3096 dias

3096 dias Natascha Kampusch




Resenhas - 3096 Dias - Natascha Kampusch


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Marlonbsan 16/02/2021

3096 Dias
[Alerta para possíveis gatilhos]

Natascha Kampusch não esperava o que iria acontecer com ela naquele dia 2 de março de 1998 e nem onde iria ficar e tudo o que iria viver nos próximos 3096 dias enquanto foi mantida em cativeiro.

O livro é narrado em primeira pessoa, de forma documental, a linguagem é simples, mas é pouco fluído, já que se trata de um relato contado por Natascha.

Chega a ser difícil imaginar o que Natascha passou durante os mais de oito anos em que ficou presa. E nesse livro ela relata como foi sua infância, já bem dolorosa, por sinal, desde a sua relação com seus pais, na escola, até com seu corpo. Relata a forma que aconteceu o seu sequestro e resumiu como foram esses 3096 dias.

Nem sempre há uma progressão gradual na cronologia do que acontece, podendo dar algumas voltas entre passado e o presente em que ela está contando, entregando as respostas antes de chegar de fato nessa parte da narrativa, o que faz, em alguns momentos, ser necessário parar para se situar.

Seria imprudente dizer que os relatos e a violência, tanto física quanto mental sofrida por Natascha não foram pesados, mas o foco não está em expor somente isso, ela faz muitas análises e conta como era sua vida nesse período. As concessões, seus passatempos e claro, como o sequestrador proporcionou isso e ao mesmo tempo utilizou essas coisas como forma de poder e manipulação.

Ao final, Natascha faz uma análise bem interessante de como as outras pessoas agem ao lidar com alguém que passou por uma tortura tão grande e a resposta é: de forma egoísta, pois só quem viveu esses traumas é capaz de saber realmente como é, e mesmo com todo o sofrimento, a vítima ainda pode ser julgada se não agir conforme as outras pessoas esperam...

Foto e resenha no meu IG, @marlonbsan, segue lá.
dgallinucci 16/02/2021minha estante
Adorei sua resenha. Parabéns ..
Li no passado após ver alguns videos no youtube a respeito. É tão rico em detalhes que as vezes é difícil de acreditar que tenha acontecido de verdade.


Nick 17/02/2021minha estante
Irei ler.


Marlonbsan 17/02/2021minha estante
Ah obrigado... Realmente é uma história bem impactante, difícil de imaginar toda a situação


Marlonbsan 17/02/2021minha estante
Leia sim, depois me conte o que achou o/


Figueiredo.Aline 19/02/2021minha estante
Se for trocar eu já quero kkk


Marlonbsan 22/02/2021minha estante
Ahh por enquanto a ideia é manter os livros kkkk mas qualquer coisa aviso kkkk


Amanda 26/12/2021minha estante
Uou. To sem palavras com essa resenha. Nem ia ler o livro mais me cativou esse texto kkk




Blog MVL - Nina 18/03/2011

Minha Vida por um Livro | minhavidaporumlivro.blogspot.com
Resisti a todo o lixo psicológico e às fantasias de Wolfgang Priklopil e não me permiti ser dominada. Agora eu estava do lado de fora,e era isso que as pessoas queriam ver: Uma pessoa enfraquecida,que nunca se recuperaria e sempre dependeria da ajuda dos outros.Mas,no momento em que me recusei a carregar a marca de Caim pelo resto da vida,o humor mudou.(p.222)


Ele era um homem comum, fechado e até tímido, parecia ter grande afeição pela mãe e era provavelmente um vizinho que não causava problemas. Ninguém poderia imaginar que nos confins da casa de muro alto e farpado, havia uma menininha muito corajosa lutando contra a tortura física e psicológica.

Natascha Kampusch tinha apenas dez anos quando foi seqüestrada enquanto fazia o trajeto de casa para a Escola. Seu algoz, Wolfgang Priklopil, um homem de trinta e cinco anos, conseguiu mantê-la em cativeiro por 3.096 Dias.

A autobiografia escrita por Natascha é dolorosamente explícita, como se ela pudesse olhar para tudo que sofreu com os olhos de um observador.

