Política: para não ser idiota

Política: para não ser idiota Mario Sergio Cortella




Resenhas - Política: Para Não Ser Idiota


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Flávio 15/09/2013

Ponto de vista de um leigo.
Bom, já faz uma semana que li este livro, mas não consigo parar de matutar sobre a discussão que faz parte dele. Política. Porque não a discutimos? Porque a ignoramos? O livro foi basicamente a tentativa de se achar o motivo do desinteresse pela política por parte da população brasileira. E ainda, a tentativa de se achar uma solução que coloque a política de volta no gosto dos brasileiros.
Não quero aqui contestar o livro, mas sim, como um leigo no assunto, tentar complementá-lo do ponto de vista não de um filósofo, mas de um cidadão que está envolto por pessoas descontentes com a política e nem um pouco a fim de discuti-la.
Afinal, porque a odiamos tanto? Um dos motivos levantados foi a corrupção, que sempre existiu no meio, mas que nos últimos tempos passou a ser divulgada e de certa forma punida, mesmo que de maneira muito branda. Sim, esse me parece o principal motivo pelo asco à política, mas seria suficiente para gerar tamanho desinteresse na população? Bem, penso que não.
Outro motivo levantado foi a consolidação da democracia e dos direitos individuais, ou seja, não temos mais pelo que batalhar, brigar e finalmente discutir. De certa forma gerou o comodismo. Mas ainda assim acho que não é o suficiente para tamanho ódio pela política.
Refletindo sobre os pontos elencados no livro, cheguei também a alguns fatores que influenciam tal ceticismo político. Afinal de contas, o que é política???? Qual sua função na sociedade? É necessário saber responder tais perguntas para poder discutir sobre a famigerada política.
Quais são as grandes discussões em rodas de bar, colégios, familiares e até rodas universitárias? São assuntos diversos, mas um que sempre está presente é o Futebol. Mas qual o motivo de tamanha presença? Pelo simples fato das pessoas gostarem do esporte? Sim, é um motivo. Mas outro tão importante quanto é o fato de que as pessoas realmente entendem sobre futebol, sabem do que estão falando. Desde as regras do jogo até os jogadores da Seleção Brasileira e de diversos clubes, tanto nacionais quanto internacionais.
Quero chegar ao seguinte ponto: para que se possa ter interesse sobre algo e discuti-lo é preciso conhecer e entender ao menos um pouco sobre o assunto. Ninguém consegue discutir sobre física sem saber o que é inércia, aceleração, força, etc. Ninguém consegue discutir sobre economia sem saber o que é inflação, PIB, juros, etc. Ou seja, para discutir sobre política é preciso conhecê-la. O que é, suas partes integrantes e suas funções.
Mas no Brasil, como já citado no livro, Política é resumida em votar de 2 em 2 anos. Sequer discutimos em quem vamos votar, muitos votam no mais bonitinho ou no que pagar melhor. Ou seja, ninguém sabe o que é Política.
Então qual seria uma solução para despertar interesse sobre política na população brasileira? Uma das maneiras, penso eu, é ensinando o assunto na escola. Hoje a Filosofia está praticamente extinta do quadro escolar brasileiro. Eu pelo menos nunca tive tal disciplina, mesmo estudando em colégio público e também em particular.
O ensino da Filosofia é peça chave para que as gerações futuras consigam entender o que é Política e discuti-la.
Luan Poppe 17/12/2013minha estante
Cara, muito bom o seu comentário. Mas e como poderíamos fazer com que a política, através da filosofia por exemplo, passasse a ser ensinada numa escola onde notas valem mais do que o entendimento do assunto? Sendo assim, acho que a mudança precisa ser ainda mais profunda, começando pela mudança da educação, e a mudança na política seria consequência. O problema é como começar a fazer essa mudança :/


Jennifer.Ernesto 27/02/2014minha estante
Adorei o comentário de ambos.

Para que uma mudança drástica aconteça é preciso que lutemos por ela. E que acreditamos, de fato, que ela irá acontecer. Não é algo impossível, mas também não é fácil. O ideal (pelo menos, ao meu ver) seria a universalização da educação, que ela fosse igual para todos, com exceções e ajustes perante a necessidade de cada um. É utópico, claro. Mas é o horizonte, as utopias que nos movem.


Eryck.Sammpaio 08/04/2016minha estante
Flávio, você fez um sensacional comentário! Parabéns pela forma como percebeu as questões do livro, e como expôs sua opinião. Você deveria abrir um blog para expor suas opiniões a respeito de assuntos que lhe apetecem.

