Estátuas de Sal

Estátuas de Sal André Cardinali




Resenhas - Estátuas de Sal


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Guilherme 30/03/2015

Estátuas de Sal - André Cardinali
Há 10 anos o mundo sofreu uma grande mudança. Desde a forma de agir das pessoas até mesmo a concepção delas sobre determinados assuntos. Aparentemente o mundo se tornou um lugar melhor, com menos violência, com mais caridade, alegria e esperança, contudo, por um alto custo: a destruição de São Paulo.

Considerada na época a nova Sodoma e Gomorra, São Paulo se tornou um antro de perversidade, crueldade e e de tudo mais que seria considerado inadmissível na nossa sociedade. Numa manhã de 26 de Abril, um terremoto de gigantescas proporções levou a grande metrópole à extinção. A partir daí a humanidade reavaliou as suas atitudes. Uma marca foi deixada no meio da destruição: a Aliança. Que seria um sinal que Deus deu para a humanidade de um novo acordo (assim como o Arco-íris após o Dilúvio).

Após o suicídio de seu pai e a morte de sua mãe na tragédia em São Paulo, Alice começa a desconfiar de que talvez as coisas não sejam tão simples quanto todos acham que é. Ela decide investigar mais a fundo o suicídio do seu pai e descobre coisas que derrubam suas já frágeis "certezas". Decidida a obter a verdade, Alice tentará atravessar os muros e adentrar a cidade proibida, para de uma vez por todas descobrir o que aconteceu na cidade e qual a relação entre os suicídios e a cidade, custe o que custar.

O livro é extremamente bem escrito e a história provavelmente enganará o leitor diversas vezes, fazendo parecer que o objetivo do autor é um, quando na verdade o final se revela a mais completa surpresa, ainda mais se refletirmos bem sobre a mensagem que o autor quis transmitir.

No começo do livro eu discutia mentalmente com o posicionamento do autor diversas vezes, como se já soubesse qual era o intuito dele com o livro. Confesso que estava completamente enganado em todas as vezes que presumi saber qual era o real objetivo dele. "Estátuas de Sal" foi uma das maiores e mais agradáveis surpresas literárias que eu já tive. O livro é muito mais profundo do que vocês podem imaginar, sobretudo se bem analisado.

Eric Rocha - Ersiro 07/04/2015minha estante
Não conhecia o livro e fiquei muito curioso para lê-lo depois da sua resenha! :)


Guilherme 08/04/2015minha estante
É literatura fantástica nacional de ótima qualidade! O comecinho é meio monótono, mas quando você começa a entender o objetivo da obra, você ficará mais e mais sedento pelo desfecho. É ótima!




KK 18/01/2012

Um desastre
Confesso que li Estátuas de Sal até o final por causa da minha paranóia de ter que terminar um livro custe o que custar após começá-lo.

Já no prólogo a falta de coerência e coesão e a incansável repetição de palavras e ideias fizeram deste livro um atentado à literatura. O contexto da história como um todo é interessante: São Paulo pós-apocalíptica, busca da verdade sobre Deus; mas a narração sem sombra de dúvidas deixou a desejar.

Lançado pela editora Novos Talentos pergunto-me onde está o talento. O autor tem imaginação, mas ainda está muito cru. Encontrei no livro vários erros que corrijo nas histórias escritas pela garotada de 14 anos que não entende muito de português.

Faltou amadurecimento do autor, faltou um bom revisor.
Z Tetriminos 11/09/2012minha estante
Concordo plenamente; inclusive iria escrever isto na minha resenha sobre o livro. A história realmente é muito boa, porém caiu nas mãos de um escritor (ainda) inexperiente. Esperava mais, bem mais.




Andrés Carreiro 15/12/2010

Estátuas de Sal
Uma história surpreendente, cativante e original.

Acompanhamos a trajetória de Alice que investiga a morte/suicídio do pai. Os caminhos apontam para a cidade proibida de São Paulo, destruída, acredita-se, pela ira divina. O suspense nos persegue a todo o momento e a cada pista revelada por Alice ficamos presos pela curiosidade em saber onde o enredo nos levará.

Altamente recomendado.

Nota 9
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Dan 19/09/2011

Estátuas de sal
Um suspense gigantesco cerca a estória.

A cada página o leitor deseja ler mais e mais para não perder o que poderá acontecer na próxima folha.

