Estátuas de Sal

Estátuas de Sal André Cardinali




Resenhas - Estátuas de Sal


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Jaqueline 27/12/2010

Afirmo com toda a convicção que “Estátuas de Sal” foi um dos melhores romances nacionais que tive o prazer de ler neste ano de 2010. André Cardinali, sem dúvida alguma, se consagrou para mim como uma das maiores promessas literárias nacionais com este livro, que me conquistou logo em suas primeiras quatro páginas.

Sabe aquele tipo de livro que você abre, lê um trecho e fala “isso aqui é bom demais”? Foi exatamente o que se passou entre “Estátuas de Sal” e eu. Após muito ouvir falar, recebi um exemplar do André e parti para a leitura ansiosa para desvendar por conta própria os mistérios do livro. O que são, afinal, as estátuas de sal? Levados à uma reflexão sobre o papel de Deus, das religiões e do futuro da humanidade, acabamos cercados por uma série de referências religiosas, populares e intelectuais, que vão de Nietzsche à “Alice no País das Maravilhas”. Assim como a criação de Lewis Carroll, a Alice protagonista de “Estátuas de Sal” mergulha em um mundo desconhecido e surpreendente, repleto de mistérios e surpresas nem sempre agradáveis a cada esquina.

Após a destruição da cidade de São Paulo por um terremoto, os escombros da cidade tornaram-se uma recordação de tudo aquilo que deveria ser esquecido: uma cidade engolida e devastada pelos seus pecados, com habitantes que haviam virado suas costas a Deus e ao caminho de justiça indicado pelo Senhor. O jovem casal Pedro e Mariana, após se envolver no assassinato de um pastor, é apontado como o catalisador da destruição da cidade; representações do mal e da deturpação moral que havia dominado os habitantes da cidade que se relaciona às antigas cidades de Sodoma e Gomorra.

Tentando investigar o suposto suicídio de seu pai, Alberto Villela, a jovem Alice segue buscas e descobre a chamada Ordem das Almas Libertas, grupo que intenta levar a verdadeira mensagem sobre Deus às pessoas através de intrincadas pistas. “Enxergar além dos olhos”, instrução repetida diversas vezes ao longo do livro, é quase como uma palavra de ordem neste maravilhoso romance: trata-se de enxergar além das concepções humanas, das limitações da nossa mente e dos nossos preconceitos. A realidade, assim como uma imagem refletida em um espelho, nunca é exatamente aquilo que vemos.

Como centro cultural e financeiro do país, a cidade de São Paulo ocupa o papel representativo de fonte de tudo o que é perverso, egoísta e mesquinho no mundo atual. É muito interessante ver descrições de fugas, perseguições e a simples luta pela sobrevivência em ruas bem conhecidas por muitos de nós, como a Avenida Paulista ou a Avenida Brigadeiro Faria Lima.

Em meio a seitas secretas, enigmas, anjos caídos, profecias bíblicas, nefilins e passagens dos livros sagrados das chamadas “religiões do livro” (islamismo, judaísmo e cristianismo), acompanhamos a jornada de Alice em meio ao caos e a destruição. Para além do fanatismo, somos inclinados a pensar sobre o sentido da vida, do amor e das relações pessoais. O ritmo, no entanto, é frenético. A sensação de isolamento, dúvida e desnorteamento que nossa protagonista sente nos acompanha a cada página, e o surgimento de novos personagens na trama se dá de forma surpreendente. Os sobreviventes, o casal Pedro e Mariana, a misteriosa menina de azul, os sacerdotes de manto vermelho… todos eles exercem uma função integradora à trama, como complementos de um quebra-cabeça maior, que é a destruição de uma das maiores cidades do mundo a custa de seus pecados. Com uma escrita bem elaborada e cativante, torna-se impossível largar o livro até nos depararmos com seus últimos acontecimentos.

Pode existir um Deus negligente? Somos governados por um Deus de guerra e temor, de dor e medo? Deus está realmente morto? Seria Ele apenas uma invenção humana? Com um final libertador e imaginativo, “Estátuas de Sal” nos lança perguntas fundamentais nestes tempos tão conturbados e descrentes. Com uma abordagem nova e muito bem construída sobre o poder das religiões, da crença e do livre arbítrio humano, é leitura mais que recomendada para todos os interessados na reflexão sobre a humanidade e suas criações.

>> Resenha postada originalmente em www.up-brasil.com
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KK 18/01/2012

Um desastre
Confesso que li Estátuas de Sal até o final por causa da minha paranóia de ter que terminar um livro custe o que custar após começá-lo.

