A Casa

A Casa André Vianco




Resenhas - A Casa


181 encontrados | exibindo 136 a 151
1 | 2 | 3 | 10 | 11 | 12 | 13


10/09/2010

Confesso que esperava mais desse livro, a pessoa que me recomendou disse-me que se emocionou tanto que chegou até a chorar. Bem, infelizmente não reagi da mesma forma, mas as pessoas reagem de formas diferenciadas a tudo, não é? Li esse livro em um dia ou dois, não me recordo ao certo. Conheci Vianco através de seus sete vampiros portugueses, talvez por isso eu tenha ficado um tanto decepcionada com essa obra. Mas, vejam, é um bom livro.

Pode-se dizer que a “A Casa” oferece uma “segunda chance” a todos os desesperados, porém eu não concordo muito com essa mensagem, porque as pessoas deveriam aprender a se recuperar independente do que houve, têm que aprender a aceitar seus erros e perdoar, sobretudo, elas mesmas para poder melhorar seu presente e futuro. Pra mim, o livro pecou nessa questão. Claro que seria ótimo se pudéssemos passar pela mesma experiência dos personagens e ter a nossa segunda chance, mas a realidade não é assim, infelizmente.

O que vale ressaltar é que o livro também mostra que devemos sempre demonstrar nosso carinho pelas pessoas ao nosso redor, bem como um trecho de “Pais e Filhos” da banda Legião Urbana (que eu amo de paixão): “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Porque se você parar pra pensar, na verdade não há”. O livro “A casa” fala sobre o perdão e nos faz refletir a maneira como levamos nossas vidas, por exemplo, somos gratos o suficiente? Demonstramos nosso amor suficientemente a todos que amamos? Deixamos o orgulho afastar algumas pessoas que amamos?

Acho que talvez o livro não tenha me emocionado tanto quanto as outras pessoas porque eu não passei por nenhuma situação semelhante as do livro. Voltando a bater na mesma tecla, eu, particularmente, não me arrependo das coisas que fiz; é claro que eu poderia ter feito várias outras coisas melhor, porém, prefiro ver os erros como um degrau para melhorarmos no futuro. É preciso superar o erro e subir um degrau na escada da evolução. Errar uma vez, como dizem, é humano, persistir no erro é estupidez. Não adianta consertar o passado, é preciso aprender com os erros cometidos nele e evitá-los num futuro próximo, certo? Pelo menos é isso que eu penso e, para mim, foi nessa mensagem que o livro pecou um pouco e por isso talvez não tenha me convencido. Achei que o livro cheirava um tanto quanto a auto-ajuda (que não é um dos meus gêneros preferidos, embora não tenha nada contra). Mas é um bom livro no fim das contas. Recomendo.


Leia mais em Eu ♥ livros.
http://eucoracaolivros.blogspot.com/2010/09/titulo-original-casa.html
comentários(0)comente



spideramiel 28/08/2010

O livro tem um pouco mais de 200 páginas, um formato menor de livros tradicionais e letras grandes. Isso parece ser pontos negativos para um livro, mais ele é muito bom, poderia ter mais paginas, mais historia sobre outros visitantes na casa,mais o livro é muito legal.
A livro se divide em 4 personagem , cada um deles tem um passado ruim , problemas com pais no passado, filhos e esposos. Com o desenrolar da historia ficamos sabendo o passado de cada um e o que eles fizeram para ter o peso no coração. A medida que a historia vai indo, eles recebem um cartão para visitar uma casa , sonham com a casa ou viajam por causa de drogas e vêem a casa. Devido ao destinos os personagem vão visitar a casa juntos, cada um são recebidos por uma senhora e acabam cada um deles entrando por uma porta e voltam no passado onde ocorrem seus temores e podem isso para se livrar do peso e limpar o coração , claro que eles não podem avisa-los sobre suas mortes senão eles voltam para o presentes.Após voltar do passado, eles acabam saindo da casa como outras pessoas e muito melhores.
comentários(0)comente



Débora 19/08/2010

emoção
Emoção é a palavra ideal para descrever o que você sente depois de ler o livro.
Ele conta a história de 4 pessoas que estão cheias de problemas na vida, pensando até em suicídio.
Problemas esses que aconteceram pela má escolha de cada um durante sua vida.
Então o "destino" os leva em uma casa misteriosa onde todos os problemas serão resolvidos.
Até o final do livro, pensei que fosse uma literatura espírita mas o final me deixou em dúvida e me surpreendeu.
Recomendo
comentários(0)comente



Kelly SB 04/08/2010

Pois bem..