Simplesmente amei Estátuas de Sal, e quero parabenizar o André por essa obra diferente e criativa.

Super recomendo!


A aliança:

“Em São Paulo, o desenho se formara de maneira bem incomum. Os traços, na verdade, representavam fendas profundas na superfície, que formavam um círculo perfeito, de um quilômetro de diâmetro, localizado no centro da cidade, perto das ruínas do que um dia fora a Catedral da Sé. Muitas dúvidas sobre a aliança nunca foram respondidas, como a profundidade das fendas ou mesmo como elas se formaram. Isso, pois, infelizmente, poucas foram às expedições científicas que lá chegaram para investigar o fato. Uma vez que o acesso a São Paulo não era permitido.”

Isso mesmo, São Paulo sofreu um terremoto altamente destrutivo onde milhões morreram e pouquíssimos sobreviveram. Muitos acreditam que havia sido obra de Deus que destruiu a cidade do pecado como outrora fizera com Sodoma e Gomorra, porém um mistério gigantesco se esconde por trás dessa suposição.

Continue lendo: http://www.falandodelivros.com/2011/09/e-ai-pessoal-boa-noite-trago-para-voces.html
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Renato Klisman 17/01/2011

Estatuas de Sal | by: http://rkbooks.wordpress.com
A Destruição Voltou…
Mas será que a verdade foi totalmente revelada?

Romance, aventura, ficção e indagações fizeram de Estátuas de Sal um dos melhores e mais criativos livros de 2011!

Depois de seu pai ser encontrado morto, com suspeitas de suicídio, Alice sai em busca da verdade por trás da destruição da grande metrópole. A nova Sodoma, a cidade do pecado, São Paulo.
Para isso, terá que seguir as pistas dos LI83R74D0R35DE4LM45, pistas que prometem lhe mostrar uma verdade aterradora e fatal.
Além disso, terá que descobrir o que realmente aconteceu com Pedro e Mariana, um casal que todos dizem ser o estopim, os que causaram a ira divina sobre a cidade de São Paulo.

Prepare-se para se aventurar em um mundo repleto de pistas, onde nem tudo é o que realmente aparenta, e segredos se escondem nos lugares mais impossíveis.

Você está convidado a sai em busca do sentido da vida e da existência. Porque, afinal, se Deus é amor, porque destruiu São Paulo? Porque deixa tanta desgraça acontecer no mundo?

Respostas e enigmas serão resolvidos, segredos revelados e mentiras descobertas. Não perca Estátuas de Sal!

A Capa: Simplesmente Perfeita! Essa foi a primeira vez em que eu vi um livro da coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira com o efeito de brilho sobre as letras (agora não me lembro do nome real do efeito! Kkkk), sem contar que este é um daqueles livros que se vendem apenas pela capa, já que ele mostra um local bem conhecido da cidade de São Paulo, isso faz com que as pessoas olhem e digam: “Ai meu Deus! Tal lugar destruído? Tenho que ler!”.

O livro: A narrativa é intensa, cheia de surpresas e com vários enigmas. As cenas são bem detalhadas, e a narrativa sobre o momento da destruição da cidade é imperdível! Virei um super fã!

Uma palavra que definiria o livro: Indagação.

Não deixem de visitar o blog do autor e do livro! (Fui eu que fiz! O autor estava sem ânimo de montar um blog, mas eu falei: “Você tem que divulgar o seu livro! Um blog é a melhor forma de fazer isso!” Depois de eu insistir muito ele aceitou a ideia! Mas atenção! É ele quem faz as postagens e que é responsável pelo contato com os leitores. Por isso, se quiserem falar com ele ou perguntar algo, basta visitarem a página principal do blog, ou preencher o formulário de contato que tem lá!) Sem mais enrolação, peguem o link!
http://LivroEstatuasdeSal.wordpress.com
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danilo_barbosa 30/10/2010