Há alguns anos atrás,quando a história veio à tona,o mundo conheceu a fabula inacreditável de uma jovem mulher que passara parte da infância e toda a adolescência sobre a cruel vigilância de um seqüestrador. Eu tinha dezesseis anos na época e me lembro de sentir os meus olhos úmidos ao ver a moçinha magra e frágil que não tivera a mesma sorte que eu. Por mais empática que eu fosse eu jamais poderia entender como eu era privilegiada por poder ir a Escola todos os dias, conversar com meus amigos, flertar com garotos, me sociabilizar com o mundo circundante. Natascha não teve a mesma sorte, ela foi destituída de tudo que lhe era familiar, do seu futuro e de sua personalidade, porque para ela não havia escolha e sua rotina era lidar com um homem que dominava o seu universo, sua vida e sua alma.

Frequentemente me pego sendo extremamente crítica com livros de auto-ajuda. Afinal, o que essas pessoas querem? Ensinar-me a viver a minha própria vida? Se eu começar a agir como os livros aconselham vou perder minha individualidade. Estes são meus argumentos para evitar livros do gênero e é por isso que fico fascinada pelas biografias (autobiografias), são histórias de pessoas que passaram por esse mundo, viveram e respiraram exatamente como eu. Em uma biografia há sempre o que se aprender, não é um manual de como viver e sim uma história de vida pura, com erros e acertos reais. Em 3.096 Dias o leitor é levado à vida de Natascha Kampusch, uma menina comum, com extrema baixa auto-estima, ela poderia formar o perfil perfeito de uma depressiva suicida, mesmo aos dez anos Natascha possuía conflitos internos suficientes para pensar em suicídio. E então o leitor e expectador se pergunta: Como poderia essa mesma menina sobreviver a inúmeras violências físicas,humilhações de todo tipo e a eliminação de sua individualidade?

É então que entra a maior lição que Natascha Kampusch nos ensina ao narrar sua própria história, a de que todo ser humano possui dentro de si o instinto de sobrevivência. Em sua vida antes do seqüestro ela não possuía muita credibilidade, mas depois de ser enclausurada Natasha descobriu que sua sobrevivência dependia dela mesma, cada passo, cada frase, tudo o que fizesse e agüentasse era apenas a preparação para o dia em que ela se libertaria.

A narrativa é um pouco cansativa no início, eu não conseguia entender porque ela citava tantos por menores, como o cheiro das coisas, ou a paisagem, logo eu viria a compreender que todos estes detalhes a alimentaram de imagens e recordações nos longos anos que permaneceu afastada do mundo real.

A forma como Natascha expõe sua opinião sobre a síndrome de Estocolmo é digna de ser analisada por especialistas da psiquiatria. A verdade é que é difícil para as pessoas aceitarem que um ser humano possa ter algum tipo de relacionamento com alguém que o humilha e agride constantemente, entretanto nos esquecemos da influencia que as pessoas têm sobre as outras. O fato de Natascha ter construído um tipo de relacionamento com seu sequestrador não me surpreende, nem repugna, porque sei e ela também sabe que sua sobrevivência estava ligada intimamente a como ela se portava com ele. De certa forma, Natascha aprendeu a conviver com a dor e a manipulá-lo quando preciso, e a isto se deve este livro. Se ela tivesse sido mais sensível e menos racional, ela ainda estaria presa ou morta, e em conseqüência jamais dividira sua história com o mundo.

Eu indicaria o livro para adolescentes e adultos que estejam preparados para realmente conhecer a vida de Natascha. Como foi seu início de infância e o que se tornou depois de oito anos vivendo em um cubículo, sem a menor privacidade, sofrendo violentas agressões físicas, morais e pequenos abusos sexuais dos quais ela prefere não falar em sua autobiografia.

Não encaro Natascha Kampusch como uma vítima, ela o foi no passado, hoje ela é uma mulher como muitas outras que também sofreram violência, tentando resgatar sua vida e sua individualidade. Senti pena da menina de dez anos que perdeu seu futuro saudável, mas não o sinto pela mulher adulta, apenas a admiro e respeito pelo exemplo de força humana que ela é.

