Autópsia Carioca

Autópsia Carioca Vinícius Canabarro




Resenhas - Autópsia Carioca


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Aelita Lear 18/07/2021

Fazia tempo que eu não lia uma distopia tão boa...
Eu adoro o gênero, mas já fazia um tempo que não conseguia achar uma distopia maravilhosa como esta! Ambientada no Rio de Janeiro (algo que eu amei logo de cara, pois consegui me imaginar lá), autópsia carioca mexe com nossas entranhas!
Podemos ver uma sociedade bem construída, cheia de questões políticas e sociais, absurdamente envolvente e criativa. Adorei toda a ideia do miasma e de tudo o que ele pode acontecer conosco, e, bem ou mal, tudo o que já vem acontecendo rs. Não tinha momento melhor para esse livro ser lançado e eu ter lido!
É um livro para ler rapidinho, de tão viciante que é. Rapidamente você entra na história e não quer sair mais dela... A escrita do autor é impecável, amei demais e recomendo a leitura!
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Maikel.Rosa 01/06/2021

Indignante!
Eu fico só pensando na quantidade de talento escondido que existe por aí, escrevendo tão bem e com tanta profundidade como escreve o Vinícius Canabarro, meu colega de selo SAIFERS?BR.

Mas minha indignação não para por aí. A história que ele conta em "Autópsia carioca" é uma pintura expressionista de uma realidade muito próxima, urgente e morbidamente familiar, fazendo a gente se revirar por dentro ao reconhecê-la nas páginas de um livro.

A grande sacada do Vini é que a obra é por demais atual, usando uma ficção distópica pra tocar em pontos que são bem reais pra muitos de nós. E quando eu falo em "nós", me refiro às pessoas que não aceitam como nossos governantes têm sucateado políticas de bem-estar social, usando armadilhas ideológicas e falsas esperanças pra arregimentar um exército de fanáticos raivosos.

Pra ilustrar esse cenário tão conhecido pelos brasileiros, Vinícius descreve uma Rio de Janeiro dominada pelo medo do futuro e pelo descaso das autoridades, onde uma névoa misteriosa transforma a cidade, já abandonada pela inércia dos habitantes, em um necrotério de almas conformadas e apáticas.

Quem conta essa tragédia anunciada é um homem que enxerga tudo isso, mas, assim como muitos de nós, percebe tarde demais que também tem parte no assassinato da cidade "maravilhosa", através da sua inação.

É um livro meteórico, também por ser curto, mas mais do que tudo pela sensação de que algo dento de nós foi incendiado pela leitura: uma chama de inconformidade reacesa pelo impacto da realidade.
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Moony 06/09/2023

Um soco no estômago
Este livro foi uma grande descoberta. Vi a escritora Vanessa Amaral lendo e pensei: "Ah, deve ser ótimo. Vou ler também." O livro é realmente mais que ótimo. Mas não é nada digerível. Terminei com um nó na garganta, um ódio dentro de mim e com a certeza de que não fazer nada, é colaborar também.

A história do livro é bem real: surge no Rio de Janeiro, na orla, um miasma que vai provocando doenças e matando as pessoas. É bem interessante que o significado de miasma (sim, procurei porque não fazia ideia do que se tratava) é "exalação pútrida que emana de animais ou vinhetas em decomposição". Isso me fez pensar que a cidade já estava podre. E realmente está! O Rio de Janeiro é tomado pelas milícias e pelas facções; os últimos 6 governadores do Estado estão ou foram presos; os prefeitos também foram investigados, afastados ou presos. E as pessoas continuam acreditando em salvadores. Durante e pós-pandemia, a situação do RJ piorou. Quem conhecia o Centro do RJ e o vê agora, sente pena. Não que o Centro fosse ótimo. Mas ficou vazio e praticamente abandonado. Então, a "figura" do miasma faz total sentido. E isso, só relatei referente ao Rio de Janeiro que é onde a história se passa. Agora, de forma macro, falando do Brasil...