Um livro que você lê a última página e começa a refletir é um bom sinal. Por isso, terminei Estátuas de Sal e pensei com meus botões: "Este vai dar o que falar".
Um clima intenso e incômodo permeia o livro. Alice, nossa heroína, assim como aquela do conto clássico, viaja por um mundo misterioso em busca da verdade. A verdade sobre a morte de seu pai, a destruição de uma cidade e o rumo da humanidade.
Mas o que presenciamos é mais que isso. É como a fé pode mudar a vida das pessoas, para o bem... Ou não.
São Paulo repentinamente sumiu do mapa, realizando assim uma profecia divina encontrada em meio ao deserto. Suas divisas muradas, como se nas ruínas da cidade reinassem o puro inferno, cercado de espíritos inferiores.
Assim como Alice, que teve sua vida revirada por esta catástrofe, várias pessoas usaram a tragédia para ver um novo modo de ver a vida: seja louvando o famoso sinal Divino, esperando ser melhor nesta nova chance da humanidade, ou ser uma famosa Estátua de Sal, as pessoas que não conseguem deixar o passado para trás e se destróem por medo do futuro...

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.blogspot.com/2010/10/estatuas-de-sal.html
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mr_reedies 04/11/2010minha estante
Meu deus, como estou curioso para ler esse livro.
Não vejo a hora de poder comprá-lo.




Books Friends & News 05/01/2011

AUTÊNTICO
A resenha de hoje é de um livro para mim polêmico, pois é aquele tipo "Ame ou Odeie", eu gostei muito, pois o autor apresentou um tema diferente, porém ele cutuca bastante as pessoas, apesar de não cair em temos profundos teologicamente falando, ele fala sobre religião, e como diz por ai... religião, futebol e política não se discute, então...

Confira o resto da resenha no blog --> http://guardiadameianoite.blogspot.com/2011/01/resenha-estatuas-de-sal-andre-cardinali.html
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Mi Cherubim 06/01/2011

Estátuas de Sal
Para tudo o que está fazendo! André Cardinali revela quem são as estátuas de sal, o que aconteceu em São Paulo, por que a cidade foi proibida, quem são os anjos...


Alice perdeu a mãe em São Paulo, após alguns anos o pai se “suicidou”, e largou o namorado. Estava perdida em sua estagnação. Saiu do emprego, ficou em casa por um mês.


Chovia e Alice estava tentando se matar. Essa era a única maneira, pensou. Subiu no parapeito, mas infelizmente o vento a derrubou. Para dentro da sua sacada e não para o chão. Tufão passado, destruiu tudo. Iluminação faltando... tudo propício, mas de repente algo mudou!


Alice tomou muita chuva, por causa da queda, ficara inconsciente, foi para o banho. Decidiu ir na casa de seu pai. Quando ia saindo viu uma carta de Carlos Oliveira. Quem era Carlos Oliveira? Não sei, Alice também não! Mas na carta ele dizia coisas, como o seu pai falava...


Foi para a casa de seu pai, tinha a sensação de que ele não se matara. Conseguiu algumas pistas que levavam a outras e todas acabavam em São Paulo. A cidade proibida. A cidade onde as almas falavam.


Alice foi para o subterrâneo, entrou em São Paulo, ficou surpresa com o que viu, ou melhor, com o que não viu. Pois não enxergava um palco diante do nariz.


Com seu celular a postos tentou encontrar outras pistas para desvendar o maior dilema. Por que Deus acabara com São Paulo? Qual o motivo para isso? E não era por causa dos pecados dos homens.


As lendas falavam de Pedro e Mariana o estopim para a destruição. Alice tinha que descobrir a verdade... Por uma profecia Deus acabara com uma das maiores cidades do mundo. Mas será que realmente foi Deus?


Alice se machuca, é perseguida, sua saúde não está boa por causa da chuva que tomou, pegou pneumonia. Mas além de tudo isso ela é pega, dopada, mas consegue se livrar... uma garotinha a ajuda...
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Liêvin 31/01/2011

Estátuas de Sal - André CArdinali (originalmente postada em www.sobrelivros.com.br)
O dia 26 de abril está marcado na história mundial como o dia do desastre nuclear em chernobil, uma onda forte de terremotos na Califórnia, dia em que foi realizada a primeira missa no Brasil e dia em que foi aprovada a construção da Freedon Tower (no lugar das torres gêmeas).

A princípio você, leitor, deve estar se perguntando “mas o que diabos isso tem a ver com a resenha?” e eu lhe respondo: “TUDO”. De desastres a cataclismas, passando por religiosidades e finalizando com um “fiz minha parte” é como o livro de André Cardinali se apresenta ao leitor. O dia 26 de abril ficará marcado, na realidade alternativa criado pelo autor, como o dia da destruição de São Paulo.