3.096 Dias é o relato de uma menina que conheceu de perto o inferno, mas não só escapou como ainda manteve sua sanidade mental. Provavelmente ela ainda carrega as cicatrizes na alma e no corpo, mas depois de ler o livro, estou segura de que se existe alguém preparada para viver neste mundo é Natascha Kampusch.

5 Livrinhos!

Marina Moura

Blog: Minha vida por um Livro
http://minha-vida-por-um-livro.blogspot.com/
Eunice.Vilares 07/02/2011minha estante
Quero tanto ler esse livro.
Só estou esperando chegar!


Valquiria Reis 14/02/2011minha estante
Já estava com vontade de ler esse livro, mas depois de ler sua resenha minha vontade aumentou. Quero ler ele logo.


Afonso74 13/10/2011minha estante
escrevi minha resenha antes de ler a sua. seu comentário sobre livros de auto ajuda foi muito feliz.


vitor 24/01/2012minha estante
Eu ja tinha visto esse livro faz um tempinho na livraria... E sempre tive uma curiosidade, uma vontade de ler. Mas agora, o proximo livro que comprar vai ser esse. Independente da demora pra chegar. Vlw pela resenha (:


Romane.Cristine 15/08/2015minha estante
Nossa. Agora eu quero ler esse livro. Ótima resenha, parabéns.


Bia Bulgarelli 07/03/2018minha estante
Muito obrigada pela resenha, sem dúvida será um dos próximos livros que comprarei. Já estava com interesse, agora mais ainda.




Marina 17/09/2019

3096 dias
Que livro complicado de ler. Apesar de ter lido rápido, é um livro muito difícil de engolir.

Eu tenho um problema com livros não ficcionais porque saber que tudo relatado ali uma menina realmente passou me deixa tremendo, de verdade. O espaço minúsculo que a Natascha viveu durante 8 anos, as agressões, o medo, a tortura física e psicológica, é algo muito complicado de se ler.

Apesar disso, é outro livro que eu acho importante que leiam. A Natascha traz diversos pensamentos importantes que correlacionam o que ela viveu lá dentro e o que as pessoas vivem aqui fora também.

Ela passou por coisas que eu não aguentava direito nem ler, imagina viver 3096 dias num cubículo de 5x5.

Última coisa que eu acho importante ressaltar: as pessoas tem mania de relacionar a Natascha com a síndrome de Estocolmo e, além de ela não concordar e não gostar dessa ligação, ela explica no livro os motivos de ela não ser uma vítima dessa síndrome e eu acho muito importante que leiam e entendam os motivos dela, respeitem o que ela viveu. É importante saber diferenciar uma síndrome de Estocolmo e o que é, depois de 8 anos e meio, ver a única pessoa que você conviveu morrer e o impacto que isso tem na vida da pessoa, mesmo que quem tenha morrido seja o próprio sequestrador.

Enfim, muito bom, muito importante, muito difícil. É triste viver num mundo que o medo de que algo parecido possa ocorrer comigo é constante.
Rafael.Augusto 17/09/2019minha estante
Interessante esse livro. Vou procurar


Marina 17/09/2019minha estante
Procura sim Rafa e, se te interessar ler, tem foto e vídeo na internet de como era o cativeiro dela, deixa tudo mais real (mas bem mais desagradável)


Rafael.Augusto 17/09/2019minha estante
Deve ser desagradável mesmo. Tenho muito isso de realidade também sabe. Estava conversando sobre isso hoje, dizendo que para mim isso é que é terror. Lobisomem, alma penada e vampiro não estão com nada comparado a realidade de certas pessoas


Marina 18/09/2019minha estante
Sim, ainda mais que ela era uma criança quando foi sequestrada, perdeu toda a adolescência num cativeiro, é horrível. Eu tava lendo e pensando que quando eu nasci, ela já tava no cativeiro fazia 2 anos, parece surreal


Rafael.Augusto 18/09/2019minha estante
Terrível mesmo Marina, bom para a gente dar valor nas coisas simples da vida né.




Erika 09/03/2011

Agônico!
Uma agonia tremenda! Foi essa a sensação que tive ao ler esse livro. Natascha relata, com riqueza de detalhes, o imenso drama passado no cativeiro, ao lado do sequestrador. E, como o livro é narrado em primeira pessoa, o leitor se transporta para aquele cenário, vivenciando, junto com ela, toda aquela triste provação!