A Casa é um livro interessante. A começar do autor, que, como diz meu amigo Bill 'O Vianco é daqueles autores que não são bons mas são bons' {?}. Não posso concordar plenamente, visto que A Casa foi até hoje o único livro do Vianco que li, mas em relação a esse romance eu concordo.

A Casa tem uma boa história, bons personagens com fortes personalidades e um enredo que te leva às lágrimas, principalmente quando você se identifica com algum dos personagens principais, o que não é difícil, visto que são personagens bem 'reais', pode-se dizer assim.

O livro perde pontos na linguagem utilizada pelo Vianco, na forma com que ele escreve o livro ex: "Frio no estômago. O peito doeu. Leu nitidamente o nome da esposa no papel. Os olhos percorreram o bebê nu. Uma menina pequena. Dor. Olhou para as etiquetas presas no braço do bebê...", nada contra esse tipo de escrita, em frases curtas, mas em uma página ou duas no livro, mas um livro inteiro assim, honestamente me entedia às vezes.

Outro aspecto que não me agradou foi a existência de muitos 'personagens principais' na história, pra mim sinceramente não precisava de todos e se a história focasse apenas um deles, o Hélio, por exemplo, um pai que rejeitou a filha desde o primeiro dia de vida, o livro seria excelente! O final também, na minha opinião o único que realmente ficou interessante foi o do Hélio..

Mas, ainda assim eu recomendo. É um bom livro com uma ótima história!
Bill 05/08/2010minha estante
Concordo com seu ponto de vista, mas além do hélio, também gostei daquele empresário (não lembro o nome) que precisava se entender com o pai. De fato, é um livro que não foi muito bem escrito, mas que possui uma boa estória.


Diego Piovesan 07/08/2010minha estante
Concordo e discordo ao mesmo tempo.

Esse também foi o primeiro livro que li do Vianco e concordo que ele deveria desenvolver mais as tramas de todos os personagens principais. Acredito que assim ficaria um livro bem mais extenso, mas mais emocionante. Ganharia na qualidade, na emoção.

Não me identifiquei com nenhum personagem. Fiquei comovido com a história do Hélio e gostei bastante do fim, apesar de achar que ele não merecia o final daqueles e sim um de sofrimento e tudo mais. Ok, ele procurava conforto e tal, mas o que ele vez foi pior do que todos os outros juntos.

É uma ótima história que poderia ser mais desenvolvido, como já disse.

Aliás, sobre a escrita, ele tem um ponto mais direto, enxuto, e de fácil entendimento - acredito eu para atingir todos os públicos. Com frases curtas o raciocínio também é curto e assim o entendimento é bem mais fácil. O que não me agradou foram os longos parágrafos, que poderiam ser quebrados em outros menores. Eles deixaram o livro um pouco "pesado" para ler. Aquelas linhas sem fins, sem um "ponto de sossego" dava a impressão de não ter fim.

Aliás, só para constar: sobre os personagens, não gostei de Leon.




Diego Piovesan 31/07/2010

A porta está aberta
Primeiro livro que leio do autor André Vianco e, com isso, posso dizer que gostei.

A casa amarela canário com a porta de carvalho de cor escura guarda mais segredos do que se pode imaginar. Através dela, conhecemos histórias de pessoas (personagens) que nada têm de igual. Cada um vive a vida ao seu estilo. Cada qual tem um padrão de vida, pertence a um grupo do qual diferencia-se dos demais. Nomes, famílias, cidades... tudo é diferente. Porém, o que nós vemos através do passar das páginas é que todos eles têm algo muito forte que os entralaçam: todos buscam o conforto do coração, tentando arrumar erros do passado.

Os poucos capítulos são divididos entre os personagens. Cada um ganha o seu, com exceção dos últimos três ou quatro capítulos, onde todos se encontram na casa amarela com grande jardim verde.

No geral, as tramas são amarradas corretamente, mas há "fios" que ficam solto no passar do tempo, mas nada que afete no desenrolar e entender da história.