Bom, o ponto é que aparece esse miasma, essa nuvem tóxica e gigante que só aumenta e as autoridades se aproveitam da situação para dominar, literalmente, as pessoas. Passam a controlá-las de todas as formas; afastam as pessoas de suas casas, dos morros, aquelas residências mais afastadas da orla, e as colocam em lugares muito afastados dos centros. E quem vai para os morros são os ricos, bem protegidos e afastados. Enfim, tudo vai se movendo, vai andando, a repressão aumenta. Mas todos continuam batendo palmas. Milhares de pessoas morrem porque são incentivadas pelo governo de que aquela nuvem não é tóxica. Mas a cena mais marcante é quando destroem uma instituição de pesquisa: é desse ponto em diante que realmente tudo desanda e tudo piora, dando a clareza que nada vive ou sobrevive sem a Educação e a Ciência.

Conversando com o autor, o livro foi escrito no meio da pandemia. Tudo faz sentido, não?! E penso que, apesar do "exagero" que tem em toda história, não seria um cenário impossível de acontecer, até porque chegamos bem próximos. E agora estamos tentando reconstruir.

Todos deveriam ler este livro.
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Lê Garcia IG:@letras_e_linhas 23/10/2020

Perfeito
Livro perfeito. Comecei esperando uma distopia, mas é bem mais que isso. Incrível como um ensaio sobre apatia te causa justamente o contrário. Não é difícil sentir empatia e ficar com aquele bolo na garganta sem saber se é tristeza ou revolta.

Por conta de um miasma, sem explicação, mas que desconfiam de alguns navios que nunca aportavam, o Rio de Janeiro elege no desespero um candidato meio com uma adoração descabida e aí vemos a sociedade indo aos poucos rumo à calamidade, perdendo direitos básicos que não damos valor porque sempre estiveram ali, perdendo moradia, integridade, alimentação e sendo emancipada, ignorando o problema do miasma que fica cada vez mais alto. Sem ter para onde fugir são construídas fabricas e os cidadãos são forçados a aderirem trabalhos de 14 horas em locais que precisam se deslocar 2 horas ou mais, e ganham o suficiente para subexistir. Mas o que mais me marcou foi o desrespeito com a vida e a conformidade.
Fiquei com uma ressaca literária daquelas, pois vi em mim atitudes que os cidadãos tinham bem no início da história.
Enfim é rápido, impactante e todos deveriam ler sem dúvida.
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Andre L Braga 05/08/2021

Uma analogia aos tempos modernos
E o que é apatia? É a falta de ação, a falta de iniciativa. É o aceitar aquilo que lhe é dado, como sendo melhor que o não dado, como se fosse a única coisa que lhe possa ser ofertada. Autópsia Carioca é sobre isso: sobre venerar aquele que lhe oferece migalhas. Uma analogia de nossos tempos, na forma de conto.

Mas, mais do que esse parágrafo anterior, que tenta explicar o que o leitor encontra nesse conto, é preciso explicar o que EU SENTI nessa leitura. E a coisa é bem visceral, então segue o desabafo...

Em seu livro The Wall (não lançado no Brasil), John Lanchester retrata, em certa passagem, aquilo que Vinícius transmitiu em seu conto: SOMOS AQUELES QUE F0D3R@M COM O MUNDO! Isso mesmo! Somos aqueles que, apáticos, aceitaram a m3rd@ de futuro que vem sendo construída!

Enquanto um grupo grita #forabolsonaro e o outro repete aquele #eolula de sempre, aceitamos a passada da boiada e mais um pouco!

É óbvio que tem muita coisa nos governos anteriores ao atual que estava errada, mas havia algo que, há dois anos e meio, vem se perdendo, e esse algo se chama HUMANISMO!

É sobre direitos humanos? Sim, é sobre direitos humanos! É sobre políticas públicas? Sim, é sobre políticas públicas! É sobre cotas, é sobre ProUni, é sobre inserção social? Sim, é sobre tudo isso! É isso que se perdeu. E assim nos tornamos animalescos, e a animosidade precede a apatia.

Agora que registrei meu desabafo, retorno ao conto: CINCO ESTRELAS É POUCO para a analogia construída pelo Vinícius! E que não aceitemos ser a geração que f0d3u com o mundo...
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Marcela.Leituras 10/06/2022

Autopsia Carioca
????
Gostei muito da leitura deste livro com uma otima narrativa e da escrita. O autor consegue plantar uma inquietação no leitor. Uma distopia muito interessante, sem apelações.
.
?
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Guil 12/03/2024

Intenso
A premissa da estória é muito boa e bem trabalhada, com um clima cada vez mais tenso e opressor, que mostra uma possibilidade de futuro bastante sombria. Talvez esse tom mais escuro tenha me dado a impressão de que faltava algum atrativo que me prendesse à leitura mas com o avançar das coisas fica clara a intensão do autor.
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@ysalemos 23/03/2022

@livrospormay
Vamos autopsiar o Rio de Janeiro? @vinicanabarro

Um miasma roxo surge sobre as águas do #RiodeJaneiro, tomando conta da cidade cada vez mais. Em pouco tempo, a capital carioca é emancipada e uma nova ordem toma conta do lugar. Seria o governo o VILÃO ou o MOCINHO?