A obra também tem a participação de duas co-escritoras. Como há uma análise psicológica bem técnica em alguns momentos, ficamos sem saber se aquelas palavras são mesmo de Natascha ou de alguma das suas colaboradoras. Isso pode tirar um pouco da autenticidade do texto, mas em nenhum momento prejudica o impacto do relato.

O caso teve grande repercussão na Áustria e no mundo todo. Assim, foi submetido a todo tipo de julgamento. Achei muito importante saber as razões de Natascha para várias de suas atitudes adotadas após a libertação. Conforme li no próprio livro e também na internet, houve um emaranhado de opiniões distorcidas a respeito do ocorrido, e ninguém melhor do que ela mesma para explicar seus porquês.

A leitura é muito recomendada, é um livro para se ler em um fôlego só. Mas, impressiona bastante! Depois de fechá-lo, melhor procurar alguma coisa mais leve para ler ou assistir.
Lodir 09/03/2011minha estante
PARECE muito bom! Quero ler!


Danni 09/06/2011minha estante
Adorei sua resenha!
Um dos livros que irá ficar marcado , com certeza!


Léia Viana 12/06/2011minha estante
Boa resenha, mas eu tenho um medo danado de ler este livro, deve ser triste a beça!!!


letícia 05/08/2011minha estante
Estou na dúvida se quero ler esse livro, porque imagino exatamente isso que vc relatou na resenha: a sensação de agonia!




Harthur Freitas 12/05/2011

3096 dias - Natascha Kampusch
Demorei um pouco para ter certeza de que realmente queria ler este livro, aliás, se trata do drama que uma garota austríaca vivera por 8 anos (3096 dias).
Até que o ganhei de presente de um amigo, e comecei a leitura. Comecei a me envolver na história de Natascha Kampusch, que ao completar dez anos de idade resolveu ir para a escola sozinha andando, que ficava a algumas quadras do conjunto habitacional em que morava com sua mãe. No dia, ela resolvera por si mesma que deveria ir à escola, aliás, acreditava estar grande o suficiente para assumir a responsabilidade. Saiu de casa sem se despedir da mãe por causa do sentimento de raiva que a acometia. Jamais imaginara que não poderia voltar para se despedir.
No caminho para a escola, enquanto passava por um rapaz aparentemente de bom caráter, foi sequestrada pelo mesmo, que a jogou na caminhonete e a levou, sem motivos claros, para um porão em sua casa. O porão muito bem preparado mais parecia um bunker do que de fato um porão, com revestimento isolador de som, e um "gigante de concreto", como Natascha descrevera no livro, referindo-se à grande e espessa porta de concreto de 150kg que selava o lugar. Era impossível alguém ouví-la ali.
O inferno de Natascha estava apenas no começo. Ela conta os detalhes dos dias em que passou aprisionada no bunker. Nas mãos do sequestrador conhecido como Wolfgang Priklopil, na época engenheiro de telecomunicações na empresa Siemens.
Em todo esse tempo a que foi submetida a todo tipo de abuso físico e psicológico, Natascha se concentrou em sobreviver e com essa vontade passa a conhecer e decifrar a mente doentia do solitário homem de 35 anos que a seqüestrara e roubara sua adolescência.
A escrita e a forma como Natascha conta me impressionou bastante. Apesar de todo o abuso, ela conseguiu se manter firme e perdoar o adulto que a mantinha em cativeiro. A mente de criança se desenvolveu dentro daquele porão, e se fortaleceu. Aprendera a domar o sequestrador na medida do possível. Do possível para a sua sobrevivência. Os sentimentos de Natascha expressos em cada palavra nos leva direto para aquele porão e nos faz viver e sentir o quanto fora doloroso os dias de aprisionamento que ela viveu. Em seu décimo oitavo aniversário, ela havia prometido que fugiria dali, assim como quando tinha apenas dez anos, ela tomou uma decisão. Estava adulta e aquilo deveria mudar. Em uma das tardes em que saíra para ajudar o sequestrador no jardim, enquanto ele se distraíra ao telefone, Natascha não hesitou, e fugiu. Correu sem olhar para trás, e pediu ajuda para um senhora, que chamou a polícia em seguida.
Ao ver sua família, e saber da morte de sua avó paterna há apenas dois anos, ela notara que sua vida havia escapado por entre os dedos. Teria que aprender a viver em um mundo totalmente novo e sem a presença do sequestrador que fora a única pessoa em sua vida por longos oito anos.
Wolfgang Priklopil deu fim a própria vida quando, depois da fuga de Natascha, se jogou na frente de um trem em movimento.
Natascha ainda é vítima de toda uma sociedade que trata seu sequestrador como um "monstro sexual". Porém ela afirma não ter sido abusada sexualmente por Priklopil, e o perdoou pelo que fez. Foi aí que a acusaram de ser vítima da Síndrome de Estocolmo, onde a vítima se identifica com seu sequestrador. Mais uma vez ela critica a sociedade, que por sua vez, tenta fazê-lo parecer mais "monstro" do que ele realmente foi, para poder enxergar-se no "lado bom" (os bonzinhos)...
Depois da leitura, e depois de ter me envolvido bastante com o caso de Natascha, eu tenho suas palavras como verdade. Quem melhor do que ela para contar o que acontecera dentro daquele porão por oito anos?
Não há de fato os "bons" ou os "maus", concordo que haja apenas seres humanos.

