spoiler visualizarDarkEden 06/04/2024
O real vírus
O livro é datado no período em que a humanidade entrou em estado pandêmico causado pela COVID-19, em que a população mundial estava em quarentena, sendo obrigada a ficar isolada em casa. Muitos pesquisadores, filósofos, historiadores e cidadãos com ideias afins entenderam esse período de pandemia como uma resposta do Planeta Terra às ações destrutivas causadas pelo verdadeiro vírus, que pode ser chamado humanidade.
Durante esse período, a Terra foi capaz de "respirar" novamente, visto que com a pausa da atividade humana, a natureza pode se recuperar e se reestruturar, ainda que de forma temporária e limitada. No fim do isolamento nosso planeta voltou a sofrer os danos da humanidade, que aumentam gradativamente ano após ano.
O autor argumenta que as políticas que regem a sociedade atualmente favorecem os mais ricos e poderosos, deixando a maioria da população, especialmente os considerados pobres, incapaz de agir coletivamente em prol do bem comum, impossibilitadas de agir ou pensar de forma geral, como um povo unido. Além disso, o livro critica o sistema capitalista, que promove o individualismo e a busca pelo lucro a todo custo, mesmo que isso signifique a destruição do planeta e o prejuízo aos próprios consumidores das grandes corporações. O autor questiona se continuaremos a destruir nosso lar comum em nome do lucro, e se realmente teremos um futuro viável caso não mudemos nossas atitudes. É mais importante para as empresas, que elas tenham um espaço para expandir e crescer, mesmo que seja causando desmatamentos e incêndios florestais, como os observados no ano de 2022 para o avanço da agricultura e pecuaria predativa, além da destruição de lares indígenas remanescentes.
No livro também é mencionado um acontecimento religioso que já teria levado ao fim do mundo, conforme o seguinte trecho:
" Inclusive nas religiões dos brancos há uma história de que, nos seus primórdios, essa humanidade se espalhou pelo planeta como uma praga. O Deus deles ficou muito bravo, pois estavam deixando o mundo muito sujo, e
o destruiu com um dilúvio. Em seguida criou outro, novinho em folha, mas sua humanidade voltou a se comportar da mesma maneira caótica e predatória. "
Como diria o filósofo espanhol George Santayana, "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo".
No momento que não for mais possível morar aqui, os mais poderosos e considerados mais importantes procurarão outro lugar para destruir, pois tudo leva a crer que o único destino de uma espécie orgulhosa e ignorante é a destruição.