Sobre o livro: Sensacional.

Forte abraço.


Luma 02/02/2023minha estante
Parabéns pela resenha !!


Victor Antônio 26/10/2023minha estante
Acabei o livro agora a pouco e suas colocações foram atuais e precisas. Vc conseguiu resumir bem sobre os questionamentos do livro!




hirna 12/07/2021

Nunca pensei
Normalmente, não pego livros do meu pai por livre e espontânea vontade, porém admito que me surpreendi comigo mesma, e principalmente, porque foi uma ótima escolha! Por isso tô muito admirada gente - EU CRESCI MANO DO CÉU - recomendo muito, é simples, mas traz ótimas discussões.
Monge 30/10/2021minha estante
Nunca vi, parece ótimo


hirna 30/10/2021minha estante
Traz muitos questionamentos, e não somente sobre política, porém também menciona estudos a partir da filosofia e a educação, inclusive citações de outras obras muito interessantes e, analisa consideravelmente como esse tipo de coisa preenche o nosso cotidiano, sendo para além de algumas palavras, porque política é prática e, uma tarefa a ser realizada por todos.




Elias.Fernando 23/04/2020

Mirando o horizonte
Um livro pequeno que causa uma transformação imensa em nossa noção sobre política, repleto de referências grandiosas, o livro de Janine Ribeiro e Cortella é uma aula para qualquer um que queira entender o básico do básico do que é política: convivência em sociedade, decisão sobre as normas, construção da vida individual e pública, etc. Como eles debatem no livro, talvez precisemos repensar o horizonte, onde queremos chegar, que tipo de sociedade queremos ter. Isso não se faz sozinho, se faz em colaboração, em conjunto. Fazendo política. Recomendo.
Karina599 23/04/2020minha estante
Muito resenhista ele


Elias.Fernando 27/04/2020minha estante
Kkkkk agr a gente é obrigado a fazer




Raffael.Furlan 13/05/2020

Necessário.
Uma linguagem simples, rápida e construtiva. Muito esclarecedor, abriu bastante a minha mente. Tenho recomendado bastante por aí
Luana.Paula 14/05/2020minha estante
Gostei do seu resumo! Vou ler




Rafa 04/02/2015

Política Societária
O livro é estruturado em um diálogo destes dois filósofos contemporâneos, sobre temas cotidianos relacionados à importância da política no dia a dia das pessoas, sendo todos nós responsáveis pela péssima política que vivemos, nos passando a ideia de que o Estado e nem os governantes deste, fazem política sem sua nação, nós é quem compomos a política e quem a definimos de acordo com a nossa ação ou omissão. Os filósofos dialogam e repercutem, que na Grécia antiga, a inserção na política era o ápice da vida de um ser humano, e hoje quando se fala que é político, é motivo de vergonha. Os autores dialogam relatando que em Atenas se eram feitas inúmeras assembleias por ano, com as pessoas sentindo prazer em participar dos discursos. Questionam também, se naquela época a política não era também ligada a religião, se eles louvaram a algum "Deus" com afinco, para serem bastante participativos, como é hoje com as pessoas indo à missa terça e quinta.

Uma frase que Cortella utiliza e que eu particularmente me identifiquei muito é " Os ausentes nunca tem razão", um dos fatos citados pelo autor, é quando se ausenta em uma reunião de condôminos, e depois quer dar "pitaco" em algum problema resolvido na assembleia. Consigo fazer uma relação com a votações nas urnas de 2014, onde os números votos nulos e brancos foram assustadores. Entendo que exercer política também é se abster, mas a maioria das pessoas mal sabe o preço que se foi pago e quantas pessoas morreram para se pleitear o direito ao voto, e o pior depois querem reclamar da política, mas como Cortella diz "Os ausentes nunca tem razão"

Uma parte que gostei bastante também é quando se é retratado a diferença do cidadão americano e do brasileiro , o que ao meu ver é bastante procedente. O brasileiro quando confrontado com alguém ele pergunta "Você sabe com quem está falando?" o brasileiro se sente beneficiário do Estado, já o americano perguntaria "Who do you think you are"(quem você pensa que é), o americano se vê como cidadão americano, " eu pago imposto".
Keylla 14/03/2015minha estante
Cortella é fantástico. Arrisco dizer que dos brasileiros é o meu filósofo preferido. Com ele aprendi a questionar :)




deborat 06/01/2024

Política não é somente quando falamos de partido, de esquerda e direita, de discussão e oposição. Política é muito mais que isso, é nosso dia a dia, é poder viver em uma democracia.
O livro traz um debate muito leve e positivo sobre a palavra "política".
Super recomendo.
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Ricardo 04/07/2012