Uma leitura incrível...
Tanner Menezes 12/05/2011minha estante
Nossa.Ótima resenha, até então eu n tinha a mínima vontade de ler este livro, mas confesso q suas palavras me fizeram mudar de ideia... parabens!


LissBella 13/05/2011minha estante
Também li e adorei o livro. Me envolvi totalmente na história e me questionei sobre quem realmente são as pessoas e de que são capazes. Sua resenha sem dúvida é perfeita! Parabéns! Um abraço.


Ghuyer 07/06/2011minha estante
O mais incrível do livro, na minha opinião, é que, além de ser um relato pessoal genuíno e emocionante, é também uma severa crítica social. Baita leitura.


Roberto 10/06/2011minha estante
Estava meio receoso de ler este livro, por ser um relato minucioso de todo o cárcere, e por provavelmente conter relatos de possíveis abusos sexuais.Mas quando li sua resenha minha vontade aumentou, e fiquei ciente que não tinha a narração de nenhum abuso.
Ótima resenha =D




Carol 18/10/2022

Nem tudo é preto e branco
Um livro carregado de aprendizado, a história de Natascha nos mostra como o instinto de sobrevivência prevalece em momentos extremos, é incrível como uma menina da idade dela que enfrentou horrores ainda conseguiu encontrar forças para seguir em frente. É muito interessante também ver a reação das pessoas depois que tudo acabou, como não se conformavam com as escolhas de Natascha e como queriam que ela sempre estivesse no lugar de vítima. Cada página é uma agonia diferente, uma angústia, é ainda mais angustiante pensar que ela passou por tudo com tão pouca idade. Me surpreendeu muito, recomendo a leitura mas se você for sensível a assuntos que envolvam abuso e violência física e psicológica, melhor evitar.
Polly 18/10/2022minha estante
Ver o filme me fez ter curiosidade de conhecer o livro


Carol 18/10/2022minha estante
Quis ler o livro antes de assistir ao filme, acabei a leitura hoje e já estou atrás do filme pq a história me chamou muito a atenção. Leia, acho que vc não vai se arrepender


Polly 18/10/2022minha estante
Já li a um tempo? (Mas assista mesmo o filme ele tbm consegue impactar bastante)




diariodacaarol 21/08/2020

Impactante.
Eu não pensei que a história fosse mexer tanto comigo. Sabe, quando a gente é criança, os sentimentos são muito intensos, em grande parte porque estamos descobrindo as coisas - e mesmo que esse processo seja totalmente seu, é irritante saber que a vida ao nosso redor, das pessoas ao nosso redor, é diferente da nossa - e quando as coisas acontecem em nossa volta, impacta 100% em nosso desenvolvimento.
No caso da Natascha, o que eu achei que teve um impacto muito grande na vida antes do sequestro, foi a separação e as brigas dos seus pais. Ela era uma criança jogada no meio de um tiroteio, duas pessoas que ela amava brigando até dizer chega.