Já no prólogo a falta de coerência e coesão e a incansável repetição de palavras e ideias fizeram deste livro um atentado à literatura. O contexto da história como um todo é interessante: São Paulo pós-apocalíptica, busca da verdade sobre Deus; mas a narração sem sombra de dúvidas deixou a desejar.

Lançado pela editora Novos Talentos pergunto-me onde está o talento. O autor tem imaginação, mas ainda está muito cru. Encontrei no livro vários erros que corrijo nas histórias escritas pela garotada de 14 anos que não entende muito de português.

Faltou amadurecimento do autor, faltou um bom revisor.
Z Tetriminos 11/09/2012minha estante
Concordo plenamente; inclusive iria escrever isto na minha resenha sobre o livro. A história realmente é muito boa, porém caiu nas mãos de um escritor (ainda) inexperiente. Esperava mais, bem mais.




Books Friends & News 05/01/2011

AUTÊNTICO
A resenha de hoje é de um livro para mim polêmico, pois é aquele tipo "Ame ou Odeie", eu gostei muito, pois o autor apresentou um tema diferente, porém ele cutuca bastante as pessoas, apesar de não cair em temos profundos teologicamente falando, ele fala sobre religião, e como diz por ai... religião, futebol e política não se discute, então...

Confira o resto da resenha no blog --> http://guardiadameianoite.blogspot.com/2011/01/resenha-estatuas-de-sal-andre-cardinali.html
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andressilva 20/04/2011

Um excelente trabalho de estréia
"Estátuas de Sal" provocou em mim algo que há muito não ocorria: a vontade compulsiva de terminar um livro, a ponto de ler em qualquer oportunidade que aparecesse, nem que fosse em pé mesmo, esperando o ônibus chegar.

E foi uma leitura extremamente rápida, ainda mais pra mim, que sou geralmente um leitor lento e distraído. Infelizmente, parte disso é devido a curta duração do romance, o que acaba sendo um aspecto agridoce do trabalho de André Cardinali.

Por um lado, o desenvolvimento extremamente ágil e fluido da história mantém o leitor alerta e ansioso (quase - mais detalhes a frente) o tempo todo, e é difícil saber se um livro mais longo poderia sustentar tal ritmo. Por outro lado, é difícil não lamentar, ao final da história, que nas quase 300 páginas do romance tenhamos apenas arranhado a superfície das potencialidades do rico universo de Estátuas de Sal.

Até porque o início da jornada de Alice é um tanto lento, especialmente em contraste com as últimas páginas, onde a narrativa parece entrar em modo "turbo". Particularmente, teria preferido muito mais que o autor tivesse explorado um pouco mais da vida neste mundo pós-"nova Sodoma" antes de mergulhar sua protagonista nos caminhos tenebrosos de sua jornada para transformá-lo.

Além disso, por se tratar de um trabalho semi-independente, é impossível não notar um ou outro lapso na edição, assim como algumas passagens cuja prosa uma revisão mais apurada certamente refinaria.

Mas, fato é que comecei esta resenha listando propositalmente os pontos que desgostei em Estátuas de Sal, justamente para encerrar dizendo que nenhum deles é grande o bastante pra minar o poder que este primeiro trabalho de André Cardinali tem de instigar o leitor.

O grande mistério da trama prende a atenção desde o início, e a maneira orgânica como os vários enigmas vão se resolvendo ao longo da narrativa é de fazer inveja a muitos seriados e filmes de suspense famosos. O livro tem alguns momentos verdadeiramente geniais (como o inesperado flashback), como genial também é a reflexão final a respeito da natureza de Deus e a maneira como esta é corrompida pelo homem.

(Aqui, gostaria apenas que aquele desenvolvimento maior de enredo cuja ausência lamentei nos primeiros parágrafos levasse a uma catarse igualmente orgânica - e menos "didática", digamos assim - de Alice quanto a sua grande revelação)

Enfim, um excelente trabalho de estréia, que desde já alça este meu xará a condição de grande revelação da literatura nacional e nos deixa, como leitores, ansiosos pelo que ainda vem por aí!
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Lodir 23/01/2011

Ótimo suspense sobre influência religiosa, e brasileiro!
Estou realmente surpreso com o selo “Novos Talentos da Literatura Brasileira”, da editora Novo Século. Depois de ler o excelente “Agora Eu Morro”, de Fabio Brust, o segundo livro lançado pelo selo que leio, “Estátuas de Sal”, conseguiu me surpreender ainda mais.