VINÍCIUS, QUE LIVRO! 🥰

Na meta de conhecer todos os autores Saifers, coloquei um escrito de cada um na TBR deste mês. Por sugestão do próprio Vinicíus, comecei por Autópsia Carioca, E NÃO PODERIA TER COMEÇADO MELHOR!

😱 Para começo de conversa, li o livro de vez. É impossível parar de ler!

Vinícius apresenta um quadro que, por trás de todo o mistério da fumaça roxa, retrata uma realidade FACILMENTE VISTA. Aquela famosa política do "Pão e Circo", mostrando como o ser humano é facilmente encantado com feitos tão pequenos.

🧠 Algo curioso é que a narrativa escolhida por Vinícius realmente me deu a sensação de estar sentada em uma sala, ouvindo os relatos de um homem que percebeu tardiamente o futuro que estava fadado a encarar. É fácil terminar o livro com a sensação de que uma RESPONSABILIDADE foi dada a você, podendo escolher seguir o mesmo caminho do personagem ou não.

Após ler "Autópsia Carioca", percebi que minha visão sobre leitura mudou um pouco (talvez porque não tenho mais 15 anos hahaha). Anteriormente, não admitia que um livro terminasse da forma como "Autópsia" termina. No entanto, tenho gostado cada vez mais de ler LIVROS VERDADEIROS, que por mais que pintem um quadro de um #futurodistopico, mostram um futuro bem presente.
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Jeferson.Gomes 06/03/2022

FUTURO PRESENTE.
Ainda se podia frequentar a escola e lidar com as diferenças, nos cálculos e na história. As ruas ainda eram seguras, para caminhar e ir a praia. Que terrível o Miasma.

O Nevoeiro Roxo espesso e grandioso, quando não mata, contamina a alma e guia a mente. Não há justificativa para quem mergulha na apatia e causa destruição em massa.

É perigoso opinar e perguntar no ônibus, o que causou o fogo no instituto e destruiu o estudo, de quem pesquisou muito, para a solução chegar.

Desviam dinheiro público da ciência e retiram matérias para ninguém criticar, as casas de luxo sobre pilastras da pobreza, de trabalhadores sem recompensa.

De fome todos irão sucumbir, para a investigação não descobrir, a real intenção. O Estado servisse da dança, enche leitos e usam crianças, para que suas mães obedeçam.

Muros são erguidos com o Negacionismo, e o pouco é aplaudido, pela institucionalização da gratidão. A diferença cabe a quem tem o poder nas mãos, cancela a eleição e promete Fidelidade.

Que pena dos que matam por uma lata de alimento estragada. O enterro é o desaparecimento para algum aterro ou camada degradada. Se brotar alguma flor ou gramado, terá algum significado.

site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/
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Patricia Salcides 01/03/2023

Um dos meus livros favoritos da vida
Autópsia Carioca trata-se de uma distopia que se passa no Rio de Janeiro, onde uma estranha névoa roxa, que o autor chama de miasma, aparece de forma misteriosa no litoral matando as pessoas. A partir disso, o regime de governo torna-se totalitário fazendo com que a distância entre classes social na cidade aumente cada dia mais.
O livro mostra de forma bem direta o cotidiano de um rapaz sem nome que tem toda sua vida modificada por causa desses infelizes acontecimentos.
Eu adorei Autópsia Carioca! Me fez chorar milhões de vezes, tive que parar algumas outras vezes para refletir e respirar, principalmente por ler durante um momento de dificuldades que tive na minha vida.
Além de ser super chocante ver o que aconteceu com meu amado Rio de Janeiro, pois sou carioca e conheço cada cantinho presente no livro, o que o tornou ainda mais realista para mim.
Um livro excelente para nos fazer refletir sobre o rumo que nossa sociedade está tomando.
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Roberta Pereira 13/01/2024