E é incrível como isso fez diferença, porque se no dia do sequestro ela estivesse bem com a mãe, não teria passado na calçada em que o cara estava e com certeza hoje ela estaria lendo essa história vivida na pele de outra pessoa, ou não...

A leitura me impactou pelos seguintes motivos:
1 - Sou presa à fantasia, e eu nunca tinha lido nada parecido, nenhuma história 100% real.
2 - É a realidade de muitas mulheres.

Eu confesso que eu terminei o livro com um grande ponto de interrogação, me recusei acreditar que se tratava de uma história real. Que alguém realmente viveu aquilo. E depois cheguei a conclusão que, ainda hoje, muitas mulheres vivem exatamente isso.

Eu admiro e bato palmas para Natascha Kampusch, eu tenho certeza que não sobreviveria, nem aos anos de cativeiro, nem aos que sucederam.
Raquel 21/08/2020minha estante
O livro é uma leitura muito pesada? Está na minha listinha, mas confesso que tenho evitado ele.


diariodacaarol 21/08/2020minha estante
Olha Raquel, depende do que você considera pesada kkkkk, eu preferi a palavra impactante. Te faz pensar muito, tem muitas cenas de violência que são descritas com muita clareza, até partes do diário dela durante o cativeiro. Não é a leitura mais leve do mundo, mas acho que dá pra ler.

Não tem nenhuma cena de abuso sexual, pois aparentemente ele não chegou abusar sexualmente dela. Isso achei um ponto "positivo" durante a leitura!


Raquel 21/08/2020minha estante
Obrigada, Carol. Vou encarar :)




davinasc 02/09/2020

3096 dias é um livro que pode começar devagar e massante, por apresentar a historia de Natasha Kampusch de um ponto de vista mais psicológico, tal como o seu sequestrador, mas que te prende do meio para o final e mostra a força que ela teve durante o seu cativeiro e arrebata a história com um final emocionante. Pra mim um ponto importante do livro foi a negligência por parte da polícia que é muito comum nesse tipo de historia, e a visão que Natasha carrega até hoje do seu sequestrador, um pouco até que romantizada. O livro tem suas partes pesadas então pode ser um gatilho pra algumas pessoas, muitas dessas partes você tem que dar uma pausa, respirar um pouco, mas é uma leitura muito importante, que te faz pensar e depois de certo ponto flui muito bem.
Ana 03/09/2020minha estante
Adorei ler sua resenha, estou na página 70 e achando super maçante... Vou continuar, obrigada :)


davinasc 03/09/2020minha estante
aaaa obgd, eu tb tava por essa página também quando comecei a desanimar, mas vale a pena continuar




Camis Morket 24/04/2020

3096 dias
3096 dias, de Natascha Kampush, é um relato da própria garota que foi sequestrada e passou 8 anos em um cativeiro. É uma história bem forte e impactante, não acho que seja algo que qualquer um conseguiria ler, não por ser uma escrita difícil mas sim pelo próprio enredo.
Ela conta desde antes de ser sequestrada, de como ela vivia, como era sua família, sua escola, etc. Isso foi um dos motivos dela conseguir sobreviver no cativeiro, suas lembranças do mundo exterior lhe davam forças para continuar.
No seu primeiro dia indo para a escola sozinha, um homem em uma van a sequestra e a partir dali começa sua vida trancada, passando fome, sofrendo abusos físicos (ela mesma desmente de ter sido abusada sexualmente) e psicológicos.
O homem era Wolfgang Priklopil, uma pessoa que se passava por tranquila, caseira, ninguém jamais poderia imaginar que ele estava com uma criança trancada em um porão muito bem protegido de sua casa.
Dia após dia era ela obrigada apenas a sobreviver e fazer os caprichos de seu sequestrador, qualquer um ficaria maluco naquela situação e mesmo ela relatando que tentou se matar algumas vezes, aguentou fortemente até finalmente conseguir uma brecha para escapar, infelizmente essa brecha foi depois de 3096 dias trancafiada.
É difícil acreditar que isso aconteceu com alguém e que acontece com certa frequência, algumas pessoas tem a sorte de escapar, outras não…Natascha teve essa sorte, ela sofreu muito, perdeu uma parte de sua infância e adolescência, mas pode continuar sua vida fora daquele inferno que Wolfgang fez ela passar.


site: https://instagram.com/bibliotecadederry/
Sonmessias 24/04/2020minha estante
Ja li é chocante essa História!!


