O arquipélago

O arquipélago Erico Verissimo




Resenhas - O Arquipélago - Vol. 3


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Ronan.Azarias 28/09/2014

Complexo e cativante
O último livro do tempo e o vento é com certeza um livro de muitíssimas camadas. Eu só fui fazer a ligação do Floriano com autor no meio do livro. De todos os livros este é o que tem maior carga filosófica ( o que não é a minha praia, mas que seja), as discussões políticas ficaram mais obscuras ainda mais com um Rodrigo totalmente diferente do que vemos nos outros livros, praticamente um Michel do Poderoso Chefão, no qual o protagonista acaba se tornando o anti-heroi no decorrer da trama. No capítulo final temos apenas acertos de contas e tudo ocorre de maneira muito mais natural e calma do que imaginava. Com certeza não tem tanta ação do que os primeiros, mas acho que foi um fechamento dentro da realidade. No mais é a melhor série brasileira que li até agora!
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Thiago Barbosa Santos 03/05/2019

Tomo 7
O último livro da saga O Tempo e o Vento é tocante. O leitor pode acompanhar os momentos derradeiros da vida do Drº Rodrigo Cambará. Quem toma de vez o protagonismo é o filho dele, Floriano, que já é um escritor relativamente bem sucedido e se dispõe a relatar a história da família e da cidade de Santa Fé. O rapaz é de natureza totalmente distinta do pai, e por isso, eles têm uma relação conflituosa, mas acertam os ponteiros, cada um de sua maneira, momentos antes da morte do chefe clã.

Drº Rodrigo Cambará é o típico machão gaúcho, mesmo adquirindo alguns hábitos "da cidade", manteve as raízes através da valentia, por não fugir das batalhas e revoluções e ser extremamente mulherengo, justamente o oposto de Floriano. A relação dos dois estremece de vez quando o pai praticamente o obriga a participar de uma revolução como combatente. Durante um confronto, ele teria que matar um oponente, porém não teve coragem de atirar. Rodrigo Cambará ficou irado ante a vergonha que o rapaz o fez passar em público, expulsando-o do local aos pontapés e dizendo que ele não era mais seu filho.

Este episódio, inclusive, foi traumático por um outro fator. Um alagoano, militar, havia se mudado para Santa Fé e logo estabeleceu uma relação de grande amizade com a família Cambará, sempre tratando como pai e mãe o Drº Rodrigo e a esposa dele, Flora. Mas durante a revolução, negou-se a trair a pátria, disse que, por questões de princípio, os militares não podem se rebelar. Acabaram ficando em lados opostos. O rapaz, durante batalha, acabou atirando no Drº Rodrigo. Era justamente nele, para revidar e salvar a vida do pai, em quem Floriano deveria atirar e não teve coragem. O próprio Drº Rodrigo se encarregou disso e matou o rapaz.

Depois do ocorrido, Rodrigo foi tomado pelo remorso e se moveu para proporcionar um sepultamento honroso para o jovem militar. Foi um fardo duro de carregar.

Drº Rodrigo se tornou um seguidor convicto de Getúlio Vargas, com isso, arrumou muitas brigas na própria família, inclusive com o irmão Toríbio. Logo depois dessa briga, Toríbio foi assassinado após discussão em um baile, morreu praticamente nos braços do sobrinho Floriano.

Outro ponto de grande destaque deste último volume é o amor proibido entre Floriano e a cunhada, Sílvia, esposa de Jango. A moça sempre quis Floriano, ele correspondia a esse desejo, mas ao estudar fora, acabou vivendo novas experiências, o tempo passou e a moça acabou cedendo às pressões do padrinho Drº Rodrigo para que se casasse com Jango. Ele escreveu toda essas histórias em diário e um dia entregou para Floriano ler.

A história termina com Floriano escrevendo o grande romance de sua vida. O primeiro parágrafo é idêntico ao que abre a saga O Tempo e o Vento, a grande obra-prima de Erico Verissimo.
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Silvinha.Teles 26/10/2016

Viagem...
Viagem pelo Sul, amei, me entendiei, sofri e chorei... fantástica narração do povo gaúcho. Ana Terra, Dr. Rodrigo Cambará, velha Bibiana, Maria Valéria e Floriano, foi muito bom estar com vcs ao longo destes 7 volumes.
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Lucas 07/09/2017

O tributo à história do Rio Grande do Sul está completo: Resenha para os três volumes
O Arquipélago e seus três volumes, quando foram lançados entre 1961 e 1962, causaram certo espanto. Isso porque o autor, Erico Verissimo, estava se recuperando de sucessivos problemas cardíacos, que acabariam por matá-lo em 1975. Para o bem da literatura brasileira (e porque não, da mundial), ele ainda teve tempo de concluir o maior trabalho da sua vida: a saga O Tempo e O Vento.