Vamos começar pela fachada: o título é curioso, mas não nos dá, nem mesmo de longe, uma noção da história. A capa é belíssima, numa ótima arte mostrando a cidade de São Paulo destruída. Para os padrões da Novo Século, o autor teve muita sorte com a capa que seu livro recebeu.

São Paulo destruída? Isso mesmo. E por ninguém menos que Deus. Esse é o ponto de partida de “Estátuas de Sal”, e seja qual for o leitor, isso deve ser suficiente para tomar sua atenção. Li o começo do livro disponibilizado no site e confirmei que o livro parecia ser realmente bom; as páginas iniciais me conquistaram por já abordar o polêmico tema religioso logo no início.

A trama se passa depois que a cidade de São Paulo – e só ela – foi destruída por Deus por conta dos pecados de seus habitantes, que acabaram todos mortos, repetindo a história bíblica de Sodoma e Gomorra. Dez anos após a catástrofe, a população das cidades vizinhas vive com a sombra da antiga metrópole ao lado, mas cercada por um extenso muro (como o de Berlim), na tentativa de afastar toda a maldição envolvendo o lugar.

Em uma dessas cidades mora Alice, a protagonista, que vive isolada em seu apartamento desde que seu pai se suicidou. Depois de receber uma estranha carta de um homem desconhecido, ela parte em busca das respostas sobre o pai.

A partir de então, só lendo o livro para entender que obra é essa. Basta dizer que André Cardinali, um jovem paulistano na faixa dos vinte anos, esbanja criatividade e construiu um suspense de tirar o fôlego, misturando filosofia e religião. Não é um livro religioso; o autor usa do romance para nos fazer refletir sobre diversos aspectos filosóficos, como a busca pelo sentido da vida, mas acima de tudo para fazer repensar as conseqüências das religiões na nossa vida – as boas e as ruins. Sem tomar partido apenas para um lado, ele conseguiu equilibrar formidavelmente os pós e os contras das conseqüências de um mundo convivendo com a doutrina religiosa.

É evidente que André tomou da fonte Dan Brown, aclamado autor de “O Código da Vinci”, e outros excelentes livros. Isso não é nem de longe ruim. Além de ser fã do best-seller americano, acredito que André Cardinali conseguiu usar o mesmo ritmo de romance e suspense do autor, mas de uma forma original e criativa. Até a narração paralela envolvendo o casal Pedro e Mariana é similar com as de Dan Brown. Ele captou o melhor de Brown – o suspense envolvendo história, religião e muita correria por cenários de uma metrópole real – e adaptou tudo isso para um tema novo e um ambiente brasileiro.

Para quem conhece o centro de São Paulo – e principalmente para quem mora lá – o romance é um prato cheio. Os personagens passam por diversos pontos conhecidos da capital paulistana, entre ruas, praças e monumentos, só que dessa vez destruídos, usando sempre uma descrição muito bem feita. Um dos pontos fortes do autor é justamente esse – a narração. Mais da metade do livro se passa com uma única personagem em ação, com páginas e páginas sem diálogos, onde ela corre de um lado para o outro, invadindo casas e passando pelos vários cômodos delas. Esse tipo de texto não é para qualquer escritor. Descrever um personagem com seus movimentos físicos dentro de uma sala – por páginas e páginas – e fazer isso em vários ambientes diferentes, sem outra pessoa ou objeto em movimento para interagir, não é tarefa fácil. Quem é escritor sabe disso. Andre Cardinali faz isso bem, de uma forma natural que não é cansativa.

Ficam evidentes algumas falhas no livro, mas que são normais e perdoáveis em um autor enfrentando seu primeiro livro. Os diálogos são escritos de uma forma excessivamente coloquial, ou seja, como geralmente falamos. Os “cês” ao invés de “vocês” tornam-se cansativos ao longo do texto, e devem causar estranheza em leitores de outras regiões do país onde não se usa essa e outras expressões presentes. Isso é algo que deve ser pensado durante a escrita, já que nunca se sabe o poder de circulação que um livro alcançará. Incomodam os excessos de palavrões nos diálogos, ditos o tempo todo por todos os personagens, como se todas as pessoas os usassem. Lembra a hora em que, ao assistir um filme nacional e ouvir tanto palavrão saindo da boca dos atores, pensamos: “É um filme nacional, não tem jeito”. Outra falha é na explicação física para o funcionamento do “disco”, um objeto que tem uma função importante para o estado em que a cidade de São Paulo ficou. Não vou dar muitos detalhes sobre o que esse objeto faz para não estragar a surpresa de quem não leu o livro, mas quando um personagem fala sobre seu funcionamento – tão importante para a trama – isso é feito de maneira vaga e em apenas um parágrafo.