Camis Morket 24/04/2020minha estante
Realmente, muito chocante




jeisiani.albino 29/06/2017

Tudo faz sentido
Eu consegui compreender o que ela quis transmitir nesse livro.
Não existe síndrome, não existe tanta coisa absurda que os jornais da época declararam.
O que existiu e existe até hoje é uma jovem que não se deixou abater apesar de tudo o que passou, por tudo o que viveu.
Entendo perfeitamente como ela observou a sua relação com o sequestrador, que apesar do crime bárbaro que cometeu, ainda lhe forneceu instrumentos para que pudesse desenvolver seu intelecto.
Nada irá de forma alguma tirar dele a responsabilidade pela perca da infância e adolescência de Natascha,mas nada irá tirar de Natascha a força com que ela viveu esses 3096 dias e todos os outros de sua vida fora do cativeiro.
Malu 12/08/2017minha estante
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Paulinha 23/04/2018minha estante
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Vanessa.Coimbra 26/05/2019

Sem palavras
Terminei agora a leitura desta história. Que mostra um ser humano totalmente descontrolado emocionante e psicologicamente, que demonstra tudo isso em cima de uma criança. E em especial de uma criança que por 3096 dias foi torturada fisicamente e psicologicamente, mas que buscou a sanidade e manter-se humana. Mas além de tudo teve que lider com as pessoas que ela vivesse sempre como uma vítima. Não é uma leitura fácil, principalmente por ser um caso real, mas no final fica aquela sensação de que bom que a li.
Yngrid 26/05/2019minha estante
Eu vi o filme e me emocionei muito, fiquei curiosa pra saber da história do livro


Vanessa.Coimbra 26/05/2019minha estante
Recomendo, apesar de agoniante e sufocante em alguns momentos, vale a penas em especial pela forca da Natascha.




spoiler visualizar
Eunice.Vilares 10/02/2011minha estante
Concordo!


dranilo 18/10/2017minha estante
"Sem nenhum motivo pra isto" e qual MOTIVO teria justificativa para tal?




Lia @liaolivro 17/08/2020

O pior é ser verdade...
3096 dias.

Três mil e noventa e seis dias.

Oito anos e meio.

Oito anos e meio em cativeiro.

Parece impossível que uma menina de 10 anos tenha ficado tanto tempo em cativeiro e tenha saído de lá sã. Isso aconteceu com Natascha Kampusch na Áustria. O livro, aliás, foi escrito pela própria vítima 4 anos após sua libertação. Ela descreve tudo o que sofreu e que inclusive conseguiu manter um diário e até reproduz algumas partes dele e tudo corta o coração. É extremamente difícil imaginar uma criança numa situação dessas com um desconhecido. Ela morava na periferia de Viena e é difícil dizer, mas se supõe que a falta de aproximação emocional com a mãe tenha "ajudado" essa criança a lidar com o sequestro. Por incrível que pareça, o que mais me revoltou nesse relato foi a forma como ela foi tratada DEPOIS do ocorrido e como continua a ser tratada.

Sobre o cativeiro e o comportamento do sequestrador, Wolfgang Proklopil, é impossível não comparar praticamente tudo com o livro "o colecionador" de John Fowles. Tudo é muito parecido, a escolha do porão, a ventilação usada, os objetos disponíveis para a vítima... seu comportamento é muito parecido, ele deve ter se identificado muito com o personagem do livro...

No diário que Natascha mantinha no cativeiro ela contava quantos socos/tapas tinha tomado no dia, se tinha desmaiado, se tinha sido privada de comida/luz/água como uma forma de manter a sanidade. É estranho como ela conseguia se defender dos terrores físicos e psicológicos ao qual era submetida, quando ele dizia que ninguém a estava procurando mais, por exemplo.