De certo modo, seu esforço pessoal era lógico: O Retrato, a parte central da trilogia era, definido pelo próprio Verissimo, como inferior a'O Continente, obra-prima da vida literária do autor e um monumento ímpar ao povo do Rio Grande do Sul. De fato, a segunda parte da saga é problemática por centrar-se na formação do Dr. Rodrigo Cambará, o grande protagonista da trilogia, mas dono de uma incontestável enxurrada de críticas até mesmo de estudiosos da obra. O Arquipélago surge para "suprir" um certo vazio que ficou após o seu antecessor, fechando magistralmente a maior trajetória histórica-literária da literatura nacional.

Seguindo a mesma estrutura narrativa que faz dessa saga tão especial (partindo do "presente", com várias "voltas" ao passado, de um forma muito similar a'O Continente), O Arquipélago continua o desenvolvido em O Retrato, partindo de 1922 e se estendendo até a queda de Getúlio Vargas, no final de 1945. Nas primeiras páginas (em termos cronológicos), Dr. Rodrigo, agora deputado estadual, ainda enigmático, um pouco machista e egoísta, mas inegavelmente apaixonado pela vida, acaba de retornar do Rio de Janeiro, onde esteve com a esposa Flora Quadros (admirável personagem). Já de cara, o leitor tem um panorama prático do contexto, principalmente político, da época, com os primeiros movimentos armados do tenentismo. Aliás, este é apenas um detalhe que Verissimo usa para encantar o leitor da trilogia: a facilidade com que ele mistura eventos históricos aos fatos fictícios de sua narrativa, fazendo com que ela seja um espelho impecável da realidade gaúcha e nacional da época em questão.

Ainda em 1922, Rodrigo e sua família, históricos chimangos de Santa Fé, rompem com o governo do estado (presidido com mãos de ferro por Borges de Medeiros, que viria a ser padrinho político de Getúlio Vargas) e partem, ao lado dos antes inimigos maragatos, para uma revolta contra o sistema político da época. É a Revolução de 1923, último grande conflito civil do Rio Grande, que bombardeia as páginas d'O Arquipélago com história e situações dramáticas, que simbolizam perfeitamente o que de fato ocorreu. Nesse contexto, Erico também direciona sua narrativa às mulheres, cuja força é um dos grandes pilares do fascínio que toda a saga desperta.

Neste aspecto feminino, é digna de nota a personagem Maria Valéria Terra, a "Dinda". De certo modo, é a única mulher que participa ativamente dos fatos históricos que vinham ocorrendo desde a Revolução Federalista (1893). Ela serve como um monumento às mulheres da época: fortes, responsáveis, sábias, rígidas, mas, acima de tudo, protetoras. Um resumo disso se passa num dos últimos capítulos do primeiro volume d'O Arquipélago, onde ela protagoniza um diálogo sublime com Flora, que, na visão particular do autor da presente resenha, corresponde a um dos maiores momentos literários da história da literatura. Maria Valéria é, com isso tudo, uma espécie de "avó do Rio Grande", como o leitor irá perceber.

Quem direciona, na narrativa, o detalhamento do passado, é Floriano Cambará, filho primogênito do Dr. Rodrigo. Na "atualidade" (1945), é por meio dele que o leitor vai, aos poucos, entendendo os motivos que causaram o total desmantelamento do clã Terra-Cambará ao longo dos anos. As razões são diversas: os rumos que a história do Brasil "empurrou" à família, tragédias, divergências políticas, entre outros, afastaram a estirpe da essência do que é ser do sul do país. Um agravante é que este distanciamento não deixa de ter muita realidade prática atual na região. Muito das tradições e costumes cotidianos acabaram se perdendo com a vinda dos anos, mas O Arquipélago se debruça sobre uma questão prática e provocadora de muitos debates atualmente no interior sulista: a criação dos filhos. Não raro é que se diga por aqui que é mais fácil criar filhos no interior, na zona rural mesmo, na "lida" do campo, do que nas cidades, onde o indivíduo cresce com certo desapego a origem da sua família, a sua "casta". É natural isso, não vem a ser um defeito dos "urbanos", mas quem se desenvolve em um meio rural, baseado em pequenas propriedades ou agricultura familiar, adquire mais facilmente o senso de companheirismo, de pertencimento, que ajuda a definir um pouco do que é ser do sul. Assim, Verissimo, genialmente, resumiu na família Terra Cambará um dilema profundamente popular no Rio Grande a partir da segunda metade do século XX, que é um certo desapego ao que ajudou a constituir a imagem única que o sul do pais possui no restante do Brasil.