O mais importante deixado pela obra, no entanto, é sua excelente mensagem envolvendo a influencia do fanatismo religioso em nossas vidas. O final do livro é surpreendente, e não era de longe o que eu esperava, o que sempre é bom. Consegui ler um final que estava além das minhas expectativas, e que se mostrou muito melhor do que elas. O livro, além de um prazeroso suspense, é uma obra que deve ser lida por todos e que deve levar a uma reflexão importante para a vida, principalmente em sociedade. É um dos melhores livros que li. André Cardilani se mostrou um excelente autor revelação, que ainda deve dar bons frutos, e que conseguiu transformar em romance um problema atual e polêmico.
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Juny K. 31/01/2011

RESENHA: “Estátuas de Sal” (André Cardinali)
Nossa! Esse livro já está entre os primeiros do meu “TOP” de livros nacionais, é incrível! Até então, NUNCA vi um livro nacional com essa temática e escrito tão bem! Devo ressaltar também que a revisão do livro é muito boa, não encontrei nenhum erro, o que vem sendo raro ultimamente com os lançamentos nacionais.

Pense em uma estória no estilo “Dan Brown” adicione São Paulo, uma protagonista espetacular e um dilema religioso cheio de mistérios. Esses são alguns dos ingredientes usados por André Cardinali.

Tudo começa com misteriosos papeis encontrados em um buraco por dois meninos no Afeganistão, por ser em um dialeto desconhecido eles acabam vendendo-o, até que chega a um estudioso inglês que reconhece a escrita como uma forma muito antiga do hebraico e começa a traduzi-la. O texto é anunciado como uma mensagem deixada pelo próprio Deus com uma profecia sobre os problemas da humanidade, anunciando sinais que levariam a destruição de uma grande capital. Tudo vai acontecendo até que a profecia se cumpre em São Paulo, definida como uma cidade cheia de pecados, um grande terremoto devasta somente a capital, sem nenhum sobrevivente e deixando uma enorme marca no meio da cidade, chamada de “Aliança” que foi reconhecida como a marca de Deus. Depois disso o mundo parece ter encontrado a paz, crimes diminuiriam praticamente a zero, pessoas felizes se dizendo convertidas e cheias de fé, tudo parece estar as mil maravilhas.

É ai que conhecemos Alice, uma protagonista forte, corajosa, daquelas que dá orgulho, mesmo estando na pior faz coisas incríveis para tentar atingir seus objetivos, ela perdeu sua mãe no desastre de São Paulo (10 anos atrás) e recentemente perdeu o pai num suposto suicídio. E por falar em suicídio, a pratica que tem acontecido com mais frequência depois do desastre, por pessoas inconformadas com suas perdas, as pessoas que fazem isso são conhecidas como “Estátuas de Sal” daí o nome do livro.

Os olhos passeavam pela construção e nada viam. Os ouvidos atentos também nada percebiam. Mesmo assim estava temerosa. Também pudera, para quem nunca havia desrespeitado a lei, invadir duas casas em menos de 24 horas era um passo grande.

Alice procura um sentido para sua vida em meio a tudo isso, diferente das outras pessoas, ela não se rende a essa situação e questiona muitas coisas. A partir disso, descobre informações misteriosas sobre a morte de seu pai e sobre um cara chamado “Carlos Oliveira” o que a leva a uma grande investigação, em busca da verdade, enfrenta muitos perigos, sofre perseguições, conhece uma sociedade secreta, resolve diversos enigmas e vocês têm que ler o livro para sentir a maneira como isso é retratado, tudo se encaixa na narrativa, os mistérios são muito bem desenvolvidos. Paro por aqui com a estória para não contar spoilers.

Só uma ressalva, o final foi muito rápido, resolvendo tudo nas ultimas linhas, senti falta de mais um capítulo para contar em detalhes como ocorreram certas revelações, como repercutiu tudo aquilo. Também devo dizer que há diálogos com alguns palavrões, mas nada que atrapalhe a leitura e desvie o foco.

A fim de observar o lado oposto, não visível de onde estava, girou a cesta e encontrou uma inscrição lá, feita com o mesmo giz vermelho. “Que grande dia foi quando a pedra e o mar se encontraram!” A pedra e o mar... Já ouvira isso antes. Quando?

Gostei da maneira como o autor conseguiu falar de religião, da relação entre “bem” e “mal” em meio a uma trama com muitos enigmas, muitos mistérios, e no final das contas deixando uma boa lição, dando um sentido a toda aquela busca.

