O arquipélago

O arquipélago Erico Verissimo




Resenhas - O Arquipélago - Vol. 1


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Marjory.Vargas 15/11/2021

"Mas medo da Morte não tenho. O que me assusta é a ideia de não continuar vivo."

Iniciei então a parte final da trilogia de O tempo e o vento, composta de três tomos.

O tomo I inicia em 1945, após o ataque de edema agudo do pulmão do nosso Dr. Rodrigo Terra Cambará, que está cada vez mais com o pé pra dentro da cova. Nessa parte, nós temos a história narrada sob o ponto de vista de Floriano, o filho mais velho de Rodrigo e Flora. Não temos muitos acontecimentos nesses capítulos, pois a família está basicamente à espera da morte do patriarca, mas temos muitas alusões à fatos passados que nos instigam a continuar a leitura.

Temos um Rodrigo um pouco arrependido de algumas decisões que tomou ao longo da vida, principalmente em relação à esposa. Em certo momento ele diz que faria de tudo para recuperar o amor e a estima da mulher.

Voltando ao passado, reencontramos o jovem deputado Rodrigo Cambará, que acaba se afastando do Partido Republicano por não concordar mais com a política de Borges de Medeiros. Em Santa Fé, junto do pai e alguns correlegionários, Rodrigo encabeça uma campanha oposicionista e os Cambarás se veem lutando do mesmo lado que os Amarais.

A narrativa deixa de ser tão intimista e focada em um personagem, como em O retrato e passamos a acompanhar mais os fatos históricos. O que deu um gás na leitura.

No último capítulo, estoura a revolta armada e Rodrigo, Licurgo e Toríbio se reúnem no Angico (a estância da família), de onde, junto com seus amigos, partem para a luta. O livro termina com os personagens se preparando para enfrentar o rigoroso inverno gaúcho no campo, e o desfecho dessa revolta só saberemos no volume II.
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Dem 16/09/2021

A saga continua...
Mais um livro em que não gosto de Rodrigo! kkkk
Mas começou a revolução, e lá vem sangue de novo...
Bem triste em algumas partes; Em outras bem filosóficas...
Mostra as mudanças que ocorrem com o tempo e a influência estrangeira em nosso país mesmo que seja no Rio Grande.
Não é um livro pra qualquer um, é mais parado que os dois primeiros (O Continente).
Enfim, vou começar o penúltimo livro da saga e ver o que vai ocorrer nessa revolução, que me deixou muito curioso!
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Paula1735 16/06/2021

Interessante
Um livro emocionante, mas bem o introdutório (igual a toda clássica parte 1 dessa coleção).
Tem muitos momentos engraçados, de raiva e até tristes. Gosto muito como os personagens do Érico Veríssimo são apresentados de uma natureza tão humana!
O outro livro me cansou muito e me custou retomar o hábito de leitura, então consequentemente demorei um pouco para ler esse também. No geral é um bom livro e gosto da verossimilhança histórica que ele apresenta.
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16/06/2021

Me pergunto como alguém consegue escrever uma saga superando a qualidade a cada livro! É de impressionar. O leitor atento consegue, inclusive, notar um certo amadurecimento na redação do autor. Lindo de acompanhar.
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Everton Vidal 14/06/2021

Começa com a reunião da Família Terra Cambará em 1945, com o fim do Estado Novo. Rodrigo Cambará agoniza, Flora vive entre o amor e o ódio ao marido, os filhos divididos retratam posturas sociais diversas: Bibi, deslocada e algo hedonista, esperando a herança pra voltar pro Rio. Eduardo, comunista, militando contra a classe que o pai representa. Jango, estancieiro simples, ligado à terra, de pensamento conservador. Floriano, intelectual passivo, escritor, apaixonado pela mulher do irmão e a longeva Maria Valéria Terra, a única personagem presente nos três volumes, memória vivente da família.

Os dois capítulos sobre a reunião acontecem no presente do livro e se destacam principalmente pelos diálogos entre Floriano e outras personagens, em especial tio Bicho e o primo Zeca, irmão marista filho bastardo de Toríbio. "O deputado" faz um passeio histórico pela primeira grande guerra e a revolução russa, entre outros eventos, pelo crivo variado dos habitantes de Santa Fé. No "Caderno de Pauta Simples" Floriano revisita o passado fazendo revelações intrigantes. "Lenço Encarnado" retrata a revolta armada entre republicanos e federalistas, onde os Cambarás organizaram a campanha oposicionista.