André Cardinali, nascido em Piracicaba, interior de São Paulo, começou a escrever desde pequeno e já aos 7 anos de idade impressionava sua professora com a intensidade de suas redações. É formado em Rádio e TV, e além de escritor de romances atua como roteirista, repórter e músico compositor, transferindo suas experiências reais à ficção, exaltando que a vida imita a arte.

Estátuas de Sal foi finalizado após um ano e meio de dedicação e muitas pesquisas. Hoje, aos 24 anos, André já possui quatro romances escritos e muitas ideias fervilhando na cabeça. Estátuas de Sal é sua primeira publicação.

A história se passa há exatos 10 anos, onde a mega cidade de São Paulo é varrida do mapa por um “castigo divino”. Tido como a nova Sodoma e Gomorra, a cidade não deixa a desejar nos aspectos depravados e promíscuos que levaram suas antecessoras à ruínas.

O livro conta a saga de uma garota, chamada Alice, em busca de verdades sobre o desastre e um sentido para sua vida. Alice é órfã de pai e mãe, mora sozinha em um apartamento, não tem noticias do namorado e não sabe se resolve assumir o ateísmo. Complicado, né? Assim ela vai vivendo até receber uma carta endereçada a ela, mas de um remetente estranho e com um conteúdo mais estranho ainda.

"LI83R74DOR35DE4LM45"

A carta mudará a vida de Alice de forma frenética e a colocará em situações curiosas, fazendo com que rume à São Paulo (a cidade destruída e proibida) para encontrar as respostas que sempre buscou. Em São Paulo encontrará a verdade sobre Pedro e Mariana (verdadeiros culpados pela fúria divina sobre Sâo Paulo), deparará com as verdades por trás dos mitos e encarará a fé que duvidava ter. Tudo isso com doses apimentadas de mistérios, segredos milenares e religiosidades absurdas.

“Há mais coisas entre a pedra e o mar do que a maioria das pessoas pode ver”

O livro mostra que o trabalho de pesquisa foi muito eficaz e bem elaborado. Estátuas de Sal não fica atrás de livros que tratam o mesmo tema, como os de Dan Brown. Cardinali mostrou um excelente trabalho numa trama religiosa-suspense-dramática-enigmática. Achei muito interessante o que significam as estátuas de sal e tudo que envolve a contextualização em trazer o centro dos pecados para o Brasil. Todos os motivos e pregações por trás disso são especulações com muito sentido. O livre mexe com o leitor e o autor consegue mudar e moldar sua opinião no começo e no fim do livro.

Muitos autores que escrevem com a religião inserida na obra mostram suas posições (se estão dentro ou fora do muro). Cardinali não faz isso. Não é a toa que estou até agora sem saber qual vinculo religioso-espiritual dele. O livro dá nó em nossas cabeças e para entender o final é preciso ficar atento a toda história.

Indico o livro para todo tipo de leitor. Seja ele religioso ou não, cético ou não, mas que goste de duas coisas: De prestigiar autores nacionais e de ler livros que tragam uma realidade para nossas proximidades.
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Vivi Barini 03/12/2010

Alice, uma menina que antes usava uma máscara de serenidade e paz e que nunca deixou se envolver demais com as pessoas, um dia deixa essa máscara cair ao explodir com seu chefe e pedir demissão. Logo em seguida, a garota se tranca em seu apartamento e fica pensando no sentido da vida e se vale mesmo a pena continuar vivendo.

Não é para menos: Alice vive em um mundo pós-apocalíptico em que, depois de milhares de anos, Deus se mostrou novamente ao destruir a cidade de São Paulo como fez com Sodoma e Gomorra. Foi nesse apocalipse de dez anos atrás que a jovem perdeu a mãe, e o pai começou a agir de modo estranho até que, um dia, há apenas um mês, ele apareceu morto em sua própria casa; supostamente cometera suicídio com uma overdose de remédios.



- leia mais em The Bookaholic Princess: http://www.thebookaholicprincess.com.br/2010/12/estatuas-de-sal-por-andre-cardinali.html

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mr_reedies 02/06/2011

O que são as Estátuas de Sal?
Estátuas de Sal é diferente de qualquer coisa que eu tenha lido. Quer dizer, nunca li um livro que falasse de religião da maneira como André Cardinali tratou.

