigração e coisas do tipo, mas a abordagem que a autora escolhe é bastante questionável.

Em síntese, esperava mais dessa obra tão bem comentada.
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Sofia 08/10/2021

Longe de casa conseguimos conhecer melhor a nós mesmos da mesma forma como no amor.
Vamos viajar diretamente para Omã e conhecer as irmãs Mayya, Assmá e Khawla. Mayya sofreu uma grande decepção amorosa e entra em um casamento arranjado. Assmá tem como a maior paixão da sua vida os livros e como objetivo ter uma família muito grande. E Khawla tem seu coração prometido a um primo desde pequena, mas ele foi embora para o Canadá e ninguém sabe quando volta.

Acompanhamos então a vida dessas 3 irmãs cercadas pela cultura árabe. É um livro que fala de coisas do dia a dia, mas com uma profundidade muito grande nas relações familiares e na relação com sua cultura também.

A autora, Jokha Alharti, foi a primeira mulher árabe a receber o prêmio Man Booker Internacional de 2019.

É um livro muito profundo em que vamos viajar entre 3 gerações diferentes vivendo em Omã e que passam pelos seus conflitos externos e internos. Temos passagem de pessoas que foram para guerra, de pessoas ainda apegadas ao regime escravocrata e de pessoas totalmente livres de amarras culturas e que querem viver mais a cultura ocidental.

Muito feliz de conhecer essa obra dessa autora que, com certeza, é marcante para a história da literatura! Vale muito a pena conhecer e espalhar cada vez mais sobre esse livro para que mais escritoras de Omã sejam publicadas por aqui.
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Jo 15/09/2021

Que leitura incrível!
Comprei esse livro pelo @pacotedetextos de m surpreendi com a fluidez e a atração dessa história, não é um livro feliz, praticamente todas as pessoas dessa história tem vidas difíceis e acontecimentos devastadores, mas também são pessoas tão fortes, principalmente as mulheres que aceitam seu destino e fazem o melhor possível dele.

Recomendo!
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