Esse volume deixa muito claro que "O Tempo e o Vento", além de pintar uma história social e política do Brasil, desde um ponto de vista cultural riograndense, é também uma história quase pessoal do autor, que faz uma espécie de reconciliação com as suas raízes e transfere para alguns personagens suas próprias experiências.
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Geraldo 31/03/2021

Prepare-se para Rodrigo Cambará!!
No inicio da terceira parte da obra de O tempo e o Vento o autor coloca de uma forma diferente para narrar. Floriano; um dos seus filhos é que dá a sua voz para contar a historia de seu pai.
O autor usa o personagem para delinear o tempo, sempre há o tempo "presente" de Floriano e o tempo onde Rodrigo Cambará.
Rodrigo não é flor que se cheire, aqui; não respeita sua mulher, arruma amantes, sai pra jogar e faz coisas bem machistas, afinal ele é um gaúcho macho.
Achei a leitura um pouco truncada, mas a maestria de Veríssimo faz com que você vença as páginas e fique curioso pra saber as peripécias desse personagem ícone da literatura brasileira.
Não vou me alongar, afinal esta é a primeira parte das três desse Arquipélago
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Ediane.Siqueira 27/03/2021

O livro é cansativo muitas vezes em função dos longos diálogos sobre política nas reuniões do sobrado, mas segue mais fluído que o Retrato..
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Adri Crivelaro 16/02/2021

Última parte
Primeiro volume da última parte da trilogia. Aqui a história avança até o fim do governo Vargas, em 1945, e, ao mesmo tempo, continua contando a história dos Terra Cambará, já no ano de 1922. Novos personagens entram na história, que continua mesclando ficção e realidade.
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Rosangela Max 16/01/2021

Iniciando a última fase.
Até agora, de todos os volumes da série, este é onde mais estão presentes a política e os devaneios filosóficos. Acho que houve um excesso aqui, mas nada que comprometa o encanto dos Cambará.
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Dany 31/08/2020

Mais um romance incrível dessa saga familiar MARAVILHOSA *.*
O Arquipélago é o terceiro livro da trilogia O Tempo e o Vento, foi escrito pelo brasileiro Erico Verissimo nos anos 50 e 60 e conta a história do Rio Grande do Sul através da saga da família Terra-Cambará. O livro é protagonizado por Rodrigo e Floriano Cambará, pai e primogênito da última geração da família, e a história é contada em 2 tempos, em 1922 e 1945.

Nos capítulos de 1922 Rodrigo Cambará está no auge de sua vida, com família formada (Floriano tem cerca de 10 anos e pouco aparece), carreira estabelecida, como médico de Santa Fé e deputado estadual pelo RS, e goza de muito prestígio, sendo um dos maiores formadores de opinião da cidade, junto com seu pai Licurgo e o irmão Toríbio. Esses personagens têm muito ativismo político e passam boa parte do tempo tentando promover mudanças no statuo quo do Rio Grande do Sul por meio de comícios e campanhas publicitárias até o dia das eleições, que é um grande evento na cidade. No Sobrado, seus habitantes promovem jantares e festas regadas a muitos debates, cujo tema principal é sempre a política. As mulheres têm pouco espaço nessa parte do romance, acabam sendo relegadas às funções domésticas e de cuidado com os filhos, enquanto os homens movimentam toda a ação.

Na sequência de 1945, Floriano já está adulto e relembrando passagens dos anos anteriores, sem se aprofundar muito. Rodrigo está com a saúde muito debilitada e não tem o vigor físico de antes, embora ainda protagonize conversas ricas com seus amigos e parentes no Sobrado e seja o grande imã que une vários habitantes de Santa Fé.

O volume 1 de O Arquipélago funciona como uma introdução para os próximos capítulos, nos quais Rodrigo irá com a família para o Rio de Janeiro expandir sua influência política junto ao governo de Getúlio Vargas. Todos os volumes da saga O Tempo e o Vento são romances históricos incríveis, riquíssimos e repletos de cenas e personagens bem construídos. Dá gosto acompanhar a história dessa família, que é intrinsicamente relacionada com a história do Brasil. Mal posso esperar para voltar ao Sobrado.
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Ana Caroline 14/08/2020

Histórico
Um romance histórico, pra mim que sou gaúcha, viajo nessas histórias e imagino como seria viver naquela época. Entender mais sobre o que acontecia naquela época no meu Rio Grande
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Ebenézer 25/07/2020

