Autópsia Carioca

Autópsia Carioca Vinícius Canabarro




Resenhas - Autópsia Carioca


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Guil 12/03/2024

Intenso
A premissa da estória é muito boa e bem trabalhada, com um clima cada vez mais tenso e opressor, que mostra uma possibilidade de futuro bastante sombria. Talvez esse tom mais escuro tenha me dado a impressão de que faltava algum atrativo que me prendesse à leitura mas com o avançar das coisas fica clara a intensão do autor.
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Ty 19/01/2024

Favoritado
Eu fico impressionada com a escrita do Vini e o quanto ela mexe comigo, não só como leitora, mas tbm como pessoa. E nesse em específico foi extremamente profundo e doloroso de ler. Mas amei num nível que nem sei explicar
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Roberta Pereira 13/01/2024

Não agir é ser cúmplice
Seguindo a maratona Saifers, esta foi a vez de ler uma história do Canabarro. E quando o autor adverte logo no prefácio para você ler sem esperança de encontrar algo de bom no conto, ele está dizendo a verdade.
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A história é um tapa na cara e é impossível ler sem se indignar. Boa parte eu li na base do ódio (me lembrou de quando eu li "A revolução dos bichos") - por que ao invés de me compadecer com a situação, eu ficava revoltada com a burrice e a cegueira do povo.
.
Enfim... Em tons distópicos, acompanhamos a morte do Rio de Janeiro por causa de um miasma que assola a orla, bem como suas consequências. O descaso dos governantes, o negacionismo, a idolatria aos políticos, a apatia dos cidadãos... Todos esse fatos "não tão" ficcionais, que nos fazem refletir sobre quando é tempo de agir.
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Moony 06/09/2023

Um soco no estômago
Este livro foi uma grande descoberta. Vi a escritora Vanessa Amaral lendo e pensei: "Ah, deve ser ótimo. Vou ler também." O livro é realmente mais que ótimo. Mas não é nada digerível. Terminei com um nó na garganta, um ódio dentro de mim e com a certeza de que não fazer nada, é colaborar também.

A história do livro é bem real: surge no Rio de Janeiro, na orla, um miasma que vai provocando doenças e matando as pessoas. É bem interessante que o significado de miasma (sim, procurei porque não fazia ideia do que se tratava) é "exalação pútrida que emana de animais ou vinhetas em decomposição". Isso me fez pensar que a cidade já estava podre. E realmente está! O Rio de Janeiro é tomado pelas milícias e pelas facções; os últimos 6 governadores do Estado estão ou foram presos; os prefeitos também foram investigados, afastados ou presos. E as pessoas continuam acreditando em salvadores. Durante e pós-pandemia, a situação do RJ piorou. Quem conhecia o Centro do RJ e o vê agora, sente pena. Não que o Centro fosse ótimo. Mas ficou vazio e praticamente abandonado. Então, a "figura" do miasma faz total sentido. E isso, só relatei referente ao Rio de Janeiro que é onde a história se passa. Agora, de forma macro, falando do Brasil...

Bom, o ponto é que aparece esse miasma, essa nuvem tóxica e gigante que só aumenta e as autoridades se aproveitam da situação para dominar, literalmente, as pessoas. Passam a controlá-las de todas as formas; afastam as pessoas de suas casas, dos morros, aquelas residências mais afastadas da orla, e as colocam em lugares muito afastados dos centros. E quem vai para os morros são os ricos, bem protegidos e afastados. Enfim, tudo vai se movendo, vai andando, a repressão aumenta. Mas todos continuam batendo palmas. Milhares de pessoas morrem porque são incentivadas pelo governo de que aquela nuvem não é tóxica. Mas a cena mais marcante é quando destroem uma instituição de pesquisa: é desse ponto em diante que realmente tudo desanda e tudo piora, dando a clareza que nada vive ou sobrevive sem a Educação e a Ciência.

Conversando com o autor, o livro foi escrito no meio da pandemia. Tudo faz sentido, não?! E penso que, apesar do "exagero" que tem em toda história, não seria um cenário impossível de acontecer, até porque chegamos bem próximos. E agora estamos tentando reconstruir.

Todos deveriam ler este livro.
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Henrique Sanches 09/04/2023

Um futuro distópico...
Quando Dante Alighieri, o poeta italiano, em A Divina Comédia chega na porta do Inferno, vê a inscrição: “Deixai toda a esperança, ó vós que entrais”.

