Deuses Humanos

Deuses Humanos H. G. Wells




Resenhas - Deuses Humanos


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Vinícius 22/07/2022

O mais medíocre dos homens que dizia odiar a mediocridade
O Sr. Barnstaple é um chato de galocha. Se sente deslocado da humanidade, desprezando até mesmo a própria família. No entanto, ao encontrar exemplares do que seria a humanidade perfeita em seu ponto de vista, nada mais faz que servi-los. Se sente pequeno, como um cachorro, e assim se porta.

A escrita de Wells nunca é empolgante e, nesses caso, não ajuda em nada na história. É maçante e tediosa.

Um livro pra ler quando não se tem nada a fazer.
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Bel 21/05/2022

muito bom, é um livro que não acontece muita coisa mas nos leva a altas reflexões recomendo para quem gosta do gênero
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Luiz 04/05/2022

Supere a Natureza para ser um Deus Humano numa Utopia
Livro: Deuses Humanos
Autor: H. G. Wells

Deuses Humanos parte da premissa narrativa idêntica ao livro "Uma Utopia Moderna", por meio de uma "fenda dimensional" parte-se para um mundo paralelo, muito semelhante ao mundo terreno, porém num mundo muito mais evoluído, em Utopia (nome dado a este mundo novo em ambos os títulos) a história da humanidade aconteceu de forma muito semelhante, mas à luz da razão, da ciência e do socialismo, a humanidade de Utopia fizeram escolhas melhores do que a dos terráqueos, sendo assim, o enredo é desenvolvido em compreender a nova cultura, o sistema de governo, as relações humanas e etc, uma boa reflexão filosófica permeia todo o livro.

O que mais diferencia ambos os textos é o caráter mais imaginativo e reflexivo que "Uma Utopia Moderna" possui, enquanto que Deuses Humanos de fato é um conto ficcional ao estilo "A Máquina do Tempo", "Guerra dos Mundos", "O Dorminhoco" e "Alimento dos Deuses" por exemplo, todos contos do mesmo autor.

"A nova ordem começou com discussões, livros e laboratórios psicológicos; o solo no qual ela crescia foi encontrado em escolas e faculdades. A velha ordem não compensava muito o professor da escola, mas seus membros dominantes estavam ocupados demais com a luta por riqueza e poder para prestar atenção em ensinamentos: testou a homens ou mulheres que pudessem refletir e trabalhar, sem muita esperança de recompensa tangíveis, moldar o novo mundo na mente dos jovens. Eles moldaram. [...] já estava sendo ensinado e compreendido que a propriedade privada era um incômodo social e que o Estado não podia fazer seu trabalho devidamente, nem a educação poderia produzir seus devidos resultados, lado a lado com uma classe de ricos irresponsáveis. [...] Eles tinham de sumir para o bem da raça."
(Lion / H. G. Wells, p. 63)

Como não poderia faltar, Wells aproveita neste livro para discorrer mais enfaticamente todas as suas ideias e sonhos de uma Nova Ordem Mundial, tema incansavelmente trabalhado em todos os seus textos, seja direta ou indiretamente, então ideias como a relativização da moral familiar e sua constituição, flexibilização da moral sexual, debates sobre a purificação da raça humana, em diversos níveis como o problema da miscigenação e controle populacional - eugênia, manipulação genética, extinção de pragas e animais ou o seu controle reprodutivo, sistema de governo comunista global, progresso científico e tecnológico exponencial, evolução biológica, dentre outros temas, são plenamente discutidos.

H. G. Wells, pra quem não sabe era um Socialista Fabiano, adepto da Revolução Mundial feita aos poucos e de maneira silenciosa, grande crítico da vertente socialista marxista, postula o como o Socialismo Inglês deve ser em suas outras grandes obras: "A Nova Ordem Mundial" e "A Conspiração Aberta", onde apresenta a forma de se alcançar a Revolução Mundial e o Estado Global. Ressalto que os livros: "Deuses Humanos", "Uma Utopia Moderna", "O Dorminhoco", "Nova Ordem Mundial" e "A Conspiração Aberta" dialogam muito, vale a pena conferir e compreender a insistência do autor em trabalhar e influenciar gerações por meio das suas obras literárias. Admirável Mundo Novo de Huxley e 1984 de Orwell foram inspirados nos contos de Wells.

Ao fim do livro de Deuses Humanos, o autor faz um verdadeiro manifesto de engajamento político pró socialismo visando almejar o Estado Global de Utopia. Vale conferir para compreender o como Wells foi indispensável para se criar o imaginário literário e filosófico visando uma governança global de cunho socialista/comunista.

"Começo a aprender a vida diária deste mundo. É uma vida de semideuses, muito livre, fortemente individualizada, cada um seguindo uma inclinação individual, cada um contribuindo para grandes fins raciais. Não é apenas nua de maneira limpa, doce e linda, mas cheia de dignidade pessoal. Entendo como um comunismo na prática, planejado e conduzido por longos séculos de educação, disciplina e preparação coletiva. Nunca havia pensado que o socialismo podia exaltar e enobrece o indivíduo e o individualismo degradá-lo, mas agora vejo claramente que isso foi provado. Neste mundo afortunado - de fato é a coroação de toda sua saúde e felicidade - não há a Multidão. O velho mundo, o mundo ao qual eu pertenço, era, e em meu universo infelizmente ainda é, o mundo da Multidão, o mundo dessa detestável massa rastejante de seres humanos amorfos e infectados."
(Sr. Barnstaple / H. G. Wells, p. 212)

"E, de repente, tornou-se claro para o Sr. Barnstaple que agora ele pertencia de corpo e alma à Revolução, à Grande Revolução que está em curso na Terra; que marcha e que nunca desistirá nem descansará até que a Velha Terra fosse uma só Cidade e Utopia fosse erigida bela. Sabia claramente que aquela Revolução era a vida e que todos os outros modos de vida eram um tráfico da vida pela morte. E quando isso se cristalizou em sua mente, ele soube instantaneamente que em breve se cristalizaria na mente de incontáveis outros daquelas centenas de milhares de homens e mulheres na Terra cujas mentes estão voltadas para Utopia."
(H. G. Wells, p. 232)
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Karla Lima @seguelendo 20/12/2021

Confesso que não sabia o que esperar da obra e confesso que não esperava gostar tanto. Eu já conhecia outras obras do autor, porém nunca tinha lido nenhuma e creio que esse foi um excelente começo.

A narrativa é bem fluida e mais ágil do que eu estava preparada. Foi uma leitura bem rápida e gostosa, misturando ficção científica e fantasia maravilhosamente bem. Às vezes ficamos com a impressão de que livros antigos serão mais lentos, porém, mais uma vez, fui pega de surpresa. Uma excelente surpresa, por sinal.

Os personagens são interessantes e eu me identifiquei muito com o protagonista e acho que isso me fez gostar ainda mais do livro. Outros personagens me irritaram profundamente, mas isso sempre tenho como um bom sinal para a história: enriquecendo o enredo e ampliando os conflitos. Mesmo passando raiva, considero ponto positivo.

Uma história curta, direta e recheada de debates filosóficos. Eu gostei muito e me fez pensar em adiantar as leituras de outras obras do autor que eu já queria ler como Guerra dos Mundos e A Máquina do Tempo.

Mais do que recomendo essa leitura! Gostaria de saber se alguém aqui já leu alguma obra do autor ou se pretende ler. E se leu, gostou?
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