Cada um tem direito a sua segunda chance, prega o livro que do meio para fim acaba ficando meio óbvio do que se trata a casa e que o destino dos personagens é, sem dúvida, chegar à ela e contar o que ela prepara para cara um. A surpresa fica por conta do rápido final, onde há a emoção de todo o livro.

No geral, gostei bastante. Para pessoas que gostam do estilo rápido de direto ao ponto, sem maiores delongas, irá gostar do ritmo que o livro tem. Vale a pena ler e prestigiar a obra de um dos novos - e promissores - autores do Brasil. (:
Kelly SB 05/09/2010minha estante
Pois é, eu tbm gostei bastante dele tbm, mas sinceramente, acredito que se a história tratasse apenas de um dos personagens seria bem melhor, teria como ele desenvolver mais a história.. e sobre a Leon, também achei ela o pior personagem da história, mas o Helio, sei lá, eu gostei do final dele rs




soninha 11/07/2010

Surpreendente!
Minha estréia como leitora de André Vianco e já gostei.

Um livro sensível e comovente,a tão sonhada segunda chance que todos nós desejamos.Mas eu também vejo por um outro lado, que nessas estórias o autor também quis nos passar que devemos dar valor aqueles a quem amamos quando estão em vida,deixar certas "picuinhas" de lado e conversar,apoiar,entender,não deixar de falar eu amo você,você é importante pra mim e outras tantas frases que não falamos por um medo que nem sabemos do que.

O livro é 100000!!eu recomendo.

Guilherme 12/07/2010minha estante
Parabéns pela resenha.
Realmente você acertou em cheio ao deixar claro que o livro tem outro modo de ser visto... é um livro que serve de uma forma diferente a cada pessoa, cada um tem um entendimento diferente das histórias, eu vi de outra forma, mas gostei do seu ponto de vista.
Parabéns.


soninha 13/07/2010minha estante
Obrigada João!

Minha primeira resenha e já foi elogiada!!!aiaiai...um bom estimulo pra vir muitas outras por ai.




Pris 11/07/2010

Interessante, mas muito "cansativo"
Um bom livro, com tema interessante e intrigante. Mas como há muitos núcleos, achei que André Vianco se perdeu um pouco nas narrativas dos personagens. Tudo se alonga demais até chegar ao clímax. Talvez eu não esteja preparada para ler este livro, o que não deixa de ser uma boa leitura.
Priscyla 20/07/2010minha estante
Realmente é cansativo, mas tente ler de novo depois, você vai gostar :)




Priscyla 07/07/2010

Emocionante
O livro tem lá os seus encantos, é aquele tipo de livro que você não consegue parar de ler mas morrendo de vontade de parar (rsrsrs).
Confesso que chorei ao ler, pois é um livro que emociona e prende o leitor às histórias narradas. É um livro bom.
comentários(0)comente

Pris 11/07/2010minha estante
É mais ou menos isso que quis dizer acima. (Risos)


Priscyla 20/07/2010minha estante
:D




Semiramis 01/07/2010

Surpreendente!
O livro é muito lindo. Conta história de pessoas que cometerem erros, as vezes gravíssimos, e têm uma chance de recomeçar.
Muito comovente e criativo. Tem um quê de assustador em algumas passagens, o que não poderia faltar em um livro do André Vianco, acho.
Ainda não li outros livros do autor, mas pelas resenhas nas capas dos demais livros dele, de cara, acho que este foi o melhor.
Recomendadíssimo!!!
comentários(0)comente



@camargobih 23/06/2010

A Casa
Ás vezes nos arrependemos de algumas coisas que dizemos, de atitudes impulsivas, de brigas sem motivo. Com esses atos impensados nós não machucamos apenas nós mesmos, nós ferimos outras pessoas, pessoas inocentes.
E por causa do orgulho, muitas vezes, preferimos continuar sofrendo, e continuar fazendo outras pessoas sofrerem ao invés de, simplesmente, pedir perdão. E quando nós finalmente conseguimos deixar o orgulho de lado talvez seja tarde demais. Aquela pessoa não está mais ali. Não há um jeito de pedir perdão. E o seu coração dói atormentado pela culpa.
Mas é aí que surge A Casa, um lugar onde todos têm direito a uma segunda chance.