Quando os lábios se separaram a mulher sorriu, mesmo com toda a dor que sentia. Achara um sentido para existir.

É aquele tipo de livro que te envolve e você não quer mais parar de ler. E embora no inicio dessa resenha eu tenha feito uma comparação com o estilo do Dan Brown, garanto que não é uma cópia, eu particularmente considero tão bom quanto. Dá orgulho de ler um livro assim e saber que é nacional, que tem aparecido novos autores que não perdem em nada para os best-sellers internacionais, parabéns André Cardinali, espero ler mais livros como esse! E recomendo muito “Estátuas de Sal”!

Disponível em: http://www.dear-book.net/2011/01/resenha-estatuas-de-sal-andre-cardinali.html
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Darkfirev 30/08/2011

Um livro mediano
Comprei o livro certamente esperando algo mais claro e menos subjetivo, esperava algo no ritmo de senhor da chuva ou a batalha do apocalipse, porem o foco do livro realmente é outro, conforme as paginas vão passando isto vai ficando mais claro.

O ritmo do livro em si foi bom, mas o que mais senti falta no livro inteiro foram diálogos, se tivemos mais de 10 diálogos no livro todo foi muito o que ao meu ver dificulta um pouco a nossa identificação coma personagem já que não realmente vivemos junto de Alice seus momentos somente observamos eles.

Nas primeiras paginas considerei desistir da leitura, pois o ritmo melancólico que a historia estava tomando não me agradou, mas conforme as paginas foram passando as coisas foram melhorando, o livro começa a se tornar mais ação e menos reflexões o que me agrada mais, e se mantém assim porem alternando com reflexões sobre a personagem, porem no final me decepciona e muito, um final sem graça cheio de pontas soltas e definitivamente não conclusivo, falta no mínimo um Epilogo para finalizar a historia.

A tentativa de fazer uma clara referencia a Alice no pais das maravilhas porem em São Paulo não obtém sucesso, todos os elementos clássicos da historia estão ali, Alice, a toca do coelho o um mundo onde não se intende nada um guia imaginário.
Esperava algo mais criativo e menos adaptado, utilizar São Paulo como cenário foi uma boa ideia, porem as vezes sinto que ou a personagem tem um preparo físico invejável ou o autor desconhece certas distancias o que distancia o realismo que poderia ser utilizado.

No geral um livro mediano diverte um pouco mas poderia ser melhor, o autor ainda é jovem e tem potencial.
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Fabio Brust 10/04/2011

"Estátuas de Sal", de André Cardinali
São Paulo destruída por Deus.
Foi essa frase que me conquistou, no livro de estreia de André Cardinali. Um pergaminho antigo encontrado no Afeganistão revela três profecias, cumpridas rigorosamente: uma crise, uma doença e uma nova Sodoma e Gomorra. A maior cidade brasileira sofre com um grande terremoto e é dizimada, matando seus habitantes. Entre eles, a mãe de Alice, a personagem principal.
Com o suicídio de seu pai, Alice torna-se reclusa e pensa ela mesma em se matar. Incapaz de fazê-lo, no entanto, ela decide ir atrás de pistas pelas quais o pai acabou por se matar, levando-se em conta o clima amistoso e pacífico criado com a destruição da cidade de São Paulo e a prova definitiva da existência divina que isso significaria. Isso acaba a levando para dentro da cidade destruída, um local proibido, e ao descobrimento de coisas que sequer poderia imaginar.
Para começar, queria dizer que achei o prólogo do livro totalmente desnecessário. A cena dos meninos afegãos encontrando os pergaminhos das profecias ficou um pouco deslocada, e não adicionada nada, em essência, à história. Eu simplesmente cortaria essa parte sem pensar duas vezes.
Apesar disso, a história tem um ritmo invejável para qualquer texto que tenha mais de sua metade preenchido com procura por pistas e movimentação exacerbada do personagem. Alice passa a primeira metade da história investigando, andando para lá e para cá, entrando em casas, abrindo gavetas, pesquisando, procurando símbolos e referências. Poderia ser uma parte entediante ou chata da história, mas, pelo contrário, foi extremamente bem construída. A escrita é ótima e rápida. Os enigmas que a personagem desvenda são ótimos. Não são fáceis e ela realmente batalha para conseguir entendê-los. Tudo faz absoluto sentido.
Não gostei muito de quando aparece a mensagem cifrada "Libertadores de Almas" com as letras disfarçadas de números. Para mim, pelo menos, ficou na cara desde o começo o que estava escrito, então, apesar de não saber como poderia modificar isso, acho que poderia ficar melhor se fosse diferente.
A história realmente nos leva a uma grande reflexão. Imagino que essa seja a intenção dela, de qualquer maneira. O livro foi escrito com o propósito de nos fazer pensar, e ele realmente me fez pensar. Passei pelo menos uma noite rolando na cama e pensando em todos os mistérios que se estendem à nossa frente e que somos completamente incapazes de desvendar. O último capítulo, a mim, foi muito bem escrito e contém diversas verdades. Exprime exatamente o que eu penso e já pensava a respeito desse assunto.
A linguagem do livro é boa, mas os diálogos ficaram informais demais. Apesar de ninguém falar palavras como "estar", no lugar de "tá", ou "vamos", no lugar de "vamo", acho que a leitura fica muito mais agradável se as palavras estiverem certas. Dá pra deixar a fala mais informal que a narrativa, mas não em excesso. Acho que daria para dar uma pequena corrigida nesse aspecto. Ainda assim, nada que tenha atrapalhado o andamento da história ou sua compreensão.
Algo que me agradou muito foi o fato de eu até agora não ter a mínima ideia de o que o autor acha. André Cardinali é ateu, católico, espírita? É difícil escrever um livro com um assunto tão polêmico quanto religião e permanecer neutro a respeito. Ele dá uma pincelada em diversos aspectos dela, e, no final, não sei se dá para dizer qualquer coisa a respeito dele, apenas a respeito da história. Eu tenho um livro sobre religião, e simplesmente não consigo deixar minha opinião de fora... André Cardinali está de parabéns pelo livro, como um todo!
Mais do que recomendo!
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Juliana 04/10/2015

