Inês Montenegro 08/08/2020
"Já não é informação nova a falta de representação, ou a representação mal conseguida, que ocorre na literatura (e na arte em geral) de determinados grupos, usualmente mais marginalizados. Não é também de agora que esses mesmos grupos têm agido de modo a contrariar essa tendência; no entanto, a aceitação em ouvir o que dizem é-o. O movimento Sertãopunk nasce dessas turbulências: uma reacção à representação estereotipada da região do Nordeste na literatura e na arte brasileiras. Concebido e trabalhado por nordestinos, o (sub)género pretende-se mais ajustado à realidade que vivenciam e vêem vivenciar, ao mesmo tempo que se abre a futuros contributos. Sertãopunk: Histórias de um Nordeste de Amanhã pretende-se não como uma tábua de mandamentos, mas como uma pedra basilar, apresentando os elementos, as intersecções, e as influências do género em quatro artigos desenvolvidos por G. G. Diniz e Alan de Sá, e na introdução do organizador Alec Silva. É, portanto, um movimento literário propositado, nascendo já de um objectivo específico.
A obra não é apenas teórica, sendo ainda composta por dois contos, os quais estreiam o género. Seguem, deste modo, as opiniões a cada: (...)"
Resenha completa em:
site: https://booktalesblog.wordpress.com/2020/08/08/sertaopunk-historias-de-um-nordeste-do-amanha-vvaa/