Com o passar dos anos, o sequestrador foi se sentindo mais seguro para liberar rádio e televisão para a garota e chegou ao ponto de sair com ela para a rua como se fossem amigos ou parentes. Ele ainda usou a "mão de obra" dela para fazer reformas em casa.

Em um momento de descuido, ela acaba fugindo da casa dele e aí começam mais absurdos. Primeiro ela encontra um grupo de pessoas e pede o celular para ligar para a polícia e eles "desconversam" e vão embora, na casa que ela finalmente consegue pedir ajuda, a mulher diz pra ela sair da grama do seu jardim enquanto liga para a polícia. Quando a polícia chega, eles são hostis com ela até conseguir a confirmação de sua identidade.

Sua primeira entrevista dada na televisão e a maioria das outras foi remunerada. Ela fez questão de ganhar dinheiro com sua "desgraça" mesmo. E não acho isso errado. Por que ela deveria ser taxada de "má" se ela ganha dinheiro com uma história que aconteceu com ela??? Causou certa estranheza ela ter comprado a casa do sequestrador, a casa em que ficou por 8 anos como prisioneira, porém, a justificativa dela faz sentido: ela comprou para que a casa não fosse transformada em "museu" do seu sequestro. Para que outros não se aproveitassem de sua história. A casa é mantida fechada e ela a visita duas vezes por semana para cuidar dela. Só porque ela demonstrou "força" nesse momento, muitas pessoas a crucificaram. Ela lançou livro, filme... Nem tudo também é super "normal", um dos jornais afirma que ela carrega uma foto do sequestrador na carteira... E outras teorias são um tanto absurdas como quando dizem que ela, com 10 anos, orquestrou junto com Wolfgang seu próprio sequestro...

O livro é terror psicológico puro, ao mesmo tempo que é difícil até imaginar a maturidade com que ela lidou com tudo. Claro que ela teve momentos de fraqueza, mas o relato é surpreendente também. No início do livro ela conta como era sua infância e a relação que tinha com sua mãe, que fora duramente criticada também. Ela parece ter escrito até como uma forma de "justificar" a dureza de sua mãe. Comentários maldosos como "ela foi salva ao ser sequestrada pois era muito mal tratada pela família" surgiram também após conhecerem essa realação "mãe-filha".

site: https://youtu.be/1T24Kc6uENA
Bééé! 17/08/2020minha estante
que resenha incrível!! parabéns :)


Lia @liaolivro 26/08/2020minha estante
Obrigada!!!




Ingrid.Oliveira 03/09/2018

Eu nem vou entrar muito na análise dos acontecimentos em si, pq, convenhamos, foi um horror!

Mas eu quero mesmo é falar sobre a técnica da escrita. É ruim.

Vale a pena ler o livro pela história, para conhecer um pouco (ainda que de leve e de longe) sobre um cativeiro tão longo. Mas o andamento do livro é meio entediante. Foi um livro que me tomou um tempo de leitura um pouco mais longo do que imaginei que tomaria.

Em todo o caso, é uma leitura válida, mas de forma alguma ?obrigatória?.
Nati paz 04/09/2018minha estante
pois é, terminei ele hj, uma hora fiquei entediada tbm. mas é uma historia que vai fica sempre na memória !


Ingrid.Oliveira 19/09/2018minha estante
Indiscutivelmente, Nati. Acho uma pena ter achado o livro tão entediante.




Marcel 20/04/2018

fatos tristes, mas livro chato!
Bom, vamos lá... tenho dois pontos sobre este livro:
1) A situação vivida pela Natascha, foi muito triste obviamente, desde o sequestro em si e após a sua fuga, o tratamento que lhe foi dado é inacreditável para quem ficou 8 anos trancafiada e não houve qualquer empatia por parte da mídia, familiares e policiais. Ainda, aprendi a ter outra leitura sobre a síndrome de Estocolmo, uma visão mais sensível que até então eu não tinha e menos objetiva e literal, realmente me fez refletir.
2) Mas, apesar de pensar no sofrimento da Natascha, a leitura eu achei chata, totalmente arrastada (minha opinião).

Boa leitura!
15/06/2018minha estante
É um chato interessante...


Marcel 06/08/2018minha estante
Isso, um chato interessante..rs




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