O livro Estátuas de Sal, de André Cardinali, se passa em uma época posterior à destruição de São Paulo por Deus. Na história, a cidade foi destruída pois, assim como Sodoma e Gomorra, Deus se irou com o pecado e, por meio de um terremoto, acabou com a cidade e seus habitantes. O livro começa com Alice perdida, sem saber o que fazer. Ela está sozinha, após o suicídio do pai, e já havia sofrido com a morte da mãe, que estava em São Paulo quando a cidade foi atacada. Porém, ela recebe uma mensagem misteriosa e então, intrigada por descobrir o que está por trás desses acontecimentos terríveis, começa a investigar e é levada para dentro dos limites da agora cidade fantasma de São Paulo.

O livro não é muito grande, mas não consegui concluir a leitura tão rapidamente. A história não me prendeu e, talvez por ter um tema bastante polêmico, já que a obra retrata desde o começo Deus como sendo o grande carrasco da humanidade. Ou pelo menos, de São Paulo. A narrativa é bastante rica em detalhes, principalmente nos momentos em que detalha a investigação de Alice, porém, como ela está sozinha na maior parte do tempo, o livro não conta com muitos diálogos, o que arrasta um pouco a leitura.

O conflito interno que vivi, entre o que lia e as minhas convicções pessoais com relação a Deus, aliado ao excesso de detalhes que a história trouxe, me deixaram mais cansada do que entretida e eu me perdia em meio a tantas descrições. Em alguns trechos o livro precisa de uma revisão, pois há algumas repetições desnecessárias.

Apesar de todas estas observações, achei a história criativa e a abordagem bastante diferente de tudo que havia lido anteriormente, principalmente por tentar imaginar a história como por um espelho, virando do avesso aquilo que crescemos, na maioria das vezes, ouvindo ser o certo. Uma das coisas que eu mais gosto nos livros é essa infinidade de caminhos e de possibilidades que surge quando folheamos as páginas. Mesmo quando não imaginamos que algo possa ser de outro jeito, sempre tem alguém para pensar diferente e escrever uma história que mexe tanto com as estruturas do que já é estabelecido quanto com os alicerces internos de quem lê. Com todas as ressalvas que fiz, o livro me fez pensar. E por isso, eu o recomendo.

site: http://www.cafecomlivros.blog.br/2015/05/28/resenha-estatuas-de-sal-andre-cardinali/
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Dan 19/09/2011

Estátuas de sal
Um suspense gigantesco cerca a estória.

A cada página o leitor deseja ler mais e mais para não perder o que poderá acontecer na próxima folha.

Simplesmente amei Estátuas de Sal, e quero parabenizar o André por essa obra diferente e criativa.

Super recomendo!