Estátuas de Sal, ao mesmo tempo em que fala sobre a busca do sentido da vida, tenta explicar o que é Deus. Confesso que a visão passada pelo autor foi de grande importância pra mim, já que sou uma pessoa, até então, eternamente confusa quanto a essa questão. A teoria passada sobre o assunto é muito interessante e percebe-se que houve uma grande pesquisa para que o romance fosse escrito.

Bem, falada essa parte, vamos ao romance em si.

Adorei a forma como São Paulo é descrevida sob a perspectiva de um ataque de Deus. Quer dizer, pelo menos pra mim, que vivo em São Paulo, é interessante ao extremo ler isso. Eu viajei acompanhando a jornada de Alice por cenários que conheço com meus próprios olhos!

Além disso, gostei de como os enigmas foram criados e sendo revelados com o desenrolar da história. A cada capítulo, descobrimos algo novo e somos apresentados a algo novo, o que prende atenção de quem está lendo mesmo depois de ter fechado o livro. O livro, em si, foi muito bem construído.

Uma coisa que não gostei foi a falta de proximidade com a protagonista... Não sei se foi porque comecei a ler o livro num momento em que estava muito feliz, mas ver Alice da forma como se encontrava não fez com que eu me cativasse por ela de imediato. Além disso, achei estranha a maneira como ela agia diante dos outros em situações que eram pra ser tão normais... A meu ver, tenho a impressão de que Alice estava terrivelmente abalada com o que acontecera com seu pai para agir de forma tão... depressiva? Talvez.

Pô, Alice, amigos estão aí pra isso! rsrs

Basicamente, gostei muito do livro e dos momentos de tensão, que são muitos. Fiquei com o polegar dolorido de tanto ler no ônibus... Sacrifícios que fazemos por uma boa leitura. Certamente, indico e vou emprestar esse livro para meus amigos.
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Juliana 04/10/2015

O livro Estátuas de Sal, de André Cardinali, se passa em uma época posterior à destruição de São Paulo por Deus. Na história, a cidade foi destruída pois, assim como Sodoma e Gomorra, Deus se irou com o pecado e, por meio de um terremoto, acabou com a cidade e seus habitantes. O livro começa com Alice perdida, sem saber o que fazer. Ela está sozinha, após o suicídio do pai, e já havia sofrido com a morte da mãe, que estava em São Paulo quando a cidade foi atacada. Porém, ela recebe uma mensagem misteriosa e então, intrigada por descobrir o que está por trás desses acontecimentos terríveis, começa a investigar e é levada para dentro dos limites da agora cidade fantasma de São Paulo.

O livro não é muito grande, mas não consegui concluir a leitura tão rapidamente. A história não me prendeu e, talvez por ter um tema bastante polêmico, já que a obra retrata desde o começo Deus como sendo o grande carrasco da humanidade. Ou pelo menos, de São Paulo. A narrativa é bastante rica em detalhes, principalmente nos momentos em que detalha a investigação de Alice, porém, como ela está sozinha na maior parte do tempo, o livro não conta com muitos diálogos, o que arrasta um pouco a leitura.

O conflito interno que vivi, entre o que lia e as minhas convicções pessoais com relação a Deus, aliado ao excesso de detalhes que a história trouxe, me deixaram mais cansada do que entretida e eu me perdia em meio a tantas descrições. Em alguns trechos o livro precisa de uma revisão, pois há algumas repetições desnecessárias.

Apesar de todas estas observações, achei a história criativa e a abordagem bastante diferente de tudo que havia lido anteriormente, principalmente por tentar imaginar a história como por um espelho, virando do avesso aquilo que crescemos, na maioria das vezes, ouvindo ser o certo. Uma das coisas que eu mais gosto nos livros é essa infinidade de caminhos e de possibilidades que surge quando folheamos as páginas. Mesmo quando não imaginamos que algo possa ser de outro jeito, sempre tem alguém para pensar diferente e escrever uma história que mexe tanto com as estruturas do que já é estabelecido quanto com os alicerces internos de quem lê. Com todas as ressalvas que fiz, o livro me fez pensar. E por isso, eu o recomendo.

site: http://www.cafecomlivros.blog.br/2015/05/28/resenha-estatuas-de-sal-andre-cardinali/
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andressilva 20/04/2011

Um excelente trabalho de estréia
"Estátuas de Sal" provocou em mim algo que há muito não ocorria: a vontade compulsiva de terminar um livro, a ponto de ler em qualquer oportunidade que aparecesse, nem que fosse em pé mesmo, esperando o ônibus chegar.