Esta noite eu tive um sonho.
Um sonho muito estranho.
Eu estava de novo com você.
Naquele mesmo dia.
Naquela mesma chuva.
Na mesma briga.
Juro por Deus que foi o
sonho mais estranho
da minha vida.

A Casa de André Vianco é uma linda história sobre perdão.
Afinal, existe um lugar onde todos têm direito a uma segunda chance.
comentários(0)comente



Guilherme 21/06/2010

A Casa
Um livro muito emocionante. O livro trata de quatro pessoas com corações atormentados, por problemas passados, que nunca conseguiram ser resolvidos.

Quem não desejaria ter uma casa onde pudesse consertar um erro que cometeu no passado? Um lugar para pedir perdão, e conseguir dar alívio ao seu coração?

Não há como trazer de volta, e consertar o erro por completo, mas sempre podemos tentar nos desculpar.

Nem sempre temos a oportunidade de conseguir uma segunda chance, por isso tudo o que devemos fazer, devemos fazer agora... porque o amanhã é muito incerto.

Um livro realmente lindo. André Vianco surpreende seus fãs, com um livro muito bem feito, mas totalmente diferente dos outros livros que escreveu. Uma verdadeira lição.

Merece 10, mas como o máximo é 5...
comentários(0)comente



Nessa Gagliardi 09/06/2010

Comecei a ler "A Casa" com medo do que viria, já que o autor escreve em geral livros sobre vampiros, tema que não me agrada. O livro me surpreendeu bastante. É uma fábula linda que emociona e nos dá vontade de poder vivenciar tudo aquilo também. Quem não gostaria de ter uma segunda chance muitas vezes em nossas vidas? Adorei!
comentários(0)comente



Cris @@ 22/03/2010

A casa dos meus sonhos...
Se vc se identificar com um personagem ferrou...é muito triste...no livro as pessoas possuem uma 2 chance e na vida real não...
Me fez chorar...
comentários(0)comente



Estela 16/03/2010

Impressionante e inesperado.

Acostumada com os maravilhosos vampiros de André Vianco, nunca imaginei me deparar com uma história tão especial e profunda escrita por ele...

Quem não gostaria de ter uma segunda chance?

Está em dúvida se lê ou não esse livro? Vá em frente que não haverá arrependimentos. Vale cada página.
comentários(0)comente



Antonio Luiz 15/03/2010

Ao contrário da saga vampiresca de Vianco, cuja movimentada violência lembra um filme de ação hollywoodiano ou um folhetim de aventuras do século XIX, este livro, assim como "Caminho do Poço das Lágrimas, procura ser sensível e explorar com calma a subjetividade e as angústias de pessoas comuns, com tons espiritualistas que lembram romances espíritas e Paulo Coelho. Mas a maneira de usar a linguagem é exatamente a mesma, como se a forma fosse independente do conteúdo.

Tanto o narrador quanto os personagens, adultos ou crianças, se expressam pelas mesmas frases curtas e desarticuladas, meros registros de emoções e percepções brutas. Deixam-se conduzir por elas como se não fossem capazes de refletir, tirar conclusões e fazer planos, mesmo quando supostamente são empresários bem-sucedidos, profissionais competentes ou artistas capazes.

Ambos os livros falam de pessoas que sofrem por decisões e atitudes do passado, recente ou distante, que por ressentimento, ambição egoísta ou obsessão pelo trabalho causaram a infelicidade de parentes já mortos, todas igualmente incapazes de articular alguma consciência de seu arrependimento até serem orientadas por algum tipo de guia mágico que lhes dá oportunidade de conseguir (mais de si mesmos do que das pessoas ofendidas) o perdão milagroso e, por meio dele, encontrar paz e redenção.

São histórias que visam comover o leitor até as lágrimas, valorizar o sentimento e a atenção para com a família e os entes queridos, ameaçados pela incompreensão ou pela ânsia por sucesso. Como no caso de Rowling, a cumplicidade do leitor não parece difícil de explicar: em um tempo de culto à autoajuda, ao pensamento positivo e de obrigação de ser feliz e otimista, pode ser um alívio ler que outras pessoas, algumas delas representadas como inteligentes e bem-sucedidas, secretamente levam uma vida miserável, de profunda carência emocional e espiritual.