A aliança:

“Em São Paulo, o desenho se formara de maneira bem incomum. Os traços, na verdade, representavam fendas profundas na superfície, que formavam um círculo perfeito, de um quilômetro de diâmetro, localizado no centro da cidade, perto das ruínas do que um dia fora a Catedral da Sé. Muitas dúvidas sobre a aliança nunca foram respondidas, como a profundidade das fendas ou mesmo como elas se formaram. Isso, pois, infelizmente, poucas foram às expedições científicas que lá chegaram para investigar o fato. Uma vez que o acesso a São Paulo não era permitido.”

Isso mesmo, São Paulo sofreu um terremoto altamente destrutivo onde milhões morreram e pouquíssimos sobreviveram. Muitos acreditam que havia sido obra de Deus que destruiu a cidade do pecado como outrora fizera com Sodoma e Gomorra, porém um mistério gigantesco se esconde por trás dessa suposição.

Continue lendo: http://www.falandodelivros.com/2011/09/e-ai-pessoal-boa-noite-trago-para-voces.html
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Renato Klisman 17/01/2011

Estatuas de Sal | by: http://rkbooks.wordpress.com
A Destruição Voltou…
Mas será que a verdade foi totalmente revelada?

Romance, aventura, ficção e indagações fizeram de Estátuas de Sal um dos melhores e mais criativos livros de 2011!

Depois de seu pai ser encontrado morto, com suspeitas de suicídio, Alice sai em busca da verdade por trás da destruição da grande metrópole. A nova Sodoma, a cidade do pecado, São Paulo.
Para isso, terá que seguir as pistas dos LI83R74D0R35DE4LM45, pistas que prometem lhe mostrar uma verdade aterradora e fatal.
Além disso, terá que descobrir o que realmente aconteceu com Pedro e Mariana, um casal que todos dizem ser o estopim, os que causaram a ira divina sobre a cidade de São Paulo.

Prepare-se para se aventurar em um mundo repleto de pistas, onde nem tudo é o que realmente aparenta, e segredos se escondem nos lugares mais impossíveis.

Você está convidado a sai em busca do sentido da vida e da existência. Porque, afinal, se Deus é amor, porque destruiu São Paulo? Porque deixa tanta desgraça acontecer no mundo?

Respostas e enigmas serão resolvidos, segredos revelados e mentiras descobertas. Não perca Estátuas de Sal!

A Capa: Simplesmente Perfeita! Essa foi a primeira vez em que eu vi um livro da coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira com o efeito de brilho sobre as letras (agora não me lembro do nome real do efeito! Kkkk), sem contar que este é um daqueles livros que se vendem apenas pela capa, já que ele mostra um local bem conhecido da cidade de São Paulo, isso faz com que as pessoas olhem e digam: “Ai meu Deus! Tal lugar destruído? Tenho que ler!”.

O livro: A narrativa é intensa, cheia de surpresas e com vários enigmas. As cenas são bem detalhadas, e a narrativa sobre o momento da destruição da cidade é imperdível! Virei um super fã!

Uma palavra que definiria o livro: Indagação.

Não deixem de visitar o blog do autor e do livro! (Fui eu que fiz! O autor estava sem ânimo de montar um blog, mas eu falei: “Você tem que divulgar o seu livro! Um blog é a melhor forma de fazer isso!” Depois de eu insistir muito ele aceitou a ideia! Mas atenção! É ele quem faz as postagens e que é responsável pelo contato com os leitores. Por isso, se quiserem falar com ele ou perguntar algo, basta visitarem a página principal do blog, ou preencher o formulário de contato que tem lá!) Sem mais enrolação, peguem o link!
http://LivroEstatuasdeSal.wordpress.com
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danilo_barbosa 30/10/2010

Um livro que você lê a última página e começa a refletir é um bom sinal. Por isso, terminei Estátuas de Sal e pensei com meus botões: "Este vai dar o que falar".
Um clima intenso e incômodo permeia o livro. Alice, nossa heroína, assim como aquela do conto clássico, viaja por um mundo misterioso em busca da verdade. A verdade sobre a morte de seu pai, a destruição de uma cidade e o rumo da humanidade.
Mas o que presenciamos é mais que isso. É como a fé pode mudar a vida das pessoas, para o bem... Ou não.
São Paulo repentinamente sumiu do mapa, realizando assim uma profecia divina encontrada em meio ao deserto. Suas divisas muradas, como se nas ruínas da cidade reinassem o puro inferno, cercado de espíritos inferiores.
Assim como Alice, que teve sua vida revirada por esta catástrofe, várias pessoas usaram a tragédia para ver um novo modo de ver a vida: seja louvando o famoso sinal Divino, esperando ser melhor nesta nova chance da humanidade, ou ser uma famosa Estátua de Sal, as pessoas que não conseguem deixar o passado para trás e se destróem por medo do futuro...