Vinícius Canabarro, na introdução do seu livro, nos adverte de forma igual: Não espere encontrar esperança, nem superação, nem motivação para mudanças...

No livro, Vini imagina um futuro distópico para o Rio de Janeiro, mas um futuro que caberia em qualquer parte do mundo.

Mas esse imaginar não vem de adivinhar o futuro, mas sim de ler nas entrelinhas onde nossa apatia e conformismo podem nos levar.

Sendo assim, o Vini destrincha o Rio como se estivesse numa autópsia, começa com um exame externo, depois num só movimento, passa pro crânio, tórax e abdômen, e finaliza jogando uma pá de cal e revela a causa mortis.

O livro é uma advertência. Ainda dá tempo de reagir!!!

Autópsia Carioca, e todos os livros do Vini, estão disponíveis no site da Amazon em ebook.

O livro é muito bom, mas tome cuidado com possíveis gatilhos.

É isso, boas leituras!

#saifers #ficçãocientífica #distopia

site: https://www.instagram.com/p/CpGnLJmrN-e/
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Luan 01/03/2023

A apatia ao absurdo.
Já li algumas distopias. Quer dizer, minha paixão pela literatura nasceu com uma distopia. 1984 é, pra mim, até hoje, o livro perfeito.

Acho difícil, aqui, o Vinícius discordar da minha afirmação. A influência de Orwell em sua obra é presente em cada página. Mas diferente do Grande Irmão, essa presença não é ruim. É instigante e única.

Autópsia Carioca narra a vida de um protagonista sem nome. Vemos, através de sua perspectiva, o falecimento lento e deprimente de uma cidade inteira, causado por uma doença que, infelizmente, é real e ultrajante: a apatia ao absurdo.

Mas o que causa essa doença? Por que ela é tão real? Difícil responder isso sem expor o que há de melhor no enredo. Entretanto, o que posso dizer é que ela é familiar e não tem nada a ver com científico diagnóstico clínico. Tem a ver com coragem. Ou falta dela.

Assim como 1984, Autópsia Carioca quer nos alertar sobre um futuro que podemos e devemos evitar.

Pontos positivos e negativos:
+ Escrita intimista e rápida;
+ Personagens complexos;
+ Livro de poucas páginas, mas muitas lições;
+ Ambientação fiel;
- Pode ser desesperador demais para algumas pessoas.

Recomendo?
Sim! É um livro que mostra o que podemos perder se nos rendermos à apatia.
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Patricia Salcides 01/03/2023

Um dos meus livros favoritos da vida
Autópsia Carioca trata-se de uma distopia que se passa no Rio de Janeiro, onde uma estranha névoa roxa, que o autor chama de miasma, aparece de forma misteriosa no litoral matando as pessoas. A partir disso, o regime de governo torna-se totalitário fazendo com que a distância entre classes social na cidade aumente cada dia mais.
O livro mostra de forma bem direta o cotidiano de um rapaz sem nome que tem toda sua vida modificada por causa desses infelizes acontecimentos.
Eu adorei Autópsia Carioca! Me fez chorar milhões de vezes, tive que parar algumas outras vezes para refletir e respirar, principalmente por ler durante um momento de dificuldades que tive na minha vida.
Além de ser super chocante ver o que aconteceu com meu amado Rio de Janeiro, pois sou carioca e conheço cada cantinho presente no livro, o que o tornou ainda mais realista para mim.
Um livro excelente para nos fazer refletir sobre o rumo que nossa sociedade está tomando.
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rookvalente 25/02/2023

A morte pode demorar.
Numa Rio de Janeiro distópica, Canabarro constrói um drama social com muitos paralelos ao que vivemos durante os anos do SARD-COV 19.

A desesperança, a apatia de que não adianta lutar, de que somos impotentes perante o mal que assola o mundo e por fim a aceitação de que o tempo de agir pode ter passado, são aterradoras.

Mas não conseguem sufocar a semente do amor, do companheirismo e da solidariedade.

Um dos relatos sobre o LUTO mais sinceros, honestos e cruéis que já li e por isso mesmo, recomendo demais, a quem precisa gritar o que está sufocado há tanto tempo.
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Ratinha da Biblioteca 27/06/2022

Uma história para refletirmos.. e agirmos!
Quando algo estranho chega às praias do Rio de Janeiro, alguns estranharam, outros se assustaram e a maioria nem ligou muito, principalmente os “líderes” da cidade. Uma névoa que parecia crescer cada vez mais e era usada como desculpa pelos políticos para fazer o que bem entendessem com a população.
Esse foi um conto difícil de ler porque ele pisou logo no meu calo, a apatia que paira sobre nós. Algumas pessoas nesse conto viram o caminho sendo traçado, conheciam o desfecho e sabe o que fizeram? Nada, assim como uma boa parte de nós. E a consequência disso foi a morte, a morte da vontade de viver, a morte dos sonhos, a morte da determinação e do prazer. Esse livro é sobre a autopsia da cidade do Rio de Janeiro, mas quem morre somos nós...

