Rick Muniz 09/01/2021
O Homem que foi Movimento
Charles Bukowski, para os íntimos “Buk”, para os críticos literários “o velho safado”. Nesse livro, ele mostra a que veio, não poupa críticas a ninguém.
Desnuda a hipocrisia social, a frivolidade da medicina, a brutalidade policial, as contradições do processo criativo...enfim, como um “fotografo social”, capta as mazelas que assolam o ser humano.
Solitário, o escritor segue apenas a pena da caneta, ou melhor, a máquina de escrever, que o guia até aos rincões sombrios e luminosos da alma humana. É verdade, com uma linguagem prática e agressiva.
Bukowski não agrada a todos, nem faz questão disso, dessa forma, consegue uma autenticidade na escrita que poucos conseguiram.
O velho não se esconde, dá tapa na cara de todos, até em si mesmo. O que o torna imperdível é o profundo sentimento de que a vida é algo raro e mágico, mesmo que o aluguel custe caro...