spoiler visualizarRaissa.Mattosinhos 31/12/2021
Faz pensar
É um livro escrito por um indígena Ailton Krenak. É o último livro da série de três livros que esse autor já escreveu. Assim como os outros, ele fala da finitude do ser humano, uma espécie que se julga superior a tudo e todos, mas esquece de cuidar com zelo da própria casa, que é o planeta Terra.
Tem uma parte do livro, que me marcou muito ?Porque eles precisam de uma humanidade, nem que seja ilusória, para aterrorizarem toda manhã com a ameaça de que a bolsa vai cair, de que o mercado está nervoso, de que o dólar vai subir? localizada na página 8 do e-book. Porque o autor descreveu exatamente o que penso, sobre uma sociedade elitista, que vive aterrorizando os que não estão incluídos nessa classe, como se os primeiros mandassem no mundo e os outros tivessem o papel somente de obedecer.
Outra parte importante a ser destacada, é a que Krenak fala a respeito de plantar o próprio alimento, na página 11 do e-book. Essa parte tocou em mim, pois me vejo com os mesmos pensamentos que o indígena, notei que ter uma relação com as plantas é muito importante e confirmei isso mais ainda agora na pandemia, em que tive o prazer de cultivar horta, me vendo assim como agente da micropolítica, na visão do autor.
A conclusão que tirei, principalmente baseada na parte do livro, destacada como ?sonhos para adiar o fim do mundo?, que se inicia na página 16 do e-book, é que se temos um sonho e contamos isso aos demais, vivenciamos esse fato e o tornamos mais próximo da realidade. Também me comovi ao pensar que os seres humanos que detém o poder de mudar a vida ao seu redor, primeiro mudando os pensamentos, as palavras e por fim as atitudes, para aprendermos com o planeta em que vivemos e somente assim poderemos colonizar outros ambientes, fora dessa casa mãe Terra.
Para finalizar, gostaria de ressaltar também, a parte do livro ?máquina de fazer coisas?, iniciada na página 23 do e-book, que cita o fato de ficarmos em casa e pararmos de destruir a natureza, usarmos a medicina para prolongar a vida, mas gastar fortunas dessalinizando o mar porque não poupamos a água doce. Realmente, o COVID-19 mostrou ao ser humano o quão parasita esse último é da casa coletiva que todos compartilham, e quando nos retiramos, a Terra vive sem nós, mas nós não vivemos sem a Terra.