Eu gosto demais da escrita do Vinicius, como já disse na outra resenha e apesar das histórias dele serem tristes e desanimadoras, o sentimento que fica após a leitura é determinação e vontade de fazer algo, é reflexão, são histórias para refletirmos e agirmos..
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Marcela.Leituras 10/06/2022

Autopsia Carioca
????
Gostei muito da leitura deste livro com uma otima narrativa e da escrita. O autor consegue plantar uma inquietação no leitor. Uma distopia muito interessante, sem apelações.
.
?
#kindle #kindlebrasil
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@ysalemos 23/03/2022

@livrospormay
Vamos autopsiar o Rio de Janeiro? @vinicanabarro

Um miasma roxo surge sobre as águas do #RiodeJaneiro, tomando conta da cidade cada vez mais. Em pouco tempo, a capital carioca é emancipada e uma nova ordem toma conta do lugar. Seria o governo o VILÃO ou o MOCINHO?

VINÍCIUS, QUE LIVRO! 🥰

Na meta de conhecer todos os autores Saifers, coloquei um escrito de cada um na TBR deste mês. Por sugestão do próprio Vinicíus, comecei por Autópsia Carioca, E NÃO PODERIA TER COMEÇADO MELHOR!

😱 Para começo de conversa, li o livro de vez. É impossível parar de ler!

Vinícius apresenta um quadro que, por trás de todo o mistério da fumaça roxa, retrata uma realidade FACILMENTE VISTA. Aquela famosa política do "Pão e Circo", mostrando como o ser humano é facilmente encantado com feitos tão pequenos.

🧠 Algo curioso é que a narrativa escolhida por Vinícius realmente me deu a sensação de estar sentada em uma sala, ouvindo os relatos de um homem que percebeu tardiamente o futuro que estava fadado a encarar. É fácil terminar o livro com a sensação de que uma RESPONSABILIDADE foi dada a você, podendo escolher seguir o mesmo caminho do personagem ou não.

Após ler "Autópsia Carioca", percebi que minha visão sobre leitura mudou um pouco (talvez porque não tenho mais 15 anos hahaha). Anteriormente, não admitia que um livro terminasse da forma como "Autópsia" termina. No entanto, tenho gostado cada vez mais de ler LIVROS VERDADEIROS, que por mais que pintem um quadro de um #futurodistopico, mostram um futuro bem presente.
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analimajp 19/03/2022

A distopia mais próxima da realidade que já li!
O que é apatia?
É o estado caracterizado por indiferença, ausência de sentimentos, falta de atividade e de interesse.
No caso desse ensaio, é ver "a pia enchendo e não ligar se vai alagar a casa ou não."

? É tudo tão forte e atual que choca o leitor, não por ser algo impossível, mas por ser algo que presenciamos com ênfase desde o início da pandemia.

? O negacionismo e a adoração a políticos que nada fazem e só prometem é escancarado. Pessoas alienadas que acreditam em meia dúzia de palavras bonitas e que aceitam migalhas sempre acreditando na promessa de melhoras.

? Você vai vendo a cada página, a degradação do povo, a dor, a negação, a aceitação, até finalmente sucumbir.

? Não espere um final feliz!
A verdade nua e crua é necessária!

? A distopia mais real e próxima da realidade (chega a ser palpável), que você lerá!
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Jeferson.Gomes 06/03/2022

FUTURO PRESENTE.
Ainda se podia frequentar a escola e lidar com as diferenças, nos cálculos e na história. As ruas ainda eram seguras, para caminhar e ir a praia. Que terrível o Miasma.

O Nevoeiro Roxo espesso e grandioso, quando não mata, contamina a alma e guia a mente. Não há justificativa para quem mergulha na apatia e causa destruição em massa.

É perigoso opinar e perguntar no ônibus, o que causou o fogo no instituto e destruiu o estudo, de quem pesquisou muito, para a solução chegar.