O pano de fundo fictício de tudo isso, a simpática e representativa (em termos de realidade das cidades gaúchas) cidade de Santa Fé passa pelo mesmo processo de "aperfeiçoamento". É fascinante ao leitor lembrar que a cidade nasceu com a vinda de alguns caboclos em humildes carroças (dentre as quais estavam Ana Terra e seu filho Pedro, que começaram toda a estirpe), ainda em O Continente e acompanhar o seu desenvolvimento: o crescimento da praça municipal com a sua figueira, os clubes de recreação, as colônias alemãs e italianas, as comunidades e distritos mais afastados do "centro", a vinda de forasteiros que ali ficavam, as missas nas manhãs de domingo, o minuano no inverno, as coxilhas e as estâncias, os pés de bergamota... Nada mais poderia simbolizar melhor a história das cidades do interior dos três estados do sul do Brasil.

Como se pode imaginar, entre 1922 e 1945 houve uma imensidade de fatos históricos relevantes em termos nacionais e globais. A ascensão dos EUA nos anos 20, a crise de 29, os regimes fascistas e comunistas europeus, a Segunda Guerra, etc. Além disso, esse período comportou no Brasil o fim da República Velha, com a chegada ao poder de Getúlio Vargas. Pela proximidade geográfica, a Revolução de 30 e tudo que a antecedeu (a Coluna Prestes, por exemplo) possui grande destaque na narrativa. Erico fornece os pormenores dessas "pelejas", explicando todas as questões envolvidas e a contradição que as partes conflitantes acabavam desenvolvendo com o tempo. A eterna rivalidade entre chimangos e maragatos, que exerce certa influência até hoje na cultura gaúcha é um grande exemplo disso: as diferenças entre ambos os grupos eram muito mais profundas que a simples cor do lenço que seus seguidores envergavam, e que o autor explica tão bem, não só em O Arquipélago, como nas duas outras obras. Outro exemplo relevante dessa prática narrativa está em demonstrar as discordâncias e todos os pontos de vista inerentes ao Golpe do Estado Novo, que Getúlio protagonizou em 1937 e que provocou grandes divergências entre seus aliados e até mesmo dentro da família Terra Cambará, que dali em diante realmente não foi mais a mesma.

Apesar da nítida preocupação do autor em mencionar e "trabalhar" com fatos históricos, é fundamental que o futuro leitor de O Arquipélago tenha uma noção prévia do contexto político gaúcho da época, pesquisando a respeito de, pelo menos, duas figuras centrais: Borges de Medeiros, sucessor do histórico chimango Júlio de Castilhos e Getúlio Vargas, que dispensa apresentações prévias. Mesmo que o leitor leia a saga em um fôlego só, é imprescindível que, antes dessa última parte, ele se debruce sobre, principalmente, o futuro presidente e sua habilidade única de aproveitar conjecturas e esperar a hora certa para agir, fazendo tudo isso com uma boa dose de antiética, que, de certa maneira, pode ser interpretada como grande entendimento político.

