naniedias 09/03/2013O Príncipe da Névoa, de Carlos Ruiz Zafón1943. A guerra assola a Europa e morar em cidades maiores é um perigo. Por isso, Maximilian Carver parte com a família para uma casa no interior - à beira da praia.
À princípio, Max, de apenas 13 anos, não acha a ideia muito boa. Entretanto, assim que chega à nova casa, começa a gostar do local e até faz um amigo: Roland.
Coisas estranhas começam a acontecer.
Max, seu novo amigo Roland e sua irmã mais velha, Alicia, tentam descobrir o segredo por trás dos inexplicáveis acontecimentos. Alguma coisa muito ruim parece prestes a acontecer - e o trio vai tentar impedir.
O que eu achei do livro:
Regular.
Eu nunca tinha lido nada de Carlos Ruiz Zafón, mas a curiosidade era grande - o autor é muito bem falado!
Portanto, fui com bastante sede ao pote para ler O Príncipe da Névoa... e não achei lá grandes coisas.
Para começar, a história é confusa.
Gosto quando fica claro o propósito do autor ao contar a vida daqueles personagens. Um início, um meio e um fim delimitados. Tudo fazendo bastante sentido. E não foi assim com esse livro - eu me senti perdida na maior parte do tempo.
E, confesso, ainda não sei o que metade das passagens do livro estavam fazendo ali - já que elas não têm a menor relevância para a trama.
A narrativa de Zafón é gostosa, mas isso não foi o suficiente para me prender à história.
É uma quantidade muito grande de mistérios sem sentido (quem acompanha o blog sabe que eu adoro mistérios, mas detesto quando o autor junta segredos demais sem nada revelar ao leitor), que me incomodaram bastante. Até agora não sei ainda o significado de algumas coisas do livros. Se era apenas para intuir, não funcionou comigo.
Os personagens também não conseguiram me agradar. São rasos, pouco explorados e até mesmo meio chatos.
Tudo bem, é um livro infanto-juvenil (ou juvenil, se você preferir classificá-lo dessa forma), mas até mesmo nestes livros eu espero encontrar um algo a mais.
Nanie, você só falou mal do livro, como ainda tem coragem de dizer que é regular?
Porque o livro não chega a ser ruim de fato. O autor é talentoso com as palavras, tem uma imaginação fértil e eu realmente acredito que os demais livros dele sejam muito bacanas.
Esse, entretanto, não conseguiu me fisgar.
A leitura é bem rápida - são apenas 180 páginas -, mas faltou alguma coisa que me atrelasse à história. Gosto de me sentir envolvida na trama, de me conectar aos personagens, de torcer, vibrar ou até mesmo sentir raiva do que está acontecendo. Para mim, livro bom é aquele que consegue me transportar para dentro de suas páginas e me fazer sentir com os personagens (sejam coisas boas ou ruins). Não foi o caso desse livro.
Não chega a ser uma história ruim, mas tampouco conseguiu ser uma história boa.
Tenho certeza que existem outros livros muito melhor do Zafón por aí e, portanto, não recomendo a leitura desse.
P.S.: Uma coisa que me incomodou muito e me causou bastante estranhamento foi o fato de o autor chamar os adultos por nome e sobrenome. Sempre que ia se referir ao pai do Max, por exemplo, ele o chamava de Maximilian Carver. Estranho, né?!
P.P.S.: A capa brasileira é muito bonita, mas eu ainda não entendi qual é a daquele menino em pé nas pedras...
Se não fosse esse garoto, a capa seria perfeita!
O menino, entretanto, nada tem a ver com a história - ainda mais levando em consideração que o mais novo é Max, que já tem 13 anos.
Nota: 5
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