Mas talvez a falta de elaboração e articulação do pensamento e a pobreza do estilo facilitem a identificação com seu público específico (ao mesmo tempo que repelem leitores mais exigentes). Não que seu leitor seja necessariamente pouco articulado, mas essa característica dá aos personagens uma superficialidade que passa por universalidade.

Pormenores externos aproximam o quotidiano dos personagens do leitor paulistano de classe média: a marca do carro, o ator favorito, o esporte da moda, o personagem de videogame, o sanduíche de uma conhecida franquia paulistana. Mas o que lemos é algo que qualquer pessoa poderia sofrer em seu lugar, pois apenas registram passivamente sentimentos genéricos, sem articulá-los com uma individualidade especial. Um exemplo de "A Casa" (mantenho a pontuação e gramática do original):

"Rosana fez um lanche rápido. A hora do almoço tinha escoado com a ida não planejada ao doutor Samuel. Parou na Casa do Pão de Queijo e pediu um sanduíche Tropical. Não sabia que estava vivendo feliz, pois preocupada com a loja cheia e a possível demora na feitura do seu pedido, tinha esquecido momentaneamente dos comprimidos e do passado. Era por isso que lutava para continuar empregada. Precisava trabalhar para manter a casa, as filhas. Uma luta, sem dúvida. Mas o trabalho era necessário principalmente para absorver seus pensamentos, alienar seu eu e conservá-la longe do passado. O trabalho era necessário para mantê-la viva."

Esse efeito de superfície é análogo ao que consegue Paulo Coelho com seus personagens quase abstratos. Um minimalismo que exige pouco esforço de compreensão e simpatia, mas que também provoca pouco e rende pouco em termos de ampliação de horizontes humanos e culturais.

Por isso, é com mágica simplicidade com que a angústia é curada quando os personagens de "A Casa", graças à intervenção do fantástico, voltam a enfrentar as situações e as escolhas que os sobrecarregaram de culpa e consequências indesejadas. Corresponde à fantasia de quem sonha livrar-se do sofrimento com uma só sessão de exorcismo, descarrego ou terapia e seguir com uma versão mais feliz da vida de sempre, quando na vida real, isso exige um longo trabalho de reconhecimento e reflexão e, muitas vezes, o enfrentamento de decisões difíceis e de uma mudança de rumo. Mas como expor uma justa metáfora desse processo na linguagem simplista dessas obras?

Também chama a atenção a excessiva rapidez e facilidade com que filhos perdoam e esquecem longos períodos de descaso ou crueldade por parte dos pais e vice-versa. Reflete a convenção, cômoda, mas infelizmente falsa, de que no fundo, todos os filhos amam os pais e vice-versa e que cairão nos braços dos outros sem ressentimentos, uma vez que os mal-entendidos sejam esclarecidos.

Seria injusto, porém, dizer que André Vianco segue sistematicamente o caminho mais fácil: também aceita riscos. O primeiro deles foi o de escrever histórias de vampiros, anjos e demônios em cenários brasileiros urbanos (e suburbanos), contrariando o leitor acostumado com associar tais histórias ao glamour de ambientes de Primeiro Mundo. Depois, quebrou a expectativa de um público que esperava por novas histórias de seres sobrenaturais ao escrever sobre seres humanos como qualquer outro, embora confrontados com experiências inusitadas. Poderia apostar apenas em personagens e situações de fácil aceitação por um leitor mediano, mas também ousa convidá-lo, por exemplo, a pensar no ponto de vista de uma artista lésbica viciada em drogas (em "A Casa") ou de quem perde filhos de maneiras trágicas (em "O Caminho...").

Provavelmente, seus leitores estão preparados para descobrir uma linguagem um pouco mais refinada e ideias um pouco mais complexas e o autor é capaz de fornecê-las. A literatura popular também é necessária, e seria bom que tanto os autores se esforçassem para torná-la o melhor possível quanto os teóricos e críticos se dispusessem a orientá-los e esclarecê-los sobre a melhor maneira de entreter seu público sem subestimá-lo.
comentários(0)comente

Cristal 30/05/2010minha estante
Disse tudo nao preciso neim deixa a minha resenha.




181 encontrados | exibindo 136 a 151
1 | 2 | 3 | 10 | 11 | 12 | 13