E foi uma leitura extremamente rápida, ainda mais pra mim, que sou geralmente um leitor lento e distraído. Infelizmente, parte disso é devido a curta duração do romance, o que acaba sendo um aspecto agridoce do trabalho de André Cardinali.

Por um lado, o desenvolvimento extremamente ágil e fluido da história mantém o leitor alerta e ansioso (quase - mais detalhes a frente) o tempo todo, e é difícil saber se um livro mais longo poderia sustentar tal ritmo. Por outro lado, é difícil não lamentar, ao final da história, que nas quase 300 páginas do romance tenhamos apenas arranhado a superfície das potencialidades do rico universo de Estátuas de Sal.

Até porque o início da jornada de Alice é um tanto lento, especialmente em contraste com as últimas páginas, onde a narrativa parece entrar em modo "turbo". Particularmente, teria preferido muito mais que o autor tivesse explorado um pouco mais da vida neste mundo pós-"nova Sodoma" antes de mergulhar sua protagonista nos caminhos tenebrosos de sua jornada para transformá-lo.

Além disso, por se tratar de um trabalho semi-independente, é impossível não notar um ou outro lapso na edição, assim como algumas passagens cuja prosa uma revisão mais apurada certamente refinaria.

Mas, fato é que comecei esta resenha listando propositalmente os pontos que desgostei em Estátuas de Sal, justamente para encerrar dizendo que nenhum deles é grande o bastante pra minar o poder que este primeiro trabalho de André Cardinali tem de instigar o leitor.

O grande mistério da trama prende a atenção desde o início, e a maneira orgânica como os vários enigmas vão se resolvendo ao longo da narrativa é de fazer inveja a muitos seriados e filmes de suspense famosos. O livro tem alguns momentos verdadeiramente geniais (como o inesperado flashback), como genial também é a reflexão final a respeito da natureza de Deus e a maneira como esta é corrompida pelo homem.

(Aqui, gostaria apenas que aquele desenvolvimento maior de enredo cuja ausência lamentei nos primeiros parágrafos levasse a uma catarse igualmente orgânica - e menos "didática", digamos assim - de Alice quanto a sua grande revelação)

Enfim, um excelente trabalho de estréia, que desde já alça este meu xará a condição de grande revelação da literatura nacional e nos deixa, como leitores, ansiosos pelo que ainda vem por aí!
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Lodir 23/01/2011

Ótimo suspense sobre influência religiosa, e brasileiro!
Estou realmente surpreso com o selo “Novos Talentos da Literatura Brasileira”, da editora Novo Século. Depois de ler o excelente “Agora Eu Morro”, de Fabio Brust, o segundo livro lançado pelo selo que leio, “Estátuas de Sal”, conseguiu me surpreender ainda mais.

Vamos começar pela fachada: o título é curioso, mas não nos dá, nem mesmo de longe, uma noção da história. A capa é belíssima, numa ótima arte mostrando a cidade de São Paulo destruída. Para os padrões da Novo Século, o autor teve muita sorte com a capa que seu livro recebeu.

São Paulo destruída? Isso mesmo. E por ninguém menos que Deus. Esse é o ponto de partida de “Estátuas de Sal”, e seja qual for o leitor, isso deve ser suficiente para tomar sua atenção. Li o começo do livro disponibilizado no site e confirmei que o livro parecia ser realmente bom; as páginas iniciais me conquistaram por já abordar o polêmico tema religioso logo no início.

A trama se passa depois que a cidade de São Paulo – e só ela – foi destruída por Deus por conta dos pecados de seus habitantes, que acabaram todos mortos, repetindo a história bíblica de Sodoma e Gomorra. Dez anos após a catástrofe, a população das cidades vizinhas vive com a sombra da antiga metrópole ao lado, mas cercada por um extenso muro (como o de Berlim), na tentativa de afastar toda a maldição envolvendo o lugar.

Em uma dessas cidades mora Alice, a protagonista, que vive isolada em seu apartamento desde que seu pai se suicidou. Depois de receber uma estranha carta de um homem desconhecido, ela parte em busca das respostas sobre o pai.