Foram quase três mil páginas caminhando, cavalgando, guerreando, amando, sofrendo e, por que não, morrendo com as aventuras das famílias Terra e Cambará.
(Tentarei rascunhar apenas uma página em uma pobre homenagem a Érico Veríssimo.)
Guerra e Paz de Tólstoi é uma excelente narrativa e disso poucos duvidam.
O Tempo e o Vento de Veríssimo também é uma aventura ainda mais longa, e tão excelente quanto à de Tólstoi, só que melhor....
Leitor dessas duas longas narrativas, a russa e a brasileira, me sinto à vontade para gostar de ambas e até mesmo preferir a nacional.
Dito assim de forma apressada, 'O Tempo e o Vento' pode parecer algo simples. Mas não é...
O Tempo e o Vento tece um feixe narrativo em sete volumes formando um todo único e indivisível:
- O Continente I, 415 páginas
- O Continente II, 495 páginas
- O Retrato I, 413 páginas
- O Retrato II, 368 páginas
- O Arquipélago I, 384 páginas
- O Arquipélago II, 376 páginas
- O Arquipélago III, 488 páginas
Um universo de muita ação, muita história política, muita filosofia, muita reflexão e muita vivência humana em sua mais dura e crua realidade.
Veríssimo tem um jeito bastante peculiar de narrar a saga das famílias Terra e Cambará na formação do povo gaúcho riograndense com reflexos importantes que se espraiam no contexto nacional.
A narrativa de Veríssimo não é uma trajetória linear e progressiva na qual o leitor possa se sentir seguro na sucessão dos fatos, como se isso fosse natural esperar. Veríssimo transgride essa expectativa.
Fica evidente na obra que o autor prioriza o foco narrativo num movimento bastante dinâmico que se assemelha às ondas do mar, ou como o vento, já que o tempo parece um vetor inamovível.
Como as ondas e o vento são indomáveis, a narrativa, num vai-e-vem constante, vai influenciando a percepção do leitor fazendo-o experienciar a vitalidade das personagens em episódios atemporais.
Nenhum leitor fica incólume às asperezas do tempo, tampouco do vento, que sopram em cada personagem, e cujas agruras saltam das páginas de Veríssimo para fazer parte das nossas próprias experiências.
Como negar que das peripécias na política pouco evoluímos? Como negligenciar os ainda modestos avanços do espaço feminino? Seria irrelevante constatar que o patriarcado ainda encontra fortes vínculos na cultura nacional? Ou não reconhecemos ainda em versão sofisticada as chinocas, as Laurindas e os Bentos? Quem não conhece ou vivenciou grandes paixões frustradas?
O Tempo e o Vento proporciona ao leitor infindáveis momentos de pura reflexão sobre a vida em sua plenitude que abrange aspectos da nossa intimidade que preferimos deixar às sombras em sua quietude, mas que estão lá, aguardando que as enfrentemos com coragem e serenidade.
Como o passar de uma grande lanterna o autor vai iluminando subterrâneos das personagens que são também os nossos como leitor.
Como esquecer personagens fortes como Rodrigo e Toríbio Cambará, Floriano, Jango, Roque Bandeira, Maria Valéria, Silvia e Flora?
Para sempre os teremos conosco porque sobre eles nem O Tempo nem o Vento apagarão do nosso imaginário.
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Barbara Hellen 26/04/2020

@cactosliterarios
“O tempo e o vento”, de Erico Veríssimo, me acompanhou durante dois anos. Comecei a ler no início de 2018, quando ainda morava em São Paulo, e finalizei a saga no fim de 2019, já morando de volta em São Luís. Ao todo, foram 7 volumes das três partes do livro!

Assim como o livro me acompanhou, eu acompanhei a história da família Terra Cambará durante um século e meio! 😱 Eita mundo velho sem porteira, já diria o Liroca. Acompanhei também, junto a narrativa dos personagens, também as lutas e a história do Brasil, que serve não só de plano de fundo, mas de base para esse romance.

O tempo e o vento com certeza é um dos livros mais interessantes e bem escritos que já li, com personagens tão bem descritos e histórias tão bem conectadas. Finalizei o livro com aquele ar de saudade que somente os bons (poucos!) deixam!

site: www.instagram.com/cactosliterarios
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Fernanda Sleiman 10/04/2020

Érico consegue se superar a cada livro dessa saga
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