Se a história do Rio Grande do Sul conduz, amarra e afasta os personagens da ficção de O Tempo e O Vento, ela também fica num segundo plano nos momentos mais apropriados. A ficção é crível sob o ponto de vista histórico, mas também é intrincada, bem elaborada e muito emocionante. Floriano Cambará e a busca do seu "Eu", da sua identidade, é habilmente bem construído, especialmente em seu interior. As suas incertezas e traumas, provocadas, em boa parte, pela personalidade radicalmente diferente do pai, fazem com que os capítulos da Reunião de Família (que se passam no fim de 1945) sejam repletos de reflexões e lembranças, além de relatar um eminente clima de tensão provocado por um polêmico triângulo amoroso. A necessidade que tinha Floriano de encontrar-se a si mesmo é associada a sua carreira de escritor: estagnada e sem brilho. No entanto, a fonte de sua inspiração, para escrever um romance épico, está envolvida em uma crosta resistente, mas que vai se corroendo aos poucos. Como Floriano foi inspirado no próprio autor, os seus relatos e anseios fazem com que o leitor acabe adquirindo uma ideia bem satisfatória dos questionamentos que Verissimo deve ter tido ao elaborar toda a saga: as dificuldades de montar uma obra permeada pela ficção e história são quase infinitas, como o leitor irá perceber.

Ana Terra, Bibiana Terra, Capitão Rodrigo Severo Cambará, Dr. Rodrigo e todos os seus descendentes não são meros personagens de um romance histórico: são tipos tangíveis, símbolos do sul do Brasil e ícones maiores das infinitas mensagens de superação, personalidade forte e trabalho que toda a saga reproduz. Tudo isso conduz a um desfecho único, que, apesar de estar longe de surpreender, emociona o leitor nas últimas linhas de O Arquipélago. A última parte da saga é, assim, justamente avaliada como o último ato de construção de um monumento que homenageia o povo do sul do país, que muito contribuiu e muito contribuirá para o Brasil.
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Fábio Valeta 22/02/2018

Acabou.
Depois de quase 11 meses de leitura (entrecortada com outras leituras, mas, ainda assim, foi a principal durante o período), chego ao fim dessa monumental obra. Foram quase três mil páginas compreendendo 200 anos da História do Rio Grande do Sul e da família Terra Cambará, em uma história memorável.

Falando especificamente deste último volume, o protagonismo da história muda novamente. Depois de personagens como Ana Terra, Bibiana e Rodrigo Cambará, o foco agora chega em Floriano. Aspirante a escritor que necessita se livrar da sombra do pai para, como o próprio diz, terminar de nascer. Rodrigo continua tendo uma grande importância na história, mas agora, ela gira em torno de outros personagens.

O volume trata quase que exclusivamente do período Varguista. Iniciando-se pouco antes da Revolução de 30 que o levou ao poder. Num primeiro momento, temos uma visão pouco elogiosa do futuro presidente/ditador na perspectiva de Rodrigo Cambará, e junto a esta perspectiva, vemos também como ela mudou no período de 15 anos no qual se passa a história. Se num primeiro momento Vargas é visto como um covarde, interesseiro, no final Rodrigo o defende com todas as suas forças, justificando até mesmo as ações das quais em seu íntimo ele discorda. Apesar de nunca aparecer de fato no romance, toda a história desse último arco gira em torno da figura de Getúlio Vargas.

Outro aspecto que fica apenas nas entrelinhas da história e tem uma importância tremenda nela, é a mudança que ocorre no personagem Rodrigo. Fica-se claro, ainda mais quando ele defende Getúlio até mesmo de ações que ele intimamente condena, o quanto ele se afastou de seus ideais iniciais. Para alguns isso seria um sinal de amadurecimento, para outros, como seu irmão Toríbio, um sinal de corrupção.

Apesar das mudanças, Rodrigo continua a se mostrar um político hábil. O livro é permeado de discussões, sejam do campo político, filosófico ou mesmo religioso. E o personagem sempre demonstra sua capacidade de defender ferrenhamente seu ponto de vista.

Floriano Cambará assiste a toda essa mudança de camarote. Desde a revolução de 30, na qual foi humilhado pelo pai, até o final da história, quando ele decide escrever a história de sua família. Sem ter as paixões políticas do pai e do irmão Eduardo e nem o gosto pelo campo como o tio Toríbio e o irmão Jango, Floriano é praticamente um peixe fora d´agua na família Cambará, e por isso mesmo, possui uma perspectiva única sobre os acontecimentos.