A partir de então, só lendo o livro para entender que obra é essa. Basta dizer que André Cardinali, um jovem paulistano na faixa dos vinte anos, esbanja criatividade e construiu um suspense de tirar o fôlego, misturando filosofia e religião. Não é um livro religioso; o autor usa do romance para nos fazer refletir sobre diversos aspectos filosóficos, como a busca pelo sentido da vida, mas acima de tudo para fazer repensar as conseqüências das religiões na nossa vida – as boas e as ruins. Sem tomar partido apenas para um lado, ele conseguiu equilibrar formidavelmente os pós e os contras das conseqüências de um mundo convivendo com a doutrina religiosa.

É evidente que André tomou da fonte Dan Brown, aclamado autor de “O Código da Vinci”, e outros excelentes livros. Isso não é nem de longe ruim. Além de ser fã do best-seller americano, acredito que André Cardinali conseguiu usar o mesmo ritmo de romance e suspense do autor, mas de uma forma original e criativa. Até a narração paralela envolvendo o casal Pedro e Mariana é similar com as de Dan Brown. Ele captou o melhor de Brown – o suspense envolvendo história, religião e muita correria por cenários de uma metrópole real – e adaptou tudo isso para um tema novo e um ambiente brasileiro.

Para quem conhece o centro de São Paulo – e principalmente para quem mora lá – o romance é um prato cheio. Os personagens passam por diversos pontos conhecidos da capital paulistana, entre ruas, praças e monumentos, só que dessa vez destruídos, usando sempre uma descrição muito bem feita. Um dos pontos fortes do autor é justamente esse – a narração. Mais da metade do livro se passa com uma única personagem em ação, com páginas e páginas sem diálogos, onde ela corre de um lado para o outro, invadindo casas e passando pelos vários cômodos delas. Esse tipo de texto não é para qualquer escritor. Descrever um personagem com seus movimentos físicos dentro de uma sala – por páginas e páginas – e fazer isso em vários ambientes diferentes, sem outra pessoa ou objeto em movimento para interagir, não é tarefa fácil. Quem é escritor sabe disso. Andre Cardinali faz isso bem, de uma forma natural que não é cansativa.

Ficam evidentes algumas falhas no livro, mas que são normais e perdoáveis em um autor enfrentando seu primeiro livro. Os diálogos são escritos de uma forma excessivamente coloquial, ou seja, como geralmente falamos. Os “cês” ao invés de “vocês” tornam-se cansativos ao longo do texto, e devem causar estranheza em leitores de outras regiões do país onde não se usa essa e outras expressões presentes. Isso é algo que deve ser pensado durante a escrita, já que nunca se sabe o poder de circulação que um livro alcançará. Incomodam os excessos de palavrões nos diálogos, ditos o tempo todo por todos os personagens, como se todas as pessoas os usassem. Lembra a hora em que, ao assistir um filme nacional e ouvir tanto palavrão saindo da boca dos atores, pensamos: “É um filme nacional, não tem jeito”. Outra falha é na explicação física para o funcionamento do “disco”, um objeto que tem uma função importante para o estado em que a cidade de São Paulo ficou. Não vou dar muitos detalhes sobre o que esse objeto faz para não estragar a surpresa de quem não leu o livro, mas quando um personagem fala sobre seu funcionamento – tão importante para a trama – isso é feito de maneira vaga e em apenas um parágrafo.

O mais importante deixado pela obra, no entanto, é sua excelente mensagem envolvendo a influencia do fanatismo religioso em nossas vidas. O final do livro é surpreendente, e não era de longe o que eu esperava, o que sempre é bom. Consegui ler um final que estava além das minhas expectativas, e que se mostrou muito melhor do que elas. O livro, além de um prazeroso suspense, é uma obra que deve ser lida por todos e que deve levar a uma reflexão importante para a vida, principalmente em sociedade. É um dos melhores livros que li. André Cardilani se mostrou um excelente autor revelação, que ainda deve dar bons frutos, e que conseguiu transformar em romance um problema atual e polêmico.
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Juny K. 31/01/2011

RESENHA: “Estátuas de Sal” (André Cardinali)
Nossa! Esse livro já está entre os primeiros do meu “TOP” de livros nacionais, é incrível! Até então, NUNCA vi um livro nacional com essa temática e escrito tão bem! Devo ressaltar também que a revisão do livro é muito boa, não encontrei nenhum erro, o que vem sendo raro ultimamente com os lançamentos nacionais.