Desviam dinheiro público da ciência e retiram matérias para ninguém criticar, as casas de luxo sobre pilastras da pobreza, de trabalhadores sem recompensa.

De fome todos irão sucumbir, para a investigação não descobrir, a real intenção. O Estado servisse da dança, enche leitos e usam crianças, para que suas mães obedeçam.

Muros são erguidos com o Negacionismo, e o pouco é aplaudido, pela institucionalização da gratidão. A diferença cabe a quem tem o poder nas mãos, cancela a eleição e promete Fidelidade.

Que pena dos que matam por uma lata de alimento estragada. O enterro é o desaparecimento para algum aterro ou camada degradada. Se brotar alguma flor ou gramado, terá algum significado.

site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/
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matheusliteratura 08/12/2021

Autópsia Carioca
O Rio de Janeiro é invadido por uma névoa rosa, chamada de miasma, cuja origem ninguém é capaz de explicar e cujos riscos por ela trazidos são a todo momento desprezados pelas autoridades cariocas. O prefeito da cidade faz diversos ataques aos cientistas, jornalistas e todos os que se sentem ameaçados. O Rio de Janeiro não pode parar!

A incapacidade de se lidar com a névoa leva a fuga de moradores ricos e das empresas, a expulsão dos pobres e coloca a cidade carioca num isolamento que, ano a ano, sufoca a população. Para tentar sobreviver, esta aceita as condições cada vez piores oferecidas pelo governo ? do prefeito que se torna um líder supremo. Direitos trabalhistas são extintos. Redes sociais bloqueadas. Opositores presos e mortos.

Os anos passam e a degradação e a "morte" do Rio transformam as novas gerações em ovelhas, prontas a fazer tudo que o governo desejar em troca de migalhas e sob a eterna promessa de um futuro próspero.

É difícil, para não dizer impossível, não ver o Brasil real na descrição do Rio de Janeiro ficcional de Vinicius Canabarro . Troque miasma por covid e a coisa fica praticamente pronta.

O autoritarismo, o negacionismo, a rede de mentiras e manipulação a cuja população é exposta sempre sob o pretexto e a desculpa do patriotismo são um retrato do nosso país. Por meio desse conto, Canabarro escancara o momento difícil pelo qual passamos e prevê um futuro ainda pior.

O subtítulo do livro, "Ensaio sobre a apatia", é a chave de leitura para nos mostrar como uma sociedade é corroída com o apoio de uns e pela inação de outros que sempre a espera de um melhor momento para agir se submetem a situações cada vez piores até que o buraco se torna tão profundo que nada mais é possível. Apenas (sobre)viver
Christiane 21/01/2024minha estante
Mas você gostou ou não? Fiquei na dúvida ?




Andre L Braga 05/08/2021

Uma analogia aos tempos modernos
E o que é apatia? É a falta de ação, a falta de iniciativa. É o aceitar aquilo que lhe é dado, como sendo melhor que o não dado, como se fosse a única coisa que lhe possa ser ofertada. Autópsia Carioca é sobre isso: sobre venerar aquele que lhe oferece migalhas. Uma analogia de nossos tempos, na forma de conto.

Mas, mais do que esse parágrafo anterior, que tenta explicar o que o leitor encontra nesse conto, é preciso explicar o que EU SENTI nessa leitura. E a coisa é bem visceral, então segue o desabafo...

Em seu livro The Wall (não lançado no Brasil), John Lanchester retrata, em certa passagem, aquilo que Vinícius transmitiu em seu conto: SOMOS AQUELES QUE F0D3R@M COM O MUNDO! Isso mesmo! Somos aqueles que, apáticos, aceitaram a m3rd@ de futuro que vem sendo construída!

Enquanto um grupo grita #forabolsonaro e o outro repete aquele #eolula de sempre, aceitamos a passada da boiada e mais um pouco!

É óbvio que tem muita coisa nos governos anteriores ao atual que estava errada, mas havia algo que, há dois anos e meio, vem se perdendo, e esse algo se chama HUMANISMO!

É sobre direitos humanos? Sim, é sobre direitos humanos! É sobre políticas públicas? Sim, é sobre políticas públicas! É sobre cotas, é sobre ProUni, é sobre inserção social? Sim, é sobre tudo isso! É isso que se perdeu. E assim nos tornamos animalescos, e a animosidade precede a apatia.

Agora que registrei meu desabafo, retorno ao conto: CINCO ESTRELAS É POUCO para a analogia construída pelo Vinícius! E que não aceitemos ser a geração que f0d3u com o mundo...
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