Diálogo sobre a indiferença
Interessante, apesar de um pouco superficial este diálogo entre os professores Mario Sérgio Cortella e Renato Janine Ribeiro sobre a política. Acho que o livro pecou por sair às vezes um pouco do foco no entanto a erudição dos dois autores foi bastante demonstrada e a indiferença política é uma característica comum do brasileiro
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Rafael 26/09/2012

Livro para ser lido por nao idiotas
O livro é basicamente uma conversa,mesmo que seja uma conversa entre dois grandes filósofos(pelo menos do Cortella já posso ter certeza)a conversa gira basicamente sobre a alienação brasileira em relação a politica abordando temas como: partidarismo,conflito X confronto, corrupção como fator desmotivante a conscientização politica,politica cotidiana entre outros termas pertinentes, enfim um livro que deve ser lido por toda pessoa que deseja refletir sobre sua consciência politica.
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eriksonsr 21/05/2013

Muito bom livro!

Creio que leituras como estas são algumas das que realmente deviam ser cobradas na escola bem como se fazer trabalhos e discutir sobre.

Os autores falam como o sentido original da palavra idiota, aquele que não se interessa por política, é desconhecido, bem como a importância da mesma, de se debater e participar da política.

Uma citação encontrada no mesmo:
"Liberdade é algo natural para o ser humano, tanto é assim que não percebemos quando esta presente, mas logo nos damos conta da sua ausência."
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ivan 30/06/2013

De leigo para leigo
Você nunca foi muito ligado em política, mas agora está interessado em informar-se? Bom, de leigo para leigo, este livro é um bom começo: ele apresenta um diálogo filosófico entre os autores sobre vários assuntos recorrentes do nosso dia-a-dia (na sociedade), sem no entanto aprofundar muito. O livro certamente lhe trará algumas perspectivas novas sobre esses tópicos. Vale a pena ler.
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Marcelo 20/01/2014

Na verdade não é uma resenha. Aqui se trata mais de um comentário positivo do livro. Muito bom! fácil leitura
Os autores abordam temas variados, mas circulam em torno da questão política. Discutem muito sobre a ética também... Recomendo!
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Luan Poppe 29/04/2014

Esperava mais
Bem, no fim das contas, gostei um pouco do livro, mas esperava muito mais. O livro trata de vários assuntos diferentes, com abordagens diferentes, sobre o tema da política. Acho que o livro poderia ter sido muito melhor. Os autores tem ideias e pensamentos interessantes sobre os temas que abordam, mas muitas vezes, achei que faltou uma aprofundação maior em certos assuntos. Acho que eles falaram muitas coisas diferentes sobre política, mas não conseguiram se aprofundar como poderiam nos assuntos que trataram nem chegar a conclusões. Acho que se o livro fosse maior, talvez eles pudessem aprofundar mais. Acho que também faltou um pouco de organização na estrutura do livro, pois, por ser um diálogo, eles acabavam mudando de assunto muito facilmente, sem completar o assunto anterior. Muitas vezes me senti por fora do diálogo, como se apenas estivesse assistindo ao diálogo, e não participando dele de fato. Porém, mesmo assim, o livro ainda teve algumas ideias bem interessantes, a que mais gostei, pelo que lembro agora, foi quando falaram do horizonte adversário e utopia. No fim das contas, achei um livro válido para se ler, mas não de fundamental importância. Sobre o tema político, penso que existem outros que funcionam de forma melhor e abordam melhor o tema a que se dispõem a tratar.
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Nathalia Almeida 30/04/2014

Politica
Sinceramente nunca iria comprar esse livro se não fosse por obrigação. O professor da minha faculdade quase nos obrigou a ler esse livro, já havia houvido falar do Cortella e muito bem, mas não e o meu tipo de leitura, mas ate que gostei do livro, o autor fala com clareza de vários assuntos antigos e da atualidade.
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Eng° Alan 13/11/2014

Uma boa e rápida leitura
O livro possui provocações filosóficas instigantes destes dois grandes pensadores, Cortella (sou fã) e Janine Ribeiro (não conhecia mas gostei muito de suas posições). Não é um livro que detalha como é necessariamente a política, mas sim como nós vemos e vivemos a política na suas mais variadas vertentes. Nos leva a pensar a nossa participação dentro de nossa sociedade, e também a analisar os representantes políticos que aí estão, a corrupção, o desagrado e/ou desinteresse com a política, entre outros.
É uma leitura rápida e envolvente. Vale a pena.
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