Pense em uma estória no estilo “Dan Brown” adicione São Paulo, uma protagonista espetacular e um dilema religioso cheio de mistérios. Esses são alguns dos ingredientes usados por André Cardinali.

Tudo começa com misteriosos papeis encontrados em um buraco por dois meninos no Afeganistão, por ser em um dialeto desconhecido eles acabam vendendo-o, até que chega a um estudioso inglês que reconhece a escrita como uma forma muito antiga do hebraico e começa a traduzi-la. O texto é anunciado como uma mensagem deixada pelo próprio Deus com uma profecia sobre os problemas da humanidade, anunciando sinais que levariam a destruição de uma grande capital. Tudo vai acontecendo até que a profecia se cumpre em São Paulo, definida como uma cidade cheia de pecados, um grande terremoto devasta somente a capital, sem nenhum sobrevivente e deixando uma enorme marca no meio da cidade, chamada de “Aliança” que foi reconhecida como a marca de Deus. Depois disso o mundo parece ter encontrado a paz, crimes diminuiriam praticamente a zero, pessoas felizes se dizendo convertidas e cheias de fé, tudo parece estar as mil maravilhas.

É ai que conhecemos Alice, uma protagonista forte, corajosa, daquelas que dá orgulho, mesmo estando na pior faz coisas incríveis para tentar atingir seus objetivos, ela perdeu sua mãe no desastre de São Paulo (10 anos atrás) e recentemente perdeu o pai num suposto suicídio. E por falar em suicídio, a pratica que tem acontecido com mais frequência depois do desastre, por pessoas inconformadas com suas perdas, as pessoas que fazem isso são conhecidas como “Estátuas de Sal” daí o nome do livro.

Os olhos passeavam pela construção e nada viam. Os ouvidos atentos também nada percebiam. Mesmo assim estava temerosa. Também pudera, para quem nunca havia desrespeitado a lei, invadir duas casas em menos de 24 horas era um passo grande.

Alice procura um sentido para sua vida em meio a tudo isso, diferente das outras pessoas, ela não se rende a essa situação e questiona muitas coisas. A partir disso, descobre informações misteriosas sobre a morte de seu pai e sobre um cara chamado “Carlos Oliveira” o que a leva a uma grande investigação, em busca da verdade, enfrenta muitos perigos, sofre perseguições, conhece uma sociedade secreta, resolve diversos enigmas e vocês têm que ler o livro para sentir a maneira como isso é retratado, tudo se encaixa na narrativa, os mistérios são muito bem desenvolvidos. Paro por aqui com a estória para não contar spoilers.

Só uma ressalva, o final foi muito rápido, resolvendo tudo nas ultimas linhas, senti falta de mais um capítulo para contar em detalhes como ocorreram certas revelações, como repercutiu tudo aquilo. Também devo dizer que há diálogos com alguns palavrões, mas nada que atrapalhe a leitura e desvie o foco.

A fim de observar o lado oposto, não visível de onde estava, girou a cesta e encontrou uma inscrição lá, feita com o mesmo giz vermelho. “Que grande dia foi quando a pedra e o mar se encontraram!” A pedra e o mar... Já ouvira isso antes. Quando?

Gostei da maneira como o autor conseguiu falar de religião, da relação entre “bem” e “mal” em meio a uma trama com muitos enigmas, muitos mistérios, e no final das contas deixando uma boa lição, dando um sentido a toda aquela busca.

Quando os lábios se separaram a mulher sorriu, mesmo com toda a dor que sentia. Achara um sentido para existir.

É aquele tipo de livro que te envolve e você não quer mais parar de ler. E embora no inicio dessa resenha eu tenha feito uma comparação com o estilo do Dan Brown, garanto que não é uma cópia, eu particularmente considero tão bom quanto. Dá orgulho de ler um livro assim e saber que é nacional, que tem aparecido novos autores que não perdem em nada para os best-sellers internacionais, parabéns André Cardinali, espero ler mais livros como esse! E recomendo muito “Estátuas de Sal”!

Disponível em: http://www.dear-book.net/2011/01/resenha-estatuas-de-sal-andre-cardinali.html
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