Ao finalmente ter uma conclusão de sua história pessoal com o pai e começar a escrever o grande romance de sua vida, com Floriano o ciclo se fecha e as cortinas descem sobre essa fantástica história criada por Érico Veríssimo. Uma história que é tanto de amor quanto de guerra, sobre o Estado do Rio Grande do Sul e sobre uma única família. Uma História com muitas histórias dentro.
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Dany 27/02/2021

o fim da saga........
Terceiro volume do livro O Arquipélago, que é a terceira parte da trilogia O Tempo e o Vento, do grande Erico Verissimo. A saga familiar dos Terra-Cambará, contada paralelamente à história de formação do Rio Grande do Sul, mora no meu coração desde o primeiro volume do primeiro livro, O Continente. Os personagens são incrivelmente bem construídos, fortes, carismáticos e repletos de falhas. Não há como ler essa história incrível sem se sentir um membro da família, um frequentador assíduo dos saraus do Sobrado ou até um político controverso de Santa Fé, tamanha a riqueza desse texto megalomaníaco, tanto no seu tamanho (mais de 2000 páginas!!) quanto na sua profundidade e grandeza.
O último volume talvez seja o mais detalhado na questão política do RS e do Brasil, visto que o autor viveu aquela época conturbada da subida de Getulio Vargas ao poder e da ascensão do fascismo na Europa. Senti que os personagens e seus dramas pessoais foram volume a volume ficando cada vez mais “de lado”, como coadjuvantes da própria história, pois a História política do Brasil e do Mundo era o principal foco da narrativa. Esse exagero nos detalhes históricos em detrimento à ficção me cansou um pouco durante a leitura desse último volume, porque apesar de gostar muito desse aprendizado, os Terra-Cambará ainda são meu maior interesse ao ler O Tempo e o Vento.
Ainda sim a trilogia não perdeu seu brilho e encerrou de uma maneira majestosa, à altura de sua importância. Recomendo a leitura desse clássico atemporal para todos os brasileiros, principalmente para os que se interessam pela biografia do nosso país e também gostam de boa ficção romanceada.
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Maria Eliete 20/04/2018

Foram 7 volumes. Mas é uma obra que vale a pena. Uma história com alguns personagens fictícios inseridos num contexto histórico verdadeiro: as revoluções que envolveram o sul do Brasil (Contestado e Farroupilha), o comunismo no mundo e no Brasil e principalmente todos os passos de Getúlio Vargas para chegar ao governo e lá ficar como um ditador civil. É uma obra excelente.
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monique.gerke 06/09/2018

Muito feliz por terminar essa série lendária!
foram 200 anos da história do Rio Grande do sul, com personagens marcantes, histórias e momentos únicos, mescla de política, discussões filosóficas e romance que me ajudaram a compreender um pouco da história do Brasil.
Erico deu um tom de realismo a história. Desnudou a alma dos personagens, e consequentemente a do leitor. Sem dúvidas, foi uma série memorável!!!
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Egídio Pizarro 11/03/2019

Fico triste por terminar de ler
O fascínio que a obra de Érico Veríssimo exerce em mim é imenso. Eu fico embasbacado de ver como ele consegue espalhar um pouquinho de si em cada personagem, em como eu consigo me ver em tantas passagens e como tantas passagens me iluminam as ideias.

Sou tão grato por ter existido uma pessoa como Érico Veríssimo que não consigo deixar de achar que ele é pouco valorizado pela cultura nacional.
Craotchky 11/03/2019minha estante
Também acho um pouco abaixo o reconhecimento que ele tem em relação a qualidade da literatura que ele atingiu.




Carlos Nunes 16/12/2019

O ARQUIPÉLAGO -VOL III
E chega ao fim a saga da família Terra Cambará, de forma brihante! Com a ação ocorrendo entre 1930 e 1945, com idas e vindas nos tempo, da mesma forma que nos volumes anteriores, temos o desfecho de várias situações que estavam em aberto, como qual o verdadeiro relacionamento de Floriano com a cunhada Silvia e quais as origens dos problemas de relacionamento de Floriano com o pai. Essas duas situações são resolvidas em dois momentos cruciais e emocionantes do livro, em que os personagens expõem muito do seu íntimo e de sesus medos e fraquezas. Percebe-se aqui o trabalho hercúleo de pesquisa que Erico fez, para destrinchar todo o panorama sociopolítico da época - as mudanças dos costumes, a agitação política, a ascensão do nazismo (inclusive no Brasil) e a participação na guerra, bem como acontecem algumas mortes, duas delas bem trágicas. Um encerramento com chave de ouro dessa obra magnífica, que tem que ser lida por todos os brasileiros! Deixo detalhes completos da minha experiência no vídeo (link abaixo)

site: https://youtu.be/3yVohY8xAn0
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