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.blogspot.com/2010/10/estatuas-de-sal.html
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mr_reedies 04/11/2010minha estante
Meu deus, como estou curioso para ler esse livro.
Não vejo a hora de poder comprá-lo.




Mi Cherubim 06/01/2011

Estátuas de Sal
Para tudo o que está fazendo! André Cardinali revela quem são as estátuas de sal, o que aconteceu em São Paulo, por que a cidade foi proibida, quem são os anjos...


Alice perdeu a mãe em São Paulo, após alguns anos o pai se “suicidou”, e largou o namorado. Estava perdida em sua estagnação. Saiu do emprego, ficou em casa por um mês.


Chovia e Alice estava tentando se matar. Essa era a única maneira, pensou. Subiu no parapeito, mas infelizmente o vento a derrubou. Para dentro da sua sacada e não para o chão. Tufão passado, destruiu tudo. Iluminação faltando... tudo propício, mas de repente algo mudou!


Alice tomou muita chuva, por causa da queda, ficara inconsciente, foi para o banho. Decidiu ir na casa de seu pai. Quando ia saindo viu uma carta de Carlos Oliveira. Quem era Carlos Oliveira? Não sei, Alice também não! Mas na carta ele dizia coisas, como o seu pai falava...


Foi para a casa de seu pai, tinha a sensação de que ele não se matara. Conseguiu algumas pistas que levavam a outras e todas acabavam em São Paulo. A cidade proibida. A cidade onde as almas falavam.


Alice foi para o subterrâneo, entrou em São Paulo, ficou surpresa com o que viu, ou melhor, com o que não viu. Pois não enxergava um palco diante do nariz.


Com seu celular a postos tentou encontrar outras pistas para desvendar o maior dilema. Por que Deus acabara com São Paulo? Qual o motivo para isso? E não era por causa dos pecados dos homens.


As lendas falavam de Pedro e Mariana o estopim para a destruição. Alice tinha que descobrir a verdade... Por uma profecia Deus acabara com uma das maiores cidades do mundo. Mas será que realmente foi Deus?


Alice se machuca, é perseguida, sua saúde não está boa por causa da chuva que tomou, pegou pneumonia. Mas além de tudo isso ela é pega, dopada, mas consegue se livrar... uma garotinha a ajuda...
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mr_reedies 02/06/2011

O que são as Estátuas de Sal?
Estátuas de Sal é diferente de qualquer coisa que eu tenha lido. Quer dizer, nunca li um livro que falasse de religião da maneira como André Cardinali tratou.

Estátuas de Sal, ao mesmo tempo em que fala sobre a busca do sentido da vida, tenta explicar o que é Deus. Confesso que a visão passada pelo autor foi de grande importância pra mim, já que sou uma pessoa, até então, eternamente confusa quanto a essa questão. A teoria passada sobre o assunto é muito interessante e percebe-se que houve uma grande pesquisa para que o romance fosse escrito.

Bem, falada essa parte, vamos ao romance em si.

Adorei a forma como São Paulo é descrevida sob a perspectiva de um ataque de Deus. Quer dizer, pelo menos pra mim, que vivo em São Paulo, é interessante ao extremo ler isso. Eu viajei acompanhando a jornada de Alice por cenários que conheço com meus próprios olhos!

Além disso, gostei de como os enigmas foram criados e sendo revelados com o desenrolar da história. A cada capítulo, descobrimos algo novo e somos apresentados a algo novo, o que prende atenção de quem está lendo mesmo depois de ter fechado o livro. O livro, em si, foi muito bem construído.

Uma coisa que não gostei foi a falta de proximidade com a protagonista... Não sei se foi porque comecei a ler o livro num momento em que estava muito feliz, mas ver Alice da forma como se encontrava não fez com que eu me cativasse por ela de imediato. Além disso, achei estranha a maneira como ela agia diante dos outros em situações que eram pra ser tão normais... A meu ver, tenho a impressão de que Alice estava terrivelmente abalada com o que acontecera com seu pai para agir de forma tão... depressiva? Talvez.

Pô, Alice, amigos estão aí pra isso! rsrs

Basicamente, gostei muito do livro e dos momentos de tensão, que são muitos. Fiquei com o polegar dolorido de tanto ler no ônibus... Sacrifícios que fazemos por uma boa leitura. Certamente, indico e vou emprestar esse livro para meus amigos.
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