Não agir é ser cúmplice
Seguindo a maratona Saifers, esta foi a vez de ler uma história do Canabarro. E quando o autor adverte logo no prefácio para você ler sem esperança de encontrar algo de bom no conto, ele está dizendo a verdade.
.
A história é um tapa na cara e é impossível ler sem se indignar. Boa parte eu li na base do ódio (me lembrou de quando eu li "A revolução dos bichos") - por que ao invés de me compadecer com a situação, eu ficava revoltada com a burrice e a cegueira do povo.
.
Enfim... Em tons distópicos, acompanhamos a morte do Rio de Janeiro por causa de um miasma que assola a orla, bem como suas consequências. O descaso dos governantes, o negacionismo, a idolatria aos políticos, a apatia dos cidadãos... Todos esse fatos "não tão" ficcionais, que nos fazem refletir sobre quando é tempo de agir.
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Henrique Sanches 09/04/2023

Um futuro distópico...
Quando Dante Alighieri, o poeta italiano, em A Divina Comédia chega na porta do Inferno, vê a inscrição: “Deixai toda a esperança, ó vós que entrais”.

Vinícius Canabarro, na introdução do seu livro, nos adverte de forma igual: Não espere encontrar esperança, nem superação, nem motivação para mudanças...

No livro, Vini imagina um futuro distópico para o Rio de Janeiro, mas um futuro que caberia em qualquer parte do mundo.

Mas esse imaginar não vem de adivinhar o futuro, mas sim de ler nas entrelinhas onde nossa apatia e conformismo podem nos levar.

Sendo assim, o Vini destrincha o Rio como se estivesse numa autópsia, começa com um exame externo, depois num só movimento, passa pro crânio, tórax e abdômen, e finaliza jogando uma pá de cal e revela a causa mortis.

O livro é uma advertência. Ainda dá tempo de reagir!!!

Autópsia Carioca, e todos os livros do Vini, estão disponíveis no site da Amazon em ebook.

O livro é muito bom, mas tome cuidado com possíveis gatilhos.

É isso, boas leituras!

#saifers #ficçãocientífica #distopia

site: https://www.instagram.com/p/CpGnLJmrN-e/
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analimajp 19/03/2022

A distopia mais próxima da realidade que já li!
O que é apatia?
É o estado caracterizado por indiferença, ausência de sentimentos, falta de atividade e de interesse.
No caso desse ensaio, é ver "a pia enchendo e não ligar se vai alagar a casa ou não."

? É tudo tão forte e atual que choca o leitor, não por ser algo impossível, mas por ser algo que presenciamos com ênfase desde o início da pandemia.

? O negacionismo e a adoração a políticos que nada fazem e só prometem é escancarado. Pessoas alienadas que acreditam em meia dúzia de palavras bonitas e que aceitam migalhas sempre acreditando na promessa de melhoras.

? Você vai vendo a cada página, a degradação do povo, a dor, a negação, a aceitação, até finalmente sucumbir.

? Não espere um final feliz!
A verdade nua e crua é necessária!

? A distopia mais real e próxima da realidade (chega a ser palpável), que você lerá!
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Ratinha da Biblioteca 27/06/2022

Uma história para refletirmos.. e agirmos!
Quando algo estranho chega às praias do Rio de Janeiro, alguns estranharam, outros se assustaram e a maioria nem ligou muito, principalmente os “líderes” da cidade. Uma névoa que parecia crescer cada vez mais e era usada como desculpa pelos políticos para fazer o que bem entendessem com a população.
Esse foi um conto difícil de ler porque ele pisou logo no meu calo, a apatia que paira sobre nós. Algumas pessoas nesse conto viram o caminho sendo traçado, conheciam o desfecho e sabe o que fizeram? Nada, assim como uma boa parte de nós. E a consequência disso foi a morte, a morte da vontade de viver, a morte dos sonhos, a morte da determinação e do prazer. Esse livro é sobre a autopsia da cidade do Rio de Janeiro, mas quem morre somos nós...

Eu gosto demais da escrita do Vinicius, como já disse na outra resenha e apesar das histórias dele serem tristes e desanimadoras, o sentimento que fica após a leitura é determinação e vontade de fazer algo, é reflexão, são histórias para refletirmos e agirmos..
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